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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

5 dicas para quem deseja ter uma vida mais saudável em meio ao estresse do dia a dia

Divulgação/Freeletics
Aumentar a frequência cardíaca, ter companhia na rotina de exercícios e focar na nutrição estão entre as recomendações de especialista do Freeletics

 

 

Um dos maiores desafios para quem quer ter uma vida mais saudável é conseguir estabelecer e manter uma rotina de exercícios, boa alimentação e foco na saúde mental. Apesar de parecer simples, praticar o autocuidado nem sempre é fácil. Priorizar a si mesmo e conseguir esse importante tempo individual, crucial para o bem-estar físico, emocional e mental, pode ser difícil.

 

Para Dr. Emeka Okorocha, embaixador do  Freeletics, aplicativo líder em exercícios físicos e estilo de vida com uso de inteligência artificial, uma parte vital do desenvolvimento de uma rotina eficaz é o planejamento, e tudo pode ser feito em casa. “Preparar-se e seguir os  objetivos com frequência é essencial para conseguir os resultados que deseja no corpo e com relação ao bem-estar”, destaca. 

 

Para ajudar a tornar a prática de bons hábitos uma rotina, Okorocha listou cinco dicas para quem quer ter uma vida mais saudável.

 

1.   Aumente a frequência cardíaca: com o estresse causado pelo isolamento social, o cardio é uma das melhores maneiras de ficar em forma e, mais ainda, relaxar. “Esforce-se para movimentar o corpo e aumentar a frequência cardíaca todos os dias, mesmo que seja por apenas 15 minutos”, aconselha Okorocha.

2.   Olhe para suas inspirações: quando precisa de uma dose de inspiração para treinar, Okorocha olha para atletas como Lebron James, Michael Jordan, Usain Bolt e Cristiano Ronaldo. “Costumo reproduzir seus vídeos antes de uma sessão de treinamento e isso realmente define o ritmo para eu dar o meu melhor. Quando minha mente acredita que sou poderoso, meu corpo segue o pensamento”, ressalta;

3.   Exercícios comunitários: “Ainda é possível socializar e queimar calorias ao mesmo tempo, seja por chamadas de vídeo com amigos ou passeios em parques e locais ao ar livre”, pontua. “Ficamos mais motivados quando estamos cercados por outras pessoas com a mesma mentalidade que a nossa. Encontre o seu grupo e fiquem juntos”, destaca;

4.   Não tire o foco da nutrição: manter o regime de condicionamento físico é apenas metade da batalha. Para ver os ganhos, também é necessário se alimentar de maneira saudável. “Uma das maneiras mais seguras de fazer isso é adquirir o hábito de planejar as refeições. Reserve um dia por semana para pensar e anotar as refeições que irá preparar”, explica o profissional;

5.   Divirta-se: para Okorocha, se você não está se divertindo e aproveitando o treino, talvez seja um sinal de que você precisa mudar. “Rotinas de exercícios cansativos podem se tornar especialmente perigosas porque você pára de se esforçar. E se você não está indo para a frente, não vale a pena”, afirma. “Desafie-se a adicionar variedade ao seu treino. Isso o manterá entusiasmado com seus objetivos de condicionamento físico e o inspirará a melhorar a cada dia”, conclui. 


Treino com Inteligência Artificial


Atualmente o preparador físico de IA mais inteligente, acessível e adaptável do mercado, o Freeletics disponibiliza a seus mais de 51 milhões de usuários em todo o mundo uma possibilidade quase infinita de combinações de exercícios. A tecnologia oferece mais variedade, personalização e autonomia, além de uma experiência aprimorada, com opções de exercícios baseados em treinos funcionais, HIIT, HILIT, corrida e barra. 


Para quem deseja criar hábitos duradouros e atingir objetivos de saúde a longo prazo, o aplicativo também oferece o recurso Coach da Mente, que ajuda as pessoas a criarem uma mentalidade equilibrada, voltada para objetivos, com sessões projetadas de treino em áudio. Com duração de 5 a 20 minutos, o coach ensina a estabelecer rotinas, lidar com contratempos, gerenciar o estresse e melhorar o foco, a recuperação e o sono. 


Além disso, o aplicativo disponibiliza o Coach de Nutrição, programa personalizado de alimentação com base no conceito de “comer limpo”. Os usuários informam se desejam emagrecer, ganhar massa muscular ou viver de forma saudável. Com quase 400 opções de receitas, o app também atende a usuários vegetarianos, veganos ou piscitarianos. 

 

 





Dr. Emeka Okorocha - médico reconhecido internacionalmente, que atua na linha de frente do Serviço Nacional de Saúde (NHS) e é embaixador de marca do Freeletics. Atualmente servindo em enfermarias de emergência e Covid-19 em hospitais no Reino Unido, Dr. Emeka alavanca positivamente sua plataforma como médico para criar conteúdo inspirador, educacional e divertido, que incentiva seus espectadores a assumir o controle de sua saúde e bem-estar. O médico amante de esportes e condicionamento físico foi nomeado como um dos 10 melhores Educadores TikTok 2020 e é um convidado regular na televisão e na rádio em toda a Grã-Bretanha e em todo o mundo. Dr. Emeka também é um aliado comprometido com o Movimento Black Lives Matter.

