São
Paulo está em estado de alerta desde sexta-feira (11), assim como outros
Estados do Brasil, e casos de alergia crescem 25% com esse ar seco
Baixa
umidade relativa do ar, infelizmente aumenta a incidência
de doenças respiratórias. De acordo com a Organização Mundial de Saúde,
a umidade do ar ideal compreende a faixa entre 50 e 80%.
Segundos dados das estações meteorológicas automáticas do CGE da Prefeitura de
São Paulo, a temperatura já chegou aos 30°C e, em todas as regiões os índices
de umidade do ar se encontram abaixo dos 30%. Essa condição meteorológica proporcionou
que a Coordenadoria de Defesa Civil do Município de São Paulo (COMDEC),
decretasse estado de ATENÇÃO para baixa umidade do ar em toda a Capital a
partir das 10h27 dessa segunda.
Os problemas, para o sistema respiratório, causados pelo tempo seco estão
acontecendo em muitos Estados do Brasil e as consequências são mais casos de
pneumonias, gripes, sinusites, alergias e resfriados, que crescem até 25%,
segundo o Dr. Alexandre Colombini. Segundo o médico, isso acontece
pela dificuldade de movimentação dos cílios nasais (pequenos fios responsáveis
por fazer o filtro das substâncias tóxicas que entram nos corpo) devido ao
ressecamento das mucosas. A falha nesse sistema de defesa que realiza a
“faxina” de vírus e bactérias antes da passagem dos mesmos por garganta,
faringe, laringe e pulmões, acarreta o acúmulo de germes nessas regiões,
transformando-se em uma esponja de doenças respiratórias de todo tipo.
Outra dúvida frequente que o Colombini responde em seu consultório é sobre o
ar-condicionado. Sem dúvida, ele ajuda a aliviar o calor, mas se for mal usado
e falta de falta de higienização adequada dos filtros deixar o
organismo muito mais suscetível a problemas respiratórios. “Há duas
medidas muito simples para evitar choques térmicos: primeira programe o
aparelho para temperaturas um pouco mais baixas que a externa, por exemplo, se
estamos no calor de 34 graus, o ideal é deixar o ar-condicionado por volta de
24 graus, pois essa ação também ajuda a diminuir o ressecamento das mucosas das
vias respiratórias. E sempre desligue o aparelho antes de mudar de um ambiente
para o outro mais quente”, ressalta o especialista.
Veja outras as dicas do
Otorrinolaringologista para se proteger da baixa umidade do ar:
- Lave o nariz e olhos com soro fisiológico algumas vezes ao dia;
- Beba nó mínimo dois litros de água por dia;
- Evitar grandes aglomerações, até porque estamos em tempos de pandemia;
- Espalhe panos ou baldes com água em ambientes da casa, principalmente no
quarto, ao dormir, ou utilizar umidificadores de ar;
- Evite carpetes ou cortinas que acumulem poeiras em casa ou no escritório;
- Evitar exposição prolongada à ambientes com ar condicionado e que esses
aparelhos estejam com a manutenção em dia;
- Mantenha a casa higienizada e arejada;
- Trocar comidas com muito sal ou condimentos por alimentos mais saudáveis;
- Evitar exercícios físicos entre às 10 horas da manhã e às 05 horas da tarde.
Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado
Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e
Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação:
Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais,
cirurgia endoscópica, ronco e apneia.
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