Pesquisar no Blog

terça-feira, 10 de novembro de 2020

O que é hub de negócios?

Hub de negócios é um modelo inovador e disruptivo, que propicia a prestação de múltiplos serviços para milhões de consumidores por meio de diversas empresas, com elevado nível de qualidade, segurança, performance, disponibilidade e com redução significativa do esforço de todos os provedores e consumidores dos serviços que fazem parte do hub. 

Esse modelo foi concebido para atender, com a velocidade requerida pela transformação digital e a demanda do mercado, acelerada pelos tempos desafiadores que vivemos, além de contribuir para a redução de custos, de agilizar a implantação de novos serviços e de incrementar oportunidades. Trata-se de um modelo de cooperação, no qual milhares de fornecedores prestam seus serviços com foco em ações horizontalizadas. 

Atualmente, existem milhares de empresas prestando serviços e provendo produtos para milhares de outras companhias que os comercializam e entregam. Essprocesso requer um volume absurdo de integrações e, apesar da evolução tecnológica, sabemos a complexidade que representa cada um desses processos. 

Imagine-se gestor de uma farmácia que deseja prestar os melhores serviços para seus clientes. Antes da existência do hub, seus sistemas precisariam fazer dezenas de integrações para oferecer os benefícios de todos os programas da indústria, pesquisar múltiplas empresas de prescrição eletrônica, consultar todos os descontos dos programas corporativos, e assim por diante. 

Agora, imagine-se diretor de uma grande empresa que deseja implantar um programa de relacionamento para consumidor final, com produtos comercializados em farmácias. Você precisaria fazer integrações com milhares de farmácias para alcançar seus objetivos.  

Aí é que entra o conceito de hub de negócios, um conjunto de plataformas tecnológicas integradas, um time altamente qualificado e processos otimizados funcionando como um integrador, que pode ligar todos os participantes, inclusive hospitais e clínicas.  

Essgráfico é uma representação das interligações necessárias para conectar os 4 pontos vermelhos, que simbolizam provedores de informações (programas da indústria, prescrição eletrônica etc.), e os 8 pontos pretos, que seriam as farmácias. Para entender a amplitude do cenário, considere que, no Brasil, temos mais de 70 mil farmácias (no gráfico, são apenas 8) enquanto os provedores de informação são centenas (no gráfico, apenas 4). 

No exemplo, o modelo tradicional precisa de 32 conexões, e o modelo de hub de negócios cumpre o mesmo papel com apenas 10 conexões. O quadro fica ainda mais favorável para o HUB quando entra um novo provedor, que requer apenas uma conexão no modelo HUB contra 8 do tradicional. 

E qual é o ganho disso para a população? 

Tudo é feito pensando no consumidor final, que passou a ser o foco das atenções, a demandar os melhores serviços, contar com as melhores condições e tem o poder de mudar de fornecedores com o simples toque de dedos. O “shopper centricity”, que significa atenção total ao consumidor final, veio para ficar, e quem não estiver preparado para isssofrerá impacto nos seus negócios. 

Com o hub, a farmácia do nosso exemplo teria seu esforço de integração extremamente reduzido. Muitos serviços passam a ser disponibilizados num tempo muito menor e, em uma única integração, ela tem acesso a múltiplos serviços. 

Da mesma forma, a grande empresa do exemplo teria possibilidade de atingir uma grande cobertura geográfica em pouco tempo, o que faz toda a diferença. Além disso, cada rede tem suas peculiaridades tecnológicase o hub elimina a obrigatoriedade dessa empresa entender e tratar cada caso, o que simplifica muito a complexidade e os custos envolvidos. 

 



Carlos Dutra - CEO da InterPlayers. www.interplayers.com.br 

  

Saem TEDs e DOCs, entra o PIX

Pela primeira vez na história do sistema bancário brasileiro, enxergamos os grandes bancos atraindo os consumidores a utilizarem um serviço bancário de forma gratuita. Isso é novo. Só por esse ponto eu diria que o consumidor já está ganhando. No entanto, este serviço é gratuito porque os bancos mudaram na sua forma de operar? Certamente não. Então, qual o motivo dessa série de campanhas comerciais dos grandes bancos, atraindo os usuários para suas plataformas? A resposta é muito simples.

 Os bancos já perderam as receitas que eram adquiridas a partir das taxas dos TEDs e DOCs. Agora, o usuário, sabedor de um serviço gratuito, que é o PIX, não vai mais retornar para um serviço caro e pouco ineficiente. Porque, diga-se de passagem, o TED e o DOC são serviços caros e ineficientes. Além do que, não é possível fazer uma dessas transações a partir das 16 horas, nem em um feriado ou final de semana, uma vez que precisa ser dentro do expediente bancário.

Com a modalidade PIX isso vai ser possível durante as 24 horas, em feriados ou finais de semana e de forma gratuita. É um outro mundo para as transações financeiras eletrônicas. E os bancos, certos de que vão perder essa receita, que eram geradas por essas modalidades, TED e DOC, já começaram a correr atrás para não perder também os seus clientes, visto que o PIX, gradativamente, irá aperfeiçoar as suas aplicações e trará, com mais amplitude, outros serviços, além de simplesmente as transferências eletrônicas.

Um outro ponto importante é que o fato desse serviço ser gratuito não isenta o banco de prestar um bom serviço. É claro que o desenvolvimento, o arcabouço tecnológico é feito pelo Banco Central, o grande guardião do PIX. Mas, a partir do momento que o Banco Central disponibilizou esse serviço aos bancos, passa a ser responsabilidade do banco para com seus clientes finais.

