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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O que é tortura psicológica e como identificar

 A tortura psicológica é uma forma devastadora de violência. Ela destrói a autoestima, a autoconfiança e o amor-próprio das vítimas por meio de ataques sutis. Raramente a pessoa que sofre essa violência reconhece os impactos dela em sua saúde mental.

Acontecimentos envolvendo conflitos no BBB21 geraram uma discussão necessária acerca deste tema. Entretanto, como a maioria das pessoas está acostumada a associar violência somente a socos e pontapés, pode ser difícil identificar reais agressões contra o psicológico.


O que é tortura psicológica?

Esta forma de tortura consiste em um conjunto de agressões sistemáticas ao fator psicológico das vítimas. Tem objetivo de causar sofrimento sem recorrer ao contato físico para intimidar, manipular ou punir.

A literatura sobre tortura psicológica no Brasil ainda é escassa, porém, podemos nos embasar na teoria oriunda de autores e instituições estrangeiras. De acordo com a Organização das Nações Unidas (1987), tortura, seja física ou psicológica, é todo ato com a intenção de causar dor ou sofrimento intencionalmente.

Essa descrição faz referência à tortura exercida no contexto de guerras e sequestros. Todavia, pode ser trazida para o âmbito dos relacionamentos interpessoais , uma vez que o agressor psicológico sempre possui um objetivo oculto relacionado à vítima.

Ele pode não ter ciência de que suas ações caracterizam violência psicológica. Ainda assim, escolhe ativamente causar sofrimento mental e emocional ao indivíduo que desgosta.


Tortura psicológica é crime?

A Lei 9.455/97 reconhece que o crime de tortura não se trata somente de abusos físicos, englobando situações que resultam em sofrimento mental ou psicológico. Porém, para configurar crime, é necessário que sejam identificadas pelo menos uma das seguintes situações:

• tortura com o fim de incitar alguém a prestar informações ou declarações pessoais ou de terceiros;

• tortura para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

• tortura em razão de discriminação religiosa ou racial.

Caso algum desses elementos não faça correspondência à acusação de tortura psicológica, os atos violentos ainda podem configurar outro tipo de crime, como constrangimento ilegal ou ameaça.


Como identificar a tortura psicológica?

A identificação desse tipo de violência é desafiadora porque normalmente as agressões são sutis. Disfarçadas de comentários ligeiramente maldosos ou indiretos, os abusos são proferidos com frequência pelo agressor. A vítima, confusa com as atitudes do mesmo, não sabe muito bem como responder a eles.

Outra característica que dificulta a situação é o vínculo entre o agressor e a vítima. Não raro a tortura psicológica é cometida por parceiros, chefes, amigos, colegas de trabalho, familiares e outras pessoas do círculo social da vítima.

Por conta do grau de afeição, quem sofre a agressão leva tempo para assimilar o comportamento do agressor à violência. Será que fulano seria mesmo capaz de fazer uma coisa dessas?

Em alguns casos, os abusos psicológicos não são nada sutis.

Qualquer pessoa pode perceber as intenções pouco inocentes do agressor, bem como o semblante e a postura de derrota da vítima. Ainda assim, o agressor se esconde atrás de justificativas. Admite estar somente sendo "sincero" ou afirma que a vítima merece aquele tratamento em razão de suas ações.


Tipos de tortura psicológica

Para identificar os abusos psicológicos, é preciso prestar atenção na conduta do agressor e nas justificativas utilizadas para isentá-lo da culpa.

Confira abaixo formas comuns de tortura psicológica:


1. Humilhações públicas e privadas

O abusador humilha a vítima por meio de comentários que, a princípio, parecem pouco ofensivos. "Você não é muito bom com isso, né?" aos poucos se transformam em "Você não é muito inteligente, né?" para, enfim, chegar a "Você é muito burro!".

A saúde mental de quem é alvo dessa conduta hostil é minada diariamente. As humilhações podem ser feitas tanto em público quanto em um ambiente íntimo. Não raramente o agressor ataca os pontos fragilizados da vítima, ferindo-a onde dói mais.


2. Chantagem emocional

A chantagem emocional consiste em atitudes manipuladoras para inverter a culpa de uma situação ou conseguir algo da vítima. É um método de manipulação que costuma ser ignorado por não parecer tão relevante. Todavia, é tão prejudicial quanto outras formas de abuso.


3. Perseguição sistemática

Há agressores psicológicos que não desistem até conseguirem o que desejam. Humilhar, xingar e constranger a vítima é um alimento para o seu ego.

Assim, um agressor pode perseguir a vítima para obter a sensação de superioridade que tanto deseja. Faz comentários hostis e a ridiculariza na frente de amigos e familiares para manchar a sua imagem.


4. Distorção da realidade

Outra forma clássica de abuso psicológico é distorcer a palavra da vítima para que sua concepção da realidade fique confusa. Essa tática também pode ser conhecida como gaslighting, e a estimula a duvidar de sua capacidade de interpretação e acreditar nas palavras do agressor.

As palavras da vítima também podem ser distorcidas para quem estiver ao redor. Dessa forma, o agressor se consolida na posição de detentor da verdade.


5. Ridicularização

Quem comete a agressão psicológica não deixa nada passar. Ele ou ela critica a personalidade, o modo de falar, as roupas, as escolhas, as opiniões, as crenças religiosas e até a família da vítima constantemente.


