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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Fevereiro Roxo: saiba mais sobre o mês de combate e conscientização da Fibromialgia

A psicóloga e apresentadora Rosangela Sampaio explica sobre o Fevereiro Roxo e indica como detectar os sintomas

 

 

Rigidez matinal, dormência nas extremidades, alterações no sono, sensação de inchaço, dor torácica, palpitações, tonturas, dor de cabeça, alterações na memória e no humor são alguns dos sintomas da doença.

 

Alguns estudos indicam que a fibromialgia é mais comum em pessoas que possuem uma maior sensibilidade à dor, ou seja, é como se um botão fosse ativado e o sistema nervoso central fizesse com que a pessoa sentisse mais dor, fazendo com que nervos, medula e cérebro aumentem a intensidade da dor.

 

Por isso, é comum desenvolver a fibromialgia após eventos traumáticos, como físico, psicológico e até mesmo uma infecção grave.

 

Eu recebo frequentemente no meu consultório pacientes com estresse crônico, depressão e alteração de humor. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a depressão está presente em 50% dos pacientes com Fibromialgia (2011).

 

O processo psicoterapêutico, que é um dos caminhos para auxiliar o paciente no tratamento contra a doença, melhora da qualidade do sono, assim como na manutenção ou restabelecimento do equilíbrio emocional. Na clínica, o paciente é convidado a refletir sobre as suas emoções e como gerar mais emoções positivas, engajamento e aceitação, sentido de vida, realizações e relacionamentos positivos.

 

Sua maneira de lidar é só sua!

 

Cada paciente lida à sua maneira em relação ao seu diagnóstico e isso é um fator determinante na evolução da doença.

 

Por isso, procuramos fazer com que a pessoa assuma uma atitude positiva frente às propostas terapêuticas e seus sintomas.

 

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup - em mais de 150 países - revelou que para as pessoas um futuro melhor inclui ter uma boa saúde. Isso não significa a ausência de doenças, mas ter escolhas referentes ao estilo de vida que sejam capazes de favorecer a saúde e promover o equilíbrio entre corpo e mente.

 

É por meio do nosso corpo que criamos e exprimimos sentimentos, emoções e pensamentos, ou seja, tudo o que chega à nossa mente passa primeiro pelo nosso corpo.

 

Pensando nisso, surgiu o conceito de saúde positiva, um novo campo de conhecimento proposto por Martin Seligman, pai da Psicologia Positiva. Aconselho você a conhecer!

 

Segundo ele, a saúde positiva direciona o nosso foco para aquilo que nos torna saudáveis. Afinal, nós sabemos o que nos faz adoecer, mas nem sempre sabemos o que, de fato, nos tornam saudáveis.

 

Fevereiro Roxo: como ter uma saúde mais positiva?

 

Confira os pilares da saúde positiva, que constituem recursos que devemos adquirir ou preservar, e reflita se suas ações estão contribuindo para uma vida mais longa e saudável.

 

- Trabalhe seus recursos funcionais: isso inclui medidas de capacidade física, como flexibilidade, força, resistência, entre outras. Inclui também a adaptação de nossas funções corporais às demandas de estilo de vida que escolhemos, como trabalhar, amar e se divertir;

 

- Utilize os recursos biológicos relevantes à sua saúde, como massa corporal, pressão arterial, temperatura, batimentos cardíacos, entre outros;

 

- Use recursos subjetivos. Isso abrange estados de bem-estar físico, como energia, vigor, vitalidade, e sensação de estar no controle da própria saúde. Também entram os níveis de otimismo, satisfação com a vida, emoções positivas, engajamento em nossa vida e nas coisas que fazemos.

 

A campanha é importante porque nos faz compreender o nosso papel na sociedade em relação à doença, e mostra que podemos mudar os nossos hábitos, nos informar e termos um papel de destaque com relação à prevenção da doença.

 


 

 

Rosangela Sampaio - psicóloga, palestrante, escritora e apresentadora do programa Mulheres em Flow. Dentre seus trabalhos literários estão o capítulo “O poder do autoamor”, da obra “Autoamor – Um caminho para regulação emocional e autoestima feminina”, além das coordenações editoriais e coautorias dos livros “Sem Medo do Batom Vermelho”, onde aborda um tema que é sempre polêmico, a rivalidade feminina, e “Mulheres Invisíveis”, sobre violência contra a mulher. Também é colunista de portais expressivos e revistas nacionais, entre eles O Segredo, Revista Vivendo PlenaMente, Revista Cenário Minas e Revista Statto, onde leva informações sobre saúde mental para todos com uma linguagem leve, acessível e mostrando que disfunções emocionais fazem parte da vida de todos, não apenas “de gente fraca”.

 

@rosangelasampaiooficial e @mulheresemflowoficial

Brasil produz apenas 5% dos insumos necessários para a fabricação de seus medicamentos

Falta de IFAs expõe a dependência do Brasil em insumos e tecnologia importados

 

Hoje, o Brasil fabrica apenas 5% de todos os insumos necessários para a produção de seus medicamentos, importando a maior parte da China e da Índia, responsáveis pela fabricação de 40% dos insumos utilizados no mundo inteiro. “É importante salientar que nas últimas três décadas, não somente o Brasil como também países desenvolvidos transferiram suas produções de insumos para países asiáticos, de modo a reduzirem seus custos. Isso fez com que China e Índia investissem massivamente em tecnologia, subsídios para exportação e produção, entre outros, o que as tornou hegemonias e potências mundiais na produção de insumos farmacêuticos.” – explica Norberto Prestes, presidente da Abiquifi – Associação Brasileira da Indústria de Insumos  Farmacêuticos. 

Atingindo seu ápice na década de 80, com um crescimento de 8% ao ano, a indústria farmacêutica brasileira deixou seu posto de autossuficiência, quando fabricava 55% de seus insumos, e passou por um processo de “especialização regressiva” na década seguinte. Com a abertura comercial dos anos 90, tornou-se mais barato importar medicamentos e insumos do que os fabricar, o que desestimulou a produção local de farmoquímicos, fazendo a indústria farmacêutica nacional chegar à impressionante porcentagem de 90% de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) importados. “Se por um lado reforçaram a capacitação técnica e financeira das empresas produtoras de medicamentos, pouco ou nada fizeram para a redução da dependência dos insumos. Isso rapidamente transformou a cadeia farmacêutica em um grande importador, tanto de IFA’s quanto de medicamentos prontos.” - declara Prestes.