Portanto, como é de conhecimento comum, já existem fraudes envolvendo essa nova modalidade, como links maliciosos, que tentam capturar as informações das transações, através de meios escusos; os hackers de modo geral, que podem invadir o sistema bancário, que podem invadir uma transação, ou gerar um pagamento indevido contra um usuário de um determinado banco. No entanto, apesar de ser gratuito, o banco terá responsabilidade sobre essas transações. Assim, o consumidor lesado, o consumidor que experimentar uma fraude em sua transação, mediante a plataforma PIX, certamente terá como responsabilizar, claro dentro das possibilidades, na falha do serviço bancário, aquela rede bancária, porque ela falhou com sua aplicação, falhou com o consumidor, ou seja, deixou de prestar um serviço adequado ao consumidor, independente desse serviço ser pago ou não.

Vale destacar, que haverá, também, novas possibilidades, novos negócios tecnológicos/bancários que surgirão a partir do PIX, pois a nova modalidade está trazendo uma integração social econômica de muita gente. Muitos usuários que não são adeptos, que não estão “bancarizados”, passarão a utilizar de um sistema financeiro atual e moderno. Ainda que a pessoa não tenha uma conta bancária, vai conseguir, com o PIX, fazer uma transferência de valores para uma outra, e isso vai atender a milhões de pessoas que não possuem conta corrente. Portanto, esse público vai passar a consumir um serviço bancário inexistente.

Dessa forma, poderão surgir novas fintechs, que são empresas que combinam tecnologia e finanças, para atender especificamente esse público, por exemplo, que são aqueles consumidores que não têm conta em banco tradicional, mas que têm um smartphone. Porque para a utilização do PIX, tudo o que se precisa é de um smartphone e um CPF. Então, essas pessoas serão integradas a esse novo sistema e haverá, certamente, o surgimento e a necessidade de um aprimoramento de serviços para este usuário, pois, já era um indivíduo não “bancarizados”.

O que virá daqui para frente para atrair e manter esse indivíduo terá que ser uma ferramenta nova. Certamente, também ganhará a economia, com o surgimento de novas aplicações de novas empresas e de novos negócios para atender esse público.

 

 

Rony Mendes Santos - sócio da Mendes Santos Advogados. Especialista em Direito Tributário pela PUC/MG e em Direito Processual Civil pela EPD/SP.


Escola e eleições: como ensinar cidadania

Aproveitar o processo eleitoral para falar sobre democracia com as crianças é uma forma de construir uma sociedade mais politizada e consciente de seus direitos e deveres


Prefeito, vereadores, urna eletrônica, título de eleitor. A cada dois anos, a agitação do ciclo eleitoral movimenta o noticiário e as ruas de cidades por todo o país. Mas, enquanto quem já tem idade para votar precisa avaliar as opções e escolher seus candidatos, é preciso garantir que as crianças também não se sintam excluídas do processo, que é o exercício mais ativo da democracia.

Mas, se os menores de 16 anos não têm direito ao voto, como é possível fazer com que eles entendam a importância desse processo?  A editora de Geografia da Editora Aprende Brasil, Manoella de Souza Soares, explica que, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o tema das eleições só entra formalmente entre os conteúdos trabalhados a partir do 4º ano, mas, desde o 1º, o estudante deve ser estimulado a refletir sobre a comunidade e as regras de convívio. “Esse é um tema que está no cotidiano das crianças, então não se pode ignorar, é preciso deixar que elas se expressem a respeito. Já no início do Ensino Fundamental, é importante mostrar a elas o papel da sociedade como agente ativo das transformações”, relata.

Nas últimas eleições presidenciais, em 2018, o Sistema de Ensino Aprende Brasil foi além da teoria e organizou, em Governador Celso Ramos (SC), um pleito fictício. Foi assim que Cauê Marinho, um cavalo-marinho, acabou sendo candidato a presidente, com o caranguejo Otávio Crustáceo compondo a chapa como seu vice. Em busca do voto popular, eles concorreram com o golfinho Gabi Dolphin e seu vice Augusto Vivar, a água-viva, e a tartaruga Tom Tortuga e sua vice Tati Tainha. Essa foi a forma encontrada para oferecer às crianças do Ensino Fundamental uma primeira experiência sobre a democracia e o exercício do voto. “A eleição é uma comoção social, passa na televisão, às vezes os familiares das crianças estão envolvidos no processo, então comentar de forma lúdica é uma boa maneira de fazer com que os pequenos entendam a importância que as eleições têm para a nossa sociedade”, avalia Manoella.


Ética e vida em sociedade se aprendem na escola

Ainda que os adultos sejam quem precisa lidar de modo mais direto - ao menos conscientemente - com as consequências do voto, é fundamental ensinar já na infância como funciona o mecanismo de representação por esse meio. O doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo, Daniel Medeiros, explica que política vem de “polis”, que significa cidade ou espaço público. "Nesse ambiente, pessoas singulares precisam conviver sem perder seus direitos e liberdades. E essa convivência não é uma tarefa fácil, por isso precisa ser praticada desde cedo e a escola é o lugar mais adequado para esse aprendizado”, argumenta.

Manoella destaca que, ao abordar esse assunto com os mais novos, deve-se permitir que eles estabeleçam sozinhos conexões entre o que está sendo debatido na teoria e a prática vivenciada em sua vida cotidiana. “Deve-se partir do espaço vivido pelo aluno, estimulando para que ele perceba seu ambiente. Perguntar coisas como ‘quais questões você acha que poderiam melhorar no seu bairro?’. Assim, ele vai começar a identificar os problemas, buscar soluções, entender o passo a passo e perceber que ele pode ser um agente ativo”, afirma.

Segundo a educadora, um pouco mais tarde, mas ainda no Ensino Fundamental, é a vez de falar sobre como funciona a representação da vontade popular por meio do voto e, com isso, repassar importantes lições sobre ética e vida em sociedade. “É hora de explicar para as crianças que aquelas pessoas foram eleitas e estão lá nos representando. Por isso, é importante não vender o voto, não trocar, entender as questões éticas envolvidas. Além disso, podemos explorar as habilidades socioemocionais, explicando que as propostas têm que ser para o bem coletivo, e não individual, por exemplo. Esses são valores éticos que estão na Constituição e sobre os quais não podemos esperar até os 18 anos para começar a falar”, conclui.