6. Restrição da liberdade de expressão

A vítima é privada de expressar-se abertamente porque suas opiniões são consideradas "impróprias" ou "infames". Ela pode até ser ridicularizada quando pratica a sua religião ou os costumes tradicionais da região onde nasceu. Com o tempo, a vítima sente que não possui permissão para ser quem é e passa a seguir as convenções impostas pelo agressor.


7. Isolamento

Para elevar a eficácia de suas táticas manipuladoras, a pessoa que agride psicologicamente isola a vítima de outras pessoas. O isolamento pode acontecer por meio de "fofocas" sobre a vítima para outros indivíduos, distanciamento social quando ela adentra o cômodo e, como dito, restrição da expressão.


Quais as consequências dessa violência para a saúde mental?

Qualquer forma de violência (até mesmo a física) causa impactos na saúde mental. Como as agressões psicológicas visam exclusivamente danificar o estado emocional da vítima, contudo, as consequências são mais acentuadas.

As constantes humilhações fazem a vítima duvidar de si mesma. Será que ela merece passar por isso? Será que o agressor tem razão quando a acusa de ser uma pessoa ruim?

Esses questionamentos incitam pensamentos negativos e autodepreciativos. Consequentemente, a vítima passa a desgostar de si mesma.

Esse é justamente o objetivo do agressor. Quando a vítima está com a autoestima baixa, cai facilmente em suas armadilhas. Ela aceita a manipulação e os constrangimentos sem lutar contra eles.

Além disso, a pessoa que sofre tortura psicológica pode desenvolver uma série de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, síndrome do pânico , estresse pós-traumático, entre outros.

Qualquer interação com o agressor requer imenso esforço para ela. A vítima passa a temer encontrar o seu algoz ou ser confrontada por ele, então, escolhe ficar em silêncio para preservar a sua saúde mental.

Quando o seu estado psicológico se encontra muito deteriorado, ela pode ter um ataque de pânico só de pensar nessas possibilidades.

Abaixo, confira outras maneiras como o estado psicológico das vítimas pode ser afetado:

• sentimento constante de infelicidade;

• paranoia;

• medo excessivo;

• esgotamento psicológico e emocional;

• comportamento defensivo;

• falta de confiança;

• dificuldade para se expressar;

• isolamento social;

• crise de choro;

• conduta retraída;

• irritabilidade;

• insônia;

• sintomas psicossomáticos , como alergias de pele, gastrite e enxaqueca.


Como lidar com a tortura psicológica?

O que fazer se eu ou alguém próximo estiver sofrendo tortura psicológica?

Primeiramente, é preciso buscar se afastar do agressor. Quando um cônjuge ou um familiar que reside na mesma residência é o abusador, o distanciamento pode ser difícil. Portanto, passe alguns dias na casa de alguém de confiança ou se afaste quando a pessoa adentrar o cômodo.

Esse período de afastamento vai ajudá-lo a pensar com clareza, sem as influências do indivíduo hostil ou de terceiros.

Em seguida, procure ajuda para reerguer a sua autoestima e curar as feridas emocionais causadas pelas agressões constantes. Ela pode vir de amigos ou de familiares, preferencialmente daqueles cujo conhecimento da situação é vasto.

A ajuda psicológica também é extremamente necessária no processo de recuperação. A psicoterapia ajuda as vítimas que se encontram presas a relacionamentos abusivos ou que não conseguem cortar o vínculo com o agressor e reconstruir sua autonomia.

Com o apoio do psicólogo, as vítimas desenvolvem a força necessária para reavaliarem as suas vidas e tomarem decisões objetivando o seu bem-estar.

O autoconhecimento proporcionado pelo acompanhamento psicológico é outro fator que auxilia a vítima a combater as humilhações e xingamentos proferidos pelo abusador, os quais podem permanecer em seu inconsciente por um longo período.

Assim como pessoas doentes fisicamente buscam ajuda médica para se curarem, quem está com a saúde mental deteriorada precisa buscar ajuda psicológica.

Uma das lições que podem ser aproveitadas neste momento é a necessidade de fazer psicoterapia para cuidar da saúde da mente e, assim, aproveitar cada oportunidade sem se engajar em conflitos com terceiros.

A Vittude pode ajudar nessa! Em nossa plataforma de terapia online , pacientes são conectados com psicólogos especializados em todo o tipo de problema emocional e psicológico.

 


Tatiana Pimenta - CEO e fundadora da Vittude. Engenheira que se apaixonou pela Psicologia, pelo estudo constante do comportamento humano e da felicidade. Com mais de 15 anos de experiência profissional, foi executiva de sucesso em empresas de grande porte como Votorantim Cimentos e Arauco. Única brasileira finalista da premiação internacional Cartier Women's Initiative Awards em 2019. Faz terapia há mais de 8 anos, é maratonista amadora e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. É colunista dos portais Money Times, Startupi e Superela.

 

Tudo bem não é resposta

Minha avó materna nasceu em 1928. Isso mesmo: hum mil, novecentos e vinte e oito. Com H! Aos 92 anos, do alto da sua lucidez avassaladora, segue contando as histórias do seu tempo - de um tempo em que as pessoas conversavam.

Diz ela que, assim que a luz do sol se acabava e a lamparina era acesa, começavam as rodas de prosa. As pessoas contavam causos, de gente viva e de assombração, da lida diária e dos sonhos de ir para a cidade grande. Os menores, no canto da sala, ouviam. E aprendiam para, mais tarde, contar aos seus.

