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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

OBESIDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Os dados sobre obesidade infantil são tão alarmantes que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões.


A obesidade é considerada uma doença crônica, sendo o resultado do balanço energético positivo entre a síntese de gordura (lipogênese) e a degradação (lipólise), devido a um descontrole na ingestão de calorias em relação ao gasto energético. Porém, por ser multifatorial, a obesidade sofre influência de fatores combinados como hereditariedade, meio ambiente, hábitos e fatores socioculturais. Sobrepeso e obesidade constitui o sexto fator de risco mais preocupante das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), pois está associada a várias outras comorbidades.

A obesidade na infância e adolescência é um dos mais sérios desafios de saúde pública do século XXI. O problema é global e está afetando muitos países de baixa e média renda, particularmente em ambientes urbanos. As taxas de sobrepeso e obesidade nesta faixa etária aumentaram em todo o mundo, de menos de 1% (equivalente a cinco milhões de meninas e seis milhões de meninos) em 1975, para quase 6% em meninas (50 milhões) e quase 8% em meninos (74 milhões) em 2016. O número cresceu mais de dez vezes. De 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016.

Os dados sobre a obesidade infantil são tão alarmantes, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões. Os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que uma em cada três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso no País. As notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, revelam que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso, 9,38% com obesidade, e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso, 9,53% são obesos e 3,98% têm obesidade grave.

Para a nutricionista Adriana Stavro, o crescente número da obesidade na infância e adolescência está associado ao surgimento de comorbidades, anteriormente consideradas doenças "adultas". Estas condições incluem, apneia do sono, diabetes mellitus tipo 2, asma, esteatose hepática (doença hepática gordurosa não alcóolica), doença cardiovascular, hipercolesterolemia, colelitíase (cálculos biliares), resistência à insulina, problemas de pele, hipertensão, anormalidades menstruais, equilíbrio prejudicado e problemas ortopédicos.

Embora a maioria das condições físicas e de saúde associadas à obesidade sejam evitáveis, e possam desaparecer quando uma criança ou adolescente alcança um peso saudável, algumas continuam tendo consequências negativas ao longo da vida adulta.

É importante entender que o sobre peso e a obesidade pode atingir profundamente a saúde física, o bem estar social, emocional e a autoestima dos adolescentes

Complicações emocionais e sociais
● Estudos mostram que crianças com sobrepeso ou obesas, tem quatro vezes mais probabilidade de ter problemas de aprendizado em relação seus pares com peso normal. Elas também são mais propensas a faltar na escola, especialmente aqueles com condições crônicas de saúde, como diabetes e asma.

● A obesidade tem sido descrita como sendo uma das condições mais estigmatizastes, e menos socialmente aceita da infância. Estas crianças são frequentemente provocadas, intimidadas, estereotipadas, marginalizadas e discriminadas por seu estado. Discriminações foram relatadas em crianças a partir dos 2 anos de idade.

● Crianças e adolescentes obesas são excluídas de atividades competitivas na escola. Muitas vezes é difícil para elas participarem de atividades físicas, pois tendem a ser mais lentas que as de seus pares, além disso enfrentam falta de ar.

● Estas consequências sociais negativas contribuem para dificuldades permanentes no controle do peso, baixa autoestima, baixa autoconfiança e imagem corporal negativa de muitas crianças.

● As crianças e adolescentes tendem a se proteger dos comentários e atitudes negativas, retirando-se para lugares seguros, como suas casas, onde podem buscar comida como um conforto.

● Além disso elas também têm menos amigos, o que resulta em menos interação social e brincadeiras ativas, gastando mais tempo em atividades sedentárias (tempo de tela)

Prevenção é a chave do sucesso no controle da obesidade, por isso: 


● Siga uma dieta balanceada 


● Exercite-se 


● Coma no mínimo 400g de frutas, legumes e verduras ao dia 


● Coma grãos como lentilhas, grão de bico e feijões regularmente 


● Beba água. 


● Durma no mínimo 8 horas ao dia 


● Evite bebidas açucaradas (sucos de frutas, refrigerantes, leites aromatizados) 


● Mastigue bem os alimentos 


● Use óleos vegetais insaturados (azeite de oliva, soja, girassol ou milho), em vez de gorduras animais ou óleos ricos em gorduras saturadas (manteiga, ghee, banha de porco) 


● Escolha carnes brancas sem pele e gordura (frango, peixe, porco) 


● Evite alimentos processados, assados e fritos que contenham gordura trans, sódio, corantes, conservantes e aromatizantes 


● Ao cozinhar, limite a quantidade de sal e condimentos com alto teor de sódio (molhos prontos), e priorize o uso de ervas frescas 


● Evite alimentos com alto teor de sal, gordura e açúcar

Por quê? Pessoas cujas dietas são ricas em sódio (incluindo sal) têm maior risco de hipertensão, o que pode aumentar o risco de doenças cardíacas e derrames. Da mesma forma, aqueles cujas dietas são ricas em açúcares, têm maior risco de ficarem com sobrepeso ou obesos, e um risco maior de cáries. Pessoas que reduzem a quantidade de açúcar em sua dieta, também podem reduzir o risco de doenças não transmissíveis como diabetes e hipertensão.

