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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Aprovado o registro da primeira terapia gênica para AME no Brasil

Tratamento inovador é alternativa terapêutica para doença rara e que pode levar à morte

 

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do registro da primeira terapia gênica no Brasil e na América Latina para o tratamento de pacientes com até dois anos de idade com atrofia muscular espinhal (AME), doença rara causada pela mutação do gene SMN1. Sem o funcionamento correto desse gene, crianças com AME perdem neurônios motores responsáveis pelas funções musculares[1].

Este é um tratamento desenvolvido para agir na causa-raiz genética da AME, fornecendo uma cópia funcional do gene SMN1 com uma única infusão intravenosa, modificando a história natural da doença. "A AME é uma doença grave, que traz muitos desafios aos bebês. Se não tratados, a forma mais grave pode tornar os pacientes incapazes de realizar movimentos como levantar a cabeça, sentar ou rolar e pode, inclusive, levar ao óbito precoce", explica a Dra. Vanessa Van der Linden, médica neuropediatra do RARUS - Centro de Referência em Doenças Raras de Pernambuco.

A AME é uma doença neuromuscular genética rara, causada por um defeito no gene SMN1. Sem um gene SMN1 funcional, bebês com a doença perdem os neurônios motores e, consequentemente, as funções musculares, como respirar, engolir, falar e andar[2]. Se não for tratada, os músculos tornam-se progressivamente mais fracos[2,3] e, na forma mais grave da doença, pode acabar levando a problemas respiratórios graves ou morte até os dois anos de idade em mais de 90% dos casos[4]. A AME é a principal causa genética de mortalidade infantil[5].

É importante ressaltar que a degeneração e a perda de neurônios motores geralmente começam logo após o nascimento e progridem rápido, com até 95% de perda até os 6 meses de idade[6]. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce da doença para que o tratamento seja o mais eficiente possível. "Com a AME, o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento ágil e, assim, evitar a progressão da doença", afirma a Dra. Vanessa. "É preciso continuar também trabalhando para que a AME entre no Teste do Pezinho, para que seja diagnosticada antes mesmo dos primeiros indícios clínicos e para que o tratamento seja realizado com a menor perda possível de neurônios motores, possibilitando mais qualidade de vida à criança na sequência de sua vida", complementa.

"O registro na Anvisa é fundamental para os pacientes. É o primeiro passo para a entrada da terapia gênica no país e traz muita esperança para as famílias. Quem tem AME, tem pressa. Por isso precisamos conquistar os próximos passos com velocidade, ou seja, a incorporação e disponibilização do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Precisamos garantir o acesso às crianças com AME, junto com outras políticas públicas capazes de garantir qualidade de vida para os pacientes. É nisso que acreditamos e é para isso que trabalhamos todos os dias", enfatiza Diovana Loriato, diretora do Instituto Nacional da Atrofia Muscular Espinhal (Iname).


Sobre a terapia gênica

Terapia gênica é uma modalidade inovadora[7], que poderá apoiar, principalmente, pacientes de doenças genéticas raras[8]. Essa técnica age fornecendo o gene saudável no paciente, visando à correção da mutação causadora de doença presentes no DNA do paciente, com a introdução do material genético em tecidos e em células com fins terapêuticos. Ela pode atuar simplesmente na adição de genes ativos (porções do DNA responsáveis pela síntese de proteínas para o bom funcionamento do organismo), ou na modificação ou supressão de genes defeituosos no código genético, visando à produção de proteínas funcionais[7,8]. Para que a técnica seja possível, são utilizados vetores virais recombinantes (tornando o vírus completamente inofensivo e sem potencial patogênico) que permitem o transporte do gene terapêutico saudável para o interior das células e dos tecidos alvo[7-10].

"A terapia gênica representa uma nova era na medicina. Talvez a melhor oportunidade que a ciência pode oferecer para as doenças raras, fundamentada em mais de quatro décadas de pesquisas científicas, durante as quais o processo foi desenvolvido, testado e aperfeiçoado por especialistas", afirma o médico geneticista Roberto Giugliani, Professor Titular do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Brasileira de Genética Médica.

"Traçando um paralelo com grandes marcos da inventividade humana, podemos dizer que, com a terapia gênica, está se iniciando um novo capítulo na história da medicina. Hoje, de fato, o Brasil entra no século das terapias avançadas, inaugurando uma nova fronteira da medicina, da biologia e da genética", complementa.

 


Referências:

1. Site Novartis global, seção press releases. Disponível em: http:// www.novartis.com/news/media-releases/avexis-receives-fda-approval-zolgensma-first-and-only-gene-therapy-pediatric-patients-spinal- -muscular-atrophy-sma.Acesso em out 2019.

2. Anderton RS and Mastaglia FL. Expert Rev Neurother. 2015;15(8):895-908.

3. National Organization for Rare Disorders (NORD). Spinal Muscular Atrophy. http://rarediseases.org/rarediseases/spinal-muscular-atrophy/. Accessed October 9, 2018.