Eu tenho saudades dessa época, saudades do que sequer vivi. Ainda criança, gostava de quando chovia porque sabia que, a qualquer momento, a luz se acabaria. Quando acontecia, era aquela correria: fecha as janelas, acende a vela!

Mas, após o alvoroço inicial, um silêncio mágico se instalava. Inevitavelmente, as pessoas se reuniam na sala e conversavam. Do lado de fora, o vento soprava, cachorros latiam, vizinhos cantavam, alguém tocava violão. E a gente escutava tudo sem o som da televisão.

Depois, vieram os avanços tecnológicos. É o progresso, minha vó diz. Muitas coisas boas vieram com ele, mas algo sagrado se quebrou. Uma parte da nossa alma foi morar dentro do computador. Se tem conserto, não sei.

Trocamos um bom papo por um “tudo bem” automático. Esquecemo-nos, constantemente, que estamos falando com gente. Temos cada vez mais medo de puxar prosa. E o “tudo bem”, nos tempos da minha vó, nem era resposta.

Eu cresci, mas continuo gostando de quando acaba a luz. Às vezes, a gente enxerga melhor no breu. Tenho olhos sempre atentos, mas, vez por outra, eles me enganam. Então, fecho-os. E no silêncio do meu verbo, na escuridão de dentro, enxergo.

 


Juliana Valentim - jornalista e escritora, com vasta experiência também na área de comunicação corporativa. Autora de três livros, transita por diferentes gêneros literários, passando pelas crônicas, poesias e romances. É palestrante, consultora de escrita criativa e gerencia o perfil no Instagram @palavrasquedancam.

www.palavrasquedancam.com.br

 

Segurança alimentar: tecnologia e protocolos na volta às aulas presenciais

Empresa oferece aplicativo, sistemas de porcionamento e refeições embaladas para quem opta por manter a alimentação nos restaurantes


Em um momento em que escolas de todo o país se preparam para a volta às aulas presenciais, a Sapore, maior empresa de origem nacional especializada em alimentação para os segmentos corporativo, saúde, educação, eventos e varejo, se alia à tecnologia para garantir a segurança na alimentação nas escolas onde atua. O objetivo é viabilizar o distanciamento social que o momento exige, por conta da pandemia de Covid-19, e, ao mesmo tempo, oferecer praticidade e evitar o desperdício de alimentos.

Para as escolas onde a empresa possui lanchonetes, as vendas ocorrem por meio do aplicativo exclusivo Sapore 360°. Disponível para download nas plataformas IOS e Android, o recurso funciona similar aos conhecidos apps de delivery. O usuário, pai ou aluno, escolhe o estabelecimento mais próximo a sua localização, define seu pedido e efetua o pagamento. A gerente da unidade recebe o pedido, faz a montagem dos itens e disponibiliza o lanche pronto para uso. A entrega pode ocorrer em dois formatos, de acordo com as orientações da escola. Os alunos podem receber diretamente na sala de aula ou retirar o pedido no intervalo, em horários programados, para evitar filas e aglomerações.

“O Sapore 360° proporciona um planejamento para os pais, que podem programar o lanche dos seus filhos com antecipação, e evita que as crianças toquem dinheiro ou permaneçam em filas, reforçando o distanciamento social e a higiene”, afirma Ryung Minami, nutricionista responsável pela operação nas instituições de ensino da Sapore. A especialista explica que, mesmo para as escolas que optam pela retirada na lanchonete, o atendimento é feito por grupos separados de alunos, isolados em um determinado espaço físico, para que não haja interação física entre eles. não interage fisicamente com outro. Ryung informa que o app foi adotado em 2020 pela Escola Mater Dei, em São Paulo, e por todas as unidades da também paulistana Porto Seguro. Para este ano, o modelo deverá ser implementado em outros colégios atendidos pela Sapore, como Eleva (Rio de Janeiro e Brasília), Esfera (São José dos Campos) e Chaminade (Bauru).

Alimentos porcionados – Para atender também às unidades escolares que mantiveram o funcionamento de seus restaurantes, o Sapore 360° oferece um mix de produtos porcionados para que o usuário possa montar sua refeição, de acordo com o seu gosto. Alimentos como arroz, feijão, massas e proteínas são embalados separadamente e só são abertos na hora da montagem do prato. Além das porções individuais, também há opções de refeições prontas. “O porcionamento foi o sistema preferido das escolas atendidas no ano passado, por ser prático e seguro, com o mínimo de manuseio”, diz Ryung.

O reforço nos protocolos de segurança também ocorre nos espaços físicos onde as refeições são realizadas. Onde a estrutura gera aproximação, barreiras de acrílicos são instaladas entre uma cadeira e outra, como foi o caso da escola Esfera, em São José dos Campos. Para os locais mais amplos, como os colégios Eleva e Santo Américo, adesivos de identificação garantem que o distanciamento seja respeitado.

Dicas para pais e alunos - Após meses longe do ambiente escolar, as crianças estão ansiosas para interagir com colegas e professores. Alguns cuidados passam a ser essenciais principalmente na hora do lanche em que a criança vai manusear alimentos e ter contato mais próximo aos demais colegas. 