 

 


Adriana Stavro - Nutricionista Funcional e Fitoterapeuta . Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein - Mestranda do Nascimento a Adolescência pelo Centro Universitário São Camilo. 


Pouco tratada, rosácea diminui produtividade e pode causar depressão

Doença atinge duas mulheres² para cada homem e é comumente confundida com a acne

 

Rubor facial, vermelhidão permanente, pele sensível e lesões inflamatórias que afetam principalmente as bochechas e o nariz. Cerca de 415 milhões de pessoas no mundo sofrem com os sintomas da rosácea¹, uma doença que, muito além de problemas estéticos, pode causar grande impacto psicológico e afetar a qualidade de vida.

Um estudo feito pela consultoria global de dados farmacêuticos, Kantar Health, revela que um terço das pessoas com Rosácea afirma que a doença lhes causa perda de confiança. Já para um quarto dessas pessoas, a condição é motivo de grande incômodo; enquanto uma a cada 10 pessoas desenvolveu depressão. A doença também afeta a vida profissional: 55% dos entrevistados ativamente empregados disseram que a Rosácea diminui sua produtividade no trabalho².

A Rosácea é uma doença cutânea ou cutânea-ocular, ou seja, que pode também comprometer os olhos. Alguns casos, se não tratados, podem evoluir para manifestações mais graves, com edemas severos que comprometem a visão.

A busca por tratamento para a Rosácea, entretanto, não é tão comum, pois há dificuldade em se estabelecer diagnóstico e iniciar o tratamento precoce. Fora do meio dermatológico, é uma doença pouco conhecida e as pessoas tendem a confundi-la. “A manifestação da Rosácea na forma de pápulas (bolinhas vermelhas) e pústulas (vasinhos dilatados) com frequência é confundida com acne. Por outro lado, eritemas transitórios (vermelhidão temporária da pele), podem ser relacionados ao consumo de álcool, ansiedade ou stress”, explica o Dr. Luiz Maurício Almeida (CRM 28153 MG), professor de Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Uma pesquisa da National Rosacea Society, grupo americano dedicado à melhoria de vida dos portadores da doença, estabeleceu os principais motivos que desencadeiam a condição. Os vilões da lista são os raios ultravioleta - não apenas a exposição ao sol -, atividades físicas, extremos de temperatura, consumo de bebidas alcoólicas e alimentos muito condimentados, utilização inadequada de cosméticos e a presença do ácaro Demodex.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, entre 1,5% e 10% das pessoas nas populações estudadas apresentam a condição. Por muitos considerarem apenas uma questão estética, a doença é subnotificada. Às vezes, o próprio médico subestima o desconforto do paciente, principalmente, se os sintomas são leves.

Por outro lado, apesar de se sentiram bastante incomodados, muitos ficam constrangidos em procurar um especialista por considerar o problema apenas estético. “As questões de autoestima são muito relevantes para a vida. Além disso, a falta de tratamento gera chances importantes da piora do quadro clínico”, alerta o dermatologista.

Apesar da Rosácea acometer mais indivíduos do sexo feminino, ela é não exclusiva das mulheres: estudos indicam que uma a cada três pessoas que sofrem com a doença é homem – um número substancial. A Rinofima, por exemplo, uma condição que causa o espessamento da pele do nariz é severa, muito mais comum em homens e pode surgir a partir da rosácea não tratada.

Atualmente, os cuidados assumiram uma dimensão terapêutica para os portadores da Rosácea e são tão importantes quanto a medicação em si. Usar produtos suaves de limpeza de pele, hidratante leves que não causem a obstrução dos poros e filtros solares adequados aos diferentes perfis de manifestações são os cuidados mais básicos. Tudo sob orientação de um dermatologista.

Além disso, o tratamento da Rosácea conta hoje com opções terapêuticas modernas e bastante eficazes. “Entre os medicamentos mais eficientes disponíveis no Brasil, está a Ivermectina tópica para o caso das pápulas e pústulas. A substância é a que apresenta os melhores dados científicos, de eficácia e de segurança. Para a Rosácea ocular existem alguns tipos de colírios, enquanto para a Rosácea fimatosa e as telangiectasias há várias opções de lasers”, finaliza o médico.