 

 

Freeletics,

 www.freeletics.com



Como a MEDITAÇÃO ajuda a melhorar nossos relacionamentos

Escritor e Mestre em Reiki mostra o quanto somos apegados às imagens que criamos uns dos outros


Praticar constantemente Meditação acaba por trazer muitos insights, alguns deles são associados ao que temos chamado de saúde emocional, uma busca de muita gente que procura pela Meditação a fim de solucionar ou ao menos reduzir algum estresse em relação às emoções. Mas, meditar nunca é uma prática específica, é como se tudo fosse vindo num grande “pacote”. A concentração melhora, a ansiedade é reduzida, a qualidade do sono também aumenta... Porém, o que destaco aqui hoje é a capacidade que os meditadores desenvolvem de olhar além das aparências, de adentrarem o mundo real; algo que, a princípio, pode não parecer muito convidativo, mas que é na verdade um dos benefícios mais libertadores que existem.


Até você descobrir que não é livre...

“Eu sou uma pessoa livre!” é o que muita gente afirma, uma vez que acha que constrói as próprias ideias, que toma as próprias decisões e faz o que bem entender da vida. Simplesmente o fato de poder estar andando por aí e até ter uma independência financeira – o que é incrível, não me entendam mal – não faz de você alguém totalmente livre. Estamos inconscientes de muitas ideias e comportamentos que temos. Nem sempre nossas opiniões são realmente “nossas”, não é raro seguirmos modelos de comportamento que nos são empurrados “garganta abaixo” sem jamais termos questionado se de fato os aprovamos, se nos sentimos bem de coração em relação a eles. Antes de começar a se tornar livre, você precisa admitir que não é, ao menos não totalmente. É como dizer que você precisa esvaziar o copo antes de enchê-lo com algo novo. Isso pode ser doloroso para muita gente, uma desilusão saber que está vivendo de acordo com o que outros disseram e jamais sequer investigou o que sente de verdade.

 

O caminho do desapego

Esse quadro mostra o quanto somos apegados aos conteúdos psicológicos. Tão apegados que eles já se tornaram parte das nossas identidades. O que torna tão difícil questioná-los, como se residisse ali um medo de deixarmos de ser quem somos. Porém, quem somos verdadeiramente ainda está por ser descoberto. Às vezes o que achamos que somos não passa de uma imagem. E seja essa imagem inventada por nós ou imposta por terceiros vai acabar por cobrir a nossa essência, a nossa alma, a nossa consciência, e enquanto existir vai dificultar nossa jornada interior, impedindo nossa autodescoberta. À medida que você se observa durante a Meditação, poderá perceber que o problema nem está tanto nessas imagens, mas no quanto estamos grudados nelas, então a chave de uma transformação interior e, consequentemente, exterior passa pelas relações que temos com o que está dentro de nós.

 

Relacionando-se com as imagens e não com as pessoas

No meu livreto “Não há espelhos no jardim, floresça para si mesma” cuidei de mostrar como todos esses enganos prejudicam a nossa saúde emocional, e ao mesmo tempo falo de caminhos para mudarmos essa direção em busca de uma felicidade autêntica. É preciso libertar-se dessas imagens. Há pessoas que constroem imagens do que seria um ser humano ideal e seguem pela vida com elas debaixo do braço. Entram em relacionamentos onde essa imagem se adaptou bem em outra pessoa e sofrem muito quando vem uma desilusão, que será proporcional à expectativa quanto ao que foi idealizado. E saem desses relacionamentos levando a mesma imagem que tentarão encaixar em outros. Ou desistem ao longo da vida, ou se acomodam onde algum “encaixe” aconteça. Como se dissessem: “É melhor do que nada”. Meditar nos leva a abandonar a ideia de um mundo “como deveria ser” e a aceitar o que é real. Na aceitação, a transformação acontece. Nessa prática, começamos a nos relacionarmos com as pessoas sem esperar que elas sejam apenas marionetes nas nossas mãos, o que também nos liberta de passar pela mesma situação. Negar a verdade de cada um é um erro que traz muita dor, muito sofrimento. Viver exige coragem, exige ver além. Afinal, espiritualidade também é um jeito de ver. E meditar tira cada vez mais a “sujeira” acumulada no nosso olhar, para que o mundo se revele-se a nós, para que encontremos nosso reflexo real. Acredite em mim, há beleza no mundo e em você também, em grandes porções, porém é preciso que você aprenda a ver novamente, como uma criança. Pois, interiormente, até os seus desequilíbrios podem guardar imensos tesouros, infinitas possibilidades...

 



Luís A. Delgado - foi ganhador do prêmio "Personalidade 2015" na categoria Arte Literária pela Academia de Artes de Cabo Frio-RJ – ARTPOP, e agraciado com o prêmio Clarice Lispector de Literatura na categoria "Melhores Romancistas" pela Editora Comunicação em 2015. Atualmente é sócio correspondente na Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras e Mestre em Reiki e Karuna Reiki, possuindo o mais alto título que um profissional do Reiki possa ter. Luís é autor da série de livretos "Janelas da Alma", disponíveis na Amazon (https://www.amazon.com.br/dp/B08PC1LF7L), onde aborda temas relacionados a autoconhecimento, meditação e espiritualidade.


Por que exercitar seu cérebro vai ser decisivo em 2021?

 Depois de meses em casa, o ano de 2021 será marcado por um recomeço, seja para crianças, que já estão mais próximas do ambiente escolar, para adultos, com a volta da rotina em muitas empresas e sobretudo para idosos, os primeiros a serem vacinados, que retomarão as suas atividades muito em breve.

Um ano de recolhimento também foi o ano de repensar metas, propósitos e ações para o período já conhecido como pós pandemia. Para Patrícia Lessa, Diretora Pedagógica do Supera, o mundo está ainda mais competitivo agora.

“As atitudes tomadas daqui para frente serão decisivas para melhorar nossas perspectivas em relação ao futuro e otimizar o uso do órgão mais importante do nosso corpo, o nosso cérebro. Por isso é tão importante decidir por caminhos mais assertivos, sobretudo quando falamos de nossas crianças e das escolhas que fazemos por elas hoje”, avaliou.


