Quando
identificada e tratada, precocemente, é possível inibir o seu avanço e
terapêuticas invasivas
Durante a pandemia de Covid-19, muito se tem ouvido
falar a respeito da embolia pulmonar. Trata-se de um quadro vascular, onde há
uma obstrução das artérias do pulmão por coágulos sanguíneos, que dificulta ou
impede a passagem sanguínea. Essa condição é um pouco mais prevalente em homens
do que em mulheres, principalmente com idade superior a 55 anos. Outras razões,
como etnia, hereditariedade, obesidade, tabagismo e câncer, estão entre os
fatores de risco.
De acordo com o cirurgião vascular, membro da
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), doutor
livre-docente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
São Paulo (HC-FMUSP) e médico do Hospital Sírio Libanês, Dr. Ivan Benaduce
Casella, a associação da trombose venosa profunda (TVP), nos membros
inferiores, com a embolia pulmonar é frequente. “Os membros inferiores são o
sítio mais comum de formação de coágulos, os chamados trombos. Eles podem se
desprender das veias dos membros inferiores e se deslocar pela circulação até
os pulmões, provocando a embolia pulmonar”, afirma.
O especialista explica que o quadro de embolia, por
si, já é uma complicação da TVP. Contudo, ainda assim, possui a sua fase aguda.
A embolia severa pode levar o paciente a ter dificuldade respiratória e
sobrecarga do ventrículo direito, que é o responsável pelo envio do sangue para
os pulmões, que pode levar a um choque circulatório. Nesse caso, o cirurgião
vascular deve tomar medidas emergenciais para reabrir a circulação pulmonar.
Entretanto, quando a embolia pulmonar é
identificada e tratada precocemente, é possível inibir o seu avanço e,
consequentemente, terapêuticas invasivas. “O tratamento mais utilizado nos
casos de embolia pulmonar é a anticoagulação. Utilizamos anticoagulantes para
evitar a propagação do coágulo e propiciar ao organismo condições favoráveis
para que esses coágulos sejam reabsorvidos”, esclarece Dr. Casella.
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