 

Embora essa quase total dependência de insumos venha de longa data, foi a pandemia que chamou a atenção para esse problema, alertando sobre os perigos da ruptura de fornecimento para a saúde pública. Segundo Norberto, a Covid-19 abriu os olhos do mundo para a saúde como ativo estratégico. “Somos uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do mundo e, mesmo assim, totalmente dependentes das importações dos insumos. Claro que não deixaremos de importar, todos os países o fazem devido ao baixíssimo custo, o que não podemos aceitar mais é sermos um país sem capacidade tecnológica para reagir a um problema como esse e não entrar em colapso. É preciso estruturar a cadeia de produtores e prestadores de serviços para insumos em parceria com a indústria farmacêutica afim de alcançarmos melhores resultados.”, afirma o executivo.

 

Ainda de acordo com o presidente da associação, o Brasil tem capacidade tanto tecnológica quanto científica para desenvolver vacinas. “Talvez o que faltou para o Brasil foi a permanência ou medidas perenes e contínuas para que o incentivo à pesquisa, o desenvolvimento de vacinas, ou de medicamentos e insumos, nunca fossem interrompidos.”

 

Dos vários entraves gerados durante esses últimos trinta anos, a falta de investimentos em inovação e tecnologia, ausência de isonomia regulatória, tributária entre outros impediram que o Brasil passasse a fabricar parte dos seus insumos e, com isso, diminuir os constantes riscos de colapso da saúde pública. “Assistimos nesta pandemia os Governos das grandes democracias da Europa e os Estados Unidos destinarem dezenas de bilhões de dólares e se associarem com as empresas que estão pesquisando tanto vacinas como medicamentos, testes de diagnósticos, insumos e tudo o mais que seja relevante para o combate à pandemia. Esta postura é fundamental ser tomada e o Brasil reagir rapidamente.” – observa.

 

Norberto ainda ressalta que será necessário um grande esforço do Governo, juntamente com a iniciativa privada, para que o Brasil seja colocado no mapa como uma alternativa mundial para compra de insumos farmacêuticos, tamanha a necessidade de grandes investimentos nas áreas de inovação tecnológica e desenvolvimento, assim como mecanismos que possibilitem competitividade nesse mercado.




Abiquifi – Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos

www.abiquifi.org.br

 

Idosos frágeis com COVID-19 têm três vezes mais probabilidade de morrer, concluiu o estudo

Uma nova pesquisa liderada pela University of Birmingham revelou pela primeira vez até que ponto a fragilidade aumenta o risco de mortalidade em pacientes com covid-19.


Um estudo observacional, envolvendo 5.711 pacientes com a doença, em 55 hospitais de 12 países, descobriu que indivíduos gravemente frágeis com covid-19 têm três vezes mais probabilidade de morrer do que aqueles que não eram frágeis, mesmo tomando em consideração a sua idade. Ele também descobriu que aqueles com fragilidade grave que sobreviveram ao vírus tinham sete vezes mais probabilidade de precisar de mais cuidados em casa ou Ilpis.

O Geriatric Medicine Research Collaborative (GeMRC) - o grupo de especialistas por trás do estudo - agora solicita uma política de saúde pública global depois que sua pesquisa demonstrou que a fragilidade, independentemente da idade avançada, aumenta o risco de morte pelo novo coronavírus.

A fragilidade é um estado em que o corpo se torna mais vulnerável aos efeitos da doença. Ele é identificado pelos médicos usando uma avaliação holística que considera quanto apoio a pessoa precisa de outras pessoas em sua vida diária antes de ficar doente - não apenas seus problemas médicos, mas a pessoa como um todo. O risco de fragilidade aumenta à medida que envelhecemos, mas pode se desenvolver em diferentes idades.

A autora sênior, Dra. Carly Welch, pesquisadora clínica em medicina geriátrica do Instituto de Inflamação e Envelhecimento da Universidade de Birmingham, e presidente e co-fundadora da GeMRC, disse: "Foi identificado muito cedo na pandemia que a idade avançada era significativo fator de risco para uma maior chance de morte com covid-19".
"No entanto, nem todas as pessoas idosas são iguais, todos nós envelhecemos de maneira diferente - algumas pessoas podem viver bem até os 90 anos sem desenvolver fragilidade".

"Nossas descobertas são importantes, pois fomos capazes de demonstrar que não apenas a idade avançada, mas também a fragilidade, independentemente uma da outra, aumentam o risco de morte por covid-19 e também um aumento subsequente na necessidade de cuidados".

A Dra. Daisy Wilson, pesquisadora clínica da Universidade de Birmingham, acrescentou: "Agora temos evidências que demonstram que aqueles que correm maior risco de contrair a covid-19 são aqueles que são mais velhos, ou vivem com fragilidade".

O GeMRC espera que os resultados da pesquisa influenciem políticas de saúde pública, priorização da vacinação para pessoas com fragilidade.

A pesquisa, publicada na Age and Aging e apoiada pelo National Institute for Health Research (NIHR), é o maior estudo internacional do tipo até hoje.

Fonte: Wilson et al (fevereiro, 2021). 'Idade e fragilidade estão independentemente associadas ao aumento da mortalidade por COVID-19 e ao aumento das necessidades de cuidados em sobreviventes: resultados de um estudo multicêntrico internacional' Age And Aging (2021). DOI: 10.1093 / envelhecimento / afab026

 



Rubens de Fraga Júnior - professor de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.



Especialista alerta para os cuidados com a Dengue, Zika e Chikungunya na estação mais quente do ano

Docente de Medicina da UNIFRAN, Dr. Lucas Macedo explica diferenças entre as três doenças virais e os sintomas semelhantes aos da COVID-19

 

Com a chegada do verão, os dias passam a ser mais quentes e as chuvas mais volumosas. Por essa razão, é que o doutor Lucas Macedo, professor do curso de Medicina da Universidade de Franca (UNIFRAN), alerta para o aumento nos casos de Dengue, Zika e Chikungunya.