 

 

Galderma

 www.galderma.com.br

 

 

Referências:

1 - Gether L, Overgaard LK, Egeberg A, Thyssen JP. Incidence and Prevalence of Rosacea:  A Systematic Review and Meta-Analysis. Br J Dermatol 2018 Feb 25. https://doi.org/10.1111/bjd.1648.

2 – Kantar Health, Rosacea: beyond the visible - file:///C:/Users/lbrasil/Downloads/Rosacea__Beyond_the_visible_backgrounder.pdf

3 – Sociedade Brasileira de Dermatologia - https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/rosacea/62/


Mitos e verdades sobre o aleitamento materno durante a pandemia

Você deve ter percebido nas redes sociais algumas mamães famosas e não famosas postando foto amamentando. Em meio ao Covid-19, as dúvidas e preocupações sobre o aleitamento materno aumentam ainda mais. Afinal, como atuar na amamentação diante de casos com suspeita de infeção?

Para ajudar, a Dra. Evelyn Prete, ginecologista e obstetra, listou alguns mitos e verdades sobre o aleitamento materno durante a pandemia. 

 

  • Acho que estou com febre. É verdade que para aferir temperatura enquanto amamenta não pode ser pela axila? 

 É verdade. Por conta da amamentação, as mamas apresentam uma temperatura mais elevada e podem dar uma falsa febre. Se a paciente está com sensação de febre, o ideal é medir a temperatura oral, colocando o termômetro embaixo da língua.  

 

  • Testei positivo para Covid-19. É verdade que posso passar o vírus pelo leite materno?

 É mito. Ainda não há nenhum estudo que comprove a passagem do vírus pelo aleitamento materno. Então mesmo que a mãe esteja contaminada, a amamentação está liberada.  

 

  • Não posso amamentar com os sintomas ou teste confirmado para coronavírus? 

 É mito. Caso a mãe esteja com sintomas suspeitos ou já confirmada para a Covid-19, ela pode manter o aleitamento, mas higienizando as mãos antes e depois da mamada, usando máscara durante a amamentação e depois manter o berço do bebê afastado do local onde ela costuma ficar. As trocas de fralda e outras possíveis manipulações do bebê, de preferência devem ser feitas por outra pessoa.  

 

  • Já tive Covid-19 e me curei. Posso passar anticorpos pelo leite materno? 

 É verdade. Já foram identificados anticorpos para a Covid-19 no leite materno, porém isso não quer dizer que o bebê ficará imune a doença. Ainda não se sabe o suficiente sobre imunidade ao coronavírus e por isso todos os cuidados devem ser mantidos.  

 

  • É verdade que um dos sintomas que o bebê pode apresentar enquanto está doente é dificuldade para mamar? 

 É verdade. Porém isso vale para qualquer doença. Ainda não se sabe se há sintomas específicos para bebês com Covid-19 e a grande maioria permanece assintomático, mas para a maioria das doenças respiratórias no bebê, como pneumonia ou outras infecções, pode começar a manifestar cansaço ao mamar, assim como diminuição de apetite o fazendo diminuir a frequência das mamadas, principalmente na vigência de febre.

 




Evelyn Prete -formada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus, José e Maria de Guarulhos, uma das maiores em volume de partos do estado de São Paulo. Passou por estágios nos hospitais Perola Byngton e Unifesp. No momento está se subespecializando em Medicina Fetal pela Unidade de Medicina Fetal da Conceptus.


DICAS PARA SE PROTEGER DA BAIXA UMIDADE DO AR


São Paulo está em estado de alerta desde sexta-feira (11), assim como outros Estados do Brasil, e casos de alergia crescem 25% com esse ar seco



Baixa umidade relativa do ar, infelizmente aumenta a incidência de doenças respiratórias. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a umidade do ar ideal compreende a faixa entre 50 e 80%. 

Segundos dados das estações meteorológicas automáticas do CGE da Prefeitura de São Paulo, a temperatura já chegou aos 30°C e, em todas as regiões os índices de umidade do ar se encontram abaixo dos 30%. Essa condição meteorológica proporcionou que a Coordenadoria de Defesa Civil do Município de São Paulo (COMDEC), decretasse estado de ATENÇÃO para baixa umidade do ar em toda a Capital a partir das 10h27 dessa segunda.
 