A corrida para a vacina: quando os riscos valem a pena?

Há uma corrida mundial para o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19, na qual os competidores são a Rússia, os EUA, a China e o Reino Unido. 

 

A China aposta em uma vacina composta de fragmentos de vírus, método bastante conhecido, que tem como ponto forte a existência de décadas de experiência e, como desvantagem, a necessidade de produzir o vírus vivo em laboratórios de segurança máxima e em quantidades colossais. Nunca tivemos que produzir tantas vacinas em tão pouco tempo. Os insumos necessários precisarão ser produzidos em uma escala inédita, os recursos humanos necessários precisarão ser recrutados e treinados, instalações precisarão ser construídas. Rússia, EUA e Reino Unido têm outra estratégia: apostam na introdução de material genético com a receita das proteínas virais no corpo humano e as fábricas celulares se encarregam de produzir a vacina. É como se uma confeitaria muito atarefada parasse de vender bolos aos clientes e passasse a mandar cópias das receitas para que cada um fizesse seu próprio bolo em casa. A vantagem é que a produção e distribuição são rápidas. A desvantagem é que isso nunca foi feito nessas condições e nessa escala: estamos em território desconhecido.

Além das questões de escala, temos a questão do prazo. A vacina contra a caxumba foi a de desenvolvimento mais rápido até hoje. O médico americano Maurice Hilleman liderou a pesquisa, que começou em 1963 e terminou em 1967. Era outra doença, outra época, outros recursos e uma ética de pesquisa diferente da atual. Hoje, nos propomos a desenvolver a vacina contra o coronavírus em menos de um ano. O que pode dar errado? Menos tempo significa queimar algumas etapas. Por exemplo: a vacina seria eficaz por dois anos? Não podemos responder essa pergunta acompanhando pacientes por apenas um ano. Se houver efeitos colaterais tardios também não saberemos até que os pacientes tenham sido acompanhados por um período razoável de tempo. Imagine que a vacina cause problemas sérios em 1 em cada 10.000 pessoas. É pouco, pouquíssimo até. Mas se a intenção é vacinar um bilhão de pessoas, 100.000 sofreriam desses efeitos colaterais.

Em 1976 houve um surto de influenza em um quartel na Filadélfia, conhecido como Fort Dix. Um soldado morreu e 200 ficaram gravemente doentes. O presidente dos EUA, na época, iniciou uma campanha de vacinação em massa que atingiu 40 milhões de pessoas. Nos meses seguintes, 94 desenvolveram uma doença que afeta os nervos e leva à paralisia. Essa doença é chamada de síndrome de Guillain Barré e está relacionada à vacina: os casos em vacinados foram 4 vezes mais frequentes do que na população geral. Alguns casos seriam aceitáveis se a vacina tivesse salvado milhares de vidas. Não foi o que aconteceu: naquele ano, a quarentena foi muito eficiente e o vírus nunca saiu do quartel. Não houve casos além dos 200 iniciais. Foi um vexame histórico que abala a confiança dos americanos nas vacinas até hoje: os americanos têm percentuais de cobertura vacinal muito inferiores aos obtidos no Brasil e em países europeus.

Se em 1976 o vírus ficou preso no quartel, hoje vivemos o oposto. Até outubro de 2020, o novo coronavírus já atingiu 40 milhões de pessoas no mundo inteiro, matando 1 milhão delas. Os 90 casos de paralisia seriam um pequeno preço a se pagar no contexto atual. Acompanhe essa analogia: os acidentes de trânsito matam 1 milhão de pessoas ao ano no mundo todo. Sabemos que a direção imprudente e a alta velocidade aumentam o risco de acidentes e, por isso, dirigir a 100 quilômetros por hora furando sinais vermelhos é proibido. Mas quando uma pessoa sofre um infarto, uma ambulância vem para transportar esse paciente ao hospital, ela trafega em alta velocidade e desrespeita todas as leis de trânsito. Fazem isso porque o risco aumentado de acidentes no trajeto é compensado pelo benefício de chegar antes ao hospital. A imprudência é permitida pelo benefício que pode trazer. Em 2020, somos todos nós nessa ambulância. Sabemos que correr com vacina tem riscos, mas precisamos chegar rápido ao hospital. 




Marcelo Abreu Ducroquet - infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo.


LGPD: SINDHOSFIL pontua dificuldades do setor filantrópico para adequação à lei

Falta de recursos financeiros, agravada com pandemia, dificulta investimento em tecnologia e treinamentos


As atividades de prestação de serviços de saúde são as que possuem o maior número de informações das pessoas e, por essa razão, a nova LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), em vigor desde o dia 18 de setembro, traz impactos significativos às instituições de saúde quanto à proteção das informações sensíveis dos pacientes, colaboradores e demais partes envolvidas. No entanto, o SINDHOSFIL (Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo) alerta para as dificuldades de os hospitais filantrópicos se adequarem à lei, em função da falta de recursos financeiros para investimento na questão.

“As instituições filantrópicas convivem desde sempre com problemas de ordem financeira, que foram agravados neste ano com a pandemia. Os recursos que vinham dos atendimentos privados deixaram de chegar, já que a maior parte das pessoas suspendeu tratamentos nos últimos meses, com medo de ir ao hospital nesse período. Com isso, os hospitais fecharão o ano com perda significativa de recursos, o que dificulta o investimento em tecnologia e treinamentos necessários para a adequação”, pontua o presidente do SINDHOSFIL, Edison Ferreira da Silva.

Apesar das dificuldades, o dirigente do sindicato ressalta que a implementação da LGPD é necessária e a privacidade e a proteção de dados devem ser tidas como cultura, aplicadas diariamente nas relações e projetos existentes. Uma ação importante a ser desenvolvida é a criação de uma política de privacidade e de proteção de dados, estabelecendo como e para quais fins os dados serão usados. “A privacidade e a proteção de dados devem ser entendidas como uma cultura institucional, por isso, é fundamental incutir em cada um dos funcionários a importância disso, com discussões constantes e palestras sobre a questão”, ressalta Silva.

