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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Especialista dá dicas de como ajudar seus colaboradores na volta ao trabalho

Com o sentimento de incerteza, pânico e estresse em relação ao trabalho, fica complicado manter a mente sã e equilibrada diante de tantas informações negativas que a mídia entrega para nossa sociedade. Essa enxurrada vem impactando a saúde de todo mundo e com a reabertura da economia novos cuidados deverão que ser tomados na volta ao trabalho.

Pensando em como ajudar os gestores a lidarem melhor com esse novo normal e cuidarem dos seus colaboradores na volta a sede da empresa, o Diogo Lara, fundador do Cíngulo, app de terapia guiada, e médico psiquiatra, PhD em neurociências, psicoterapeuta e ex-Professor titular e pesquisador da PUCRS, listou algumas dicas para nortear:


- Crie ações diferentes: Com a volta de todos a sede da empresa, é comum que os colaboradores se mantenham distantes e se sintam um pouco deslocados. Mesmo com todos os cuidados de saúde para prevenção do contágio, crie, inicialmente, atividades para que cada colaborador possa interagir, descontrair e se reaproximarem de alguma forma. Como por exemplo um café de volta ao trabalho, almoço coletivo, massagem, kit de boas-vindas, entre outras iniciativas para que sua equipe se sinta bem recepcionada.


- Fique próximo da sua equipe: Alguns meses atrás tivemos que nos adaptar ao home office. Agora, com a volta a empresa junto com alguns cuidados necessários para continuar achatando a curva de contágio, é muito comum e normal que a produtividade caia. Ainda estaremos vivendo momentos de incertezas, medos e dúvidas, por esse motivo, estar próximo do seu colaborador será essencial. Até mesmo para você enxergar como está sua saúde mental e poder ajudar caso seja preciso.


- Continue motivando-os: Cada membro da equipe se adapta de forma diferente e gradativamente, os aspectos externos podem até impactar na produtividade. Por isso, os gestores precisam encontrar as melhores práticas para manter uma comunicação amigável e que possa motivar. Reveja metas e entenda o momento de cada colaborador para evitar pressões desnecessárias que poderão prejudicar mais do que ajudar, incentive cada membro da sua equipe.



Estudo global identifica que 63% dos consumidores irão olhar o comportamento de uma empresa durante a Covid-19 antes de comprar seu produto

 Pesquisa que avalia o comportamento do consumidor pós-covid-19 - realizada pela FleishmanHillard em sete países - revela que:


• 72% afirmam que discriminação, igualdade e racismo é a questão mais importante; 


• 91% dizem que é importante as empresas mostrarem que estão comprometidas em fazer a coisa certa; 


• 60% consideram que a vacina contra o vírus vai marcar o fim da ameaça Covid-19; 


• 83% sentem incerteza sobre quando será seguro estar em espaços públicos.

 

Em meio a tantas transformações, 80% dos consumidores revelaram que a pandemia mudou a forma como veem o mundo. O que ele compra e a forma como ele vê as marcas também está diferente: 63% deles irão olhar o comportamento de uma empresa durante a Covid-19 antes de comprar seu produto e 62% dizem que os produtos e serviços que antes pensavam que eram importantes não são mais.

Essas constatações fazem parte do estudo "Covid-19 Mindset: A colisão de questões - Segunda Onda", produzido pela FleishmanHillard, por meio de sua área de pesquisa True Global Intelligence. O levantamento foi realizado em sete países (Estados Unidos, Reino Unido, China, Coreia do Sul, Itália, Alemanha e Canadá), entre 8 e 19 de junho.

"As marcas mais do que nunca precisam ser autênticas e vivenciarem os seus valores. Mostrar comprometimento em fazer o certo com compaixão, colocando as pessoas em primeiro lugar e demonstrando paciência e empatia enquanto os consumidores procuram recuperar seu próprio senso de controle, deverá ser o caminho a ser seguido pelas marcas que quiserem conquistar os consumidores", explica Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard Brasil.

Consumidores e funcionários vão exigir que os líderes da empresa usem a pandemia para repensar mais do que apenas expectativas financeiras e desafios imediatos, será necessário haver uma nova conversa, baseada em valores. Nesse sentido: responsabilidade compartilhada (58%), sacrifício compartilhado (58%) e valores compartilhados (46%) deverão ser as diretrizes para as empresas se posicionarem e resolver questões sociais.

O estudo também avaliou o sentimento das pessoas em relação ao cenário atual. O medo de que as restrições sejam reduzidas muito rapidamente e possam causar um aumento na taxa de infecção está presente em 71% dos participantes. Além disso, 56% veem as pessoas ao seu redor como mais perigosas do que antes (dado versus a primeira pesquisa realizada em abril 26%).

A expectativa de quando tudo voltará é de 50% dos entrevistados, em comparação ao mesmo estudo realizado em abril, o número dobrou. O tempo em que a vida levará a ser normalizada aumentou para 7 meses e meio, contra 4 meses e meio do primeiro levantamento.

Quando questionados sobre as expectativas de melhora, piora ou permanecer igual de oito diferentes situações como saúde, emprego e relacionamento, apenas 23% dos entrevistados acreditam que sua qualidade de vida geral será melhor nos próximos seis meses. Relacionamento com família e a amigos é o item com maior otimismo de melhora entre os entrevistados, com 29%. Situação financeira é o ponto em que os consumidores estão mais pessimistas, 34% acreditarem em uma piora.

"É interessante observar que o estudo foi realizado em sua grande parte em países em que as restrições estão mais brandas e os casos de certa forma controlados, e mesmo assim, as pessoas não se sentem seguras e nem estão otimistas em retomar rotinas como tínhamos antes", diz Alessandro.