A tarefa de ensinar os procedimentos desta nova realidade não é fácil e deve ser enxergada como um trabalho em conjunto da família e dos profissionais da escola. De acordo com Ryung, as equipes dos colégios precisam estar treinadas para ajudar e orientar os alunos de forma adequada. 

“Nos restaurantes e lanchonetes das escolas em que atuamos, os profissionais estão preparados para pensar desde cardápio ideal para fortalecer a imunidade da criança até para orientar quanto ao distanciamento”, explica. A profissional afirma ainda que ao ensinar as crianças alguns importantes hábitos saudáveis, a família ajuda a tornar a escola e a saúde uma prioridade durante o restante do ano letivo. 

Aqui estão algumas dicas para dar apoio aos filhos no retorno às atividades escolares: 


1 – Nada de morder o lanche do amigo! 

Criança adora compartilhar, seja o lanche ou utensílios como copos e talheres. Nesta fase, é importante que elas entendam que cada um deve ter e comer suas próprias coisas. Para ajudar, coloque copos, guardanapos e toalhas descartáveis na lancheira/bolsa.

 

2 – Antes de comer: sabão na mão 

Ao ensinar seus filhos a lavar as mãos corretamente - especialmente depois de assoar o nariz, usar o banheiro e antes de comer - você pode ajudá-los a reduzir o risco de adoecer e infectar outras pessoas.

 

3 – Lanchinho pra ficar fortinho 

Quem conhece a canção popular “Meu lanchinho”, sabe que as crianças entendem que elas precisam lanchar para ficarem fortes e crescer. Basta reforçar quais tipos de alimentos são importantes para elas, por exemplo frutas, vegetais e cereais. "No atual momento que vivemos, é muito importante oferecermos uma alimentação rica em nutrientes (vitaminas, minerais, fibras) para fortalecer a saúde das crianças.", explica a nutricionista.

 

4 – O dinheiro fica na mochila 

Com a tecnologia é possível simplificar e evitar que as crianças peguem fila ou troquem dinheiro na lanchonete da escola. Como exemplo, um aplicativo desenvolvido pela Sapore possibilita a antecipação do pedido do lanche pelos responsáveis. No dia basta a criança retirar e se alimentar. Portanto, verifique com a escola quais alternativas estão disponíveis.

 

5 – Hora de trocar a máscara 

Lanchou? Então troque a máscara. É importante que a criança tenha pelo menos três opções de máscara para que faça as trocas de maneira adequada e segura. Além disso, é importante ensiná-las a guardar em uma sacolinha separada na bolsa.

 

Meditação combate degeneração cognitiva e provoca aumento de massa cinzenta

A especialista em meditação Debora Garcia aponta que 30 minutos de prática diária já apresentam grandes resultados a curto prazo 

 

Paz interior. Clareza de pensamentos. No imaginário popular, a prática meditativa é apenas uma ferramenta para alcançar um estado zen, porém, a ciência vem demonstrando que há ganhos mais significativos que apenas o bem-estar.  

 

Uma pesquisa conduzida por Harvard Medical School, em parceria com o Hospital Geral de Massachusetts, comprovou que a mente dos praticantes de meditação é acometida por um aumento na densidade de massa cinzenta no hipocampo esquerdo, parte do cérebro associada ao aprendizado e armazenamento de informações.

 

“Essa região é responsável pela memória e é uma das poucas que continua ganhando novos neurônios ao longo da vida. Apesar dessa característica, fatores como estresse, por exemplo, tendem a prejudicar essa área. Quando estamos em alta e continua tensão, o corpo tende a liberar cortisol abundantemente, o que impede que o cérebro produza novos neurônios”, explica Débora Garcia.  

 

Foi identificado ainda que outras regiões do cérebro obtiveram aumento de massa cinzenta após oito semanas de prática: córtex cingulado posterior e em dois pontos do cerebelo, o que reforça a percepção dos praticantes sobre a melhora na memória, redução do stress e regulação emocional.

 

Ainda durante o estudo, os pesquisadores observaram uma manutenção cognitiva. Foi constatado que os praticantes analisados, que tinham entre 25 e 50 anos, tinham a mesma quantidade de massa cinzenta que os de 25 anos, demonstrando uma clara regressão da denegação natural dessa massa causada pela idade.

 

Debora cita que em outro estudo publicado na Journal of Cognitive Enhancement, os pesquisadores observaram que praticantes que se mantiveram meditando tiveram benefícios cognitivos, sendo menos afetados pela perda cognitiva natural do envelhecimento.

 

Outro benefício muito observado é o aumento da criatividade, que de acordo com a visão da especialista tem relação com a clareza mental que a prática proporciona. “Ao reduzir os julgamentos, visto que quem medita aprende a ser um observador de si mesmo, a pessoa tende a desenvolver uma maior receptividade as próprias ideias e assim dar vasão para esse lado mais criativo”, garante.


 

MF Press Global 

Confira dicas de saúde para tornar a vida dos idosos mais ativa e saudável

Home Angels
A coordenadora técnica da Home Angels, maior rede de cuidadores de idosos, Janaina Rosa, ressalta que manter o equilíbrio entre alimentação e atividade física são imprescindíveis para um envelhecimento com qualidade de vida

A expectativa de vida no Brasil vem aumentando gradativamente e hoje é de 75,8 anos, um aumento de mais de 30 anos se analisarmos os números do IBGE, que comparou a mortalidade dos brasileiros entre 1940 e 2016. Sobretudo em um ano tão atípico como 2020, destacou-se a importância do envelhecimento com qualidade de vida, a praticar exercícios, mesmo que leves, comer bem, ler e manter amigos e família por perto são algumas das dicas para manter uma vida saudável e feliz.