Para auxiliar as instituições filantrópicas de saúde, o SINDHOSFIL disponibiliza em seu site - sindhosfil.com.br -, cartilha para nortear a implantação. “As recomendações não devem ser tomadas como regra ou como a única medida a ser adotada. A análise de cada caso específico é necessária para a verificação de adequação à LGPD”, salienta Silva.

 

Procon recebe do IDV guia de boas práticas para a Black Friday

Guia contém dicas para as empresas de comércio eletrônico e, especialmente, para as lojas físicas, que devem seguir todos os protocolos de higiene e evitar aglomeração


O IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) elaborou um guia de boas práticas sugeridas pelos seus associados para serem implementadas durante a Black Friday, que ocorrerá em 27 de novembro. O material foi compartilhado com os Procons do Brasil, que o colocará à disposição de todas as unidades do Procon no país.

A Black Friday se tornou uma data importante para o varejo brasileiro, e a maior preocupação das empresas é garantir um bom atendimento, com segurança sanitária, neste momento de pandemia.

Por esta razão, neste ano, o IDV recomenda que haja uma atenção especial às lojas físicas, que devem seguir todos os protocolos de higiene e evitar aglomeração. As empresas associadas ao IDV disponibilizarão, durante o horário de funcionamento do estabelecimento para a Black Friday, atendimento ao consumidor, buscando satisfazer sua experiência de compra. Os produtos participantes da ação estarão identificados nas lojas e nos materiais de comunicação. As empresas também se comprometem a seguir as orientações do Procon, do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a capacidade de percentual de pessoas permitida em cada município, além de protocolos importantes implantados durante a pandemia visando à segurança de funcionários e clientes.

Com relação ao comércio eletrônico, os associados do IDV se comprometem a fornecer Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) adequado, 24 horas (da meia-noite até às 23h59), durante o dia 27 de novembro (chat, principais redes sociais ou telefone). Excepcionalmente, algumas empresas, por conta do baixo volume de contatos, terão o atendimento com resposta de até 12 horas. Outro compromisso é ter infraestrutura reforçada para melhor estabilidade do site, buscando evitar a ocorrência de oscilações decorrentes do grande volume de acessos. Elas também vão sinalizar os produtos que participam da Black Friday, reforçando que não são todos os produtos do site; comunicar a restrição de estoques, pois são limitados; orientar quanto aos prazos de entregas de forma ostensiva; entre outras medidas.

As empresas proprietárias do site ou da plataforma de marketplace identificarão, de forma clara, quando a oferta é de um produto próprio ou oferecido diretamente pelos vendedores terceiros.

Todas as empresas associadas ao IDV têm como itens fundamentais somente aceitar clientes com máscaras, disponibilizar máscaras para funcionários, disponibilizar álcool em gel, envelopar com plástico-filme equipamentos de contato constante, promover o distanciamento entre pessoas, reforçar a higienização, comunicar sobre cuidados para funcionários e clientes, distribuir máscaras acrílicas para operadores de caixa ou proteção de acrílico entre cliente e operadores de caixa, ter um cuidado maior de higiene com produtos trocados e higienizar o local do carrinho de compras onde colocam-se as mãos.

O guia completo pode ser acessado pelo link https://www.idv.org.br/wp-content/uploads/2020/11/BLACK-FRIDAY-2020_BOAS-PRATICAS-IDV_vFINAL.pdf.

Visto EB-5 é o mais adequado para alunos que buscam ensino superior e especialização

 Estudantes podem ter acesso a auxilio e a taxas mais acessíveis


Para estudantes que buscam graduação, ou especialização, o visto EB-5 é uma das melhores formas para ingressar em uma universidade americana, além de ser o caminho mais rápido para conquistar o Green Card.

Diferente de outros tipos de visto frequentemente usados por estudantes de graduação, como o F-1, o EB-5 ainda possui outra vantagem importante, não limita onde o portador pode morar, estudar ou trabalhar. Além disso, essa modalidade permite a permanência em solo americano mesmo após a formatura. “Para aqueles que fazem parte de uma família que pode pagar pelo investimento, esta é uma oportunidade incrível”, destaca a diretora regional da empresa Lightstone, Bruna Allemann

As melhores escolas de pós-graduação dos EUA são extremamente competitivas, então os candidatos precisam de todas as vantagens possíveis. “Ter uma residência permanente em solo americano significa já ter um diferencial frente aos demais que moram no exterior”, revela a diretora.

Uma vez aceito, o aluno pode se qualificar também para pagar taxas diferenciadas de ensino. “É possível também conseguir um auxílio estudantil, após preencher o Formulário Gratuito para Auxílio Federal ao Estudante (FAFSA), oportunidades que geralmente são limitadas apenas aos residentes. Esses estudantes de pós-graduação são elegíveis para prêmios por mérito, o que não contempla outros vistos”, explica Bruna.

A especialista em investimentos de alta renda explica que, se um pai já recebeu um Green Card através do EB-5, o cônjuge e filhos solteiros menores de 21 anos também recebem o benefício. “Como residentes permanentes, eles se beneficiam da visão de seus pais na obtenção deste visto”, aponta.

No entanto, quando os alunos têm 21 anos ou mais e não receberam um Green Card, eles devem fazer seu próprio investimento EB-5 para se qualificar. Centros regionais, designados pelo Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) para patrocínio de investimento de capital, reúnem fundos de investidores para criar seus projetos.

Contanto que o investimento EB-5 atenda a todas as condições exigidas, incluindo a criação de 10 empregos americanos permanentes em tempo integral em até dois anos, o investidor recebe um Green Card. A maioria dos candidatos é contemplado pelo benefício dentro do prazo, para que possam fazer planos de inscrição para a pós-graduação.