“Essas doenças virais, ou também conhecidas como viroses, são mais frequentes em estações quentes. O cenário favorece a uma maior proliferação de pernilongos, em especial o Aedes aegypti. O acúmulo de água parada em ambientes residenciais, por exemplo, potencializa a reprodução desse mosquito, responsável pela transmissão desses vírus”, explica doutor Lucas.

Além de serem transmitidas pelo mesmo vetor, as três doenças também apresentam sintomas parecidos. Indisposição, dor pelo corpo e nas articulações, febre, dor atrás dos olhos, cefaleia e até manchas no corpo são sinais das enfermidades. “A evolução do quadro apresenta particularidades de sintomas e é fundamental o acompanhamento por um profissional habilitado, que realize exames laboratoriais pertinentes, capazes de diagnosticar a doença e iniciar o tratamento adequado para cada caso”, alerta o professor.

Somado aos surtos de Dengue, Zika e Chikungunya, comuns a essa época do ano, o Brasil também está enfrentando a pandemia da COVID-19. Segundo o médico, as manifestações clínicas podem ser muito semelhantes, porém, habitualmente na evolução da doença causada pelo coronavírus, há sintomas respiratórios semelhantes a um resfriado, como tosse, coriza, obstrução nasal e dor de garganta, o que praticamente não ocorre nas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Para prevenir e combater o mosquito, as medidas são simples: evitar acumular entulhos ou qualquer recipiente abandonado que acumule água; instalar telas nas janelas que impeçam o inseto de entrar no domicílio ou ambiente de trabalho e fazer uso de repelentes. “A melhor arma contra cada uma dessas doenças é prevenir, e ao primeiro sinal de algum sintoma, o paciente deve procurar imediatamente por uma avaliação médica, visto todas tem alta capacidade de agravamento e de trazer sérias complicações à saúde”, finaliza.

 


UNIFRAN

www.unifran.edu.br 

Conheça o Nosso Jeito de Ensinar. 


Como vai a saúde do seu fígado?

 Saiba quais são as doenças hepáticas mais comuns e as medidas para evitá-las

 

O fígado é a maior glândula do corpo humano e responsável por funções importantes para o funcionamento do organismo. O órgão secreta a bile, que auxilia na dissolução e aproveitamento de gorduras, armazena glicose, produz proteínas, desintoxica o organismo e sintetiza o colesterol, além de filtrar microrganismos.

As doenças hepáticas são condições que danificam ou impedem o fígado de exercer seu papel no corpo. Conheça algumas:


- Hepatites virais: podem ser do tipo A, B, C, D ou E, e representam um grande problema de saúde no mundo. Trata-se de uma infecção que atinge o fígado causando sintomas como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.


- Câncer de fígado: pode ser primário, que começa no próprio fígado, ou secundário, com origem em outro órgão (metástase). Os sintomas mais comuns são: dor, presença de massa abdominal, distensão abdominal, perda de peso, perda de apetite, mal-estar, tonalidade amarela nos olhos e pele, além de acúmulo de líquido no abdômen (ascite).


- Esteatose hepática: cada vez mais comum, caracteriza-se pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado que pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e câncer.

 

Como cuidar do fígado?

Com tantas funções, é necessário cuidado.  Para prevenir doenças e manter a saúde, o ideal é evitar o consumo de alimentos que possam agravar o acúmulo de gordura no fígado (produtos embutidos, bacon, frituras, carnes gordurosas e açúcar em excesso), não consumir álcool frequentemente, evitar o contágio pelo vírus das hepatites, não usar anabolizantes, manter o peso ideal, evitar fumar e realizar atividades físicas com frequência.

 

Para mais informações consulte um médico. Cuide de você e da sua saúde!

 

Dicas para manter um sorriso saudável na pandemia

No cenário de pandemia em que as palavras de ordem são "fique em casa". No entanto, a preocupação com a saúde permanece e assim como existem exercícios físicos que podem ser realizados na sala de casa, a higiene e saúde bucal devem ser observadas com atenção. A Dra Simone Cesar, também conhecida nas redes sociais como "Dentista Musical", possui mais de 20 anos de atuação na área de odontopediatria, e compartilha dicas para manter o sorriso em dia até a próxima ida ao dentista.


- Bebês também precisam de atenção na higiene bucal: A higiene pode ser realizada com gaze ou fralda de pano umedecida, uma vez ao dia.


- Atenção na escolha da escova de dentes: Ao selecionar uma escova de dentes, principalmente infantil, é importante observar o formato da estrutura da escova. Deve ter cabeça pequena, contornos arredondados e cerdas macias para não machucar a boca.


- A quantidade ideal de creme dental para os pequenos: A quantidade de pasta de dentes colocada na escova faz diferença. Crianças menores de 3 anos (que ainda não sabem cuspir) devem usar a quantidade equivalente a um grão de arroz crú. Para a faixa-etária acima de três anos, pode-se utilizar a quantidade de um grão de ervilha.


- Observar a higiene bucal dos jovens: Na fase da adolescência é normal que haja um descuido com a higiene bucal, mas uma boa conversa e consulta com especialista são fundamentais. Os problemas bucais mais comuns na adolescência são cárie e gengivite, resultados desse descuido com a higiene.


-É possível fazer uma visita segura ao consultório: Caso seja necessária, a visita deve ser feita com tranquilidade, seguindo as recomendações de uso de máscara, no seu profissional de confiança. Ao chegar no local deve ser feita uma triagem com aferição de temperatura. Além disso, as salas de espera devem respeitar a distância mínima.


-Para evitar medos e traumas de dentista: "Se possível, não deixe que a primeira consulta ao dentista se dê em um momento de dor e emergência, pois a criança pode estar estressada, com dor e medo. Podendo não ter uma experiência agradável nessa consulta. Outro ponto, é não incutir seus receios nas crianças, pois existem técnicas que aplicamos no consultório com o intuito de criar bons momento para a experiência das crianças. Elas ouvem histórias, brincam com escovas de dentes gigantes e até ganham recompensas por bom comportamento.", afirma a profissional.