Melhorar a capacidade criativa

Especialistas em recrutamento e tendências já elencam como uma das características mais valorizadas daqui para frente a criatividade e capacidade de resolver problemas.

Quem não gostaria de ter uma mente mais criativa para lidar com os problemas da vida? Uma mente mais atenta e ágil apresenta melhor capacidade de processar informações.

“A estimulação cognitiva correta melhora o desempenho, desenvolvendo concentração, raciocínio lógico, criatividade e perseverança. Há também grandes benefícios comportamentais como o desenvolvimento da segurança e autoestima”, explicou Patrícia.


Como está difícil se manter concentrado...

Sabe por que isso acontece? Nunca o nosso cérebro esteve exposto a tantos estímulos simultâneos, uma decorrência do avanço tecnológico que terá consequências diretas na forma como vivemos daqui pra frente.

 A boa notícia é que a nossa concentração é passível de ser modificada com os estímulos certos.

Tarefas simples como prestar atenção em uma aula, assimilar completamente um conteúdo, ler um livro são práticas que são melhoradas com a prática de ginástica cerebral.

“A prática de ginástica para o cérebro colabora para manter o foco naquilo que é importante. Para os adultos, o treino melhora o desempenho seja ele profissional ou em outras áreas de atuação, desenvolvendo atenção, raciocínio lógico e capacidade em resolver problemas de forma criativa e inovadora. Melhora também a produtividade e reduz o estresse”, explicou Patrícia.


Eu não nasci inteligente?

Quantas vezes escutamos isso ao longo a vida? Inúmeras, não é mesmo? Uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade... e isso sim é uma verdade!

Mas a grande verdade, no entanto é que a nossa capacidade de raciocínio esta completamente ligada à nossa memória.

Segundo Patrícia Lessa, um dos pontos que determina a capacidade do cérebro de reter e resgatar informações é o nível de atividade do órgão.

“Nosso cérebro é uma máquina incrível, no entanto, diferente dos computadores, a memória humana pode ser melhorada por meio do fortalecimento de conexões neurais o que acontece através de estímulos específicos, como os que são propostos na prática de ginástica cerebral. O treino do Método Supera hoje oferece o que há de melhor no desenvolvimento de memória”, explicou.


Memorizar é viver mais (e melhor)

Por que conseguimos pensar melhor pela manhã e muitas vezes no fim da tarde sentimos que nosso cérebro não apresenta a mesma performance?

Outra habilidade impactada pela avalanche de informações a qual somos submetidos hoje em dia é a memória. Essa capacidade é diretamente influenciada pela atenção, que neste momento, precisa ser dividida entre diversos canais de comunicação.

Quando estimulamos nosso cérebro da maneira correta fortalecemos a capacidade de memorizar e aprender coisas novas, o que, consequentemente influencia nossa vida pessoal e profissional.

“A prática de ginástica para o cérebro cria e fortalece redes neurais o que nos ajuda a acessar mais facilmente nossas memórias. Ao acessar nossas lembranças de forma mais ágil nosso cérebro demanda de menos esforço no dia a dia”, pontuou Patrícia.

A prática de ginástica cerebral melhora diretamente a atenção e, consequentemente a memória. Com mais conexões neurais estamos mais protegidos de casos de demência, como o Alzheimer por exemplo que podem ser retardados em até 10 anos.


A ANGÚSTIA DE ÉLE

Há muito tempo conheci alguém. Vou nomeá-la Éle. É uma mulher de se apaixonar. Depois de conversar, é de se perder nos labirintos das suas questões sobre a existência. Sei disso porque me perdi. Nos labirintos e nela. Sim, eu quis. E gostei tanto que teria ficado vagando por ela, mas não deu, ou ela não permitiu que desse. Tenho, contudo, a pretensão de ter complicado o seu existir. Se tal é verdade, eu o fiz mui acertadamente, pois ela declarava-se existencialista. Existencialista que se preze sabe o que é vida angustiada. Eu a ajudei a se angustiar. Suponho que seja por isso que me odeia.

Em determinado momento, Éle careceu de ajuda para suportar a dor do seu existir. Na ocasião, senti-me culpado. Ela exercitava um truque: para aliviar a vida, acreditava nas lendas da biografia doméstica que lhe contaram. Vivia uma improvável vidinha bem desenhada. Questionava as coisas do mundo, não as da sua história pessoal. Opus interrogações. Afastou-se de mim. As respostas ao que eu perguntara e ao que ela seguramente se perguntou desmancharam a organização do seu território mental. Vi tudo se desmoronar e acompanhei, de longe e o quanto pude, o seu doloroso refazer-se.


Não, não consigo me acercar. Odeia-me ostensivamente. Olha-me e não me vê. Bem, se me odeia tanto, ainda estou lá, eu sei. Em estando, talvez deva continuar a conversa interrompida. Ela sabe que “a existência precede e governa a essência”. Mas eu não sei o que essa menina que se declara interessada em existencialismo faz com o que conhece. Não sei se ela se apropriou do seu saber e o converteu em ferramenta de intervenção em si e no mundo, ou se o que sabe é apenas um conteúdo de ostentação nas exibições de festas e de redes sociais. Eu a cria maior que sua vida.