Os problemas, para o sistema respiratório, causados pelo tempo seco estão acontecendo em muitos Estados do Brasil e as consequências são mais casos de pneumonias, gripes, sinusites, alergias e resfriados, que crescem até 25%, segundo o  Dr. Alexandre Colombini. Segundo o médico, isso acontece pela dificuldade de movimentação dos cílios nasais (pequenos fios responsáveis por fazer o filtro das substâncias tóxicas que entram nos corpo) devido ao ressecamento das mucosas. A falha nesse sistema de defesa que realiza a “faxina” de vírus e bactérias antes da passagem dos mesmos por garganta, faringe, laringe e pulmões, acarreta o acúmulo de germes nessas regiões, transformando-se em uma esponja de doenças respiratórias de todo tipo. 

Outra dúvida frequente que o Colombini responde em seu consultório é sobre o ar-condicionado. Sem dúvida, ele ajuda a aliviar o calor, mas se for mal usado e falta de  falta de higienização adequada dos filtros deixar o organismo muito mais suscetível a problemas respiratórios.  “Há duas medidas muito simples para evitar choques térmicos: primeira programe  o aparelho para temperaturas um pouco mais baixas que a externa, por exemplo, se estamos no calor de 34 graus, o ideal é deixar o ar-condicionado por volta de 24 graus, pois essa ação também ajuda a diminuir o ressecamento das mucosas das vias respiratórias. E sempre desligue o aparelho antes de mudar de um ambiente para o outro mais quente”, ressalta o especialista. 



Veja outras as dicas do Otorrinolaringologista para se proteger da baixa umidade do ar:

- Lave o nariz e olhos com soro fisiológico algumas vezes ao dia;


- Beba nó mínimo dois litros de água por dia;


- Evitar grandes aglomerações, até porque estamos em tempos de pandemia;


- Espalhe panos ou baldes com água em ambientes da casa, principalmente no quarto, ao dormir, ou utilizar umidificadores de ar;


- Evite carpetes ou cortinas que acumulem poeiras em casa ou no escritório;


- Evitar exposição prolongada à ambientes com ar condicionado e que esses aparelhos estejam com a manutenção em dia;


- Mantenha a casa higienizada e arejada;


- Trocar comidas com muito sal ou condimentos por alimentos mais saudáveis;


- Evitar exercícios físicos entre às 10 horas da manhã e às 05 horas da tarde.






Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.
 

Epilepsia refratária: como tratar doença que afeta 50 milhões de crianças no mundo

Tratamento com cannabis medicinal é considerado o um dos mais eficazes

 

A epilepsia refratária ou também conhecida como epilepsia de difícil controle ou farmacorresistente, é comum na infância, geralmente está associada a doenças neurológicas e afeta quase 50 milhões de crianças. Com prevalência de cinco a cada mil crianças aproximadamente, com mais frequente na primeira década de vida e com predomínio no primeiro ano de vida.

A epilepsia é caracterizada por uma descarga elétrica neuronal anormal e transitória, em 70 % dos casos o paciente apresentará uma única crise na vida, 30 % desenvolverão epilepsia e, destes uma minoria apresentará epilepsia refratária. A manifestação das crises poderá ser generalizada ou focal, motora ou não motora, perceptivas (mantendo a consciência intacta) ou disperceptiva (com leve alteração do nível de consciência ou chegando até sua perda total). As crises epilépticas, podem variar quanto a sua etiologia (origem), ao tipo, quantidade, intensidade e duração.

A epilepsia pode iniciar em qualquer fase da vida, porém a refratária é predominantemente em crianças, estando associada a uma maior mortalidade, em virtude do risco de acidentes e traumas, crises prolongadas e morte súbita (SUDEP).

“Esse tipo de epilepsia é muito comum na infância e ocorre com maior frequência na faixa etária de 0 a 9 anos de idade”, explica a médica Paula Preto, neuropediatra, especialista em epilepsia infantil.

 

Riscos

O risco de morte prematura entre pessoas com epilepsia é até três vezes maior do que entre a população geral. A taxa de mortalidade nos países de baixa e média renda é significativamente maior do que nos países desenvolvidos.

 

Vivendo com a epilepsia

De acordo com o Ministério da Saúde “o objetivo do tratamento da epilepsia é propiciar a melhor qualidade de vida possível para o paciente, pelo alcance de um adequado controle de crises, com um mínimo de efeitos adversos, buscando, idealmente, uma remissão total das crises”. O tratamento inicial de escolha é medicamentoso, sendo necessário, frequentemente, a associação de mais de um medicamento de primeira linha. Porém muitos pacientes são resistentes à politerapia, o que não reduz o número de crises epilépticas, sendo assim caracterizado como epilepsia refratária, a qual exige uma associação de outras condutas terapêuticas para o maior controle das crises.  