 



Dra Simone Cesar - odontopediatra e ortodontista, formada pela USP e atende em clínica no Brooklin, SP, junto a outros profissionais de diversas especialidades. Acredita no poder da informação atrelada ao universo lúdico para desmistificar os medos que envolvem consultório de dentista. Nas redes sociais, atende pelo perfil @dentistamusical no Instagram, Youtube e TikTok, com mais de 1,8 Milhão de seguidores.


Programa social Correndo pelo Diabetes promove saúde e inclusão

 Ações por meio da atividade física já impactaram mais de 2 mil pessoas

 

Cerca de 2 mil pessoas já foram impactadas pelo Correndo pelo Diabetes (CPD), organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo social estimular a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção da saúde e inclusão da pessoa com diabetes. O CPD já percorreu mais de 10 cidades no Brasil e exterior e contabiliza 25 eventos presenciais, entre corridas e distribuição de cestas básicas durante a pandemia.

“Esse é um programa de atividade física regular que vai além do exercício: ele visa um mundo em que as pessoas com diabetes e seus familiares são ativas, saudáveis e incluídas na sociedade”, declara Bruno Helman, que tem diabetes tipo 1 e é o fundador e CEO do CPD. Só no Brasil há mais de 16,5 milhões de pessoas com a doença, sendo que metade delas desconhece o diagnóstico.

Em decorrência da pandemia, que inviabilizou as ações presenciais de corrida, o projeto, que inicialmente se chamava “Correndo pela Cura”, ganhou fronteiras e expandiu-se para um programa com metodologia virtual, que dá direito a vídeos exclusivos com exercícios de fortalecimento e mobilidade, planilhas mensais para treinos de caminhada e/ou corrida, acompanhamento de educadores em diabetes, encontros virtuais a cada quinze dias com alguns dos melhores profissionais de diabetes do Brasil, entre outros benefícios.

"A atividade física regular é um pilar essencial para o manejo do diabetes. O paciente que apostar na atividade física, por meio de acompanhamento da equipe do CPD, tem o respaldo de profissionais que entendem sobre o diabetes e vivem diariamente a condição. Por isso, esse projeto é tão relevante para promoção da saúde física e mental, além da inclusão que ele proporciona às pessoas com diabetes e seus familiares, o que facilita, e muito, o tratamento", pontua Dra. Denise Franco, endocrinologista e consultora médica do CPD que acompanha os trabalhos do projeto desde a sua fundação.

Integrante oficial das ações do Departamento de Diabetes, Esporte e Exercício da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o CPD oferece bolsas integrais (100%) de atividade física multidisciplinar para pessoas com diabetes e seus familiares, que sejam atendidos exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Além das atividades físicas, entre nossas ações já arrecadamos mais de 60 mil reais para fornecer cestas básicas com mantimentos, produtos de limpeza, tiras de glicemia e seringas para cerca de 300 famílias do Estado do Rio de Janeiro em situação de vulnerabilidade social e que fazem parte do grupo de risco para Covid-19”, informa Hugo Almeida, diretor executivo do Programa, também diagnosticado com diabetes.

“Integramos uma vasta rede de informações sobre o diabetes, incluindo o uso da tecnologia a favor do paciente, uma vez que nossa equipe conta com profissionais que têm diabetes ou cuidam de pessoas com diabetes”, finaliza Helman.

 


Sobre o Correndo pelo Diabetes

O Correndo pelo Diabetes (CPD) é uma organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo estimular a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção da saúde e inclusão da pessoa com diabetes. Desde 2018, recebe o apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e atualmente faz parte das ações do Departamento de Diabetes, Esporte e Exercício da SBD.

https://correndopelodiabetes.com/

https://instagram.com/correndopelodiabetes


Especialista alerta para anosmia pós-Covid

Na maioria dos pacientes, os primeiros sintomas da Covid-19 são perda de olfato e do paladar e ocorrem de forma abrupta e intensa. No caso de resfriados, gripes, sinusite e rinite, esses sintomas também são comuns, porém acontecem de forma transitória e reversível.  

De acordo com o otorrinolaringologista Thiago Brunelli Resende da Silva, da Santa Casa de Mauá, o que têm sido observados em relação à Covid-19 são relatos de perda total de olfato e paladar sem retorno. Esse quadro também é conhecido como anosmia, mesmo após o desaparecimento dos outros sintomas (febre, tosse, dor de garganta) e criação de anticorpos pelo organismo.  

Alguns vírus respiratórios podem acometer os neurônios e, no caso da Covid-19, a situação ainda não é totalmente clara. “Sabe-se que ocorre uma inflamação local no epitélio olfatório que prejudica a chegada dos odores para o órgão responsável por perceber os cheiros e gostos”, explica o especialista. 

Cerca de 90% dos pacientes com alteração no olfato pós-Covid têm recuperação parcial ou total da capacidade de sentir cheiros e gostos e 10% persistem com anosmia desses sentidos e, em alguns casos, pode ser irreversível.  

Segundo o médico, a qualidade de vida do paciente com anosmia é bastante comprometida, pois aumenta o risco de acidentes domésticos, sofrimento por não conseguir saborear alguns alimentos, não comer o suficiente e até mesmo a desnutrição e depressão.  

Além disso, esse impacto não resulta apenas no desaparecimento total ou parcial da capacidade olfativa, mas também na dificuldade em distinguir corretamente os odores, levando paciente a sentir cheiros inexistentes em determinados momentos. 

O diagnóstico pode ser feito por meio de testes para verificar se o paciente consegue sentir determinados odores, exame sanguíneo, ressonância magnética ou tomografia computadorizada do cérebro, raio-X do crânio e endoscopia nasal. 

Para reparar o quadro, o tratamento precoce é a melhor alternativa, aliado a treinamento olfativo e medicação. Os tratamentos conhecidos para essa alteração têm sido motivo de estudo entre médicos e pesquisadores.  

“O treinamento olfatório promove uma reabilitação e estimula diversas regiões do nervo olfatório. É importante que o paciente tenha foco nesses exercícios, principalmente quando reconhecer alguns cheiros mesmo que de forma leve, pois isso o fará evoluir”, narra o otorrinolaringologista Thiago Brunelli Resende da Silva.