Portas aberta para o mercado de trabalho

Após a formatura, é muito mais fácil encontrar emprego na área em que estudou, do que para alguém que não possui o status de residente permanente. “Na verdade, muitas empresas simplesmente não contratam residentes não americanos”, ressalta a especialista.

Para se ter uma ideia, um visto de estudante internacional F-1 precisa encontrar um emprego dentro de três meses após a formatura ou terá que deixar os Estados Unidos. E mesmo que encontre um emprego, é preciso que seja dentro da área de atuação. “Essas situações já não ocorrem com os portadores do EB-5”, conclui Bruna.

 

 

Bruna Allemann - especialista em investimento de alta renda e em diversos temas relacionado aos Estados Unidos. Ela auxilia brasileiros com a internacionalização e dolarização de patrimônio, imigração através de investimentos e gestão de recursos offshore como diretora de investimentos e capital markets do grupo Lightstone. Para mais informações, acesse https://lightstoneeb5.com/ ou também pelo perfil @bruallemann ou conecte-se no LinkedIn

 

Lightstone Private Wealth

https://lightstoneeb5.com/

 

AUSTERIDADE: Especialista explica como crise fiscal deixará dia a dia do cidadão cada vez mais difícil

Efeitos do endividamento público do País começarão a ser sentidos no início de 2021 e se intensificar ainda mais no cenário pós-pandemia


Crise fiscal, um termo que aqui no Brasil não sai dos noticiários de TV, rádio, dos jornais e da internet. Mas você sabe como tal crise está afetando e irá afetar na prática a vida do cidadão comum no País? Uma pesquisa encomendada pelo jornal Valor Econômico e realizada no começo da pandemia, apontou que 54% da população brasileira acredita que as consequências serão graves e irão prejudicar as pessoas e empresas nos próximos períodos. Mas a grande maioria dos brasileiros não sabe ao certo a noção do quanto este problema pode afetar o seu dia a dia.

Para se ter uma ideia de como o País vive um forte desequilíbrio nos dias de hoje, segundo dados do Ministério da Economia, em maio de 2020, as contas do governo central – que reúnem Tesouro, Banco Central e Previdência Social – tiveram déficit primário recorde. A diferença entre despesas e arrecadação do mês foi de R$ 126,6 bilhões. Antes da pandemia, a meta da equipe econômica era ter um déficit de R$ 124,1 bilhões ao longo de todo o ano de 2020.

O administrador de empresas, especialista em controle e gestão financeira pela Fundação Getúlio Vargas e sócio-diretor da Cronos Capital, Cidinaldo Boschini, explica que os efeitos da crise fiscal no País começarão a ser sentidos no início do ano de 2021 e devem se intensificar ainda mais no cenário pós-pandemia. “Para enfrentar a crise fiscal que é muito grave o Governo terá que reduzir gastos, contingenciar despesas e aprovar as reformas administrativas e tributária com o objetivo de no médio e longo prazo equilibrar as contas antes do pagamento do pagamento de juros sobre a dívida pública. Caso não faça, o país poderá colapsar financeiramente."

De acordo com Cidinaldo, a crise fiscal nada mais é do que desequilíbrio das contas do governo entre a receita arrecadada com os impostos e os gastos da máquina pública. “Crise fiscal já ocorreu em outros governos de várias outras épocas, mas no atual há um agravamento maior por causa das despesas relacionadas à pandemia e seus efeitos, que têm impactado considerável nas contas públicas, devido não só aos grandes gastos em saúde, mas também aos recursos destinados às ações sociais de transferência de renda [Auxílio Emergencial] e para recuperação de empresas, além da grande redução da arrecadação ocorrida nos meses de bloqueio e isolamento social”, esclarece o especialista.



Retomada


Cidinaldo explica que a tão esperada retomada da economia só virá após o Governo Federal equilibrar as contas da máquina pública. O problema é que com o governo gastando mais do que arrecada, gera a longo prazo a  insustentabilidade fiscal, o que forçará o Governo a forte redução de gastos, aumento de tributos e aumento dos juros. O Brasil precisa mais do que nunca de austeridade fiscal. “Os investimentos privados, principalmente os internacionais, só virão se o governo conseguir passar confiança ao mercado com políticas de controle de gastos e ajuste das contas públicas. ”, explica o especialista. 



Dilema


Para o especialista, o atual governo vive um sério dilema para efetivamente adotar uma política de austeridade fiscal, já que precisa cortar drasticamente seus gastos, mas ao mesmo tempo precisa financiar medidas sociais importantes para socorrer pessoas e empresas que foram e ainda estão sendo impactadas negativamente pelos efeitos da pandemia, e isso num momento de baixa arrecadação de imposto. “Para reduzir os impactos da crise causada pela pandemia, o governo  precisa manter programas sociais como o Auxílio Emergencial e outras ações desenvolvidas para socorrer empresas, para que as mesmas mantenham empregos e demitam o mínimo possível, porém para se ter a austeridade fiscal necessária e atrair investimentos de fora, o governo precisa cortar e não criar novos gastos, e isso num momento de baixa arrecadação”, explica o especialista. 

Cidinaldo esclarece que três reformas estruturais são fundamentais para que o governo alcance essa tão esperada austeridade fiscal. “Uma dessas reformas já foi feita, a da Previdência, que mensalmente traz um enorme déficit para as contas públicas e o reflexo positivo da reforma será a longo prazo. Outras seguem em discussão no Congresso, a Reforma Tributária e a Administrativa. Uma tem objetivo de tornar mais eficiente e mais justo o sistema de tributos no País, e a outra pretende deixar a máquina pública mais barata e mais eficiente. Em resumo, o governo precisa eliminar ao máximo suas despesas não essenciais e corrigir distorções no sistema tributário que acaba desestimulando os investimentos privados”, esclarece.

Para Cidinaldo, ao aprovar essas três reformas estruturantes, o País poderá trazer um cenário mais seguro aos investidores. “No Brasil, as incertezas nos campos políticos e econômicos sempre foram um entrave para atração de investimentos. Um investidor sempre fugirá de um cenário de incertezas, onde as regras não são claras e estão sempre mudando”, afirma.