A epilepsia refratária é uma condição de difícil tratamento medicamentoso e, em geral, possui evolução desfavorável, que tende a piorar com o passar dos anos. Na criança seu efeito é mais nocivo, pois o sistema nervoso central ainda não está totalmente desenvolvido, podendo levar a danos irreparáveis, como atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, distúrbios psiquiátricos, transtorno do espectro do autismo e deficiência intelectual.

São diversas as causas que levam ao desenvolvimento da epilepsia, dentre elas temos as causas de origem estrutural, genéticas, infecciosas, metabólicas, imunes e de origem desconhecida.

 

O tratamento

Na maioria das epilepsias, o tratamento com os fármacos de primeira linha já controlam as crises epilépticas, mas numa minoria, tanto em monoterapia ou em politerapia (dois ou mais fármacos em associação) não ocorre o controle das crises e nesses casos precisamos da associação com tratamentos alternativos e, destes os derivados da cannabis sativa, vem se demonstrando eficazes ao longo dos últimos anos. Existem relatos do uso da cannabis sativa desde 2.600 a.C., usado pelo Imperador Vermelho, Shen Nung chinês no tratamento de diversas patologias, que se encontra nos registros do primeiro livro chinês, Pen Ts’ao.

Estudos compravam a eficácia dos compostos derivados da planta cannabis no tratamento da epilepsia. Na cannabis, encontramos os fitocanabinóides e os destes os dois principais compostos de uso terapêutico, são o canabidiol (CDB) com efeito não psicoativo e o tetrahidrocanabinol (THC) com efeito psicoativo, ambos com efeitos anticonvulsivantes. O CBD melhora a neurogênese, regulariza as descargas de neurotransmissores nos neurônios pré-sinápticos, reduzindo as descargas epilépticas e consequentemente, melhorando a frequência e intensidade e duração das crises epilépticas.

No Brasil, vários estudos são apresentados por profissionais altamente qualificados que demostram seu interesse em auxiliar no tratamento e cuidado para que os pacientes e seus familiares melhorem sua qualidade de vida.

 

CBD isolado

Nosso organismo produz nossos canabinoides, chamados de endocanabinoides, os quais tem a função de modular nosso sistema endocanabinoide (SEC), porém muitas vezes, pode ocorrer um desbalanceamento neste sistema, levando a várias patologias e os fitocanabinoides, encontrados na cannabis sativa, acabam por auxiliar a modular o SEC e, consequentemente tratando as diversas patologias que dependam da sua integridade. Muitos estudos realizados nas últimas décadas, têm demonstrado a eficácia terapêutica dos fitocanabinoides na modulação do nosso SEC.

Produtos a base de canabidiol puro significa que estão praticamente isentos de livre de THC. O THC é o derivado psicoativo da cannabis, ou seja, dependendo da quantidade ingerida ou inalada, poderá levar as mesmas sensações e alterações produzidas pelo uso da maconha, a sensação de estar “alto”.

“Atualmente existem diversas opções de produtos a base de cannabis medicinal, produzidos por muitas empresas e alguns até de produção artesanal, ou seja, sem controle dos seus componentes. É muito importante nos certificarmos da qualidade e padronização aplicadas desde a origem da semente da cannabis até ao seu produto final, porém pouquíssimas empresas trabalham com tal nível de exigências”, explica Helder Dário, diretor técnico da FarmaUSA.

“Os produtos de alta qualificação farmacêutica comercializados à base de canabidiol puro, significam que contém 99% de CBD, são praticamente isentos de THC, pois como é um fitoterápico, pode conter vestígios de THC, o qual não é detectado quando é analisado em espectroscopia líquida.  Além disso, existe todo um controle microbiológico, de fungos, metais pesados, herbicidas, pesticidas, assim como um conjunto de procedimentos que garante a qualidade dos produtos, lote a lote”, esclarece o executivo da FarmaUSA.

Estudos realizados no Brasil, já demonstraram que a formulação do CBD à 99% quando diluído em óleo de milho e administrado por via oral, apresenta uma absorção quatro vezes maior quando comparado ao CBD sem diluição, levando a maior concentração plasmática do produto e a um tempo reduzido para atingir o seu pico de concentração, ou seja, maior eficácia para o produto. Quando produzido numa indústria farmacêutica, possui reprodutibilidade da quantidade de CBD em cada lote com a mesma exatidão dos seus componentes. “Vale ressaltar que os produtos artesanais, não podem ser chamados de canabidiol, mas sim de cannabis, pois se tratam da planta na sua íntegra, e, portanto, seus índices variam de lote a lote e não há como obter a certificação de seus componentes, podendo gerar riscos a saúde do paciente e principalmente as crianças, que ainda estão com o sistema nervoso central em desenvolvimento”, explica o técnico da farmacêutica.