4. Finkel RS, et al. Neurology. 2014;83(9):810-7.

5. Farrar MA, et al. Ann Neurol. 2017;81(3):355-368.

6. Anderton RS and Mastaglia FL. Advances and challenges in developing a therapy for spinal muscular atrophy. Expert Rev Neurother. 2015;15(8):895-908.

7. High KA, et al. N Engl J Med. 2019 Aug 1;381(5):455-464.

8. Goswami R, et al. Front Oncol. 2019; 9: 297.

9. Hudry E, et al. Neuron. 2019 Mar 6;101(5):839-862

10. Naso MF, et al. BioDrugs. 2017; 31(4): 317-334.


Como minimizar os problemas respiratórios em época propícia para o aumento dos casos

 Empresa propõe limpeza com ozônio para prevenir a temporada de problemas na respiração, dores e congestionamento

 

Com tantas pessoas ficando dentro de casa, somado à chegada do outono com o clima seco, reações alérgicas e doenças respiratórias tendem a aparecer com mais frequência. Dentro desse cenário, a Wier , empresa de soluções tecnológicas para oxi-sanitização, higienização e tratamento de efluentes, oferece uma alternativa de prevenção com o ozônio (O3). Esse gás pode ser um forte aliado para evitar a proliferação de vírus, bactérias e fungos em ambientes fechados, os grandes vilões quando se trata desse tipo de enfermidade.

Ar condicionado, poluição, frio, cobertores empoeirados, etc. A atmosfera está bastante propícia para começar a desencadear os sintomas que vão desde congestionamento nasal até casos graves, como pneumonia e insuficiência respiratória. Desta forma, a higienização dos ambientes, como casa e automóvel, deve ter a atenção redobrada nesse período.

Segundo a Wier, a limpeza com ozônio é 40% mais rápida, mostrando-se eficiente na prevenção de doenças crônicas respiratórias. "Por ser um gás, o ozônio consegue se espalhar por todo o ambiente onde é aplicado e alcançar lugares que uma limpeza convencional não consegue, proporcionando assim uma sanitização real do ambiente. A aplicação do ozônio é simples e ocorre por meio de um equipamento chamado Gerador de Ozônio, o qual é compacto, de uso simples e intuitivo", explica Dr. Bruno Mena Cadorin, CEO da empresa.

Estudos científicos mostram a efetividade do ozônio contra diversos vírus e bactérias conhecidos por meio desta tecnologia. Além disso, também há provas da eliminação de mofo, leveduras e fungos nos ambientes fechados pelo O3.

Para micro-organismos em geral, a atuação direta do ozônio ocorre pela destruição da estrutura externa, seja a parede celular de bactérias e fungos ou o envelope e capsídeo de vírus. Desta forma, a tecnologia pode eliminar grande parte de micro-organismos causadores de doenças nas vias respiratórias.

Dados de laudos técnicos realizadas nos equipamentos Wier mostram, por exemplo, 100% de remoção para bactérias mesófilas e bolores/leveduras em superfície de vaso sanitário, 82,5% de fungos em ar de banheiro e 92,3% de bactérias no ar de um veículo.

"Recebemos diversos relatos de pessoas que tiveram melhora em quadros de doenças crônicas respiratórias após a utilização do ozônio nos ambientes residenciais. Isso mostra que ozônio ajuda a diminuir a propagação de agentes causadores de patologias e na prevenção de novos casos, reduzindo drasticamente o tempo de higienização dos ambientes, sem perder a qualidade do serviço", finaliza Cadorin.


Como funciona 


O ozônio (O3) é um gás natural formado a partir do oxigênio do ar (O2) e presente na estratosfera a fim de proteger a vida na terra contra a radiação UV do sol. Nos geradores de ozônio da WIER, utiliza-se Tecnologia de Plasma Frio para efetuar essa geração de ozônio e promover saúde por meio do combate a micro-organismos como bactérias, vírus e fungos, presentes no ar, na água e em superfícies. Ainda assim, a empresa reforça que a solução é um complemento, não um substituto para a limpeza tradicional.


Metade dos brasileiros não observa se a carteirinha de vacinação está em dia

Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência revela que 1 em cada 5 pessoas só confere se está com as vacinas em dia em casos de solicitação médica ou durante surtos, epidemias e pandemias


Durante a pandemia de covid-19, a importância da vacinação tem chamado a atenção das pessoas em todo o mundo. Afinal, as vacinas são responsáveis por proteger quem as recebe e também a sociedade, por meio da redução do contágio. Em consequência da vacinação em larga escala, muitas doenças que eram comuns no Brasil deixaram de ser um problema de saúde pública, como poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche. Embora 90% dos brasileiros reconheçam que a imunização é importante, apenas 50% verificam a carteirinha de vacinação regularmente. Esses são alguns dados da pesquisa Vacinação no Brasil: a percepção do brasileiro sobre a importância da imunização nos dias atuais, realizada pelo IBOPE Inteligência, a pedido da Pfizer, em julho de 2020.

