A
especialista em meditação Debora Garcia aponta que 30 minutos de prática diária
já apresentam grandes resultados a curto prazo
Paz interior. Clareza de
pensamentos. No imaginário popular, a prática meditativa é apenas uma
ferramenta para alcançar um estado zen, porém, a ciência vem demonstrando que
há ganhos mais significativos que apenas o bem-estar.
Uma pesquisa conduzida por
Harvard Medical School, em parceria com o Hospital Geral de Massachusetts,
comprovou que a mente dos praticantes de meditação é acometida por um aumento
na densidade de massa cinzenta no hipocampo esquerdo, parte do cérebro
associada ao aprendizado e armazenamento de informações.
“Essa região é responsável
pela memória e é uma das poucas que continua ganhando novos neurônios ao longo
da vida. Apesar dessa característica, fatores como estresse, por exemplo,
tendem a prejudicar essa área. Quando estamos em alta e continua tensão, o
corpo tende a liberar cortisol abundantemente, o que impede que o cérebro
produza novos neurônios”, explica Débora Garcia.
Foi identificado ainda que
outras regiões do cérebro obtiveram aumento de massa cinzenta após oito semanas
de prática: córtex cingulado posterior e em dois pontos do cerebelo, o que
reforça a percepção dos praticantes sobre a melhora na memória, redução do
stress e regulação emocional.
Ainda durante o estudo, os
pesquisadores observaram uma manutenção cognitiva. Foi constatado que os
praticantes analisados, que tinham entre 25 e 50 anos, tinham a mesma
quantidade de massa cinzenta que os de 25 anos, demonstrando uma clara
regressão da denegação natural dessa massa causada pela idade.
Debora cita que em outro
estudo publicado na Journal of Cognitive Enhancement, os pesquisadores
observaram que praticantes que se mantiveram meditando tiveram benefícios cognitivos,
sendo menos afetados pela perda cognitiva natural do envelhecimento.
Outro
benefício muito observado é o aumento da criatividade, que de acordo com a
visão da especialista tem relação com a clareza mental que a prática
proporciona. “Ao reduzir os julgamentos, visto que quem medita aprende a ser um
observador de si mesmo, a pessoa tende a desenvolver uma maior receptividade as
próprias ideias e assim dar vasão para esse lado mais criativo”, garante.
MF Press Global
Nenhum comentário:
Postar um comentário