O estudo completo pode ser baixado por este link http://bit.ly/33Js1Er

Dia do Advogado: a profissão em tempos de coronavírus

Celebrado anualmente em 11 de agosto, o Dia do Advogado em 2020 poderá trazer novas reflexões e ter um significado distinto para muitos profissionais, que, como tantos trabalhadores, precisaram se adaptar à nova realidade.

A prática da advocacia requer estudo, persistência e, principalmente, muita dedicação. Estar na linha de frente da justiça não é uma tarefa fácil, todavia, é admirável a forma como muitos profissionais têm atuado em momentos difíceis, como agora, durante a pandemia da Covid-19.

No decorrer da história, o papel do advogado mostrou-se fundamental na luta pela construção da sociedade civil e, concomitante, pelos direitos dos cidadãos. No cenário atual, isso não é diferente: é preciso destacar o árduo trabalho no sentido de adequação às tantas mudanças ocorridas.

Honorários reduzidos; suspensão de prazos processuais, audiências e entregas de carteira da OAB; limitação no contato com clientes e no acesso a documentos essenciais; aumento no número de ações e processos - principalmente na área trabalhista - e discussões sobre a vigência de legislações são alguns exemplos.

A crise causada pelo coronavírus demandou – e ainda demanda – uma remodelação das relações e formatos de trabalho no meio jurídico. A classe tem mostrado o seu valor para a sociedade em diversas áreas, como no Direito Constitucional, com foco no direito à saúde, à informação e à dignidade humana; no Direito do Consumidor, em relação a cancelamentos de viagens e shows, por exemplo; e no Direito Trabalhista, provavelmente o mais movimentado, devido às novas leis e demissões.

Ninguém sabe exatamente quando a situação voltará à normalidade, no entanto, para a advocacia, e acredito que para muitas outras áreas também, essa situação atípica tem deixado algo bem marcado: a inevitabilidade do “escritório digital”. O que antes era uma alternativa ou um estilo de vida, agora é uma necessidade.

Para finalizar, desejo os parabéns a todos os advogados que, diante dos inúmeros desafios colocados a cada dia, permanecem norteados pelo senso de justiça, direito e cidadania. Seu papel é fundamental na efetivação de direitos em tempos como o de agora.

 



Márcia Glomb - advogada especialista em Direito do Trabalho e atua no Glomb & Advogados Associados.

 

Especialista fala sobre Compra de Imóvel com a menor Selic da História: a Hora é Agora!

O Copom- Comitê de Política Monetária do Banco Central acaba de anunciar mais uma redução histórica na taxa básica de juros que caiu de 2,25% para 2%, com intuito de permitir a recuperação sustentável da economia brasileira. Este menor patamar da Selic oferece efeitos benéficos para as operações de crédito e investimentos que refletem no mercado imobiliário, que por sua vez, aponta melhora nas vendas e desperta otimismo entre empresários, analistas, investidores e especialistas. 

 

 

 Oportunidade na crise

 

A explicação para a melhoria dos negócios é que a taxa de juro média do financiamento imobiliário no Brasil também se encontra com menor patamar da história, de acordo com dados do Banco Central. Em maio de 2020 ela chegou a 7,16% ao ano, diferentemente do começo de 2019 que apresentava 8,31%, e de 2017, que era 10,90% . O setor estima que a redução de cada ponto percentual nos juros represente um desconto de 8% na parcela do financiamento imobiliário, o que significa dizer que passa a caber cada vez mais no bolso dos compradores.  E que, diferentemente, do que se espera, a melhor época para comprar um imóvel é agora!   

Segundo a especialista em Mercado Imobiliário Yslanda Barros, quem quer investir em um imóvel este é o melhor momento, já que a taxa de juros teve essa queda histórica. Ela reforça que em nenhum momento houve desistência em locação ou aquisição de imóveis, apenas adiamento  planejamento, mas já se percebe uma retomada para aproveitar essa oportunidade . Em um cenário pós-pandemia, Yslanda acredita que a situação vai melhorar ainda mais e lembra que outras crises já foram superadas pelo setor. O mercado imobiliário, um dos mais robustos do país, representa 5% do Produto Interno Bruto nacional.  

Dados do desempenho do Crédito Imobiliário em 2019, divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), já indicavam alta nos financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo . 

  

 

 

Yslanda Barros - Consultora de negócios e marketing, especialista em mercado imobiliário. Yslanda atuou em uma das maiores construtoras de capital fechado do país, a Plaenge. É sócia e diretora da Ética Soluções Imobiliárias, reconhecida por oferecer Assessoria Imobiliária Completa. Profissionalismo, dedicação e exclusividade são os três pilares alicerçados pela equipe, com capacidade de interpretar com clareza os objetivos e expectativas

  

Recusa a deixar home office e retornar ao trabalho presencial pode render demissão

Saiba os direitos e deveres de empresas e funcionários

 

A flexibilização das medidas de isolamento social no país está provocando a reabertura de empresas, escritórios, bares, restaurantes, hotéis, entre outros, em conformidade com as determinações sanitárias das autoridades de cada município ou Estado. De acordo com especialistas, é necessário que trabalhadores e empregadores se atentem aos seus direitos e deveres no momento de retomada do trabalho presencial e do encerramento do trabalho remoto. Se por um lado o funcionário é obrigado a retornar ao ambiente de trabalho sob pena de demissão por justa causa caso haja recusa, também é o seu direito questionar a mudança na Justiça.