O estudo foi conduzido com 2 mil brasileiros na capital de São Paulo e nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador e mostra que 1 em cada 5 pessoas só checa se está com as vacinas em dia em casos de solicitação médica, quando algum familiar fala sobre o assunto ou durante surtos, epidemias e pandemias. Além disso, 13% acompanham somente a carteirinha dos filhos e 17% nunca verificam, não têm, não sabem se têm ou onde está o documento. Essa porcentagem sobe para 29% a partir dos 55 anos de idade. 

A falta de diálogo com os especialistas também contribui para o panorama de desinformação a respeito da vacinação. Segundo dados da pesquisa, apenas 15% dos entrevistados relataram já ter conversado sobre a importância da imunização com o seu médico. Esse dado acende um sinal de alerta, visto que esse panorama pode desencadear a volta de doenças consideradas erradicadas, como o sarampo, que teve mais de 60 mil suspeitas de casos no Brasil em 2019¹.

Em relação às crianças, que são mais vulneráveis às infecções, a situação é ainda mais preocupante: 33% dos pais atrasaram as imunizações por conta da pandemia ou não sabem como está a situação da vacinação.


"Embora muito se fale sobre imunização neste momento, é importante que a população sempre esteja atenta para as vacinas requeridas na carteirinha. Apesar de simples, esse ato é capaz de salvar vidas. Quando não prevenidas, diversas enfermidades podem, juntas, levar a quadros de saúde graves e de difícil identificação", afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine.

A pesquisa também revelou uma mudança positiva em relação ao tema com a pandemia. Entre os entrevistados, 27% passaram a se informar mais sobre vacinas ou passaram a acreditar que a vacinação é importante para evitar doenças. Outro dado interessante é que 90% afirmaram ter a intenção de tomar as vacinas recomendadas para a sua faixa etária no próximo ano.

 

Medos envolvidos


Apesar de o Programa Nacional de Imunização (PNI) brasileiro ser uma referência mundial, a alta taxa de cobertura que sempre foi sua característica vem regredindo nos últimos anos. Segundo dados do UNICEF, no Brasil, na Bolívia, no Haiti e na Venezuela, a cobertura vacinal caiu em pelo menos 14 pontos percentuais desde 2012.

Além da desinformação, o medo também contribui para esse cenário. Dados pesquisa realizada pelo IBOPE mostram que 18% dos entrevistados afirmaram que, em tempos de pandemia, estão em dúvida sobre se vacinar ou vacinar familiares, pois não sabem ao certo se é seguro sair para isso. Esse número sobe para 23% na faixa etária de 25 a 34 anos. Finalmente, 10% das pessoas ouvidas preferem não sair de casa para imunizar a si ou seus familiares neste momento, mesmo com todos os cuidados de prevenção e de distanciamento social.


Outros receios também fazem parte dos desafios da vacinação. Cerca de um em cada quatro entrevistados (26%) relatou sentir medo de ter possíveis efeitos colaterais graves e 22% teme efeitos colaterais leves; e um em cada cinco (20%) teme que o local de vacinação não tome todos os cuidados de higiene necessários ou que a vacina não tenha sido armazenada corretamente.


Doenças pneumocócicas


De acordo com a pesquisa, as vacinas mais tomadas por adultos após os 18 anos, nas regiões pesquisadas, são as da gripe (61%) e febre amarela (53%). Por outro lado, os imunizantes que combatem as doenças pneumocócicas ocupam o segundo lugar entre as menos tomadas, perdendo apenas para a imunização contra o herpes zoster.

A pneumonia é uma doença respiratória provocada por bactérias, vírus ou fungos. E três a cada 10 casos diagnosticados estão associados à bactéria pneumococo3. Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os 15 países com maior incidência de infecções por esse microrganismo, que provoca 1,6 milhão de mortes por ano em todo o mundo4. Portanto, a vacinação contra esse agente é de grande importância e está bem estabelecida nos calendários vacinais do Brasil e do mundo.


Causas e fatores de risco


Dados da pesquisa apontam que o desconhecimento sobre as doenças pneumocócicas pode ser um dos principais fatores que impactam na falta de aderência a esta vacina. Os maiores mitos estão relacionados às causas da enfermidade: 78% acreditam ou não sabem se a pneumonia é uma consequência de uma gripe que não foi tratada, 77% acham ou não sabem responder se ela pode ser causada pelo novo coronavírus e 38% creem ou têm dúvida sobre ser causada apenas por descuidos do dia a dia, como tomar chuva, pegar friagem ou ficar com pés descalços.


Na verdade, a pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é o tipo mais comum da doença, e pode ser causada por bactérias, fungos e vírus. A causa mais comum de pneumonia bacteriana é o Streptococcus pneumoniae. Sua transmissão acontece por meio do contato entre pessoas infectadas, com ou sem sintomas. Qualquer indivíduo pode ter doenças pneumocócicas, mas alguns estão em maior risco do que outros, como crianças com menos de 2 anos de idade; adultos a partir de 65 anos; portadores de enfermidades crônicas, como diabetes, câncer e insuficiência renal; pessoas com o sistema imunológico comprometido por outras doenças; e fumantes5. A gravidade, a alta incidência e os impactos em todas as faixas etárias fazem com que a vacinação seja uma estratégia importante na prevenção da doença pneumocócica5 6, já que a vacina não protege apenas a saúde do imunizado, como também evita a transmissão da doença entre a comunidade.