 

 


FarmaUSA – Pharmaceutical Group

 

Cuidados com a saúde vascular evitam embolia pulmonar e a sobrecarga cardíaca

Quando identificada e tratada, precocemente, é possível inibir o seu avanço e terapêuticas invasivas

 

Durante a pandemia de Covid-19, muito se tem ouvido falar a respeito da embolia pulmonar. Trata-se de um quadro vascular, onde há uma obstrução das artérias do pulmão por coágulos sanguíneos, que dificulta ou impede a passagem sanguínea. Essa condição é um pouco mais prevalente em homens do que em mulheres, principalmente com idade superior a 55 anos. Outras razões, como etnia, hereditariedade, obesidade, tabagismo e câncer, estão entre os fatores de risco.

De acordo com o cirurgião vascular, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), doutor livre-docente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (HC-FMUSP) e médico do Hospital Sírio Libanês, Dr. Ivan Benaduce Casella, a associação da trombose venosa profunda (TVP), nos membros inferiores, com a embolia pulmonar é frequente. “Os membros inferiores são o sítio mais comum de formação de coágulos, os chamados trombos. Eles podem se desprender das veias dos membros inferiores e se deslocar pela circulação até os pulmões, provocando a embolia pulmonar”, afirma.

O especialista explica que o quadro de embolia, por si, já é uma complicação da TVP. Contudo, ainda assim, possui a sua fase aguda. A embolia severa pode levar o paciente a ter dificuldade respiratória e sobrecarga do ventrículo direito, que é o responsável pelo envio do sangue para os pulmões, que pode levar a um choque circulatório. Nesse caso, o cirurgião vascular deve tomar medidas emergenciais para reabrir a circulação pulmonar.

Entretanto, quando a embolia pulmonar é identificada e tratada precocemente, é possível inibir o seu avanço e, consequentemente, terapêuticas invasivas. “O tratamento mais utilizado nos casos de embolia pulmonar é a anticoagulação. Utilizamos anticoagulantes para evitar a propagação do coágulo e propiciar ao organismo condições favoráveis para que esses coágulos sejam reabsorvidos”, esclarece Dr. Casella.


Olhos também envelhecem: confira 6 dicas para cuidar da saúde ocular na terceira idade

Crédito: freepik
Óticas Diniz explicam que é preciso estar atento aos sinais de envelhecimento dos olhos para melhor qualidade de vida


A terceira idade pede por mais atenção à saúde, especialmente a ocular. Isso porque com o passar dos anos, as estruturas dos olhos acabam apresentando alterações importantes na visão. Daí a necessidade de intensificar as visitas ao médico oftalmologista depois dos 40 anos, já que a partir dessa idade os primeiros sintomas do envelhecimento dos olhos começam a ser percebidos. E mesmo quem nunca precisou usar óculos até então, talvez necessite recorrer ao acessório.

Além do desgaste natural e gradual dos músculos da visão, alguns fatores externos podem acelerar esse processo de envelhecimento, como o tabagismo, sedentarismo e até maus hábitos alimentares. Por isso, as Óticas Diniz - a maior rede de óticas do Brasil - dão algumas dicas para uma melhor qualidade de vida, principalmente na terceira idade, quando é preciso cuidar da saúde ocular e estar atento aos sinais do envelhecimento dos olhos.


1. Visite regularmente o médico oftalmologista

O acompanhamento desse profissional é importante em qualquer fase da vida, mas especialmente após os 40 anos é fundamental consultá-lo regularmente para check-ups e avaliações do desempenho visual. Como é comum o auxílio dos óculos nessa idade, o profissional poderá indicar os melhores tipos de lentes e adequá-las conforme as necessidades individuais.


2. Evite álcool e cigarros

Sabe-se que o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo estão diretamente associados a diversas alterações que podem, inclusive, acometer a saúde dos olhos. Esses hábitos causam modificações na camada de fibras da retina, diminuindo a produção lacrimal que é responsável pela lubrificação do olho, e reduzindo o desempenho do órgão. Se antes você já tinha intenção de parar com tais costumes, eis aqui mais uma boa razão!


3. Uma boa noite de sono é importante

Um verdadeiro milagre para regular as funções biológicas, dormir 8 horas por noite também é fundamental para a manutenção da visão, já que é durante o sono que a rodopsina, pigmento sensível a luz, se regenera. Para uma noite bem dormida, que eleve o bem-estar, é necessário um ambiente calmo, confortável e escuro.