Câncer infantil: diagnóstico precoce pode salvar vidas

Oncologista pediátrico da Fundação São Francisco Xavier alerta sobre a importância de tratar a doença ainda nos estágios iniciais


Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), todos os anos cerca de 12 mil crianças e adolescentes são diagnosticados com a doença no Brasil, uma média de 32 casos por dia, a maioria entre crianças de quatro a cinco anos de idade. Os dados preocupam e acendem o debate sobre a doença. Por esse motivo, o dia 15 de fevereiro, Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil, promove a conscientização e alerta para a importância do diagnóstico precoce.

A campanha tem como objetivo levar informações e aumentar a conscientização da população sobre o câncer em crianças e adolescentes, assim como mobilizar governos e sociedades na luta contra esse tipo de doença.

Apesar de grave, o câncer infantil é curável, com índices que chegam até a 80% de remissão, se descoberto precocemente. "A melhor forma de atuarmos sobre os tumores nas crianças é por meio do seu diagnóstico precoce, quando a doença ainda está em seus estágios iniciais. Assim, há maior chance de sucesso no tratamento, muitas vezes menos agressivo, com um melhor prognóstico para a criança e com menor risco de efeitos colaterais", explica o médico oncologista pediátrico da Fundação São Francisco Xavier Lucas Teiichi Hyodo.

É importante ressaltar que, diferentemente do câncer em adultos, o câncer infantil não está associado a fatores ambientais e hábitos de vida. "Na maioria dos casos, os tumores que aparecem na faixa-etária pediátrica têm relação com alterações genéticas, que nem sempre são herdadas do pai ou da mãe da criança, podendo ser adquiridas ao longo do período intrauterino ou durante o seu desenvolvimento", disse o médico.

O oncologista pediátrico ainda alerta que os sintomas quando na fase inicial podem ser parecidos com sintomas de doenças comuns na infância. "Os sinais e sintomas iniciais do câncer infantil são, muitas vezes, inespecíficos e podem ser confundidos com doenças benignas comuns na infância. Nas crianças, os tumores têm menor período de latência, maior rapidez de crescimento e maior agressividade; contudo, apresenta também uma melhor resposta ao tratamento e melhor prognóstico. Os principais sinais e sintomas são: febre, dores pelo corpo, aumento de linfonodos localizados ou generalizados, dores ósseas, manifestações hematológicas como pequenos sangramentos embaixo da pele ou espontâneos, palidez, alterações oculares, neurológicas e o aparecimento das massas palpáveis em qualquer segmento corporal. As doenças neoplásicas malignas mais comuns, considerando a faixa-etária de até 20 anos de idade, são as leucemias, os tumores no sistema nervoso central e os linfomas", alerta.

Atualmente, o avanço nos tratamentos e na evolução da medicina oncológica tem proporcionado tratamentos eficazes e com altas taxas de respostas positivas, mas o desafio ainda é grande, segundo Lucas Hyodo. "O tratamento oncológico pediátrico tem avançado significativamente, com uma taxa de cura para algumas doenças acima de 80%, mas não é ainda o momento de comemorar. Nosso objetivo é a cura de 100% das nossas crianças", aponta o médico.

Ainda segundo Lucas Hyodo, os desafios do combate ao câncer no nosso país ainda são grandes com relação a conscientização e disponibilização dos melhores medicamentos utilizados no mundo para o tratamento dos diversos tumores pediátricos. "Nosso propósito é trazer não só a cura, mas uma possibilidade de vida futura sem sequelas ou efeitos colaterais graves e, para aquelas crianças cuja cura não é mais possível, trazer um alívio da dor e do sofrimento durante o enfrentamento dessa terrível batalha", finaliza.




Sobre a Fundação São Francisco Xavier
A Fundação São Francisco Xavier, braço da Usiminas nas áreas de Saúde e Educação, é uma instituição filantrópica de direito privado, reconhecida pelo Ministério da Previdência e Assistência Social como uma Entidade Beneficente de Assistência Social. Atuando desde 1969, a FSFX conta com mais de seis mil colaboradores e está presente em seis estados brasileiros. Administra cinco unidades hospitalares, em Ipatinga, Timóteo e Itabira (MG) e em Cubatão (SP), com uma gestão marcada pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança, além de contabilizarem mais de 70% de seus atendimentos feitos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Fundação é responsável, ainda, pela operadora de Planos de Saúde Usisaúde, com mais de 165 mil beneficiários; o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente - Vita, que soma mais de 159 mil vidas sob sua gestão. Na área de educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em Educação na região, com cerca de 3 mil alunos, da educação infantil à graduação.

 

Autonomia do BC favorece estabilidade financeira do país, defende especialista

 Projeto é defendido há 30 anos e será analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados


Após a Câmara dos Deputados aprovar o caráter de urgência da tramitação do projeto de lei que implementa a autonomia do Banco Central, o plenário visa debater a questão nesta semana. Para o especialista em regulação José Luiz Rodrigues, a autonomia do Bacen é defendida há 30 anos e se mostra cada vez mais necessária na condução dos caminhos econômicos do país.

“Com a autonomia do Banco Central assegurada por lei, a principal mudança será nos mandatos do presidente e dos diretores da autarquia. Atualmente, o Presidente da República pode nomear membros e retirar do cargo a qualquer momento. A proposta é que exista mandatos de quatro anos, que se iniciem sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo”, explica José Luiz Rodrigues, que também é sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados.

O especialista detalha que a autonomia do Bacen visa trazer melhores processos organizacionais e democráticos para a entidade reguladora. “Essa é uma medida importante para a estabilidade financeira do país. É a consolidação de uma agenda que já vem sendo feita desde o mandato do Ilan Goldfajn, e que segue na gestão do Roberto Campos, de forma bastante consistente”.

Atualmente, uma das principais frentes do Banco Central é debater ações e regulações em prol da modernização do Sistema Financeiro Nacional. Essas medidas existem desde 2016, mas foi apenas em 2020 que o consumidor conseguiu sentir na prática o impacto destes trabalhos, com a chegada do Pix. “As tecnologias financeiras, assim como outras inovações digitais, vão surgindo em um ambiente sem leis específicas. Por isso, o primeiro debate do Bacen é em torno das leis, ou seja, o que é necessário para que uma inovação chegue ao mercado com respaldo regulatório para sua eficiência, transparência e segurança. Assim foi com o Pix, e esse fluxo seguirá com os próximos serviços, sendo eles o Open Banking e o Sandbox Regulatório”.