Prevenção


A pesquisa também mostra um desconhecimento a respeito das vacinas como formas de prevenir a pneumonia: quase metade da amostra (44%) não sabe da existência desses imunizantes, enquanto 14% acreditam que é um mito que eles previnam contra o problema.


No Brasil, a vacina pneumocócica conjugada 7-valente foi lançada em 2000, como o primeiro imunizante conjugado para a proteção de bebês e crianças pequenas contra doenças pneumocócicas causadas por sete cepas (4, 6B, 9V, 14, 18C, 19F e 23F), como infecções invasivas (meningite, septicemia e bacteremia) e não invasivas (pneumonia e otite média aguda).



"A Prevenar-7 levou a outro fármaco, que oferece maior cobertura de sorotipos, a vacina pneumocócica conjugada 13-valente. O imunizante é o único pneumocócico conjugado licenciado no Brasil para todas as idades, a partir de 6 semanas de vida, incluindo adolescentes e adultos. É pioneiro na prevenção de um dos tipos mais agressivos da bactéria pneumococo e abrange 100% dos sorotipos atualmente associados à resistência bacteriana", afirma Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer Brasil.

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente é o único imunizante que oferece proteção contra doenças pneumocócicas causadas pelos 13 sorotipos de pneumococo mais prevalentes em todo o mundo: 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F, como pneumonia, meningite e septicemia. Ela está disponível nas clínicas particulares com indicação para todos os grupos etários e, desde outubro de 2019, passou a ser disponibilizada também na rede pública de saúde através dos CRIE (Centro de Referência Imunológicos Especiais) para pacientes acima de 5 anos de idade considerados de alto risco para aquisição da doença pneumocócica, como pessoas que vivem com HIV e pacientes oncológicos e transplantados.

 



Pfizer

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REFERÊNCIAS

1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim epidemiológico 39. Dezembro, 2019. Disponível em Acesso em 6 ago 2020.

2. UNICEF. Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/oms-e-unicef-alertam-para-um-declinio-na-vacinacao-durante-pandemia-de-covid-19. Acesso em 10 ago 2020.

3. WELTE T et al. Thorax, volume 67(1), pages 71-79, 2012

4. RUDAN I et al. Epidemiology and etiology of childhood pneumonia. Bull World Health Organ. 2008;86:408-16. Acesso em < http://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18545744/>. Acesso em 10 ago 2020.

5. ORTQVIST A et al. Streptococcus pneumoniae: epidemiology, risk factors, and clinical features. Semin Respir Crit Care Med. 2005;26(6):563-74. Disponível em: . Acesso em 6 ago 2020.

6. PELTON SI et al. Rates of pneumonia among children and adults with chronic medical conditions in Germany. BMC Infect Dis. 2015;15(1):470. Disponível em . Acesso em 6 ago 2020.



Telemedicina regulamentada no pós-pandemia: o que é preciso?

A Telemedicina pode soar como um conceito do mundo moderno, todavia, há relatos muito antigos sobre ela, inclusive durante a Idade Média. Para citar um exemplo mais tangível, a simples troca de cartas entre médico e paciente, com o intuito de acompanhar casos de saúde, já era uma forma de atendimento remoto.

A denominação foi utilizada pela primeira vez em 1906, por William Einthoven, inventor da eletrocardiografia, mas foi apenas nas décadas de 80 e 90 que o formato começou a se popularizar com a ampliação de tecnologias, principalmente a internet. Atentando-se à nova realidade, em 2002, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução (1.643/2002) básica sobre o assunto, o que gerou debates relevantes, mas sempre com alguma resistência.

Com a situação de calamidade pública no Brasil, em razão da alta disseminação do coronavírus, o setor da saúde precisou encontrar saídas para que o paciente não precisasse sair de sua casa, minimizando assim os impactos causados pela doença. Foi então que o país encarou a Telemedicina como uma alternativa séria e ética para cobrir esta lacuna.

Para tanto, foi promulgada a Lei 13.989/2020 que regulamenta o uso, de forma ética, da Telemedicina enquanto durar a pandemia; após este período, uma nova discussão sobre a sua regulamentação deverá ser encarada pelo Governo Federal, Conselho Federal de Medicina e outros órgãos de competência médica e jurídica.

O atendimento remoto, no contexto da Medicina, já é uma realidade irreversível nesse “novo normal”, justamente por proporcionar o acesso facilitado à saúde aos pacientes que não precisam se deslocar para obter atendimento.

A Telemedicina pode ser empregada como forma de assegurar o direito social à saúde, previsto pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, e oferecer serviços médicos que, de outro modo, não estariam acessíveis; além de auxiliar na redução de custos operacionais, facilitar o acesso a diagnóstico especializado e em tempo real, ampliar a cobertura de serviços e minimizar o tempo de espera para atendimento.