4. Adquira novos hábitos

Comer de forma saudável, manter a hidratação corpórea e ter uma rotina de atividades físicas formam a tríade ideal de hábitos que colaboram com o bom funcionamento ocular. Alimentos como peixes, por exemplo, que são ricos em Ômega 3 e vitaminas A, B, D e E, oxigenam as células e combatem o envelhecimento precoce da visão. Já a ingestão de água e práticas físicas ativam neurônios do córtex visual e melhoram seu desempenho. Uma leve caminhada já pode ajudar nisso.


5. Atenção à higiene dos olhos

Coçar os olhos parece um ato inofensivo, mas que deve ser evitado! Os microorganismos de sujeira, presentes nas mãos, causam irritações e alterações no globo ocular. Para aliviar a coçeira, uma boa higienização das pálpebras e cílios, com água corrente e xampu, já é o suficiente. Especialmente para quem gosta de usar maquiagem, pois a limpeza correta é fundamental para não deixar resíduos de produtos.


6. Proteja-se da exposição solar

Assim como o restante do nosso corpo, nos olhos também devem ter proteção quando expostos à luz solar. Por isso, o uso dos óculos de sol é tão importante, já que traz conforto visual ao ar livre, protege a visão e evita que as células da região dos olhos se degenerem prematuramente. Daí a importância de usar sempre acessórios legítimos, com filtro solar UVA, UVB e UVC.

 



Óticas Diniz

 http://www.oticasdiniz.com.br


ARTROSE- Entenda O Impacto Da Artrose no Joelho Na Qualidade De Vida

Especialista Em Cirurgias Do Joelho E Traumas Do Esporte, Explica Que O Diagnóstico Precoce É Importante E Faz Toda A Diferença

 

A artrose é uma das principais causas de prejuízo na qualidade de vida das pessoas.

Quem já viveu crises de dor sabe o quanto ela pode limitar a vida e as atividades cotidianas e a artrose é uma das grandes vilãs nesses casos.

Perder a liberdade de ir e vir, de realizar suas atividades diárias, as alterações do humor, ganho de peso e problemas metabólicos causados pela falta de atividade física, são só alguns dos prejuízos causados em função das dores que a artrose impõe.


A boa notícia é que com a ajuda de um bom especialista, acompanhamento com a medicação adequada, cuidados e um  trabalho multidisciplinar, consegue-se  intervir e melhorar a qualidade de vida do paciente,  devolvendo-lhe  liberdade e habilidade para funções antes limitadas e até mesmo já extintas de seu dia a dia- É o que garante o Dr. Samuel Lopes, Médico Ortopedista,


Especialista Em Cirurgia Do Joelho.


Mas Afinal, O Que É A Artrose?

Para começar, muita gente tem dúvidas sobre o que é a artrose e acaba confundindo com a artrite, pois elas são doenças muito comuns e que comprometem muito a qualidade de vida do paciente.

Elas apresentam sintomas muito semelhantes e podem, em alguns casos fazer parte do quadro clínico do mesmo paciente. Entretanto, existem algumas características particulares de cada uma delas.”- explica o Dr. Samuel Lopes.

A artrose é a forma mais comum da artrite. É um processo de desgaste das articulações, em que ocorre uma degeneração progressiva da cartilagem que recobre as extremidades ósseas, podendo ser descrita também como osteoartrite ou osteoartrose. Daí vem um pouco das dúvidas sobre a correta denominação da doença pelos pacientes.

Como dito, a artrose se caracteriza pela degeneração progressiva da articulação e pode evoluir para deformidades e comprometimento da função. Ela é muito comum nos joelhos, mas também ocorre nas mãos, coluna e quadris.


O processo de degeneração é inerente ao envelhecimento e acima dos 65 espera-se encontrar sinais de artrose na maioria das pessoas, em especial as mulheres, que são mais acometidas pelos quadros degenerativos nas articulações. Naqueles acima de 75 anos, estima-se uma prevalência de mais de 80%.


Mas o que Causa a Artrose?

O Dr. Samuel Lopes explica: “Existem dois tipos principais: As Artroses Primárias ou idiopáticas, que são aquelas que não tem uma causa definida. Pode até existir alguns fatores que podem contribuir para a artrose, mas, no geral, não associamos a origem da artrose à algum problema específico. E existem as Artroses Secundárias, que estão associadas a alguma doença, seja a artrite reumatoide, a artrite psoriásica, ou um histórico de traumas e fraturas, que podem desencadear o processo de degeneração e o desgaste da articulação.”

O Dr. Samuel Lopes ressalta que na artrose, existe um caráter inflamatório na gênese da doença, mas fatores como o excesso de peso, hereditariedade e lesões prévias no joelho, também podem estar relacionadas ao seu aparecimento.

 A dor é o principal sintoma da artrose do joelho e em geral é o que leva o paciente a procurar o ortopedista. Além da dor pode-se observar deformidades do joelho, limitações do movimento e comprometimento da marcha e das atividades cotidianas.