Para Artur Hipólito, sócio-diretor da Home Angels, maior rede de franquias de cuidadores de idosos da América Latina, é preciso cuidados redobrados com a saúde dos idosos. “As alterações fisiológicas próprias da idade já deixam o idoso mais propenso a sofrer, por exemplo, com a diminuição de mobilidade e reflexo ou até mesmo tempo excessivo sem nenhuma atividade”. Por isso, além dos cuidados diários oferecidos pelos cuidadores, a Home Angels oferece a seus assistidos uma equipe composta por nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e acompanhantes terapêuticos. Profissionais que tem como principal objetivo trazer maior qualidade de vida e em alguns casos auxiliar na recuperação do assistido.   

Confira algumas dicas valiosas da coordenadora técnica Janaina Rosa, que vão auxiliar os  idosos a terem mais qualidade de vida e tranquilidade para realizarem suas atividades cotidianas.


 1 - Atividades físicas

Essa é uma prática que deveria ser hábito em qualquer idade e se torna ainda mais relevante nessa etapa da vida. O exercício físico leve regular pode ajudar a prevenir doenças como osteoporose e doenças cardíacas. Além disso, durante o exercício físico, nosso corpo libera serotonina, que é o hormônio do cérebro e que regula o humor, auxiliando na prevenção de doenças como a depressão. Mas é importante atenção: lembre-se de que os exercícios mais saudáveis para os idosos são os leves, como caminhadas, hidroginástica, pilates e alongamento


 2- Boa alimentação

Depois de certa idade, como o metabolismo e até mesmo a função dos hormônios mudam, algumas necessidades nutricionais do corpo também acabam sendo afetadas. A dica, portanto, é manter uma alimentação saudável e balanceada, equilibrando nutrientes que estimulam a imunidade e preservam os músculos. Além disso, uma alimentação saudável pode prevenir ou mesmo controlar doenças como hipertensão, diabetes, osteoporose e até outras doenças.


 3- Consultar periodicamente um médico e realizar exames

Muitos problemas podem ser evitados com consultas regulares e exames médicos preventivos. O monitoramento de um geriatra é fundamental para a realização de exames periódicos, prevenindo o surgimento de possíveis doenças e controlando aquelas que já existem.


 4- Sono

Sono de qualidade é essencial para a saúde dos idosos. Quando dormimos, podemos relaxar os músculos e melhorar a nossa memória, consolidando todos os conhecimentos adquiridos anteriormente. A longo prazo, a falta de sono pode levar a efeitos negativos e complicações, como perda de memória, mal-estar, pressão alta e ansiedade.


 5- Mantenha hobbies saudáveis

Manter hobbies também contribui para a saúde mental, fazendo que o idoso se sinta feliz e útil. Vale ler livros ou jornais, assistir filmes, praticar palavras cruzadas, jogos, exercícios de memória, entre outros. De qualquer forma, qualquer atividade é bem vinda para manter o cérebro ativo o tempo todo.


Terapia de casal: como identificar o relacionamento abusivo?

 Contar com a ajuda de um especialista auxilia a lidar com relacionamentos em crise e questões que estão interferindo negativamente; a psicóloga clínica Vanessa Gebrim revela os principais mitos e verdades o assunto

 

Nos últimos tempos as pessoas foram bombardeadas com notícias nos principais veículos de comunicação sobre relacionamentos abusivos. Como o caso recente do cantor Nego do Borel e da atriz e influenciadora digital Duda Reis, que após três anos de relacionamento, o término virou caso de polícia. Com a chegada das redes sociais, onde as pessoas passaram a ter mais voz para denunciar e buscar apoio, casos sobre violência contra mulher e relacionamentos abusivos viraram protagonistas. 


Atualmente as mulheres têm sido vítimas em diversos relacionamentos. Para se ter uma ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual. O estudo também revela que mulheres vítimas de violência pelo parceiro têm duas vezes mais chance de ter depressão e quase o dobro de chance de desenvolver alcoolismo.Mas quais são os principais sinais para identificar um relacionamento abusivo? 


Segundo a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, existem sinais bem claros geralmente presentes nesse tipo de relacionamento. “Entre eles estão: ciúme exagerado, possessividade, necessidade de controle, comportamento agressivo, invasão de privacidade, chantagem, manipulação, controle financeiro, violência sexual, verbal, emocional e física, ameaças, entre outros”, explica.

 

Porém, a especialista ainda fala que nem sempre esses sinais são fáceis de serem enxergados pela vítima que, muitas vezes, se sente presa e com a autoestima abalada pelo parceiro. “A terapia de casal é uma ótima forma de identificar esse tipo de caso. No decorrer dos atendimentos psicológicos, o terapeuta começa a perceber os sinais de que está havendo abuso no relacionamento. O abusador vai se revelando através de comportamentos que são considerados sugestivos de um relacionamento abusivo”, complementa a especialista. 

Abaixo, confira os principais mitos e verdades sobre o assunto: 

Existem casos em que os envolvidos não sabem que estão em um relacionamento não saudável?