A empresa, segundo a legislação em vigor, pode unilateralmente retirar o empregado do teletrabalho e determinar seu retorno ao trabalho presencial, afirma o doutor em Direito do Trabalho e professor Eduardo Pragmácio Filho, sócio do Furtado Pragmácio Advogados. "Por outro lado, a empresa deve observar as normas de saúde e segurança do trabalho e todos os protocolos sanitários exigidos pela Portaria Conjunta nº 20/2018 do Ministério da Saúde e da Secretaria e Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, que prevê uma série de medidas preventivas e de combate o Covid-19. Dentre elas, a criação e registro de um plano de retomada, a ostensiva informação e treinamento aos trabalhadores, a observância do distanciamento mínimo entre pessoas, ventilação e limpeza dos ambientes, a promoção de higiene das mãos e da etiqueta respiratória, entrega de máscaras e de outros equipamentos, etc".

Com o retorno ao ambiente da empresa, são retomados direitos como o vale-transporte ou meio de locomoção fornecido pelo empregador, entre outros benefícios concedidos antes da pandemia. É possível ainda que haja acréscimo na remuneração já que os empregados, em regime de home office, não estavam sujeitos ao controle de jornada e não tinham direito a verbas decorrentes de horas extras e adicional noturno.

“O que foi acordado anteriormente quanto à entrada no home office pelo trabalhador e o empregador será extinto e são retomadas as condições normais de trabalho anteriormente pactuadas, devendo se levar em consideração as recomendações do Ministério da Saúde”, observa Ruslan Stuchi, advogado trabalhista e sócio do escritório Stuchi Advogados.

professor de pós-graduação da PUC-SP e doutor em Direito do Trabalho, Ricardo Pereira de Freitas Guimarães, salienta que o direito de maior importância neste momento de retomada diz respeito ao ambiente sadio em relação a todas as medidas possíveis e necessárias de proteção a esses empregados. E a empresa que não seguir todas as recomendações poderá ser penalizada. "O dever principal é seguir as regras de saúde e segurança impostos pelo empregador e pelo Estado. Importante destacar decisão recente do STF que reconhece a possibilidade  de eventual responsabilidade do empregador no caso de contágio do coronavírus de seu funcionário. Assim, todos os protocolos de seguranças vigentes em razão da pandemia mais os já inseridos nas normas regulamentadoras e na CLT devem ser seguidos obrigatoriamente", orienta.


Grupo de risco

Atualmente, não há norma legal que obrigue a empresa a manter o funcionário em regime de trabalho remoto durante a crise sanitária. Entretanto, a recusa do empregado a voltar a trabalhar de forma presencial, principalmente daqueles do chamado grupo de rico - pessoas acima de 60 anos e portadores de doenças crônicas -  deve ser bem justificada, com parâmetros médicos. O simples fato de ter receio de contaminação no transporte público ou na empresa, segundo os especialistas não é motivo para a recusa ao trabalho. A empresa, por outro lado, deve deixar sempre registrado que informou trabalhadores dos riscos a que eles estão submetidos e que tomou todas as medidas preventivas para evitar a doença.

“Se o trabalhador se recusar a retornar ao trabalho sem estar no grupo de risco ou ter o nexo causal de que a empresa não atende às condições de segurança, pode ser demitido sem justa causa, com base no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Porém, recomenda-se que o empregador tenha um certo ‘jogo de cintura’ para lidar com esta situação, pois muitas pessoas estão com medo de contrair o vírus e até mesmo passar para os seus familiares”, lembra Bianca Canzi, advogada especialista em Direito do Trabalho do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.

Freitas Guimarães destaca que apenas aqueles empregados que possuam uma razão fundamentada para a recusa do retorno poderão continuar em casa."Apenas como exemplo, aqueles que pertençam a eventual grupo de risco por comorbidades ou idade, essa recusa se bem documentada pode ser de maior importância que o poder de comando do empregador. Caso contrário pode ocorrer a dispensa em caso de recusa. Na verdade, é um direito do empregador, tendo em vista que nosso sistema jurídico assim admite. Havendo necessidade de retorno e o empregado se recusando sem uma razão justa e documentada, a empresa poderá convocá-lo e na hipótese de não retorno, poderá até configurar oportunamente justa causa por abandono de emprego", explica o professor.

Para o professor Eduardo Pragmácio Filho, o retorno dos funcionários do grupo de risco é uma questão polêmica e que envolve um debate bioético. "No Brasil não existe uma norma expressa e direta que trate do assunto. O dilema é o seguinte: quem vai arcar com os custos da inatividade do trabalhador em grupo de risco? Em princípio, o trabalhador somente poderia pedir uma despedida indireta, com base na exposição ao risco considerável à sua saúde, mas isso implicaria o término do contrato de trabalho. Por outro lado, com base na aplicação dos direitos fundamentais nas relações de trabalho, é possível argumentar um certo direito ao teletrabalho aos empregados do grupo de risco, fazendo com que deixe de ser uma prerrogativa oriunda do poder diretivo do patrão, escolher ou não a forma de se empreender o trabalho, passando a ser um autêntico direito fundamental inespecífico do trabalhador que está no grupo de risco, uma vez que, no caso concreto, o direito à saúde do empregado prevalece sobre a livre iniciativa do empregador. Isso, no entanto, demandaria o ajuizamento de uma ação judicial ou a negociação de uma norma coletiva a respeito, fato que seria inédito no Brasil", fundamenta. 

E Pragmácio Filho ressalta que a despedida de um empregado do grupo de risco pode ser entendida com uma despedida discriminatória. "Nesse caso a empresa deve ter cuidado redobrado, pois a dispensa de empregados no grupo de risco pode ser passível de reintegração ao emprego e de pagamento de indenização. A melhor solução, ao meu ver, seria negociar uma cláusula em acordo ou convenção coletiva, prevendo licenças ou diminuição de carga horária ou flexibilização de jornada", alerta.