O tratamento
tem por objetivo aliviar a dor e restabelecer a função da articulação acometida, bem como a qualidade de vida.

Por isso, o paciente passa por avaliação especializada com o ortopedista, acompanhado de um fisioterapeuta, um educador físico e outros profissionais como o médico da dor, em casos específicos.

O tratamento inicia-se pela mudança de estilo de vida com a realização de atividade física regular e a busca pelo peso adequado. Também é necessário que o paciente receba orientações para realização de atividades diárias cotidianas, pois elas também são importantes e impactam no controle da dor.

O tratamento medicamentoso faz parte do arsenal utilizado. Medicamentos analgésicos são muitas vezes necessários e devem ser usadas sob orientação médica. O uso de anti-inflamatórios não-esteroidais deve ser evitado, em especial por período prolongado, uma vez que traz inúmeros malefícios e riscos à saúde do paciente.

Naqueles pacientes em que a artrose gera limitações e dor importantes e não há resposta ao tratamento clínico, opta-se por uma intervenção cirúrgica, a colocação de prótese no joelho.

Neste procedimento realiza-se a substituição da superfície articular do joelho, removendo a cartilagem desgastada por componentes metálicos. Para sua realização é fundamental uma avaliação ortopédica adequada por um cirurgião de joelho e deve haver uma boa interação médico-paciente.

O Dr Samuel Lopes ainda ressalta que é importante buscar o diagnóstico precoce. Isso possibilitará um tratamento melhor e controle da doença e seus sintomas desde cedo, o que fará muita diferença na vida do paciente. Por fim devemos nos lembrar dos cuidados preventivos que todos devemos ter sempre.

 




Dr. Samuel Lopes - Médico ortopedista, especialista em cirurgias do joelho e trauma do esporte. Membro efetivo da sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte. Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Juiz de Fora – MG. Reabilitação -Tratamento – Ortopedia – Medicina Esportiva – Saúde

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Setembro verde: mês luta pela conscientização do câncer colorretal

Médica coloproctologista fala sobre a doença, que é o segundo tipo mais comum no país


Muito se fala em setembro sobre a importância dos cuidados com a saúde mental, mas você sabia que este mês também luta pela prevenção e conscientização do câncer colorretal? A campanha, criada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), visa aumentar a divulgação desse tipo de câncer, que é o segundo mais comum no país, conforme o Instituto Nacional do Câncer, o Inca.

De acordo com a entidade são esperados quase 50 mil novos diagnósticos até o fim deste ano, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres. Segundo as estimativas do Instituto, haverá um aumento de mais de 12% e com a pandemia da Covid-19, quando muitas pessoas deixaram de fazer exames preventivos, esse índice tende a aumentar.

Aline Nunes Amaro, cirurgiã geral e coloproctologista diz o que é a doença, tratamentos e se há cura. A médica explica que o câncer colorretal ou de intestino é um tipo de tumor que pode ser prevenido. "Cerca de 90 a 95% dos casos têm origem a partir de um pólipo, que é uma alteração causada pelo crescimento anormal da mucosa intestinal. Inicialmente benignos, podem sofrer transformação para malignidade", aponta.

Ela acrescenta que esses pólipos podem ser identificados e removidos por meio da colonoscopia, e, por isso, atualmente esse exame é indicado como rastreio. "A recomendação é que a primeira colonoscopia seja realizada aos 45-50 anos. Mas, se houver histórico positivo na família, ou outros fatores de risco, o rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com recomendação do especialista", ressalta Dra Aline. 



Há tratamento? E cura? 


Segundo a profissional, esta é uma doença tratável e altamente curável. "Quando o tumor é muito inicial ou ainda trata-se de um pólipo com focos de malignidade, geralmente pode ser tratado apenas com a retirada através da colonoscopia", acrescenta. Ela comenta que o tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. "A cirurgia geralmente é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdômen. Outras etapas do tratamento incluem a quimioterapia, associada ou não à radioterapia", pontua.

De acordo com a proctologista, quando a doença está espalhada, com metástase para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas. "Após o tratamento é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores", relata.


A especialista destaca que a campanha é de extrema importância para que a população conheça mais sobre a doença, sua prevenção e rastreio, uma vez que a chance de cura é alta quando detectado no momento precoce. "A maior preocupação dos especialistas é justamente conscientizar a população quanto à necessidade desse rastreio, uma vez que os sintomas são mínimos ou inexistem no início da doença, quando os resultados do tratamento são melhores", finaliza Aline Nunes Amaro, médica coloproctologista do Hospital Anchieta de Brasília.


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