 

VERDADE. “Muitas vezes, o relacionamento já vem com um padrão estabelecido e o casal  pode não ter consciência de que está dentro de um relacionamento abusivo. É papel do psicólogo mostrar ao casal e orientá-lo sobre a existência desse tipo de relacionamento e isso vai ficando mais claro durante a evolução da psicoterapia”, conclui Vanessa.

 

Existem vários níveis de uma relação abusiva? 

VERDADE. “Existem vários níveis, desde um abuso psicológico ou verbal até a forma mais grave onde acontece a morte da vítima”, diz.

 

Meu parceiro faz pouco caso das minhas conquistas, é normal?  

MITO. “Um relacionamento deve ser algo positivo na vida de ambos, algo que venha complementar uma felicidade. E a base de relacionamentos saudáveis é o companheirismo, por isso, o companheiro deve vibrar pelas conquistas de sua mulher. O problema é que em um relacionamento abusivo, o homem, muitas vezes, faz de tudo para humilhar sua parceira para se sentir melhor. É doentio”, conta.

 

Uma das principais fugas de uma abusador é dizer que a mulher é “louca”.

 

VERDADE. “Uma forma deles se defenderem de possíveis percepções do abuso nas mulheres, é taxar a companheira como louca, fazendo com que a mesma se questione a própria sanidade e capacidade de analisar as situações. Nesses casos, muitas vezes eles conseguem fazer com que a vítima se sinta culpada pelas reações agressivas dele”, comenta.

 

Sou vigiada pelo meu parceiro, posso considerar isso normal?

 

MITO. “De maneira alguma. Não é porque é seu marido ou namorado que tem direito de vigiar a sua intimidade. Alguns acontecimentos comuns nesse sentido são: pedir para a mulher se afastar dos amigos e familiares - mesmo de forma indireta -, ter acesso ao celular e redes sociais, viver pedindo desculpas, dizendo que vai mudar, mas não altera o padrão de comportamento, controle da vida financeira, entre outros.”, esclarece.

 

Controle e ciúmes excessivo é normal em uma relação saudável? 

MITO. “Ciúmes é um sentimento comum do ser humano, que existem em relações saudáveis, mas nada em excesso é normal, ainda mais quando esse sentimento causa o poder de posse em cima de alguém. É considerado normal apenas quando não existe controle excessivo e não cause sofrimento tanto na pessoa que vivencia esse sentimento como naquela que é o alvo do ciúme”, salienta a psicóloga. 

 


Vanessa Gebrim - especialista e pós-graduada pela PUC-SP com mais de 20 anos de experiência clínica. Tem certificação internacional pelo EMDR Institute. É terapeuta certificada em Brainspotting pelo Institute of New York. É ainda especialista em Técnicas que otimizam o tratamento como Play of Life, Barras de Access, orientadora vocacional e consteladora familiar.


Recém-nascidos do Hospital Evangélico Mackenzie precisam da doação de leite materno

Em relação a dezembro, houve queda no número de doadoras e de volume de leite coletado em janeiro


O Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) solicita, com urgência, a doação de leite materno para atendimento de 40 recém-nascidos que estão na UTI da instituição. Em relação a dezembro, o número de doadoras diminuiu 23% no mês de janeiro, enquanto o volume de leite coletado reduziu 28%. Em contrapartida, o número de bebês que precisou de leite aumentou 27%.

Em dezembro, o banco de Leite Humano coletou 125 litros de leite materno, de 117 doadoras, para atender 51 recém-nascidos. Em janeiro, o número de doadoras caiu para 90 e o volume de leite coletado despencou para 90 litros, para atender 65 recém-nascidos.

Sem estoque suficiente, a alimentação dos bebês precisa ser complementada com fórmulas artificiais, o que acarreta mais tempo na recuperação, em especial dos recém-nascidos que estão na UTI.

"Ao ingerir leite artificial, os bebês acabam passando mais dias na UTI, pois as fórmulas não têm todos os nutrientes orgânicos encontrados no leite materno e que são fundamentais para os pequenos", explica Rosane da Silva, enfermeira responsável pelo Banco de Leite do HUEM.

Os 40 recém-nascidos que necessitam do leite materno fazem oito mamadas por dia, o que totaliza 320 mamadas em u6m só dia. Durante a pandemia, os estoques vêm baixando mês a mês. Em junho, havia 182 doadoras, o dobro do número atual, e foram coletados 234 litros.

Existe um índice de leite coletado que não passa nos testes e é reprovado, mais um motivo para a urgência em ampliar as doações.
"Quem puder ajudar, doe o leite que sobrar e ajude a diminuir o tempo de separação entre as mães e os bebês que estão em cuidados intensivos", destaca a supervisora de enfermagem do Banco de Leite da UTI Neonatal do HUEM, Ana Lúcia dos Anjos Lima da Silva.

Para doar, basta um telefonema para (41) 3240-5117 e a realização de um cadastro. Uma equipe do Hospital Evangélico Mackenzie vai até a casa da doadora. Nesta visita, são entregues os materiais e frascos para a coleta e feitas orientações. Na semana seguinte, a equipe retorna para buscar o leite coletado.

Os frascos coletados são testados e os que são considerados impróprios (cheiro de cigarro, azedo, com cabelo, etc.) são descartados. Os leites que passam nos testes do cheiro, acidez e calorias são pasteurizados para eliminar todo tipo de contaminação.