Também tem sido o entendimento da Justiça de que as empresas, além de seguir as normas de segurança de trabalho vigentes antes da crise sanitária, devem atuar para prevenir o contágio dos seus funcionários por Covid-19. "Neste caso da pandemia, se necessário o trabalho presencial, as empresas deverão fornecer os equipamentos necessários à proteção do empregado, de acordo com as atividades desenvolvidas, assim como a disponibilização de álcool em gel, o distanciamento mínimo de terminais de trabalho e a fiscalização do uso da mascará", destaca Ruslan Stuchi.


Insegurança jurídica

A possibilidade de trabalhadores ingressarem na Justiça para questionar o fim do home office está inserida em um contexto onde já há uma tendência no aumento do número de ações trabalhistas por conta da crise sanitária. Conforme levantamento do Termômetro Covid-19 na Justiça do Trabalho, realizado pelo site Consultor Jurídico, em conjunto com a empresa Datalawyer e a instituição de ensino Finted, o número de ações relacionadas à pandemia da Covid-19 (coronavírus) já havia crescido 522% entre março e abril. Além disso, valores relacionados a verbas rescisórias durante a crise sanitária haviam alcançado a cifra de R$ 1 bilhão no período.

advogado e professor Fernando de Almeida Prado, sócio do escritório BFAP Advogados, avalia que a pandemia tem resultado em maior judicialização das relações de trabalho. “Aumenta a litigiosidade dos ex-empregados e sindicatos. Temos visto um grande aumento de ações coletivas e individuais. As ações coletivas, ajuizadas por sindicatos ou pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), buscam condenar as empresas em obrigações de fazer consistentes em medidas de segurança. Nas ações individuais, cobram-se verbas pontuais não pagas, como as verbas rescisórias”, detalha.

O fato de a Medida Provisória (MP) 927 ter perdido a validade em julho, após não ter sido analisada pelo Congresso Nacional, pode ainda incentivar o aumento da insegurança jurídica. A medida havia sido editada pelo governo em março para determinar que as empresas poderiam instituir o home office de forma unilateral, sem a necessidade de acordos individuais ou da autorização dos sindicatos, e que o trabalho remoto também ficaria dispensado do controle de jornada.

O advogado Ruslan Stuchi explica que os atos praticados pelas empresas durante a vigência da MP são válidos, embora o teletrabalho tenha voltado a depender da autorização do trabalhador ou de entidade sindical, assim como o controle da jornada. “O texto foi uma reação do governo frente à pandemia, visando facilitar a manutenção dos postos de trabalho. Tendo assim a MP 927 perdido a sua validade, as regras nela contida estão revogadas e, consequentemente, voltam a produzir os efeitos das previsões da CLT a partir de 20 de julho de 2020”, relata.

Para os professores Freitas Guimarães e Pragmácio Filho, todos os atos consumados entre empregados e empregadores na vigência da MP 927 são válidos e não sofrem prejuízo da caducidade da Medida Provisória.

"O fato de o trabalhador estar em teletrabalho, mesmo com a caducidade da MP 927, não traz maiores preocupações quanto a passivos trabalhistas. A empresa, no entanto, deve ficar atenta a alguns pontos que podem gerar passivos ao longo do tempo, como é o caso de um eventual pedido de reembolso de despesas pela infraestrutura e funcionalidade (água, luz, telefone, internet, computador, energia etc.), ou em eventual adoecimento do trabalhador ocasionado pela inobservância das regras ergonômicas, sobretudo quanto ao mobiliário utilizado. Por fim, apesar de, inicialmente, o teletrabalhador não estar submetido ao regime de duração do trabalho, ou seja, não tem controle de jornada e portanto não tem horas extras, mesmo assim a empresa deve se certificar se não existe mesmo esse controle, ainda que indireto, para não gerar passivo de jornada extraordinária", esclarece Pragmácio Filho.



37% dos desempregados afirmam que perderam seu trabalho devido ao isolamento social

Estudo da Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing ainda aponta que a experiência do home office agradou, mas a preferência para o futuro é por um híbrido entre dias de escritório e dias em casa


A Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing realizou em julho sua terceira edição da pesquisa Coronavírus e seu Impacto no Brasil. Esse levantamento foi realizado por meio de questionários online, entre os dias 16 e 21/07, e obteve 1.090 respostas, de todas as regiões do Brasil. Um dos focos desta terceira onda era abordar o sentimento geral da população em relação ao mercado de trabalho.

Atualmente 37% de quem está desempregado afirma que perdeu seu posto em razão da pandemia. Destes, um terço (34%) diz que o foco agora não é arrumar logo outra posição. O gerente de projetos da Demanda e coordenador do estudo, Ricardo Lopes, conjectura a esse respeito: “Pode ser que as pessoas já estejam atinando que os novos tempos vão exigir novas habilidades, novos conhecimentos e comportamentos. Nesse contexto, é primordial se qualificar num primeiro momento, para então sair à procura de um novo lugar”.

Entre aqueles que permanecem empregados, nada menos do que 49% continuam trabalhando exclusivamente de casa, no chamado home office, outros 16% alternam dias em casa e dias no escritório e somente 9% já retomaram integralmente sua rotina fora do lar. “Na medida em que provaram e gostaram, tanto empresas como trabalhadores não têm motivo de apressar o retorno”, conclui Ricardo.