 


JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/


10 ações americanas mais compradas pelos brasileiros em janeiro

Segundo levantamento realizado pela startup Stake, entre as empresas preferidas dos investidores estão a Tesla, Apple, NIO e Palantir


Com o recente fenômeno do mercado financeiro, muitas pessoas ficaram entusiasmadas para investir em Wall Street. Levantamento realizado pela Stake, startup que viabiliza que brasileiros invistam em ações na bolsa de valores dos Estados Unidos, identificou as 10 ações americanas mais compradas pelos brasileiros em janeiro. De acordo com o ranking, dentre as empresas preferidas dos investidores estão a Tesla, Apple, NIO e Palantir.

Para Paulo Kulikovsky, Diretor Geral Latam da Stake, outro grande boom do mercado está atrelado a AMC, maior rede de cinemas dos EUA, que entrou em pauta movida pelo fenômeno GameStop, cujo aparecimento no ranking já era esperado. 

Outra grande aparição está atrelada a Fubo, canal de transmissão de TV ao vivo para eventos esportivos na Europa e nos EUA, relacionada à retomada dos esportes sem público, que levou muitas pessoas a acompanharem seus esportes pela internet.

“Nós estamos acompanhando há algum tempo diversas tendência de mercado, inclusive, uma delas está no fato de que as pessoas estão olhando mais para a energia limpa, fato que somado à expectativa de uma retomada econômica esse ano e o consequente aumento no consumo de energia, fez com que algumas ações e ETFs ganhassem destaque no ranking também”, analisa Kulikovsky. 

Confira abaixo a lista completas das ações americanas e ETFs (fundos que replicam índices) mais negociados pelos brasileiros em janeiro:


Top 10 ações

Tesla ($TSLA)

Apple ($APPL)

NIO ($NIO)

GameStop ($GME)

Palantir ($PLTR)

Churchill Capital Corp IV ($CCIV)

FuelCell Energy ($FCEL)

Plug Power ($PLUG)

AMC Entertainment Holdings ($AMC)

Fubo TV ($FUBO)

 

Top 10 ETFs

ARK Genomic Revolution ($ARKG)

ARK ETF Trust - ARK Innovation ($ARKK)

IiShares Global Clean Energy ($ICLN)

Vanguard S&P 500 ($VOO)

ProShares Ultra VIX Short-Term Futures ($UVXY)

Invesco Solar ($TAN)

ARK Next Generation Internet ($ARKW)

Invesco QQQ Trust ($QQQ)

Pro Shares UltraPro QQQ ($TQQQ)

Global X Lithium & Battery Tech ($LIT)

 

CLT não dá amparo legal para justa causa em quem não se vacinar, afirma especialista

Nesta semana, o Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que os funcionários que recusarem a vacinação contra a Covid-19 sem apresentar motivos médicos documentados poderão ser demitidos por justa causa, modalidade na qual a pessoa é dispensada sem receber seus direitos trabalhistas. O fundamento seria a ameaça à saúde da coletividade. A orientação do órgão é para que as empresas reforcem, por meio de informações, a necessidade e importância da imunização e que a demissão por justa causa seja aplicada como o último recurso.

No entanto, na avaliação do advogado trabalhista Glauco Felizardo, mesmo diante da relevância da imunização para que o Brasil consiga vencer a maior crise sanitária já enfrentada, não há amparo legal para que seja aplicada a justa causa ao trabalhador que recusar a vacina. “A justa causa é a forma mais severa de punição ao trabalhador, é o extremo da extinção do contrato de trabalho, tanto que é previsto no artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) quais os pressupostos pertinentes para justificar a punição. É com base nesse artigo que o juiz avalia se a empresa agiu de forma legal ao aplicar a justa causa. E a falta de vacinação não está elencada entre esses motivos”, argumenta Felizardo.

O advogado afirma que não há nenhuma Medida Provisória ou legislação complementar que determine a obrigatoriedade do funcionário se vacinar e da empresa fiscalizar. “Se houver demissão por justa causa por este motivo, a Justiça no futuro pode reverter esse quadro, muito embora a Constituição determine que o direito coletivo se sobreponha ao direito individual”, completa.


Falta de vacinação não está entre os motivos
para aplicação de justa causa (Foto: Freepik)

Além disso, decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que não há como obrigar ninguém a se vacinar. O Estado pode impor medidas restritivas a quem se recusar a tomar o imunizante, mas entre essas restrições não há amparo legal para a demissão por justa causa.

Felizardo comenta que a crescente divulgação de notícias falsas sobre efeitos da vacina e sobre a pandemia também devem ser levados em consideração nesse cenário. “A circulação de fake news vem prejudicando as entidades científicas e governos na tarefa de controlar a pandemia. É preciso investir em informação e orientação para conseguir controlar a situação e há, sim, parâmetros legais para a demissão, desde que sejam pagos todos os direitos dos trabalhadores”, reforça.


Entre os fatores que podem ocasionar uma decisão por justa causa, segundo a CLT, Felizardo cita a embriaguez; insubordinação; abandono de trabalho; violação de segredo da empresa e ato lesivo à honra. “Por enquanto, nem a CLT, nem a Constituição Federal preveem essa punição mais severa ao trabalhador que não se vacinar”, finaliza.

 

Cibersegurança: As medidas preventivas são a melhor segurança

As penalidades do Marco Civil da Internet estão em vigor e podem ser mais rigorosas que as sanções na LGPD


Em vigor desde agosto de 2020, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) estabeleceu como um de seus alicerces para a utilização de dados pessoais, o “consentimento” expresso e de forma inequívoca.

Conforme o advogado Francisco Gomes Júnior, especialista em direito digital “é a consagração da autodeterminação informativa, ou seja, cabe a cada um administrar seus próprios dados pessoais e decidir a quem conceder o direito de utilizá-los, a finalidade específica e o tempo a ser manipulado”, explica. Qualquer empresa que se utilize de dados pessoais, seja ela pública ou privada, deve solicitar autorização para manipulá-los, cercando-se de medidas de segurança e responsabilizando-se por vazamentos ou usos indevidos.