 

Leucemia em tempos de Covid-19: Fevereiro Laranja frisa importância do tratamento médico

A campanha Fevereiro Laranja é dedicada ao alerta à população sobre a leucemia, tipo de câncer que ataca os glóbulos brancos e que se inicia nas células-tronco da medula óssea. A doença se caracteriza pela quebra do equilíbrio da produção dos elementos do sangue, causada pela proliferação descontrolada de células. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de quase 11 mil novos casos por ano. Em tempos de pandemia da Covid-19, especialistas alertam para a importância de se procurar por ajuda médica em caso de suspeita e dos pacientes não interromperem os tratamentos em andamento.

 

Segundo Ana Carolina Moreira de Carvalho Cardoso, médica especialista em hematologia e transplante de medula óssea, que integra o OncoCenter Dona Helena, em Joinville (SC), portadores de leucemias, principalmente nas formas agudas, em que há necessidade de quimioterapia intensiva, ficam mais propensos a quadros infecciosos. “Deve-se avaliar caso a caso ao diagnóstico para traçar a melhor estratégia para aquele paciente, ainda mais em tempos de pandemia. É importante ressaltar que as leucemias (principalmente as agudas), têm urgência para se iniciar o tratamento, por isso, independente do momento em que estamos vivendo, todos os pacientes com suspeita de leucemia devem ser cuidadosamente avaliados”, ressalta a profissional.

 

 

Tipos de leucemia

 

De acordo com a médica hematologista, as leucemias podem ser classificadas de acordo com a evolução e o tipo de efeito nos glóbulos brancos. Quanto à evolução, existe a leucemia aguda e a crônica. Na aguda, mais comum da infância, as células malignas se encontram numa fase muito imatura e se multiplicam rapidamente, causando uma enfermidade agressiva. Já nas leucemias crônicas, rara na infância, a transformação maligna ocorre em células-tronco mais maduras. Nesse caso, a doença costuma evoluir lentamente, com complicações que podem levar meses ou anos para ocorrer.

 

Os primeiros sintomas, de acordo com a profissional, geralmente são inespecíficos e, na maioria das vezes, os pacientes não apresentam fatores de risco identificáveis. Pela redução de glóbulos vermelhos, pode ocorrer a anemia e, com ela, vem o cansaço, aumento dos batimentos cardíacos, entre outros sintomas associados. A redução das plaquetas ocasiona sangramentos, principalmente pela gengiva e pelo nariz (epistaxe), além de equimoses. Já a redução dos glóbulos brancos aumenta a taxa de infecções. Também pode haver um aumento dos gânglios linfáticos, fígado ou baço, perda de peso, febre e sudorese noturna. “Nas leucemias agudas, a doença progride rapidamente e o tratamento deverá ser iniciado o mais breve possível. Nas crônicas, os sintomas podem ser mais brandos e, por vezes, o paciente poderá ser assintomático”, ressalta a especialista.

 

A leucemia também é classificada de acordo com o efeito que causa nos glóbulos brancos: a leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica afeta as células linfoides, sendo mais frequente em crianças; e a leucemia mieloide ou mieloblástica afeta as células mieloides e é mais comum em adultos. Ainda há subtipos que requerem prognóstico e tratamentos diferenciados. A origem da leucemia aguda ainda é desconhecida, porém, existem alguns fatores de risco que estão comprovadamente associados. “No caso das leucemias agudas mieloides temos alguns fatores, como tabagismo, benzeno, radiação ionizante, alguns quimioterápicos, Síndrome de Down, história familiar e idade. No caso das leucemias agudas linfoides, uso de alguns quimioterápicos, radiação ionizante, entre outras”, esclarece Ana.


 

Diagnóstico e tratamento 

 

A médica, especialista em transplante de medula óssea, frisa a importância da avaliação de um hematologista diante da suspeita de leucemia. Para realizar o diagnóstico, é preciso fazer um exame chamado hemograma e uma análise do sangue periférico. Depois, o paciente realiza o mielograma (exame da medula óssea), para avaliação da citologia, citogenética, avaliação molecular (mutações) e imunofenotipagem (avaliação do fenótipo das células).

 

O tratamento difere de acordo com o subtipo da leucemia, passando por procedimentos como uso de quimioterápicos, observação do paciente, uso de anticorpos monoclonais e uso de inibidores de tirosino quinase. No caso das leucemias agudas, o transplante alogênico de medula óssea poderá ser indicado nos casos refratários ou de subtipos mais agressivos. “Nas leucemias crônicas o objetivo é que o paciente entre em remissão, porém sabemos que, por ser uma doença crônica, pode ocorrer períodos de surtos e remissões. Já nas leucemias agudas o objetivo é a cura do paciente.”

 

 

Leucemia e Covid-19: cuidados redobrados

 

A médica hematologista frisa aos pacientes que fazem quimioterapia ou que estão na fase pós-tratamento que é preciso aumentar os cuidados habituais, como lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel, manter uma boa ingesta hídrica, uso de máscaras ao sair, além de evitar aglomerações e lugares fechados. “Qualquer sintoma apresentado pelo paciente deve ser relatado ao seu médico assistente, evitando assim idas desnecessárias às emergências”, frisa.