E os dados corroboram: somente 26% de quem permanece trabalhando em casa afirma não estar satisfeito com esta condição. São pessoas que dizem sentir falta da presença física de clientes, colegas, etc. Ou, ainda, sentem que estão trabalhando mais e rendendo menos, por conta das dispersões domésticas e da falta de estrutura adequada. Todos os outros – os mais de 70% satisfeitos – mencionam como justificativa para sua satisfação a economia de tempo sem os temíveis deslocamentos de ida e volta do trabalho e também a economia de dinheiro (transporte, combustível, alimentação).

“Os próprios entrevistados parecem ter a solução para acomodar bem todas as aspirações: havia na pesquisa uma pergunta sobre qual modelo de trabalho gostariam de adotar após o fim da pandemia, e então 65% disseram que o ideal seria uma mescla entre dias no escritório e dias em casa”, destaca Silvio Pires de Paula, fundador e presidente da Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing.


Quase metade acredita que sua vida mudou para pior do início da pandemia até agora

O sentimento geral das pessoas com o momento da pandemia é de desânimo. Cerca de 3 em cada 4 (73%) se diz desanimado atualmente. Ao serem perguntados sobre o que mudou para pior ou para melhor do início da pandemia para cá, metade deles (49%) afirma que a vida mudou para pior no que diz respeito à vivência social e às oportunidades de lazer. Outros 37% sentiram piora no estado psicológico, em seu equilíbrio emocional. Em outro sentido, 41% observaram que melhorou seu engajamento em ações solidárias e 53% estão se relacionando melhor com suas famílias.

Muitos brasileiros fazem planos para quando a pandemia acabar e somam 70% os que pretendem viajar assim que possível. Outros planos muito presentes são rever familiares ou amigos (58% dos entrevistados) e retomar ou iniciar a prática de algum esporte (42%). Enquanto isso tudo não é possível, boa parte deles admite ter incorporado ou intensificado alguns maus hábitos. A ingestão de chocolates ou doces em geral brotou ou cresceu em nada menos do que 38% do público pesquisado. E o hábito de beber álcool agravou-se ou incorporou-se à rotina de 20% dos internautas brasileiros participantes da pesquisa.

 

 



Gabriela Prado - Diretora Executiva da Demanda, é pesquisadora com mestrado em Infraestrutura Sustentável pelo Royal Institute of Technology (Kungl Tekniska Högskolan), Stockholm, Suécia e doutorado em Política e Administração de Recursos Minerais pelo IG-UNICAMP. Tem 20 anos de experiência em pesquisa de mercado e atuado na empresa desde 2007. Liderada estudos qualitativos e quantitativos no Brasil e LatAm,

 

Silvio Pires de Paula - fundou, em 1967, a empresa da qual hoje é Presidente.  Sob sua responsabilidade direta, a Demanda já desenvolveu mais de 6.400 projetos completos de pesquisa de mercado e opinião pública tanto no Brasil como em 20 outros países. Ele é Graduado e pós-graduado em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas, e ocupou cargos de Presidente ou Vice-Presidente de instituições como ABIPEME, ABEP, CFA e, atualmente, é Vice-Presidente do CRA-SP.

www.demanda.com.br

 

5 motivos para você acompanhar uma live

Desde um bate-papo, entretenimento até uma forma de consumir conteúdos interessantes, as lives viraram tendência com o cenário da pandemia; especialistas lista vantagens em acompanhar uma transmissão ao vivo

 

As lives se tornaram cada dia mais frequentes entre influenciadores, profissionais, pessoas e empresas. Durante a quarentena, as transmissões ao vivo de cantores mobilizaram milhões de pessoas e trouxeram um recorde de audiência. Para se ter uma ideia, o Brasil lidera oito posições na lista das 10 lives mais vistas até hoje no mundo todo, segundo o Youtube. Outro dado relevante é que houve um aumento de 70% no número de transmissões ao vivo e também na audiência das lives no mês de março, de acordo com o próprio Instagram. 

 

E não é só nesse sentido que a estratégia vem ganhando força. Psicólogos, profissionais de diversas áreas, médicos e até arquitetos vem reinventando o mercado online e compartilhando conhecimento para diversos profissionais e pessoas. Essa conexão virtual vem crescendo e é uma poderosa aliada para quem deseja estar atualizado, buscar conhecimento ou fazer o marketing do seu próprio negócio. 

 

De acordo com Alex Vargas, empreendedor digital com 800 mil inscritos em seu canal no YouTube, o Instagram tem se tornado a rede social favorita das pessoas tanto para o entretenimento como para os negócios. “Para quem deseja se manter atualizado sobre o que está acontecendo no mundo ou mesmo ao seu setor, o Instagram é uma ferramenta poderosa. A prova disso é que a rede social bateu a marca de 1 bilhão de usuários ativos e o Brasil é o terceiro no ranking de mais pessoas que utilizam o instagram”, revela o especialista. 


Abaixo, Alex lista cinco motivos para acompanhar uma live no Instagram. Confira: 

 

1 - Fique atento e se atualize sobre o seu nicho de interesse: se você for um nutricionista, personal trainer ou mesmo tem um perfil de academia, fique de olho em assuntos semelhantes aos seus, assim é possível se atualizar com o público, e até ganhar mais engajamento para sua página. “Poste e veja conteúdos das pessoas que você quer atingir. Também tenha uma consistência de posts e interação, uma ou duas vezes por dia, a plataforma aumenta em tráfego depois das 12h”, complementa Alex. 

 

2 - Interaja com as lives: sabemos da importância do network e, agora em meio ao distanciamento social que enfrentamos, formar relacionamentos comerciais e oportunidades de negócios se torna ainda mais presente no meio digital. Por isso, as lives podem ser uma ponte de encontro além de uma oportunidade para novos negócios. Recentemente, Ceará, Airton Fonteles, de 42 anos, anunciou a venda de torresmo durante uma live, além de ganhar novos clientes, o comerciante foi destaque em diversos perfis e veículos de comunicação. 