Se as sanções administrativas decorrentes da LGPD estão sendo aplicadas a partir de agosto de 2021 através da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), em caso de violação de direitos de consumidores, as empresas já respondem com base no Código de Defesa do Consumidor seja em PROCONs ou perante o Ministério Público.

Pouco se menciona que o Marco Civil da Internet - MCI (Lei 12.965/2014) estabelece direitos dos usuários de internet e a responsabilidade de provedores.  O art. 12 do Marco Civil prevê as sanções de: advertência; multa de até 10% do faturamento do grupo econômico no Brasil no seu último exercício; suspensão temporária das atividades; proibição do exercício de atividades que envolvam manipulação de dados.

Em 2020 tivemos grandes vazamentos de dados em empresas como Microsoft, Zoom, Nintendo, Instagram, Tik Tok, Youtube, Intel, LG, SolarWinds, Sina Weibo dentre outras.

Muito se fala sobre o mega vazamento de banco de dados com informações pessoais de 223 milhões de brasileiros. “Uma das possibilidades é que os dados tenham sido extraídos de base da Serasa Experian, mas a empresa nega que tenha sofrido ciberataque em seus sistemas. Outra possibilidade é que os dados tenham sido consolidados depois de “roubados” de diferentes fontes”, afirma o especialista. No dia 3 de fevereiro, a Polícia Federal passou a investigar este megavazamento e em breve deve manifestar-se.

Outro grande vazamento expôs dados pessoais de 243 milhões de brasileiros por uma falha no Ministério da Saúde em dezembro de 2020 e foi causado pela exposição indevida de login e senha de acesso ao sistema do Ministério da Saúde, mesma falha que expôs 16 milhões de pacientes que tiveram a Covid-19. A empresa terceirizada que cuida desse sistema, a Zello, informou que “foi constatada uma vulnerabilidade no aplicativo do Ministério chamado “Notifica” sem que houvesse exposição massiva de dados”.

Por mais que as empresas se armem para enfrentar ataques, serão inevitáveis que parte deles seja bem-sucedido em maior ou menor grau, nas empresas públicas e privadas. Será necessário um trabalho de conscientização e de medidas efetivas de segurança, com a orientação da ANPD e outros órgãos.

“Para a evolução de uma cultura de segurança digital, a punição de empresas, principalmente em um momento complicado de nossa economia, não será a melhor opção, devemos trabalhar em conjunto para aperfeiçoar medidas preventivas e uma cultura de cibersegurança”, finaliza.


Pequenos negócios podem se beneficiar de MP que flexibiliza acesso a crédito

Texto editado pelo Executivo dispensa a apresentação documental nos empréstimos contratados


O Governo Federal publicou, nesta quarta-feira (10) no Diário Oficial da União, a Medida Provisória (MP) 1028/21 que dispensa as instituições financeiras privadas e públicas de exigir dos clientes uma série de documentos de regularidade na hora da contratar ou renegociar empréstimos. A isenção vale até 30 de junho de 2021 e a principal diferença dessa MP em relação à anterior, a MP 958/20  lançada em 2020, é que agora a dispensa de documentação não se restringe mais somente às instituições financeiras públicas, mas também às privadas, o que irá aumentar significativamente as opções de oferta de crédito para os pequenos negócios.

Para o analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Giovanni Beviláqua, o recrudescimento da pandemia no final do ano trouxe a necessidade de que as medidas e políticas tivessem um prolongamento. “Uma boa notícia foi o início da vacinação da população, mas até que ela seja intensificada, é importante que novas medidas de apoio sejam tomadas. Um exemplo é a  MP 1028, que ao flexibilizar a exigência de documentações pelas instituições financeiras pode facilitar o acesso ao crédito para as empresas que necessitem dele”, destaca o analista.

Beviláqua diz que a medida é uma continuidade dos programas governamentais, lançados em 2020. “Eles foram muito importantes para permitir a sobrevivência das empresas e dar fôlego suficiente para que elas se fortalecessem para uma rápida retomada de suas atividades”, pontua.  Entre as medidas de facilitação de crédito, adotadas no ano passado,  está o Pronampe,  programa criado pelo governo federal para garantir recursos aos pequenos negócios e que beneficiou cerca de 517 mil empresas com R$ 37,5 bilhões liberado, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO), com recursos do Tesouro, conforme dados acumulados até 7 de janeiro deste ano


Regras da nova MP

Entre os documentos que não serão cobrados de empresas e pessoas físicas estão a comprovação de quitação de tributos federais, a certidão negativa de inscrição na dívida ativa da União, a certidão de quitação eleitoral, a regularidade com Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a regularidade na entrega da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e a comprovação de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) – válida para os tomadores de empréstimo rural. Também não será feita consulta prévia ao Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) para as operações de crédito que envolvam a utilização de recursos públicos.


Afinal, o que é o contrato de namoro?

Você já pensou em fazer uma proposta de contrato de namoro? Aliás, você já recebeu esse tipo de sugestão? 

O contrato de namoro existe e a sua função primordial é ajudar a afastar o reconhecimento de uma possível união estável! 

Esse tipo de contrato tomou relevância em épocas de pandemia, já que muitos casais resolveram morar juntos, mas sem a intenção imediata de formar família. 

Como bem se sabe, a união estável não tem um prazo específico para se configurar, podendo se caracterizar em 6 meses ou em 10 anos. 

Da mesma forma, a união estável não exige formalidades, por se tratar de uma situação de fato, sendo a escritura pública prescindível. Ou seja, bastam provas da existência do intuito de constituir família, para que sejam concedidos ao casal os direitos familiares e sucessórios. Mas, se não ocorrer a sua formalização em cartório, não haverá chances para escolha do regime de bens pelo casal, implicando a adoção automática da comunhão parcial de bens. 

Em outras palavras, há a comunicação de bens adquiridos na vigência da relação e a possibilidade de herança dos bens particulares no caso da morte. 

O contrato de namoro pode ser feito por escritura pública ou feito por advogado e levado a registro no Cartório, para, assim, produzir efeitos perante terceiros. 

Precisa ter prazo de vigência definido e poderá a qualquer tempo ser renovado ou revogado. 

Suas cláusulas podem versar sobre a coabitação, direitos sucessórios, regime de bens para um eventual reconhecimento de união estável, aquisição de patrimônio, término, o que mais for relevante ao casal. 