A despeito de todos os benefícios, existem os aspectos negativos, como a despersonificação na relação médico-paciente; mau uso e exposição de informações sensíveis (dados pessoais, prontuários, consultas, exames, diagnósticos etc.) e o elevado investimento em tecnologia.

Nesse contexto, em um cenário pós-pandemia, na área da Medicina brasileira, será preciso o debate sobre políticas de cunho ético e normativo que visem à regulamentação da Telemedicina, o que permitirá a minimização de riscos e danos aos envolvidos e promoção do acesso à saúde de forma plena e correta.


Miopia no Brasil pode ultrapassar previsão da OMS

Aperfeiçoamento do laser e nova opção em implante de lente melhoram correção cirúrgica. Quatro em cada 10 brasileiras não gostam de óculos.

 


A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que entre 2020 e 2050 a alta miopia cresça 89% no Brasil e 49% no restante do mundo. A pandemia de coronavírus pode estar fazendo o Brasil superar esta estimativa.  Para se ter ideia, divulgação da secretaria de saúde de Brasília mostra que os atendimentos de crianças com miopia na rede pública hospitalar aumentaram 39% neste período.  Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier  este aumento está relacionado a muitas horas com os olhos grudados em telas digitais. Isso porque, um levantamento feito pelo médico no hospital com 360 crianças mostra que o uso de  celular e outras tecnologias por horas ininterruptas provoca miopia acomodativa, uma dificuldade temporária de enxergar à distância.  Outra causa apontada pelo oftalmologista é a falta de exposição ao sol. Isso porque, um estudo inglês realizado com 3 mil adolescentes revela  a prevalência 25% menor de miopia entre os que ficam mais tempo ao ar livre. 

Os vícios de refração – miopia, hipermetropia e astigmatismo – sem correção respondem por mais de 50% das deficiências visuais no Brasil segundo a OMS Em parte, a falta de correção está relacionada à ausência de acompanhamento médico e em parte à vaidade Queiroz Neto afirma que a miopia e a presbiopia são os problemas de refração que mais crescem no País. Os prontuários do hospital mostram que 4 em cada 10 mulheres não gostam de usar óculos. 

Caso da cabeleireira Daiane Balestrin, de 27 anos, portadora de 5 graus de miopia, dificuldade de enxergar de longe, mais 6 de astigmatismo, visão distorcida por irregularidades na córnea (lente externa do olho). Ela conta que os óculos tinham lentes grossas e deixavam sua autoestima literalmente no chão. “Eu até tinha lente de contato, mas no meu trabalho não dava para usar”, afirma. O calor e a fumaça de alguns tratamentos deixavam os olhos dela muito irritados. Chegou a ter uma infecção na córnea e perdeu a lente de contato. Passou por vários oftalmologistas, mas só sentiu segurança em operar com Queiroz Neto. “A cirurgia era um sonho de vida. Ele foi muito sincero. Me explicou toda a cirurgia e avisou que eu podia ficar com algum grau depois da operação, mas não fiquei,” afirma.  Além do ganho em qualidade de vida está fazendo uma boa economia. “Antes tinha de trocar os óculos e lentes de contato anualmente. Agora não tenho mais este gasto”, comenta.

 

A cirurgia

Queiroz Neto afirma que o laser pode corrigir graus leves e moderados de vícios refrativos, remodelando a córnea. Nos últimos anos a precisão do laser evolui muito e a técnica se tornou menos invasiva.  “Esta evolução e a estabilidade do grau de Daiane antes da cirurgia permitiram que ela não ficasse com algum grau residual”, explica. O laser só é indicado para quem tem boa espessura de córnea, mais de 21 anos e estabilidade de grau, salienta.

 

Presbiopia

O oftalmologista afirma que o laser também pode corrigir simultaneamente a presbiopia. Quem nunca viu um míope com mais de 45 anos tirar os óculos para ler? Isso acontece porque a partir desta idade surge a presbiopia ou vista cansada que diminui a visão de perto. Sem a correção da miopia a visão proximal melhora, explica. “Por isso, a correção cirúrgica simultânea da miopia e presbiopia deixa um olho do paciente com algum grau de miopia e o cérebro se encarrega de tornar nítidas as imagens de perto e de longe. Esta técnica, conhecida como monovisão, não é nova, mas com certeza, hoje é mais precisa, afirma.

 

Anvisa aprova novo implante para altos míopes

A boa notícia é que a ANVISA recentemente aprovou uma nova lente intraocular que é implantada no olho sem a retida do cristalino. O implante corrige até 20 graus de miopia, 10 de hipermetropia e 6 de astigmatismo. A lente é implantada entre a íris, parte colorida do olho e o cristalino. Há evidências de que pode reduzir a cegueira causada por descolamento da retina mais frequente na alta miopia. Uma metanálise da Cochrane mostra que este implante é mais seguro que usar lente de contato. A cirurgia só pode ser feita em grau estabilizado, é contraindicada em olhos com glaucoma, câmara posterior rasa, alterações na córnea ou retina conclui Queiroz Neto.