“O Instagram olha o relacionamento que você tem com a sua audiência, quem quer crescer tem que ficar de olho no seu perfil e no usuário que te segue. Participe de lives de pessoas importantes, comente e permita que elas possam te chamar para uma chamada em conjunto, isso pode trazer benefícios para ambos os lados”, salienta Alex.

 

3 - Fique atento aos principais tópicos: as lives são conversas informais, mas geralmente são recheadas de conteúdos interessantes, não importa o nicho. “Siga pessoas que proporcionam conteúdos e assuntos que vão te agregar de alguma forma e fique atento as dicas que esses especialistas passam nas transmissões ao vivo. Eu, por exemplo, falo bastante sobre marketing digital e formas de ganhar dinheiro com a internet, pessoas e empresas sempre buscam meu conteúdo”, exemplifica.

 

4 - Aprenda e ganhe dinheiro com as lives: se você tem uma empresa, por exemplo, ou apenas deseja crescer nas redes sociais, quando você acompanha a live de alguém que você se interesse, pode aprender formas de também transmitir esse tipo de conteúdo no seu perfil, não importa quantos seguidores você tenha. “O Instagram, por exemplo, começou a testar uma nova função que possibilita uma renda a partir das transmissões ao vivo, ainda está em teste, mas a ideia é oferecer uma espécie de “selo”, em que o seguidor pode comprar para apoiar o criador do conteúdo e assim deixar seus comentários em destaque durante a transmissão”, conta Alex. 

 

5 - Dê audiência para quem você segue: um ponto que muitas pessoas tentam ao realizarem uma live é prender a atenção dos seguidores no Instagram, pois quanto mais tempo uma pessoa fica em um perfil, mais a ferramenta recomenda aquele determinado perfil para outras pessoas. “Se você segue alguém que te proporciona conteúdos do seu interesse, quando participa das lives dessa pessoa, você está contribuindo para o engajamento dela. É ótimo para ajudar aqueles profissionais que te ajudam por meio de conteúdos”, finaliza o especialista.

 

 



Alex Vargas - empreendedor digital há mais de 15 anos. Desenvolveu dezenas de negócios na Internet. É criador de diversos treinamentos online, com destaque para o Fórmula Negócio Online que é considerado o treinamento mais indicado para quem quer começar um negócio do zero. Reconhecidamente como um dos mais bem sucedidos profissionais de marketing digital do Brasil. Desenvolveu os melhores treinamentos para empreendedores digitais, profissionais de marketing e afiliados da atualidade.Reconhecido pelo mercado como um dos melhores copywriters da atualidade. Criou cartas de vendas de altíssima conversão. Desenvolveu diversos negócios na Internet. Ganhou o prêmio de Empreendedor Digital do ano de 2019 do Afiliados Brasil.Motivador de pessoas. Aborda pontos de motivação e mindset para criação de negócios altamente lucrativos.


Nucleo Expert

 

Confira 5 serviços criados para o combate ao Covid-19


Segundo pesquisa do IBGE sobre o impacto da crise causada pela pandemia, mais de 700 mil empresas fecharam suas portas e não irão reabrir, sendo que 99,8% eram de pequeno porte. Com a mesma agilidade que o Covid-19 atingiu todo o mundo, várias ações foram criadas para combatê-lo, desde aplicativos para rastreamento da doença até serviços e produtos para que os negócios pudessem voltar a funcionar, seguindo todas as medidas de segurança propostas pelo Ministério da Saúde. 


Abaixo, você fica por dentro do que existe no mercado voltado para empresas de todos os portes protegerem seus funcionários e clientes, de acordo com Antonio Carlos Vendrame, fundador da Vendrame Consultores, empresa especializada em Saúde e Segurança do Trabalho. Confira!



Consultoria para Biossegurança


Realizada sob demanda por meio de um diagnóstico minucioso feito em cima da realidade do cliente, seu segmento e nível de exposição ao vírus. Com esse relatório pronto, são definidos os serviços mais adequados às necessidades encontradas.



Equipamento para Sanitização de Ambientes


O equipamento absorve o ar ambiente para seu interior, que é exposto à lâmpadas ultravioletas com o poder de inativar microrganismos, inclusive os vírus. Após eliminá-los, o ar é devolvido ao ambiente totalmente limpo. Existe também um módulo no equipamento para limpeza detalhada de superfície, à base de ozônio, uma molécula com 3 átomos de oxigênio, também reconhecido como agente esterilizante. Como é um gás gerado pela ação do ultravioleta, o ozônio faz uma limpeza profunda do ambiente, ingressando onde nenhuma limpeza manual conseguiria.


 

Planos de Contenção


Baseados na Portaria nº 20 do Ministério da Saúde, os planos têm como objetivo a implementação de protocolos de saúde e segurança, assim como adequação de regulamentos internos, estruturação de novas ações, realização de atendimentos médicos, visitação a postos de trabalho para adequação de medidas sanitárias, entre outras medidas de combate ao vírus.



Telemedicina


Em meio a um cenário em que muitos profissionais estão trabalhando no sistema home office e não deixam de estar sob responsabilidade da empresa, a telemedicina tornou-se indispensável para acompanhá-los por meio do contato remoto e monitorá-los com relatórios individuais.