Talvez eu a tenha havido por mais e melhor do que a gente que fica tão só na leitura, sem interagir com o lido. Quiçá creia nisso por causa do meu encantamento. Como fui por demais encantado, desconfio por demais de mim. Suspeito dos que somos tocados pelos caprichos da imaginação. Então, uma réstia de dúvida preenche a minha conjetura de que Éle não se aplica em si o suficiente: há descuidado para com a própria angústia. A angústia instigante que brota do que lhe foi subjetivizado, ela a abafa numa opção de existência medíocre. Ainda bem que ela me odeia. Facilita dizer não. 

Claro, mentira, queria que gostasse de mim. Mas sem concessões. O sentido da nossa vida vem de fora de nós. Vem das materialidades que nos cercam. São as falas, as emoções, as ideologias que nos constituem. Mas, sendo Éle existencialista, “agora que sabe disso, o que vai fazer com você?” Cada qual está livre para cuidar-se e condenado a se cuidar; é responsável pelo projeto de si. Daí a terrível e formidável angústia do indivíduo. Se a vida de Éle ainda lhe dói por isso, lamento, mas só ela pode curar a própria dor. Todavia, não fará isso em companhia ruim. A propósito: Éle, como andará você?



 

Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC

Psicanalista e Jornalista


Três dicas para ter mais rendimento em época de crise

No princípio era o desconhecido, uma crise sanitária sem precedentes que o mundo todo não estava preparado para lidar. Um ano depois, há um pouco mais de sabedoria sobre a gravidade da doença provocada pelo novo coronavírus e a necessidade de medidas coletivas. Mas mais ainda: há a esperança da vacina e da superação da pandemia. Mas nós não somos mais os mesmos.

Em uma crise, independente da dimensão, há essa trilogia em comum: primeiro não sabemos com o que estamos lidando. Há o medo e a ansiedade de não ter o controle. Depois, apesar das circunstâncias, é preciso estudar o cenário, conhecer muito bem as adversidades, na medida do possível e traçar metas. Em seguida, lidar com a realidade, trabalhar dentro das expectativas e planejar o futuro.

Mas uma crise, é uma crise e afeta as pessoas de forma diferente. Há quem consegue ser positivo, em meio ao caos, há quem esmoreça, há quem perca as esperanças e a produtividade, mas existe também as pessoas que conseguem aprender com as adversidades e superá-las. Que pessoa você quer se tornar?

Se você está desanimado e perdeu completamente o rendimento no trabalho e na vida pessoal nesses tempos difíceis, não se culpe. Cada pessoa tem um modo de vivenciar as experiências. Você não pode controlar os seus sentimentos. Mas pode controlar como lidar com eles de forma madura e ampliando o seu autoconhecimento.

Não é um processo fácil, nem rápido, mas aqui vão três dicas para você começar. Afinal, toda mudança começa com o primeiro passo, não é mesmo?


1 - Seja realista
Analise o cenário e seja objetivo. Não busque subterfúgios para se enganar. Se o assunto é sua vida profissional, estude todos os dados e soluções. Se está empregado, obtenha informações sobre sua empresa. Peça transparência. Se a empresa pretende fechar ou demitir, os funcionários precisam estar cientes para poderem planejar sua carreira. Se você é o empresário, é hora de analisar suas contas e devolver a mesma dedicação que os funcionários tiveram com o trabalho. Seja honesto. Não fuja da realidade.

Se sua vida pessoal virou uma bagunça com os novos tempos, é hora de agir. Delegar responsabilidades dentro de casa e não assumir tudo sozinha é essencial. Várias pesquisas indicam que as mulheres ficaram muito mais sobrecarregadas do que os homens trabalhando em casa, pois precisaram assumir mais tarefas além do trabalho, com os filhos e os afazeres domésticos, por exemplo.

Mas todos que moram na casa devem dividir as funções igualmente, certo? Converse com o seu parceiro ou com sua família e combine tarefas que todos podem fazer dentro da sua realidade sem prejudicar a si mesmo nem o outro.


2 - Não procrastine
Procrastinar é adiar ou atrasar uma tarefa em detrimento de outra mais importante. O home office ajudou nessa "atividade". Quantas vezes você ignorou as dezenas de contratos para ler, a soma das contas para pagar ou a pilha de louças para lavar para assistir apenas um episódio de uma série?

Nosso cérebro adora nos enganar com pegadinhas, achando que nós merecemos um tempo de prazer: "só mais um chocolatinho" ou coisas parecidas.  Afinal, a vida já está tão estressante. Mas o fato é que temos que ter o controle da nossa mente se quisermos nos desenvolver e ter muito claro nossos objetivos.


3 - Defina metas
Para alcançar um objetivo, é preciso desenvolver metas tangíveis. Se você precisa organizar o orçamento da sua casa ou empresa, mudar de carreira porque está infeliz ou porque seu trabalho não gera tanta renda quanto antes. Mudar de casa ou simplesmente render mais na vida profissional e pessoal, a mudança deve começar em você.

Priorize as tarefas mais importantes, divida-as em mini tarefas, veja a melhor forma de organizá-las visualmente. Seja no papel, em um planner digital, em post-it. Ter uma visão clara do que você precisa fazer para alcançar suas metas, ajuda na produtividade. A medida que você for colhendo os resultados da sua organização e prioridades, o seu rendimento aumenta.

A crise não pode ser uma desculpa para a estagnação. Todos nós, de alguma maneira, estamos sendo afetados por ela e todos, nós, de alguma maneira, temos algo a aprender.

Toda crise é uma evolução, uma mudança que exige do indivíduo e do coletivo um esforço de superação e aprendizado. Você pode escolher paralisar diante do medo ou crescer e evoluir diante da mudança. A escolha é sempre sua! 