Mito ou Verdade: Dormir sem calcinha faz bem?

 

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O ginecologista do São Cristóvão Saúde, Dr. Fábio Muniz, esclarece a dúvida e dá dicas de cuidados para a saúde íntima da mulher

 

 

Uma pesquisa divulgada no ano passado, encomendada pelo laboratório Sanofi-Aventis à Conecta, empresa do grupo Ibope, mostrou em um levantamento que 42% das mulheres nunca tiram a calcinha na hora de dormir. Mas será que isso é bom ou ruim? Segundo o ginecologista do São Cristóvão Saúde, Dr. Fábio Muniz, quando uma mulher usa roupas íntimas fechadas e de materiais que não privilegiam a ventilação, tornam o ambiente genital mais quente e úmido, o que é propício à proliferação de patógenos que causam entre outros problemas a candidíase vulvovaginal. 

Respondendo à pergunta “Dormir sem calcinha, faz bem?”, Dr. Fábio Muniz explica: “Manter a região genital arejada pode evitar irritações e predisposição às infecções, portanto dormir sem calcinha pode fazer bem para a saúde íntima da mulher. Isso porque a roupa íntima favorece ao acúmulo de resíduos celulares, suor e bactérias, que colonizam o local, podendo causar diversos tipos de irritações. As vulvovaginites e vaginoses são as causas mais comuns de corrimento vaginal patológico e responsáveis por grande procura ao Ginecologista.” 

Segundo o ginecologista, dormir com calcinha ou usar protetores de calcinha diariamente aumenta o calor e a umidade no local, podendo contribuir para a proliferação de patógenos. Sem falar das irritações no local pela própria presença do protetor ou roupa íntima, especialmente aquelas com materiais sintéticos e menos arejadas. 

De acordo com o especialista, além de manter o local o mais arejado e seco possível, é preciso higienizar corretamente a região íntima, mas sem excessos. “O uso de materiais para higiene contínua, como lenço umedecido, pode retirar as defesas naturais da pele e da região íntima trazendo consequências como irritação, e sim, a utilização contínua desses produtos podem contribuir para proliferação de bactérias ou fungos.”, afirmou o ginecologista.

 

Vulva ou vagina? O que deve ser lavado? 

“Primeiro devemos fazer uma distinção entre vulva e vagina. A vulva (externa) pode ser lavada com água e sabão durante o banho ou com uso de sabonete íntimo que tem um pH mais adequado e pode ser usado diariamente. Recomenda-se secar bem o local após a higiene diária a fim de evitar as vulvovaginites e outras irritações.  Agora em relação à vagina (parte interna), esta não deve receber ducha ou ser lavada, pois irá mudar a flora local protetora podendo predispor a infecções.”, disse. 

Neste momento que muitas pessoas estão trabalhando no modelo home office, as mulheres podem optar por passar o dia sem calcinha ou usar calcinhas com tecidos menos irritantes para a pele, como o algodão, por exemplo. “A opção do uso de roupa íntima ou não, é totalmente pessoal, aplicando-se os conhecimentos citados, sem calcinha ou com roupas íntimas mais arejadas pode-se ter uma higiene  íntima adequada e  com a região genital mais saudável. 

Além dos cuidados locais é importante a adoção de medidas que ajudem a prevenir infecções genitais, como manter uma alimentação saudável, ingerir a quantidade adequada de líquidos, manter hábito intestinal regular e saudável, e, por fim a prática de atividade física que tem impacto positivo na imunidade.”, finalizou o ginecologista.



Você sabe quando está ovulando? Especialista explica o processo.

 

Para mulheres que estão tentando engravidar, saber se está ovulando normalmente é muito importante


A ovulação é um dos fatores que mais influenciam a fertilidade da mulher. Como saber se está ovulando é uma das principais dúvidas das tentantes. Esse é o processo no qual o folículo ovariano libera o óvulo, que viaja pelas trompas de Falópio, ou tubas uterinas, e pode, portanto, encontrar o sêmen para ser fecundado.

Conseguir identificar qual é o período ovulatório é fundamental para que ocorra a gravidez, pois o processo ovulatório tem tudo a ver com a janela fértil. Por isso, conseguir monitorar esse período é muito útil na hora de identificar o melhor momento de manter relações sexuais.

“Além disso, quando a paciente tem mais conhecimento do corpo, fica mais fácil identificar que não está ovulando todo mês. Consequentemente, consegue pedir ajuda médica para identificar uma possível infertilidade”, explica a especialista em Reprodução Assistida, Cláudia Navarro.

 

Como identificar a ovulação

Segundo a médica, observar o próprio corpo é o primeiro passo a ser dado por uma mulher que está planejando engravidar. “O ciclo menstrual apresenta fases muito específicas, sendo a ovulação uma delas. Em outras palavras, o organismo dá sinais em cada momento sobre o que está acontecendo internamente”, diz.

