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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Fisioterapia preventiva pode evitar lesões em praticantes de Skateboarding

Pesquisa do CEUB mapeou as áreas do corpo mais afetadas devido às quedas e manobras. Práticas preventivas podem prolongar o desempenho destes atletas 

 

Já imaginou quantos desafios os atletas de esportes radicais enfrentam? Além dos torneios acirrados, o competidor de Skateboarding encara uma rotina de quedas, lesões e fraturas. Pensando nisso, o egresso de Fisioterapia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Yuri Fonseca (35) desenvolveu um estudo que aponta uma série de lesões sofridas pelos praticantes do esporte. Tornozelo, joelho e lombar foram apontados pelos skatistas como as áreas do corpo mais afetadas nas quedas e manobras.

Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o estudo entrevistou 22 participantes do sexo masculino, que tem entre 16 e 43 anos. Alguns são do Distrito Federal e praticam a modalidade há pelo menos um ano. Entre os entrevistados, a dor no joelho foi relatada por 59,09%, no tornozelo por 50% e dor lombar por 36,36%. A entorse do tornozelo foi relatada por 81,81% da amostra e no joelho por 40,90%. Fraturas no antebraço, dedos da mão e tornozelo foram relatadas por 22,72% dos praticantes, sendo que 13,63% relataram fratura no punho e cotovelo.

Praticante do esporte radical, o autor do estudo e fisioterapeuta Yuri Fonseca afirma que a partir do conhecimento de cada lesão, o processo de reabilitação dos pacientes se torna mais eficaz. “Muitas vezes o tratamento fisioterapêutico desse paciente não leva em consideração o retorno ao esporte. Andei de skate por 27 anos. Tive várias lesões e como o skate se tornou um esporte olímpico, conhecer e observar os relatos de lesões dos praticantes é um caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos”, explica.

Segundo a orientadora do projeto, Monique Azevedo, docente de Fisioterapia do CEUB, a prática do esporte ocasiona lesões específicas e a fisioterapia pode entrar com um trabalho preventivo para evitar lesões futuras, a partir de conhecimentos da biomecânica e prevenção fisioterapêutica. "Conseguimos mapear lesões mais prevalentes e as condições desses praticantes, como alongamento antes da prática e fatores de rotina de cada atleta. A implementação de práticas preventivas na fisioterapia funcionará para prolongar a qualidade do desempenho destes atletas", completa. 

Sobre o Skateboarding
A modalidade de Skateboarding tornou-se um esporte olímpico na edição dos jogos em 2021. No Brasil, são 8,5 milhões de praticantes, com média de 1,8 praticantes em cerca de 11% dos domicílios. Por se tratar de uma atividade que demanda um grande recrutamento muscular, coordenação de contração neuromuscular e capacidade de usar o ciclo alongamento e encurtamento e diversas lesões podem ocorrer durante a prática.


5 insights sobre longevidade e o impacto das doenças cardiovasculares, em live promovida pelo Elissa Village

O médico cardiologista, Dalton Précoma; e o enfermeiro-chefe do Elissa Village, Carlos Alberto, conversaram durante live sobre como doenças cardiovasculares podem ser prevenidas abandonando fatores comportamentais de risco

 

“Longevidade e o impacto das doenças cardiovasculares” foi tema de um talk realizado com o médico cardiologista, Dalton Précoma, e o enfermeiro-chefe do Elissa Village, Carlos Alberto. Durante a live, promovida pelo centro de longevidade, Elissa Village, os profissionais falaram sobre os principais fatores de risco que envolvem as doenças cardiovasculares e quais as formas mais eficazes de prevenção. 

Confira cinco insights sobre o tema:


 A principal causa de morte no mundo são as doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, são as principais causas de mortes no Brasil e no mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), são mais de 1100 mortes por dia e estima-se que, até o fim deste ano, cerca de 400 mil pessoas morrerão de doenças do coração e de circulação no país. “De 2020 até março deste ano apenas a Covid conseguiu ultrapassar as doenças cardiovasculares e ser a principal causa de morte no País”, afirmou o cardiologista.

 

As doenças cardiovasculares mais comuns

As doenças cardiovasculares mais comuns são o infarto agudo do miocárdio, as arritmias e a insuficiência cardíaca que, segundo o médico, se não for bem tratada tem um índice de mortalidade de 50% em 5 anos. “E nós temos que lembrar que o infarto agudo, dentro dessa incidência de 400 mil, acontece a cada 2 minutos no Brasil e que a cada duas pessoas que tem infarto uma acaba morrendo ao longo dos próximos 30 dias. E isso pode acontecer intra-hospitalar ou logo depois que sai do hospital e que, ainda há os 30% a 40 %, que acabam falecendo em casa antes disso tudo, pelo infarto fulminante”.