 



Mônica Moraes Vialle - Sócia e diretora da MOOM Consultoria e Coaching, empresa binacional com sedes no Brasil e em Portugal. Master coach, consultora, palestrante e escritora, obteve sua formação de coaching nas mais importantes instituições nos EUA: Ohio University, Florida Christian University e no Brasil: Instituto Brasileiro de Coaching - IBC, Sociedade Brasileira de Coaching - SBC e Instituto Holos. É mentora e consultora em Liderança, Coaching, Arquitetura, Urbanismo e Real Estate. Mestre em Arquitetura pela Universidade de Lisboa, em Portugal, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC, técnica em Edificações pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, cursou MBA em Gestão de Negócios de Incorporação e Construção Imobiliária na FGV, e especialização em Real Estate. Seu histórico profissional passa por mais de 20 anos em posições de liderança em empresas importantes no Brasil.


Anorexia entre jovens: quais os perigos dessa doença e como tratá-la?

Para quem sofre com a anorexia, todos os pensamentos e planos giram em torno da perda de peso


adolescência é uma fase delicada, de muitas mudanças. Adolescentes enfrentam um momento em que o corpo e a mente deixam de ser infantis ao entrar em uma transição gradual para a fase adulta. A puberdade muda drasticamente a aparência física e, com isso, alguns jovens desenvolvem visões distorcidas e problemáticas sobre si mesmos, principalmente quando influenciados negativamente pelos padrões de beleza midiáticos.

Muitas vezes esse tipo de transtorno está associado à baixa autoestima, à inclusão em um contexto de julgamento e à idealização corporal. Ter vivenciado experiências traumáticas também pode representar um fator precipitante para o desencadeamento do problema.

Anorexia: o que é?

anorexia é caracterizada por uma restrição alimentar patológica que leva a um emagrecimento expressivo e potencialmente perigoso para a saúde. O início desse transtorno geralmente envolve a adoção de uma dieta rigorosa e um profundo temor de ganhar peso. O passo seguinte costuma ser a realização de um controle obsessivo das calorias ingeridas no dia, que pode incluir também a recusa de alimentos, com o risco de afetar as funções vitais do corpo.

Pacientes anoréxicas tendem a pesar menos do que o adequado para sua altura e idade e, apesar de se olharem no espelho constantemente em busca de encontrar a imagem de um corpo ideal, jamais recebem o retorno esperado. Isso porque a visão distorcida do próprio corpo é uma característica marcante da doença em questão. “O retrato que essa pessoa tem de si mesma é totalmente irreal e diferente do que os demais percebem quando a veem, e essa autoimagem distorcida é que leva ao transtorno de anorexia", explica a psiquiatra do Hospital Águas Claras Carolina Tajra.

Vale destacar que essa doença afeta principalmente meninas entre 12 e 20 anos, mas os meninos também podem ter anorexia.

O que pode acontecer com o corpo de uma pessoa anoréxica?

Várias consequências acometem o organismo se ele estiver em um estado de fome por muito tempo. Para economizar energia, ele começa a “desligar" diversas funções importantes. “Os sintomas de transtornos alimentares em geral não são de fácil observação. Não é infrequente o paciente ou seus pais só procurarem ajuda quando já existem outras complicações clínicas associadas", explica a médica.

Claro que os impactos vão depender da gravidade e do curso da doença, mas, de qualquer forma, é esperado que ao menos alguns dos desdobramentos mais comuns, abaixo listados, se manifestem nesse paciente.

  • Diminuição da frequência cardíaca
  • Queda drástica da temperatura corporal
  • Pressão arterial mais baixa do que o normal, podendo causar tontura e desmaio
  • Piora da qualidade da circulação sanguínea
  • Maiores chances de desenvolver problemas de osteoporose
  • Interrupção das funções normais do cérebro, o que abre espaço para a chamada atrofia cerebral, isto é, a perda de tecido cerebral
  • Enfraquecimento dos músculos
  • Mau funcionamento do coração e dos rins
  • Diminuição do metabolismo
  • Sensação constante de cansaço
  • Deficiência de várias substâncias de que o corpo necessita. Um exemplo recorrente é a falta do ferro, que pode originar um quadro de anemia e ainda interromper/tornar irregular a menstruação nos pacientes do sexo feminino
  • Problemas gastrointestinais, como dor de estômago, prisão de ventre e gases
  • Pele e o cabelo podem se tornar extremamente secos.
  • Maior tendência à acne.

Felizmente, na maioria das vezes, os efeitos da anorexia no corpo desaparecem conforme a pessoa com anorexia começa a se alimentar de forma correta e recupera um peso saudável. Em alguns casos, porém, a pessoa continua apresentando determinadas complicações mentais e/ou somáticas significativas.

Tratamento para a anorexia

Se você está se perguntando se a anorexia tem cura, a resposta é ‘sim’! “O mais importante para um diagnóstico e tratamento precoce", explica Carolina, “é a atenção para recusas alimentares frequentes, perda de peso, preocupação exagerada com o corpo e idealização de padrões corporais anormais. Apesar disso, por ser uma doença heterogênea, não existe uma forma única de tratamento que seja eficaz para todos os pacientes".

O primeiro passo na buscar por auxílio profissional é pesquisar e se informar o máximo possível sobre a anorexia e como ela é tratada. Depois desse momento e diante do interesse do paciente que sofre com essa doença em ser ajudado, é hora que consultar um psicanalista ou psiquiatra competente e experiente que conheça bem a natureza e o curso dessa doença. O tratamento envolverá, claro, mudanças na maneira de se alimentar, mas também nas formas de lidar com outras emoções difíceis. Em alguns casos é preciso aliar a terapia com recomendações e programas dietéticos específicos por parte de um nutricionista. “Afinal, é de extrema importância promover também uma recuperação nutricional do paciente", relata a especialista. Medicamentos antidepressivos também podem ser incluídos no processo se o especialista julgar seguro e necessário.

