A
psicóloga e apresentadora Rosangela Sampaio explica sobre o Fevereiro Roxo e
indica como detectar os sintomas
Rigidez matinal, dormência
nas extremidades, alterações no sono, sensação de inchaço, dor torácica,
palpitações, tonturas, dor de cabeça, alterações na memória e no humor são
alguns dos sintomas da doença.
Alguns estudos indicam que
a fibromialgia é mais comum em pessoas que possuem uma maior sensibilidade à
dor, ou seja, é como se um botão fosse ativado e o sistema nervoso central
fizesse com que a pessoa sentisse mais dor, fazendo com que nervos, medula e
cérebro aumentem a intensidade da dor.
Por isso, é comum
desenvolver a fibromialgia após eventos traumáticos, como físico, psicológico e
até mesmo uma infecção grave.
Eu recebo frequentemente
no meu consultório pacientes com estresse crônico, depressão e alteração de
humor. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a depressão está
presente em 50% dos pacientes com Fibromialgia (2011).
O processo
psicoterapêutico, que é um dos caminhos para auxiliar o paciente no tratamento
contra a doença, melhora da qualidade do sono, assim como na manutenção ou
restabelecimento do equilíbrio emocional. Na clínica, o paciente é convidado a
refletir sobre as suas emoções e como gerar mais emoções positivas, engajamento
e aceitação, sentido de vida, realizações e relacionamentos positivos.
Sua maneira de lidar é só
sua!
Cada paciente lida à sua
maneira em relação ao seu diagnóstico e isso é um fator determinante na
evolução da doença.
Por isso, procuramos fazer
com que a pessoa assuma uma atitude positiva frente às propostas terapêuticas e
seus sintomas.
Uma pesquisa realizada
pelo Instituto Gallup - em mais de 150 países - revelou que para as pessoas um
futuro melhor inclui ter uma boa saúde. Isso não significa a ausência de
doenças, mas ter escolhas referentes ao estilo de vida que sejam capazes de
favorecer a saúde e promover o equilíbrio entre corpo e mente.
É por meio do nosso corpo
que criamos e exprimimos sentimentos, emoções e pensamentos, ou seja, tudo o
que chega à nossa mente passa primeiro pelo nosso corpo.
Pensando nisso, surgiu o
conceito de saúde positiva, um novo campo de conhecimento proposto por Martin
Seligman, pai da Psicologia Positiva. Aconselho você a conhecer!
Segundo ele, a saúde
positiva direciona o nosso foco para aquilo que nos torna saudáveis. Afinal,
nós sabemos o que nos faz adoecer, mas nem sempre sabemos o que, de fato, nos
tornam saudáveis.
Fevereiro Roxo: como ter
uma saúde mais positiva?
Confira os pilares da
saúde positiva, que constituem recursos que devemos adquirir ou preservar, e
reflita se suas ações estão contribuindo para uma vida mais longa e saudável.
- Trabalhe seus recursos
funcionais: isso inclui medidas de capacidade física, como flexibilidade,
força, resistência, entre outras. Inclui também a adaptação de nossas funções
corporais às demandas de estilo de vida que escolhemos, como trabalhar, amar e
se divertir;
- Utilize os recursos
biológicos relevantes à sua saúde, como massa corporal, pressão arterial,
temperatura, batimentos cardíacos, entre outros;
- Use recursos subjetivos.
Isso abrange estados de bem-estar físico, como energia, vigor, vitalidade, e
sensação de estar no controle da própria saúde. Também entram os níveis de
otimismo, satisfação com a vida, emoções positivas, engajamento em nossa vida e
nas coisas que fazemos.
A campanha é importante
porque nos faz compreender o nosso papel na sociedade em relação à doença, e
mostra que podemos mudar os nossos hábitos, nos informar e termos um papel de
destaque com relação à prevenção da doença.
Rosangela Sampaio -
psicóloga, palestrante, escritora e apresentadora do programa Mulheres em Flow.
Dentre seus trabalhos literários estão o capítulo “O poder do autoamor”, da
obra “Autoamor
– Um caminho para regulação emocional e autoestima feminina”, além das coordenações
editoriais e coautorias dos livros “Sem Medo do Batom Vermelho”, onde aborda um
tema que é sempre polêmico, a rivalidade feminina, e “Mulheres Invisíveis”,
sobre violência contra a mulher. Também é colunista de portais expressivos e
revistas nacionais, entre eles O Segredo, Revista Vivendo PlenaMente, Revista
Cenário Minas e Revista Statto, onde leva informações sobre saúde mental para
todos com uma linguagem leve, acessível e mostrando que disfunções emocionais
fazem parte da vida de todos, não apenas “de gente fraca”.
@rosangelasampaiooficial e @mulheresemflowoficial