Importante mencionar que o contrato de namoro, tão somente, não possui o condão de afastar a existência de uma união estável, mas, junto com outras provas, facilita o seu não reconhecimento. 

A dica é: não deixe de consultar um advogado, namore e seja feliz!

 


Marina Borges - advogada especializada em direito das famílias e sucessões, bem como sócia do escritório BR Advocacia Humanizada (www.bradvocaciahumanizada.com.br). 


Conheça as tendências para Inteligência Artificial no setor financeiro

Divulgação
Especialista da NVIDIA Enterprise aponta que IA pode auxiliar na prevenção contra fraudes, na previsão de investimentos e no relacionamento com clientes


A Inteligência Artificial já domina a maior parte dos investimentos de empresas ao redor do globo. Só no Brasil, os investimentos em aplicações de inteligência artificial devem chegar a US$ 464 milhões em 2021, o que representa 30% de crescimento em relação a 2020, de acordo com dados da IDC (International Data Corporation).

O mercado financeiro é uma das áreas que mais tem vivido uma revolução de processos por conta chegada da Inteligência Artificial (IA). O crescimento de 34% em 2020 das fintechs, seguindo na contramão da crise, é mais uma prova disso. O sistema financeiro brasileiro passou por grandes mudanças e avanços tecnológicos durante o último ano, mas a tecnologia pode avançar ainda mais, gerando otimização de tempo, reduzindo custos e facilitando o contato com clientes.

Marcel Saraiva, especialista em Inteligência Artificial e gerente sênior nas indústrias de saúde e finanças da NVIDIA Enterprise, detalhou algumas das principais tendências envolvendo tecnologia de IA para os próximos anos. “A Inteligência Artificial já tem auxiliado na melhoria da qualidade de vida para muitos seres humanos, por ter a capacidade de realizar ações humanamente impossíveis, mas ainda há um potencial gigantesco a ser desbravado. No mercado financeiro, muitas transformações digitais foram aceleradas com a chegada da pandemia de Covid-19 e as inovações não param de surgir”, explica.


IA Conversacional

A inteligência artificial de conversação será uma necessidade cada vez maior em diversas indústrias, além do setor financeiro. A ideia é permitir que uma pessoa converse com uma máquina de forma fluída, seja no formato escrito ou por meio de voz, e com avançado grau de entendimento. Isso porque a máquina reconhecerá o texto ou o áudio, fará a interpretação do que foi dito e responderá de forma humanizada.

Quando se trata de projetos envolvendo Processamento de Linguagem Natural (NLP), os maiores desafios são a personalização de termos específicos para cada mercado no idioma local e a velocidade de resposta para o usuário. A plataforma NVIDIA Jarvis, uma estrutura de aplicações acelerada por GPU, tem auxiliado muito esse mercado, pois permite às empresas usar dados de vídeo e voz para construir serviços de IA de conversação de última geração personalizados para cada indústria, incluindo termos especializados. Já as GPUs auxiliam no processo de aceleração das plataformas, gerando uma baixa latência e aumentando drasticamente a velocidade de processamento.  

O PayPal, que desenvolveu chatbots que extraem automaticamente políticas de diálogo ideais de logs de chat ao vivo não anotados, é um exemplo de sucesso do uso da tecnologia da NVIDIA Enterprise para aprimorar o contato entre máquinas inteligentes e seres humanos. A política de diálogo desempenha um papel fundamental nos chatbots, guiando o fluxo da conversa por meio de uma série de respostas apropriadas do agente para a conclusão bem-sucedida de uma determinada tarefa.


IA na prevenção de fraude

A fraude financeira tem sido um problema constante atualmente. Em média, a cada dez ataques feitos contra transações on-line de empresas brasileiras, três são bem-sucedidos, segundo o estudo da LexisNexis® Risk Solutions no Brasil. A pesquisa afirma ainda que, para cada transação fraudulenta, as empresas sofrem uma perda econômica de 3,44 vezes o valor da perda atual.

Por conta disso, o HDFC Bank construiu uma solução de detecção de anomalias e outliers para prevenção de fraudes, com base em perfis de clientes e aceleração de GPU. Enquanto o PayPal neutraliza sofisticados ataques adversários baseados em conjunto com modelos de aprendizado de reforço generativo para impedir a fraude de pagamento online.

A American Express, que tem mais de 115 milhões cartões de crédito ativos, consegue manter a taxa de fraude mais baixa do setor há mais de 13 anos consecutivos, de acordo com o The Nilson Report. Atualmente, a American Express realiza mais de oito bilhões de transações por ano e tem usado deep learning em plataformas e GPUs NVIDIA para combater fraudes. Os algoritmos de Inteligência Artificial utilizados pela empresa monitoram todas as transações da American Express realizadas no mundo em tempo real. Com o sistema desenvolvido, é possível evitar gastos de mais de US$ 1,2 trilhão por ano e ainda possui a capacidade de compreender se uma transação é fraudulenta em milissegundos.


Robôs inteligentes para investir

O mercado global de robôs consultores financeiros alimentados por IA cresce, em média, 75% ao ano, segundo a consultoria TrendForce. Atualmente, as corretoras digitais já usam os robôs inteligentes de investimento para traçar o perfil do investidor e descobrir o risco que ele está disposto a correr.  Algumas fintechs ainda usam a IA para montar uma carteira de investimentos de acordo com os objetivos do cliente.

A Bloomberg foi uma das pioneiras no mercado de IA para investimentos. A Bloomberg utiliza plataformas internas de machine learning aplicadas com IA avançada e computação acelerada por GPU a dezenas de domínios, como PNL, visão computacional, análise de séries temporais e personalização, para auxiliar na previsão dos investimentos. Em resumo, a IA desenvolvida pela Bloomberg analisa dados e notícias sobre o mercado financeiro e o governo para prever como os investimentos irão se comportar nas bolsas.

Atualmente, outras empresas também utilizam sistemas similares que analisa em tempo real diversos históricos de ativos financeiros e aplicam modelos estatísticos, matemáticos, financeiros e de ciência de dados para analisar o desempenho dos ativos. Então, usam deep learning para gerar uma previsão do desempenho futuro, testando esse modelo com os dados analisados.

 



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