Além disso, todos os pacientes devem ser submetidos a um exame abrangente, em que as condições médicas, psicológicas e sociais são mapeadas de forma completa, para avaliar e incrementar sua saúde e qualidade de vida. Determinados exames são essenciais para conhecer a situação metabólica do doente e para descartar outras condições médicas.

Com toda a certeza, o ponto mais importante desse processo é o desejo de continuidade e a perseverança do paciente, construídos diante de uma boa aliança terapêutica com o profissional responsável e de uma rede de apoio na família. Os mais próximos da pessoa nessa condição precisam ter atenção aos sinais de sofrimento, oferecendo ajuda de forma acolhedora e não crítica. “Pacientes com transtornos alimentares já se julgam demais para receber mais julgamentos", finaliza a médica.

 


Hospital Águas Claras


Altas temperaturas aumentam riscos de doenças vasculares e circulatórias

Cuidados com alimentação e prática de atividades físicas ajudam a evitar o acúmulo de líquido e inchaço no corpo, sinais de alerta do sistema circulatório


Com a chegada do verão, é comum sentirmos as pernas mais pesadas, os pés e mãos inchados e a sensação constante de cansaço provocada pelo calor excessivo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), o período mais quente do ano provoca um aumento de 30% na incidência de doenças vasculares.

A condição, somada às altas temperaturas, é fomentada pelo acúmulo de líquidos em espaços ao redor dos tecidos e órgãos.  “O inchaço, embora seja mais frequente no verão, é sempre um sinal de alerta em qualquer época, principalmente se há persistência após algumas horas de repouso, pois demostra uma sobrecarga no sistema circulatório”, destaca o Dr. Paulo Eduardo Bochio, cirurgião vascular da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Ele explica que esta sobrecarga pode ser provocada por uma condição fisiológica, como a dilatação das veias destas áreas, e também pode ser um indício de trombose venosa profunda. “Sendo assim, inchaços persistentes necessitam de avaliação médica.” Segundo o especialista, as mulheres são as que mais sofrem com os problemas vasculares durante o verão. E esclarece que os hormônios femininos, principalmente o estrógeno, estão associados à piora dos sintomas de doenças vasculares, como peso, cansaço e inchaço. 

“Em alguns casos, o uso de medicamentos com estrógenos pode até causar ou agravar a própria doença, como em pessoas com predisposição genética ou fumantes, seja piorando os sintomas e aspecto do membro, ou mesmo levando à trombose venosa, principalmente em mulheres acima dos 35 anos”, explica. E frisa que, normalmente, a principal queixa das pacientes durante esta estação é sobre os inchaços nas pernas, um dos principais sintomas da insuficiência venosa crônica, que acomete um número significativo de pessoas da população geral e principalmente do sexo feminino. “Este problema, na maior parte das vezes, é benigno, quando tratado de maneira adequada.” 

Para pessoas que têm problemas vasculares prévios, como insuficiência venosa crônica (varizes), o médico pede atenção às altas temperaturas, assim como nas doenças arteriais para as baixas temperaturas. “As varizes dos membros inferiores são veias dilatadas e tortuosas, incapazes de conduzir adequadamente o sangue das pernas para o coração. No sistema superficial de veias, essa dificuldade de retorno se chama estase venosa, e facilita o aparecimento de edema e até flebites (inflamação aguda da veia)”, ressalta.

De acordo com o especialista, em casos mais graves, principalmente quando há acometimento do sistema venoso profundo, como no caso de pacientes que já tiveram trombose, podem aparecer úlceras varicosas ou novos episódios de trombose.



Trombose 

A pandemia de Covid-19 impôs à população muitas mudanças de comportamento e estilo de vida. 

“Essas mudanças fizeram com que muitos deixassem um pouco de lado os cuidados com a saúde, aumentando o risco, principalmente agora no verão, de ocorrência de doenças como a trombose”, relata o cirurgião vascular

A trombose é um problema de circulação, causado pela criação de um coágulo em locais em que não ocorreram qualquer tipo de sangramento. “Em condições normais, a formação do trombo (coágulo) é um mecanismo fisiológico do sistema circulatório que cessa qualquer tipo de sangramento, por exemplo no caso de um ferimento. Porém, com a trombose, esse trombo se forma dentro de um vaso, dificultando ou impedindo a circulação sanguínea na região ou em um órgão específico”, afirma o especialista. 

A trombose acontece em diferentes tipos de vasos sanguíneos, podendo se apresentar como:

- Trombose venosa profunda: afeta principalmente as veias nos membros inferiores, geralmente na região das coxas e panturrilhas, podendo acometer outros vasos, como os abdominais. Sua principal e mais temida complicação é a embolia pulmonar, quando o trombo é levado pela corrente sanguínea e entope a circulação dos pulmões, causando grande risco à vida.

- Trombose arterial: forma-se nas artérias, os sintomas principais são causados pela falta de suprimento sanguíneo adequado, ao órgão ou região acometida, por exemplo, no coração, angina ou infarto, no cérebro, um AVCI (acidente vascular cerebral isquêmico, causado pela) nas pernas: frialdade, arroxeamento e alteração da sensibilidade, com risco de perda do membro.


As doenças arteriais normalmente têm sua maior incidência no inverno e,  como principais fatores de risco, diabetes, hipertensão, tabagismo e colesterol elevado. A obesidade e o sedentarismo são fatores de risco tanto para a doença venosa como para a arterial.

Outra preocupação, apresentada pela SBACV, foi a identificação da doença em pacientes que tiveram Covid-19.