O ciclo feminino apresenta três fases principais, sendo a fase folicular a primeira, que começa junto com a menstruação – que é a descamação do endométrio, a parede do útero –, um sinal claro de que a mulher não está grávida.

Antes do processo ovulatório, o corpo passa pela etapa em que óvulo se prepara para ser liberado. O período é chamado de folicular, pois o óvulo fica dentro de uma estrutura chamada de folículo ovariano que, durante a ovulação, irá liberar o óvulo que deverá ser captado pela tuba uterina.

 

Fase da ovulação e janela fértil

Depois da fase folicular, o ciclo menstrual entra na fase ovulatória, que é justamente quando a mulher deverá observar alguns sinais mais específicos no corpo.

Vale lembrar que o período fértil acontece justamente no processo de ovulação, ou melhor, cerca de três dias antes de ovular e até dois dias depois. “Mas é importante reforçar que o corpo não é matemática pura, isto é, cada mulher pode ter suas particularidades, inclusive com relação à duração do ciclo todo”, pondera Cláudia.

Depois da ovulação, acontece a fase lútea, que antecede a menstruação e é caracterizada pela transformação do folículo em corpo amarelo (lúteo).

 

Sinais da ovulação

Cláudia explica que existem alguns sinais clássicos que indicam o dia da ovulação e que podem ser observados pelas tentantes. “É muito comum as pacientes levarem alguns meses para observar os sinais que o corpo dá no processo ovulatório. Além disso, aquelas que apresentam ciclos irregulares, como nos casos de Síndrome do Ovário Policístico (SOP), a anovulação, isto é, ausência de ovulação, é algo recorrente”, comenta a médica.

Segundo Cláudia Navarro, os indícios mais comuns da ovulação incluem:

  • Aumento do muco vaginal (aspecto de clara de ovo);
  • Leve dor de um dos lados do baixo abdômen;
  • Maior sensibilidade nas mamas;
  • Aumento da energia e do desejo sexual

“Para calcular quando vai ovular, a mulher deve tomar como base o início do ciclo menstrual, isto é, o primeiro dia de menstruação.  Um fator muito importante que irá ajudar a identificar a ovulação é a consistência do muco”, orienta a especialista. “Secreções vaginais são naturais ao longo do ciclo, mas há diferença no processo ovulatório”, completa.

 

 

Como o médico pode monitorar a ovulação 

Mulheres que estão tentando engravidar e fazendo tratamento para infertilidade podem monitorar a ovulação com o auxílio médico. Segundo Cláudia, uma das maneiras de fazer isso é por meio da ultrassonografia transvaginal seriada.

“Nesse caso, são realizados exames, em dias alternados, para definir aquele que será o mais provável da ovulação. Os exames são feitos por via transvaginal. Geralmente, a média é de três a quatro sessões, em dias que são determinados pelo especialista”, explica. 

Além de identificar o dia da ovulação, a ultrassonografia seriada é capaz de medir o crescimento dos folículos ovarianos, assim como as características do endométrio e a presença de muco cervical. Para mulheres que já realizam tratamentos de infertilidade, esse tipo de exame de imagem pode ajudar na hora de programar as relações sexuais para o dia mais provável de ocorrer a gravidez.

 

 


Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal.


Saiba como reforçar a imunidade das crianças

Especialista do Hospital 9 de Julho explica como os pais podem ajudar a manter os filhos mais protegidos contra doenças

 

A pandemia de Covid-19 aumentou nos pais a preocupação com a imunidade das crianças. Apesar dos pequenos não fazerem parte dos grupos de risco e, em geral, serem menos afetados pela nova doença, as famílias passaram a ficar mais atentas à saúde de todos. A boa notícia é que é possível, com um conjunto simples de ações, reforçar a imunidade das crianças.

Maria Amparo Martinez, pediatra do Hospital 9 de Julho, conta que a  imunidade é bastante imatura na primeira infância. “Antes do terceiro mês, o bebê é imunologicamente frágil, com defesas muito básicas.” Nessa fase, ele carrega a proteção natural de alguns anticorpos passados pela mãe durante a gestação e pelo leite materno, que vão agir até o oitavo ou nono mês, e só então o corpo começa a produzir sozinho defesas mais eficientes.

Depois do primeiro aniversário, a criança passa a aumentar sua imunidade gradativamente e um dos fatores mais importantes para a formação das defesas é a alimentação. “Para manter uma criança saudável é fundamental proporcionar a ela uma alimentação variada, com boa oferta de nutrientes”, explica a pediatra. Além de diversidade de legumes, ela destaca que as frutas fazem ainda mais diferença, pois são ricas em vitaminas essenciais para as defesas do organismo.

Um segundo pilar do bom desenvolvimento do sistema imunológico é o sono. Garantir uma boa rotina de descanso, com sono de qualidade, vai ajudar o corpo a se manter protegido contra os invasores.

Outro hábito que deve ser mantido é o de permitir que as crianças façam atividades ao ar livre, em ambiente com luz natural e ar limpo, sempre que possível. “Quem brinca fora de casa, toma um pouco de sol e respira ar fresco tem a imunidade fortalecida. A vitamina D, que precisa do sol para ser produzida, é essencial para as células que vão proteger o organismo”, diz Maria Amparo.