 

Festas de final de ano: decoração requer cuidados com rede elétrica

Com a chegada do Natal, aumenta a busca por decorações para casa; enfeites que requerem conexão com energia elétrica precisam ter segurança avaliada

 

O fim de ano está chegando e, com as festas, também surgem as decorações de Natal. Em algumas regiões do país, o comércio já está vendendo itens natalinos para decoração. Uma parte dessas decorações precisa de energia elétrica, e é aí que o consumidor precisa ter cuidado e avaliar as melhores opções.

Dados da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), revelam que o número de acidentes em decorrência de choques e incêndios de origem elétrica chegou a 1.662 em 2019 - gerando 821 mortes.

Ainda segundo a entidade, luzinhas com fios desencapados, pisca-pisca próximo a paredes, cortinas e mobiliário, uso de decorações fora dos padrões de segurança - principalmente com os plugues mais antigos, acabam gerando incêndios e choques elétricos. 



Tomadas e plugues: itens que necessitam atenção 


É preciso observar se pisca-piscas e outras decorações de Natal utilizam plugues em conformidade com o padrão exigido no Brasil. As tomadas também devem atender normas técnicas para que sejam seguras.

Um dos problemas recorrentes desses produtos são os curtos-circuitos - que podem ocorrer tanto por conta de plugues, como pela utilização de tomadas não-adequadas. No caso dos plugues, o uso de materiais de baixa qualidade, ou com pinos no padrão antigo - comuns ainda em materiais importados de fábricas na Ásia e que não passam por certificação para serem vendidos localmente, podem causar defeito e gerar desde choques até incêndios.

As tomadas também precisam estar em conformidade com as normas brasileiras. Por exemplo, existem lâminas internas que fazem o contato com os pinos do plugue. Defeitos de fabricação podem fazer com que haja "folga" entre a lâmina e o plugue, gerando faíscas dentro da tomada.

Outro problema são as tomadas com folgas nas peças, e que "desmontam" quando o plugue é retirado. A má fabricação pode levar ao deslocamento interno da fiação: basta um pequeno contato para provocar um curto-circuito. 



Certificação e conformidade 


"A única maneira de o consumidor evitar aborrecimentos e acidentes é verificando se as decorações de Natal e tomadas em sua casa atendem aos requisitos técnicos de segurança adotados no Brasil", explica Emerson Baroni, da TÜV Rheinland, empresa especializada em certificação e ensaios de fios, cabos, plugues e tomadas.

De acordo com Emerson Baroni, o consumidor deve sempre buscar o Selo de Conformidade do INMETRO nos materiais. "Isso garante que o fabricante está seguindo o padrão de qualidade necessário", explica. O selo geralmente é estampado no produto.

O processo de certificação de plugues e tomadas abrange a avaliação e aprovação do Sistema de Gestão da Qualidade do fabricante, acompanhamento por meio de auditorias na expedição do fabricante e ensaio em amostras. O certificado é válido por dois anos e, para a manutenção do certificado, são feitas auditorias e ensaios de acompanhamento a cada seis meses, conforme previsto por portaria do INMETRO.

É preciso verificar também, nos casos em que o produto utiliza alguma comunicação sem fio, como Wireless e Bluetooth, se ele possui a homologação ANATEL, o que oferece ainda mais garantia e segurança, de acordo com Baroni.

"Às vezes o preço barato esconde má fabricação ou materiais de baixa qualidade, e que podem expor as pessoas a riscos. No final, o barato pode sair muito caro, principalmente quando falamos de equipamentos elétricos. Todo cuidado é pouco", finaliza o especialista.



TÜV Rheinland

www.tuv.com

 

4 mitos sobre como ser um empreendedor de sucesso

Dono do perfil “O Real Empreendedor” e CEO da startup Scaleup, conta os segredos do empreendedorismo de sucesso por meio de consultorias nas redes sociais


Ser empreendedor é um sonho que passa pela cabeça de milhares de pessoas. A ideia de não precisar ter chefe, conquistar a independência financeira, ter sucesso em uma determinada trajetória, são vários os benefícios, mas vale lembrar que, para ter uma empresa de sucesso, é recomendável que o dono equilibre três perfis: o técnico, o administrador e o empreendedor.

 

O empresário e consultor Frederico Flores - dono do perfil “O Real Empreendedor” no Instagram – recebe inúmeros questionamentos sobre o caminho para o sucesso. Aos 19 anos, começou vendendo cursos de DJ no Mercado Livre e depois vendeu sua empresa para o próprio Mercado Livre por 36,5 milhões de reais.

Pensando nesse público e no objetivo de diversos brasileiros, Frederico esclareceu alguns mitos do empreendedorismo, as lendas que contam aos futuros empresários sobre como atingir o sucesso.

 

“Trabalhar 14 horas por dia” – De acordo com o empresário, trabalhar 14h por dia só te torna bem sucedido se você souber o que está fazendo. “Trabalhar por trabalhar, apenas para cumprir o papel, qualquer um faz. É preciso ser produtivo, saber priorizar as coisas que são realmente importante e delegar para outras pessoas aquilo que você não consegue ou não tem expertise para fazer. Estar sobrecarregado com coisas que não trazem resultado é muito mais prejudicial do que simplesmente não ter nada para fazer"

 

“Acordar às 5h” – Para e empreendedor, a produtividade tem muito mais a ver com as coisas que são feitas do que com o horário que se acorda. “Ao contrário de alguns colegas empreendedores, sinto que, ao acordar cedo, meu dia rende pouco, eu me desconcentro com mais facilidade ou produzo mais lentamente aquilo que faria em poucas horas. Isso sim seria um desperdício. Não faz o menor sentido associar sucesso ao horário que as pessoas acordam. Não caiam nessas de ‘o sucesso só́ existe para quem acorda cedo’, isso é balela. Se seu corpo funciona melhor às 5 da manhã̃, acorde mais cedo, se não, respeite seu corpo”, destaca.