Testes Covid-19


Entre os primeiros a se tornarem mais conhecidos, existem algumas opções: o teste rápido, que detecta a presença de anticorpos IgG e IgM contra o Coronavírus, por meio de amostra de sangue, com resultado em até 10 minutos; o RT-PCR, que pesquisa o RNA do vírus, feito por swab naso e orofaringe e resultado em até seis dias; e a sorologia, que, com uma amostra de sangue pode encontrar uma doença ativa ou anticorpos por metodologia Quimioluminescência, leva em torno de dois dias para ficar pronto.

 

 

 



Antonio Carlos Vendrame - fundador e diretor da Vendrame Consultores, especializada em Segurança do Trabalho, Medicina Ocupacional, Meio Ambiente e na capacitação de profissionais. Atua como consultor técnico em assuntos de Segurança e Higiene do Trabalho e perito da Justiça do Trabalho, Justiça Cível e Justiça Federal. É mestre em Química Ambiental e Ecotoxicologia.



Empresas devem seguir regras para manter teletrabalho e home office

 Especialistas comentam quais são as obrigações e avaliam que modelo veio para ficar


Antes da atual necessidade de isolamento social, o regime de teletrabalho já era definido por lei, mas enfrentava certa resistência por parte das empresas, que temiam baixa produtividade dos funcionários. Tudo mudou com a prolongação da quarentena na pandemia e com grande parte dos trabalhadores atuando remotamente.

As empresas perceberam que, ao contrário do que era esperado, a produtividade dos colaboradores permaneceu no mesmo patamar e, em muitos casos, até aumentou. Algumas dúvidas ainda permanecem e uma delas é se veremos uma consolidação dessa modalidade quando a pandemia acabar, ou se tudo voltará a ser como antes.

A advogada especialista em Direito do Trabalho, Karolen Gualda Beber, explica que teletrabalho e home office são situações diferentes, sendo que o primeiro é previsto pela CLT, enquanto que o segundo é uma situação mais pontual. “E para manter seus funcionários trabalhando em casa agora e posteriormente, é importante que as empresas acionem sua assessoria jurídica, pois ajustes e alinhamentos nos contratos são necessários”.

Com relação aos benefícios e equipamentos essenciais ao trabalhador remoto, com exceção do vale transporte, a justiça entende que todos os demais benefícios devem ser mantidos. Já os equipamentos e custos extras devem constar no contrato de trabalho. “A empresa precisa fazer um aditivo, inserindo quais são as responsabilidades de cada parte. A lei não determina que as empresas paguem por custos extras, mas é uma cláusula que deve constar obrigatoriamente no contrato”, explica.

A sócia do escritório Castro Oliveira Advogados, Cyntia Possídio Lima, acredita que o isolamento social apenas acelerou uma transição que vinha se consolidando. “Essa é uma é uma realidade que veio para ficar. A adoção do home office ou teletrabalho só cresceu desde então, devido ao desenvolvimento da tecnologia, fruto de uma era na qual se impera a lógica digital, tornando as relações de trabalho mais fluidas”.

Ela acredita que essa nova tendência no mercado de trabalho está muito conectada com as ambições das novas gerações, que buscam formas diferentes de focar sua energia, perseguindo valores mais presentes no teletrabalho e no coworking. “O mercado de trabalho está cada vez mais voltado às novas gerações, que buscam a felicidade e não mais a estabilidade e a consolidação de modelos preexistentes, considerados ultrapassados”, pontua.

Para a especialista, nem as obrigações impostas para empresas e funcionários devem afastar essa tendência, mesmo quando estivermos em uma realidade pós pandemia. “As imposições são absolutamente razoáveis e não vejo nelas algum obstáculo capaz de afastar a adoção desse regime na prática das relações de trabalho”, finaliza.

 

 

 

Karolen Gualda Beber - advogada especialista na área do Direito do Trabalho com experiência em contencioso trabalhista, gerência de equipes, coordenação de pessoal, redação de peças processuais, realizações de audiências e sustentações orais. Formada pela Universidade Metodista de Piracicaba e pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho pela UNIRP (Universidade de São José do Rio Preto). É coordenadora da área trabalhista do escritório Natal & Manssur.

 

Cyntia Possídio Lima - bacharela em Direito pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. Pós-graduada em Direito do Trabalho pela Fundação Faculdade de Direito da Bahia. Pós-Graduada em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários – IBET. Mestranda em Direito pela UFBA. Ex-Diretora Geral da Escola Superior de Advocacia da Bahia. Atualmente exerce o cargo de Conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Bahia, para o triênio 2019/2021, e de primeira Vice-Presidente do IBDT - Instituto Bahiano de Direito do Trabalho. É sócia do escritório Castro Oliveira Advogados.

  

Técnica dos 5 Cs ajuda os profissionais em tempos difíceis

 Especialista em produtividade ensina arsenal para superar desafios


Tempos incertos são desafiadores para qualquer travessia, principalmente porque a maioria busca a única coisa que não temos neste período: a certeza!  De acordo com a escritora e especialista em produtividade Tathiane Deândhela, autora dos livros Faça o tempo trabalhar para você e Faça o tempo enriquecer você, é agora que devemos colocar em prática coisas simples e confiáveis que fazemos, mesmo que muitas vezes estejam em segundo plano.

“Eu chamo de 5 Cs as cinco qualidades humanas únicas que, juntas, compõem não apenas o melhor conjunto de ferramentas para enfrentar a incerteza, mas também o arsenal necessário para superar tempos difíceis e prosperar: comunicação, cooperação, compromisso, criatividade e compaixão”, explica Deândhela.   