 

Equilíbrio entre sujeira e limpeza

Quando brincar fora de casa ou mesmo no espaço doméstico, é necessário deixar também que os filhos tenham contato com um pouquinho de “sujeira”, para estimular o sistema imunológico. “A criança que vive em ambiente totalmente asséptico fica mais vulnerável. É preciso deixar que ela mexa nos animais, brinque no jardim, tenha contato com a natureza, sempre com supervisão e em ambientes adequados”, aconselha a pediatra.

Depois da brincadeira, no entanto, deve-se cuidar da higiene. Dar atenção aos banhos e à limpeza depois de usar o banheiro, por exemplo, vai impactar na saúde. “A criança que não tem cuidados adequados com a higiene está mais propensa a infecções, e a imunidade pode não dar conta e ser abalada por isso”, explica a pediatra.

 

Tendência alérgica

Algumas crianças, no entanto, podem manter a rotina correta para o fortalecimento da imunidade mas, mesmo assim, serem mais sensíveis. É o caso das que nascem com maior tendência alérgica, manifestada por doenças como rinite alérgica, bronquite e dermatite atópica.

A pediatra explica que, nesses casos, elas não têm a imunidade baixa, mas o seu sistema de defesa como um todo não funciona direito, por isso elas são mais propensas a pegar viroses, que vão aumentar a alergia e atrapalhar a imunidade, em um círculo vicioso. “Elas devem ter mais cuidado, ir mais ao médico e serem acompanhadas com atenção redobrada. Quando apresentarem sinais de agravamento do quadro alérgico ou de outras doenças, os pais não devem hesitar em procurar o Pronto-Socorro”.


A importância do bem-estar da mulher para o aleitamento materno

O Agosto Dourado coloca em pauta os cuidados com a saúde da mãe durante a amamentação


Quando pensamos em amamentação, logo vem à mente uma cena tranquila de uma mãe e seu bebê, como se tudo fosse fácil e natural. Mas para muitas mulheres o processo não é tão simples - pelo contrário, é doloroso e cansativo. E, apesar de a Organização Mundial da Saúde recomendar o leite materno como alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida, apenas 38,6% das mães brasileiras continuam durante todo esse período, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. A falta de apoio, preparo e informação são alguns das principais questões que acabam incentivando a mulher a desmamar seu filho. E por essa razão foi criado o Agosto Dourado, para conscientizar sobre a importância do aleitamento materno e do suporte às mães nessa fase.

Há inúmeros benefícios na amamentação, não só para o bebê como também para a mãe. Estudos comprovam que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento neurológico e intelectual do bebê, já que o leite conta com uma gordura específica que atua diretamente nesse sistema. Também protege contra alergias e doenças autoimunes a curto prazo e evita doenças crônicas na vida adulta, como hipertensão e colesterol alto. Para a mãe, além de proteger contra câncer de mama, ovário e útero, auxilia em quadros de ansiedade e depressão pós-parto. Sem falar dos benefícios para o meio ambiente, tendo em vista que para a produção de 1kg de fórmula de leite infantil são necessários 4 mil litros de água.

E para uma amamentação tranquila, o bem-estar da mãe é essencial. Vale frisar que não é um ato instintivo, e sim um processo biológico moldado de acordo com hábitos culturais e valores sociais. A sociedade pouco acolhedora que vivemos coloca diversas barreiras na vida da mãe, que precisam ser vencidas por meio da informação e busca por apoio. 


A amamentação é também um momento delicado para a mulher. Para auxiliar no vínculo entre mãe e bebê, a produção dos hormônios prolactina e ocitocina baixam seu aspecto racional para aflorar o lado emocional, e isso a deixa muito mais sensível. Nessas horas uma rede de apoio sólida é fundamental. A mulher que amamenta não deve se sujeitar a querer fazer tudo sozinha, desde os tempos mais remotos o bebê era cuidado por muitas mãos trabalhando em conjunto. O ideal é que ela sempre tenha a sua volta pessoas para a ajudarem nos afazeres domésticos e necessidades do filho, mas acima de tudo para fortalecer suas decisões e darem suporte nas suas escolhas.

Além de equilíbrio emocional, a produção de leite pede um aumento significativo no consumo diário de água. Como a mãe produz até um litro de leite por dia, é necessário que ela reponha essa quantia de líquidos, ou seja, se normalmente a orientação é consumir próximo a 2 litros de água por dia, a mãe que amamenta precisa consumir cerca de 3 litros. E foi pensando nessas duas questões que a Weleda desenvolveu o Chá Misto da Mamãe, que há mais de 30 anos acompanha as mulheres durante a amamentação. Natural e orgânico, o chá é feito com as ervas melissa, alcarávia, funcho, erva doce e rosa silvestre, e traz a tranquilidade que a mãe precisa e complementa a ingestão de líquidos.



Weleda

www.weleda.com.br


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