 

“Só basta acreditar” – O empresário evidencia que um sonho grande é primordial para que se saiba onde quer chegar e consiga traçar um plano prático para conseguir alcançá-lo. No entanto, sonhar sem agir não vai fazer você chegar muito longe.

“O sonho deve servir de orientação, motivação e recordação constante daquilo que é importante para você. A partir dele é que a coisa realmente começa e é nesse momento que inicia a sua necessidade de fazer um esforço e partir para o trabalho. Sem medo, sem receio, sem procrastinação. Simplesmente faça aquilo que você sabe que precisa fazer para ser um profissional melhor, um empresário mais bem sucedido ou um estudante mais dedicado. Só querer, realmente não basta.”, conclui.

 

“Mantenha sua margem de lucro sempre alta” - Esse é um pensamento bastante comum para a maioria dos empreendedores, mas deve ser analisado com muita cautela. Isso porque margens altas, em geral, representam modelos de negócios de baixa concorrência e muitas oportunidades para  novos entrantes. Logo, você não conseguirá manter sua operação atual por muito tempo. Negócios de alta performance e competição - quase sempre - possuem margens apertadas e só assim conseguem se beneficiar dos privilégios da escala. O raciocínio é lógico e faz bastante sentido “Ao atuar de forma agressiva, sacrificando suas margens, vendendo cada vez mais e mais barato, focando sempre em uma experiência incrível ao seu consumidor, você, automaticamente, “rouba” espaço dos seus concorrentes e vai capturando uma fatia que antes era deles. Logo, você cresce e eles perdem espaço. Com o tempo, essa estratégia pode ser tão poderosa, que ninguém mais conseguirá chegar em você. O grande desafio, no entanto, é conciliar qualidade e preço baixo. Apenas baixar o valor do que você vende, não adianta. É necessário baixar o preço e manter ou aumentar o nível de serviço”, destaca.




Frederico Flores - dono do perfil “O Real Empreendedor” - é CEO da Scaleup - plataforma de empreendedorismo 100% digital que tem como objetivo popularizar a educação para empreendedores. Palestrante e especialista em comércio eletrônico e marketplaces, é formado em Direito e Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com grande atuação no mercado e-commerce no Brasil e América Latina. Durante sua carreira, desenvolveu diversos projetos relacionados às áreas de tecnologia e empreendedorismo e em 2012, criou a Ecommet, empresa de tecnologia que ajuda empresários a vender pela internet por meio de um software de gestão de vendas chamado Becommerce, adquirido pelo Mercado Livre em 2017 por R$ 36,5 milhões de reais.


Futuro dos sindicatos está na digitalização?

A pandemia mudou a forma como nos relacionamos. Familiares aprenderam a expressar suas emoções à distância, empresas estabeleceram um novo diálogo com os trabalhadores por meio de reuniões virtuais e até mesmo happy hours online surgiram para trazer descontração a tempos tão tensos. Os sindicatos já vinham buscando meios de se aproximar do trabalhador, de suas dores e alegrias do dia a dia, mas ainda prevalecia uma certa sensação de distância – ou, melhor, de que ainda era possível melhorar essa relação.

Não há dúvidas do quanto este ano está sendo um divisor de águas para a transformação digital de muitos setores. Com os sindicatos, não seria diferente. Especialmente nos primeiros meses de pandemia, em que a paralisação de bares e restaurantes foi quase completa e a orientação era para que todos saíssem de casa o mínimo possível, como manter o diálogo vivo entre a categoria, observar o cumprimento de direitos e solucionar possíveis impasses? O sindicato precisou se reinventar, do analógico para o digital.

Em plena pandemia, o Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e região) estava a todo vapor com uma de suas campanhas de maior êxito. A Trabalhou Tem Direito, resultado de um acordo judicial com a Arcos Dourados, operadora do McDonald's, ainda precisava localizar metade dos 7 mil ex-funcionários da rede de fast-food que tem direito ao pagamento do PPR (Programa de Participação nos Resultados) proporcional ao período trabalhado. Sem as estratégias virtuais, isso seria quase impossível.

Sabendo do desafio que tínhamos pela frente, lançamos mão de diversas frentes para chegar até esses trabalhadores: publicações em redes sociais, assessoria de imprensa para divulgar a pauta junto aos jornalistas, a exemplar atuação do Jânio pelo WhatsApp, na linha de frente de diálogo com os trabalhadores. Além disso, criamos um site oficial para a campanha, com um formulário que permitiu facilitar a análise dos dados dos beneficiários. Todo esse trabalho de marketing digital tem levado a campanha a outro patamar – em média, 30 novos trabalhadores são localizados por mês!

Outra novidade importantíssima no meio sindical são as assembleias virtuais. A pandemia impossibilitou que elas fossem realizadas presencialmente nas empresas ou na sede do sindicato. Sabemos o quanto as demandas trabalhistas aumentaram nesse período, então não podemos paralisar as atividades. Para isso, o Sinthoresp reorganizou seu setor de atendimentos em home office, criou uma plataforma única para a realização de assembleias virtuais – uma delas chegou a reunir mais de 4 mil trabalhadores – e estamos cada vez mais empenhados nas lives, trazendo assuntos de interesse para o trabalhador, inclusive com orientações sobre saúde e segurança diante da volta às atividades.

A transformação digital é um caminho sem volta e os sindicatos devem estar atentos às novas tendências. A necessidade de amparar o trabalhador nunca irá mudar, mas, para que esse trabalho seja realmente efetivo, é preciso encontrá-lo onde ele estiver – e a internet ajuda nessa busca. Acredito que caminhamos para um modelo de atuação híbrido, com atendimentos presenciais, sempre de portas abertas para receber o trabalhador, e com a possibilidade de resolver demandas de forma online, sem precisar sair de casa. Afinal, é assim em diversas outras áreas da nossa vida moderna. O mais importante é nunca perder de vista o papel do sindicato, nosso propósito. Com isso alinhado, a forma de se comunicar pode continuar em constante evolução.