“A doença pode ser grave em pacientes que já tinham algum fator de risco prévio, como obesidade ou tabagismo. No entanto, estamos observando o aparecimento de trombose em pacientes previamente saudáveis. Ao que parece, o processo inflamatório extremo causado pela Covid- 19 está intimamente relacionado à trombose”, destaca o cirurgião vascular. Alguns dos fatores que, segundo a especialista, podem causar a trombose são:  período de gravidez, uso de anticoncepcionais e a permanência na mesma posição por longos períodos.

“Ficar muito tempo de pé ou sentado, durante o horário de trabalho ou em viagens, dificulta o retorno do sangue e líquidos ao coração, já que a musculatura e o próprio movimento em si têm um papel fundamental na circulação”, explica o Dr. Paulo, que dá algumas recomendações para as pessoas que passam muito tempo em pé ou sentadas, mesmo que não tenham insuficiência venosa: 

- Levantar-se pelo menos uma vez a cada hora;

- Caminhar por cerca de 5 minutos;

- Sentado ou em pé, fazer movimentos circulares com os pés;

- Elevar as pernas próximo ao nível do coração, algumas vezes ao dia;

- Utilizar meias elásticas, caso haja recomendação médica.

As dicas acima podem ajudar no bom funcionamento da circulação sanguínea e contribuem significativamente para a melhora dos sintomas e prevenção de complicações.


Cuidados

Segundo Lígia dos Santos, nutricionista da Rede, outros fatores que mais causam problemas vasculares durante o verão são a desidratação e a preexistência de doenças associadas à obesidade e ao sobrepeso, como o diabetes e a hipertensão.

“Esses são elementos que atrapalham a circulação e podem agravar quaisquer inflamações presentes nos vasos sanguíneos, levando o corpo a reter líquidos para diluir o mineral, como o sódio, e inchar”, explica a especialista.  Ela também pontua que alguns alimentos muito consumidos, como os industrializados e ultraprocessados, são prejudiciais por possuírem altos níveis de sais e açúcares em sua composição. 

Para evitar a má circulação, ela recomenda uma dieta balanceada, com a presença de alimentos diuréticos como melancia, melão, pepino e abóbora, além da ingestão de água pura, que ajuda a evitar a retenção de líquidos e a repor o potássio que é eliminado pelo suor.

“Muitos acreditam que os inchaços são causados pela quantidade de líquido ingerido, mas a hidratação, pelo contrário, é o que evita a retenção e favorece o funcionamento intestinal. A desidratação pode favorecer o aparecimento do edema.” Por fim, Lígia recomenda realizar regularmente atividades físicas. O ideal, segundo ela, é se exercitar antes das 10h ou na parte da noite, para evitar a exposição ao calor. “Realizar exercícios físicos ou caminhadas são essenciais para evitar inúmeras doenças, principalmente a trombose, pois são as formas mais eficientes de combater os incômodos causados pela má circulação. Lembrando que a atividade física deverá ser orientada por um profissional", finaliza.



Hospitais São Camilo

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SBOC solicita ao Ministério da Saúde prioridade a pacientes oncológicos em vacinação contra COVID-19

"Trata-se de um grupo especialmente vulnerável aos efeitos da infecção e que precisa ser protegido", diz Dra. Clarissa Mathias, presidente da entidade


Em carta enviada ao Ministério da Saúde nesta terça-feira (9), a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) defende que pacientes oncológicos em todo o território nacional sejam incluídos nos grupos com prioridade na vacinação contra a COVID-19. A defesa se baseia nas evidências científicas de que pacientes com câncer são mais vulneráveis aos riscos de complicações ocasionadas pelo coronavírus Sars-Cov-2.

De acordo com a presidente da SBOC, Dra. Clarissa Mathias, que assina a carta, o contato com o Ministério da Saúde tem o objetivo inicial de esclarecer por que os pacientes oncológicos não constam expressamente no grupo de comorbidades do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a COVID-19. “Trata-se de um grupo especialmente vulnerável aos efeitos da infecção e que precisa ser protegido. A SBOC representa o oncologista clínico ao cuidar dessa população em sua jornada dupla de luta contra o câncer e a COVID-19”, diz.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), baseada na literatura científica produzida ao longo do enfrentamento da pandemia ao redor do mundo, classifica o paciente oncológico no grupo de risco para complicações da COVID-19, independentemente do tipo da doença e das circunstâncias do tratamento. “Esse entendimento inclui, automaticamente, o paciente com qualquer tipo de câncer no grupo prioritário para vacinação. Essas pessoas não podem esperar”, defende Dra. Clarissa Mathias.

O próprio Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a COVID-19 citou, nas suas duas primeiras edições, a OMS ao dizer que “idosos e pessoas com comorbidades, tais como pressão alta, problemas cardíacos e do pulmão, diabetes ou câncer, têm maior risco de ficarem gravemente doentes”. Apesar disso, as edições seguintes, publicadas nos dias 22 e 29 de janeiro de 2021, excluem o câncer do grupo de comorbidades prioritárias, restringindo-se a incluir na descrição do grupo de imunossuprimidos os pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses e aqueles com neoplasias hematológicas.

O plano federal também se refere ao paciente oncológico ao caracterizar os grupos de risco para agravamento e óbito por COVID-19, ao lado de pessoas com “insuficiência renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), anemia falciforme, obesidade mórbida e síndrome de Down, além de idade superior a 60 anos e indivíduos transplantados de órgãos sólidos”.