 

“Os estoques dos bancos de sangue tiveram uma queda durante a pandemia. Estamos sempre lembrando a população de como uma doação pode salvar algumas vidas, pois, principalmente nos primeiros meses do diagnóstico de leucemia, o paciente precisa muito dos hemocomponentes que são preparadas através do sangue total do doador”, observa Ana. “Apesar de estarmos atravessando um período difícil causado pela pandemia de Covid-19, as outras doenças não desapareceram.  Devemos manter a atenção redobrada”, finaliza a médica.

 

Stress e pele: Dermatologista fala sobre as doenças que esse esgotamento pode causar

Não é novidade que o stress é a base de várias doenças. Normalmente, ouvimos que é responsável por crises de ansiedade, depressão, enxaqueca, insônia e até infarto, mas esquecemos que a pele também sofre - e muito - com esse esgotamento físico e emocional. E com a pandemia, o stress crônico tem desencadeado cada vez mais doenças dermatológicas. 

“Não podemos esquecer que a pele é o maior órgão do corpo humano e, assim como o intestino, está intrinsecamente conectada ao sistema nervoso central e,  por isso, sempre sofre quando estamos desequilibrados. Algumas doenças já são preexistentes e desencadeiam com o stress crônico. Outras, são potencializadas”, explica a Dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), Nádia Bavoso. 

Entre as principais doenças de pele causadas pelo stress, podemos destacar: 

  • Urticária: é uma irritação cutânea que pode acontecer em qualquer parte do corpo. Geralmente, já é preexistente e o stress potencializa. Quando dura menos que 6 semanas  e não deixa cicatrizes, é uma forma mais leve da doença. Quando persiste por mais tempo, pode se tornar crônica; 
  • Dermatite Atópica: é uma inflamação que causa muita coceira, manchas vermelhas e podem descamar a pele. Pode estar relacionada a outras doenças como, bronquite e rinite, mas o stress emocional é um gatilho importante para a doença; 
  • Psoríase: é uma doença inflamatória crônica. Na maioria dos casos, tem fator genético, mas é agravada com o stress. Sua característica principal são placas vermelhas e descamativas  secas na região do couro cabeludo, joelhos e cotovelos; 
  • Vitiligo: outra doença de fundo genético e que pode vir à tona quando a pessoa está passando por momentos de stress crônico. A doença ataca a produção de melanina, causando manchas brancas em diversas regiões. As áreas mais acometidas são as mãos, face e região genital. 

“Como estamos vivendo um momento de stress coletivo pela pandemia do coronavírus, é importante ficar mais atento às mudanças na pele. Percebeu alguma alteração, converse com um Dermatologista para controlar a doença e evitar ter mais um fator de srtress.”, completa Dra. Nádia.

 


Dra. Nádia Bavoso - Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem mestrado pela mesma instituição e faz parte do corpo docente da UNIFENAS (BH). É sócia da Clínica Eveline Bartels, uma das mais conceituadas em medicina estética de Belo Horizonte.


O Home-Office pode estar danificando sua visão

Especialista do Hospital CEMA alerta para possíveis distúrbios oculares que podem ocorrer em virtude do uso excessivo de telas e mostra como evitar que os olhos sofram tanto nesse período


Embora o uso de aparelhos eletrônicos, especialmente os smartphones, tenha se disseminado amplamente nos últimos anos, nunca se usou tanto as telas quanto agora. Com a pandemia, e a necessidade de isolamento social, todas as esferas da vida passaram a ser feitas em um mesmo ambiente: em casa; e as demandas de escola, do trabalho e outros eventos precisaram se deslocar para o mundo virtual. Haja visão para tanta tela! Não à toa a procura em hospitais especializados têm aumentado muito, nesse período. "Especialmente as crianças em idade escolar e profissionais que fazem home-office têm buscado os consultórios oftalmológicos com bastante frequência", explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Gustavo de Léo Soares.

Entre os principais distúrbios causados pelo uso excessivo de telas estão a Síndrome do Olho Seco e a Miopia. A Síndrome do Olho Seco ocorre quando há uma falta de lubrificação nos olhos, o que pode levar a sintomas, como ressecamento, visão embaçada e vermelhidão. O uso de telas em excesso pode desencadear a doença, pois as pessoas tendem a piscar menos, o que impede a correta lubrificação ocular.

Já no caso da miopia, que é um distúrbio que ocorre quando há dificuldade para enxergar objetos que estão longe, o que acontece é que ficar muito tempo em frente aos aparelhos eletrônicos pode forçar a musculatura responsável por focalizar imagens que estão perto, o que pode levar à fadiga, em longo prazo, dificultando a visão à distância. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 2020 e 2050 os casos de miopia cresçam 89% no Brasil e 49% no mundo. No entanto, essa relação entre a doença e o aumento no uso de telas ainda não é comprovada.

De todo modo, o especialista do Hospital CEMA dá algumas orientações para evitar fadiga visual e possíveis complicações oculares. "É importante que as pessoas se lembrem de fazer pausas durante o uso de telas no trabalho. Utilizar colírios específicos, nos casos de Síndrome do Olho Seco, também é algo que pode ajudar muito", detalha. Além disso, é essencial deixar a área de trabalho ou estudo em local arejado e iluminado e utilizar essas pausas para exercitar a visão à distância, olhando o horizonte, por exemplo. Além disso, caso ocorram sintomas persistentes, como irritação ocular ou dores é importante procurar um oftalmologista para avaliar melhor o caso.



Dr. Gustavo de Léo - oftalmologista do Hospital CEMA - CRM: 124.475


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