Segundo a especialista, antes de mais nada é necessário deixar de lado o cérebro sabotador, aquele que ocupa a mente com barreiras, obstáculos e empecilhos que dificultam a experiência de tentar algo novo, e aplicar realmente os 5 Cs. “Eu sugiro começar pelos três primeiros que são fundamentais: comunicação, cooperação e compromisso, pois eles permitem que o profissional desacelere, tenha uma pausa para processar o que realmente está acontecendo e compartilhe a responsabilidade da liderança e da tomada de decisões, permitindo que toda a equipe de colaboradores veja os objetivos com mais clareza”, diz Deândhela.

Deândhela explica que é fundamental sempre incentivar o compartilhamento de ideias entre a equipe, pois além de fortalecer a relação e a integração entre todos, promove a socialização, melhora a comunicação, estimula as competências e consequentemente, torna o ambiente de trabalho mais leve, agradável e motivador. “Mais do que apenas esclarecimentos e cooperação, acredito que compartilhar a responsabilidade também é o melhor caminho a seguir, porque muitas vezes exige uma solução combinada, ou seja, compromisso de todos”.

De acordo com a especialista, os três Cs iniciais não são apenas vitais para atravessar tempos difíceis, mas constroem uma maleabilidade organizacional que prepara melhor os negócios para continuar se adaptando a qualquer fase da empresa. “Após a aderência dos três Cs iniciais, o próximo C é o da criatividade, pois em tempos incertos as pessoas descobrem como inovar melhor e criar novas fontes de valor, reinventando e respondendo as mudanças de forma criativa e incorporando essa cultura como uma norma e não apenas como uma solução rápida e momentânea”, afirma Deândhela.

Por fim, como todas as empresas são compostas de pessoas que lutam de formas diferentes em tempos como esses, é preciso nutrir o último C que é a compaixão. “A verdadeira criatividade vem da diversidade das pessoas que têm uma gama de pensamentos e experiências únicas. A compaixão chega para permitir que a comunicação, a cooperação e o compromisso sejam mais fortes, e que a energia dos 5 Cs estejam interconectadas. A liderança nestes tempos é entender esse processo e criar um ambiente para explorar essa fonte de energia. Uma coisa é certa: as coisas boas esperam do outro lado”, finaliza Deândhela. 

 



Tathiane Deândhela - escritora, palestrante e referência em produtividade.

 

O que esperar do turismo pós-pandemia


Desde o começo da crise causada pela pandemia de Covid-19, um dos setores mais impactados foi o de turismo. Junto com as companhias aéreas, a rede hoteleira foi a primeira a sentir o baque das medidas de isolamento social.

A explicação é fácil de entender. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), dois fatores contribuem para a rápida disseminação do novo coronavírus: aglomerações e lugares fechados.

Ou seja, as medidas de contenção da doença - que pode levar a sérias complicações, inclusive à morte -, inviabilizam a utilização de meios de transporte coletivos e também a entrada em pontos turísticos tradicionais.

E ainda impedem os turistas de frequentarem bares, restaurantes e espetáculos artísticos, enfim, tudo do que sobrevive a indústria do turismo.

Sem poder sair de casa e precisando evitar ambientes cheios, as pessoas foram forçadas a cancelarem suas viagens a passeio ou a negócio para evitar a disseminação do vírus.

Segundo pesquisa divulgada pela Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), as empresas que vendem viagens registraram queda de 75% a 90% do faturamento durante o mês de maio, no comparativo com o mesmo período no ano passado. O prejuízo chega a R$ 1,08 bilhão.

Os cancelamentos, que em abril ocorreram em 95% das empresas, foram verificados por 91% delas em maio. De acordo com os entrevistados pela instituição, há uma tendência marcante de constância e ligeira diminuição dos cancelamentos das viagens durante o mês de maio.

Para dar conta da crise, 29% das empresas solicitaram créditos junto ao Governo Federal e outras 16% pretendem seguir no mesmo caminho para evitarem fecharem as portas.

Fortalecimento interno

A expectativa do setor é de que haja aumento na procura por viagens a partir dos próximos meses, especialmente para os destinos nacionais.

Por vontade ou necessidade, os viajantes vão se voltar para o mercado interno. Muitos países como EUA e Europa já anunciaram que turistas brasileiros são personas non gratas em seus territórios, até a segunda ordem.

A justificativa para a medida é a falta de controle no avanço da doença no Brasil, que soma mais de 2,5 milhões de contaminados.

Além disso, a alta do dólar também tem forte influência na busca por destinos nacionais. Com a crise se aprofundando mundo a fora, a moeda americana passa a ser refúgio seguro para a proteção do patrimônio, elevando consideravelmente a sua cotação.

O dólar turismo, usado para arcar com os gastos das viagens internacionais, por exemplo, está cotado a R$ 5,38. No começo do ano, a cotação estava em torno de R$ 4,2.

Apesar disso, ainda não há motivo para comemorações. A expectativa do setor é de redução de faturamento acima de 50% em 2020, que pode significar uma perda de R$ 7,65 bilhões, se comparada ao faturamento de 2019.

Alterações do setor

Para dar conta dessa potencial demanda, o setor de turismo está se preparando. De acordo com a pesquisa da Braztoa, antes da pandemia, 20% das operadoras não atuavam no mercado nacional e a maioria delas já está providenciando a estreia.

Entre as 80% que de alguma maneira atuavam com viagens internas, 45% revelaram estarem envolvidas em melhorias para fortalecer os serviços oferecidos.

Ainda assim, toda a rede relacionada ao turismo terá que passar por reformulações enquanto a vacina não chega.

Além de reforçar a higienização dos ambientes e incentivar que os hóspedes e frequentadores de bares, cafeterias e restaurantes façam a sua parte, esses estabelecimentos terão que operar em capacidade reduzida, garantir o distanciamento adequado e evitar aglomerações.

O processo de retomada será lento e precisará de bastante cautela.


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