Você deve ter percebido nas redes sociais algumas mamães famosas e não famosas postando foto amamentando. Em meio ao Covid-19, as dúvidas e preocupações sobre o aleitamento materno aumentam ainda mais. Afinal, como atuar na amamentação diante de casos com suspeita de infeção?
Para ajudar, a Dra. Evelyn Prete, ginecologista e
obstetra, listou alguns mitos e verdades sobre o aleitamento materno durante a
pandemia.
- Acho que estou com febre. É verdade que para
aferir temperatura enquanto amamenta não pode ser pela axila?
É verdade. Por conta da amamentação, as mamas apresentam uma temperatura mais elevada e podem dar uma falsa febre. Se a paciente está com sensação de febre, o ideal é medir a temperatura oral, colocando o termômetro embaixo da língua.
- Testei positivo para Covid-19. É verdade que
posso passar o vírus pelo leite materno?
É mito. Ainda não há nenhum estudo que comprove a passagem do vírus pelo aleitamento materno. Então mesmo que a mãe esteja contaminada, a amamentação está liberada.
- Não posso amamentar com os sintomas ou teste
confirmado para coronavírus?
É mito. Caso a mãe esteja com sintomas suspeitos ou já confirmada para a Covid-19, ela pode manter o aleitamento, mas higienizando as mãos antes e depois da mamada, usando máscara durante a amamentação e depois manter o berço do bebê afastado do local onde ela costuma ficar. As trocas de fralda e outras possíveis manipulações do bebê, de preferência devem ser feitas por outra pessoa.
- Já tive Covid-19 e me curei. Posso passar
anticorpos pelo leite materno?
É verdade. Já foram identificados anticorpos para a Covid-19 no leite materno, porém isso não quer dizer que o bebê ficará imune a doença. Ainda não se sabe o suficiente sobre imunidade ao coronavírus e por isso todos os cuidados devem ser mantidos.
- É verdade que um dos sintomas que o bebê pode
apresentar enquanto está doente é dificuldade para mamar?
É verdade. Porém isso vale para qualquer doença. Ainda não se sabe se há sintomas específicos para bebês com Covid-19 e a grande maioria permanece assintomático, mas para a maioria das doenças respiratórias no bebê, como pneumonia ou outras infecções, pode começar a manifestar cansaço ao mamar, assim como diminuição de apetite o fazendo diminuir a frequência das mamadas, principalmente na vigência de febre.
Evelyn Prete -formada
em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em
Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus, José e Maria de Guarulhos,
uma das maiores em volume de partos do estado de São Paulo. Passou por estágios
nos hospitais Perola Byngton e Unifesp. No momento está se subespecializando em
Medicina Fetal pela Unidade de Medicina Fetal da Conceptus.
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