 



Marcelo Machado - advogado responsável pelo departamento de TI do Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e região).

 

Trabalhou Tem Direito

www.trabalhoutemdireito.com.br

 

Caso STJ: Especialista em segurança cibernética aponta dicas de como evitar ataques de hackers

Ransomwares infectam dispositivos e exigem pagamento dos usuários, ameaçando bloquear acesso aos dados ou vazá-los publicamente

 

Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi atacado por hackers. Com o isolamento social em função da pandemia do coronavírus que forçou empresas e órgãos a adotarem home office, golpes do tipo ransomwares (software malicioso que restringe o acesso ao sistema, criptografa os dados e cobra um resgate para o desbloqueio) praticados por hackers voltaram a crescer, tornando os ambientes de tecnologia da informação ainda mais vulneráveis.

O National Cyber Security Centre (NCSC) do Reino Unido comprova que este tipo de crime está aumentando. Em 2017, um ciberataque mundial usando malware chamado WannaCry infectou 200.000 computadores. Já estudos recentes calcularam que o impacto econômico do ataque ransomware foi de US$ 11,5 bilhões em 2019. Imagine como estão esses índices em tempos de pandemia com quase a totalidade da força de trabalho em home office?

“O risco hoje é muito maior do que nos últimos anos. Os criminosos se aproveitam das inevitáveis vulnerabilidades que a súbita troca nas rotinas corporativas que a pandemia nos trouxe. Os ambientes domésticos não possuem a robustez de uma arquitetura de TI corporativa somada à falta de planejamento da mudança, e isso facilita muito a ação de hackers”, avalia Rogério Soares, Pre-Sales & Professional Services Director, Latin America da Quest Software, fornecedor global de software de gerenciamento e segurança de sistemas.

Os investimentos globais em segurança cibernética devem somar US$ 123,8 bilhões este ano, 2,4% mais que em 2019, segundo o Gartner, com crescimento em ofertas baseadas em nuvem e assinaturas em substituição a licenças passando de 50% em segmentos como e-mails seguros.

Mas é preciso mitigar os riscos que podem ser originados fora da rede. É neste contexto que se torna importante a segurança de perímetro, sendo capaz de afastar qualquer possível ameaça dos dispositivos de seus usuários e servidores. O perímetro da rede consiste em uma divisão imaginária que separa o ambiente e dispositivos da empresa de outras redes e da internet como um todo, impedindo qualquer tipo de acesso não autorizado ou atividade maliciosa direcionada à rede corporativa.

Segundo o especialista da Quest, um ataque de ransomware não é um evento de recuperação normal. Além do risco de arquivos perdidos e banco de dados corrompido, os criminosos criptografam o banco de dados tornando o trabalho de reaver os documentos violados muito mais complicado e impactando diretamente a operação.

“É fundamental aumentar a segurança sem sacrificar a produtividade. Nesta segunda onda de trabalho remoto, as empresas precisam fornecer aos seus colaboradores ferramentas de segurança necessárias para garantir que os direitos e autorizações de acesso sejam realizados de forma eficiente. A crise vem com força e é preciso reduzir riscos, otimizar e unificar processos administrativos, além de garantir acesso seguro a aplicativos, sistemas, dados e recursos na nuvem, atender a conformidade e alcançar seus objetivos de governança. Sem isso, os prejuízos serão ainda maiores”, alerta Soares.

 



Quest

www.quest.com

 

Varejo paulista deve criar menor número de vagas para fim de ano desde 2016

Apesar de retomada no segundo semestre, setor deve gerar 22,9 mil empregos celetistas até o fim novembro; 15% deles têm chance de ser mantidos

 
Apesar das projeções mais otimistas sobre as vendas do varejo daqui até o final do ano e das medidas de afrouxamento do isolamento social, o setor deve gerar o menor número de vagas formais para o bimestre outubro/novembro desde 2016, no Estado de São Paulo. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 22,9 mil postos de trabalho formais serão abertos no período – comumente marcado por contratações para atender a demanda de final de ano – sendo que 8 mil deles serão na capital.
 
Dentre as vagas, a expectativa é que ao menos 15% se tornem efetivas para 2021.
 
É um volume 35% menor de postos formais de trabalho abertos se comparado com o bimestre outubro/novembro de 2019, por exemplo – quando 35,3 mil empregos foram criados.
 
Novembro é, historicamente, o mês com maior saldo líquido de vagas formais (número de contratações em relação aos desligamentos) do varejo paulista, porque é a época em que as lojas reforçam suas equipes mirando o aumento da demanda das compras de final de ano.
 
Isso se reflete, por exemplo, no fato de que a maior demanda de trabalho será por vendedores (32%), atendentes (16%), repositores (13%) e operadores de caixa (12%).
 
Em 2020, o número de vagas celetistas criadas no varejo nesta época do ano será o terceiro pior da década, segundo a Federação: em 2015, o saldo foi de 15,8 mil empregos no mesmo período e, no ano seguinte, o número subiu para 20,7 mil.
  

Geração de vagas celetistas no varejo paulista – bimestre outubro/novembro de 2020
Fonte: CAGED com projeção da FecomercioSP



De acordo com a FecomercioSP, os dados ajudam a refletir a situação atual dos varejistas em São Paulo: no primeiro semestre, o setor viu seu faturamento bruto cair 3,3% – a maior queda para o período desde 2015. Considerando os meses de janeiro a agosto de 2020, 104 mil postos celetistas já foram fechados pelo varejo no Estado.


 
Nota metodológica


Dados de projeção de vagas de emprego a serem geradas pelo varejo paulista para fim do ano de 2020, com base no dado de emprego formal (celetista) a ser divulgado pelo Caged. Importante ressaltar que não devem ser confundidas com os empregos temporários oferecidos por empresas de intermediação de contratação, como agências de trabalho temporário.


Posts mais acessados