“Diante da flagrante incoerência do plano ao se referir ao paciente oncológico como grupo de risco e não incluí-lo nos grupos prioritários para vacinação, solicitamos que o Ministério da Saúde informe claramente se esse ‘detalhe’ constará expressamente na próxima edição do documento”, conta o gerente jurídico da SBOC, Dr. Tiago Matos.


Evidências científicas

A vacinação dos brasileiros com diagnóstico de câncer tem sido uma preocupação da SBOC, que publicou, em janeiro, um guia com orientações sobre as vacinas aprovadas para uso emergencial no país. Ao longo da pandemia, a entidade tem atuado também no desenvolvimento e na promoção de condutas técnicas a serem adotadas pela comunidade oncológica e toda a população, concentradas no site coronavirus.sboc.org.br e difundidas por todos os seus canais de comunicação.

De acordo com o diretor executivo da SBOC, Dr. Renan Clara, todas as iniciativas da entidade têm sido baseadas nas mais recentes evidências científicas internacionais. “A SBOC não só repercute o que há de mais consensual na comunidade global de cientistas dedicados ao enfrentamento da pandemia como contribui com o desenvolvimento do conhecimento científico nacional a respeito do vírus e de seus impactos no organismo que combate um câncer, seja ele qual for”, conta.

Estudo brasileiro publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) identificou e acompanhou 198 pacientes com câncer que desenvolveram COVID-19 entre março e julho de 2020. Destes, 33 morreram. “Trata-se de uma taxa de mortalidade de 16,7%, seis vezes mais que o índice global, de 2,4%”, observa Dr. Renan Clara.

Ainda de acordo com o estudo, a maior taxa de mortalidade foi encontrada em pacientes com neoplasias do trato respiratório (43,8%), principalmente câncer de pulmão metastático, e tumores hematológicos, como linfomas e leucemia, sendo que o pior prognóstico está relacionado à fase da doença em que o paciente se encontra, com maior risco para quem tem câncer ativo, progressivo ou metastático.

“Esse e outros estudos evidenciam que não apenas os pacientes imunossuprimidos estão mais susceptíveis a manifestações graves da doença, mas também aqueles em diversos outros espectros da doença, sendo inviável estratificá-los e urgente incluí-los entre aqueles que precisam ser imunizados contra um mal que pode ter consequências fatais para sua saúde e a própria vida”, enfatiza Dra. Clarissa Mathias.

Ainda de acordo com a presidente, “a SBOC seguirá vigilante e em diálogo com os organismos responsáveis, entidades parceiras e parlamentares defensores da causa, junto ao Ministério da Saúde, até que o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19 seja alterado para incluir os pacientes oncológicos e todos sejam vacinados”.

 


SBOC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA


Incidência de pedras nos rins aumenta em 30% no verão, saiba como evitar

Principal fator é a hidratação insuficiente e perdas insensíveis nesta época


Em qualquer época do ano, manter um bom consumo de água no dia a dia é essencial. Mas, com o verão a desidratação causada pelo calor favorece a perda de água pelo nosso corpo, tornando ainda mais necessário a atenção na hidratação e no consumo de líquidos. Em janeiro deste ano, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alertou a população sobre os riscos e maneiras de prevenir a formação de pedras nos rins, e informou que no verão, a incidência desse problema aumenta em 30% em comparação a outras épocas do ano, devido ao aumento das perdas insensíveis como a transpiração pelo calor, sem hidratação adequada.

O médico nefrologista Luís Trindade alerta sobre a cor da urina, que não pode ser muito escura. “A urina tem que estar sempre bem clara, entre amarelo-clara e amarelo transparente. A urina mais escura costuma ser a primeira do dia, já que passamos muito tempo sem ir ao banheiro. A hidratação deve ser feita durante todo o dia, com muito líquido principalmente água”, indica.

Mas, apenas um bom consumo de água não é o ideal para manter o corpo com seu funcionamento em dia. Outro pilar importante é a redução do consumo de sódio, o famoso sal de cozinha, tanto do saleiro quanto o da comida industrializada. Portanto, o hábito de colocar o saleiro em cima da mesa deve ser repensado. Investir em temperos naturais, como alho, ervas, azeite ou limão, são mais indicados.

Além da água, a hidratação também pode vir de chás, sucos e frutas. As frutas, por sua vez, possuem uma boa concentração de água, além de serem muito nutritivas. Melancia, melão, maçã e abacaxi são boas opções. E, no caso dos sucos, quanto menos ou nada de açúcar, melhor. Em relação aos chás, é preciso ter cuidado, já que os escuros, principalmente, contêm oxalato, um dos principais componentes dos cálculos renais. “Café em excesso, bebidas alcoólicas e bebidas a base de cola, quando consumidos frequentemente, podem levar à formação de cálculos. O ideal é diminuir o consumo, alerta o médico.

O cálculo renal é uma condição que acomete principalmente adultos jovens, entre os 20 e 35 anos, sendo mais frequente em homens. Metade dessas pessoas são propensas a ter um novo episódio de cálculo renal ao longo dos dez anos seguintes, portanto, a prevenção é de extrema importância. O ideal é consumir de dois a três litros de água diariamente, mas alguns fatores devem ser levados em consideração para o ajuste à realidade do paciente.

A constituição física, como peso, altura e percentual de gordura corporal podem alterar as necessidades de cada um. Além disso, o corpo perde líquidos de outra forma, como através de atividades físicas, suor e clima, portanto, hidratação é sempre essencial a todo momento, e durante qualquer ocasião.

 

Fonte: Luís Gustavo Trindade - médico especialista em Clínica Médica pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG).Possui título de especialista em nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. Possui especialização em transplante renal e pâncreas-rim pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atualmente faz parte do corpo clínico da Rede Mater Dei de Saúde.

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