 

Fatores de risco

Os profissionais destacaram que as doenças cardiovasculares mais comuns são a consequência de outras doenças. Sendo que há dois grandes grupos de fatores de risco para as doenças cardiovasculares: os modificáveis e os não modificáveis. Nos fatores não modificáveis se incluem o sexo, a idade e a etnia. Enquanto nas causas modificáveis, Precoma, cita sete fatores, apontados em grande estudo realizado em 2004, que são responsáveis por 90% dos infartos: a dislipidemia (aumento das gorduras do sangue: colesterol e triglicerídeos), o fumo, a diabetes, a hipertensão, a obesidade visceral, o estresse o sedentarismo. “Vemos que há fatores relacionados a doenças, à genética, mas também de hábitos de vida”, afirma. 

 

A prevenção das doenças cardiovasculares

A prevenção pode ser dividida em primária, ou seja, quando a pessoa é aparentemente saudável. E prevenção secundária, que é quando o indivíduo já teve algum infarto, colocou um stent cardíaco, operou, colocou ponte de safena; ou ainda, quando algum exame detecta placa de gordura no corpo, nesse caso também é considerado uma prevenção secundária. Mas, o mais importante, segundo o cardiologista, é a prevenção primordial, discutida no último Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado de 13 a 15 de outubro deste ano. “Falou-se muito que a prevenção não deve começar na meia idade ou depois de alguma doença. A prevenção primordial deve começar na adolescência e na infância. Criança obesa não é estilo de vida, é uma doença e já indica uma forte tendência genética dessa criança ser obesa para sempre”, alerta o cardiologista.

 

Recomenda-se que todo mundo, mesmo que sem pré-disposição, deve a partir dos 20 anos se faça um perfil básico de exames laboratoriais preventivos de doenças cardiovasculares. E abaixo dessa idade, quando há um histórico familiar, inclusive crianças. E a medida que o tempo vai passando os exames vão sendo incorporados para a prevenção. 

No entanto, segundo o médico, a não identificação de risco não exclui a necessidade da adoção de uma vida saudável, como forma de prevenção. “É preciso cuidar do peso, fazer atividade física, manter uma dieta saudável, ou seja, dando prioridade para a ingestão de verduras e frutas; ingerir menos gordura e açúcar, além disso, evitar excesso de carboidratos e carne vermelha”. 

Outros fatores aos quais os indivíduos devem colocar a atenção estão em abandonar o hábito do tabagismo, evitar estresse excessivo e, também, manter sobre controle outros elementos que precisem de tratamento, que não resultam em sintomas, mas são extremamente danosos ao organismo, como a hipertensão arterial, dislipidemias e diabetes. 

 

Prevenção na pessoa com mais de 50 anos de idade


Dalton Précoma citou alguns dados que evidenciam ainda mais a importância da prevenção, conforme a idade vai avançando. “Acima de 20 anos de idade, 25% dos brasileiros são hipertensos e, a partir dos 55 anos, 50% são hipertensos. Com relação ao colesterol, cerca de 40% da população brasileira tem e ele tende a aumentar a cada década acima dos 50 anos”. De acordo com o cardiologista parceiro do Elissa Village, apenas 12% a 14% dos brasileiros estão com a hipertensão devidamente controlada. “Metade da população não sabe que tem hipertensão, porque nunca verificou a pressão. Enquanto outra metade não toma devidamente os remédios, porque a pressão só tem sintoma em 10% dos casos e, então, por acharem que estão bem, acabam deixando o tratamento”. Para acompanhar as novidades sobre o Elissa Village e as próximas lives, acesse o Instagram do residencial @elissavillageoficial.

 

Um pouco sobre o cardiologista Dr. Dalton Précoma

O Dr. Dalton é formado pela PUCR-PR, mestre em Cardiologia pela UFPR e doutor em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São Paulo. Foi professor da PUC-PR entre 2000-2020. Atua como médico cardiologista no Hospital e Maternidade Angelina Caron, Hospital Santa Cruz Rede Dor. Além disso, foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no biênio 2012-2013 e diretor científico dessa sociedade no biênio 2018-2019. Em 2019, foi editor da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia. É membro do Colégio Americano de Cardiologia e da Sociedade Europeia de Cardiologia. Também é coordenador geral do Núcleo de Pesquisa Clínica em Cardiologia da Sociedade Hospitalar Angelina Caron.

 

Um pouco sobre o Elissa Village

O Elissa Village é o primeiro residencial do Brasil especializado em longevidade, com estrutura sofisticada e tecnológica. Conta com três pilares principais: moradia, estudo e pesquisa. Localizado a 20 minutos de Curitiba, em Campina Grande do Sul (PR), apresenta um novo conceito de living care, para pessoas com mais de 60 anos de idade. Está situado em uma área envolta pela natureza de 300 mil m², com 6.000 m² de área construída. As dependências do Elissa contam com todo o conforto e conveniência de um hotel cinco estrelas, com apartamentos individuais de 29 m², alta gastronomia com chef, espaço gourmet (churrasqueira e estrutura para receber familiares), biblioteca, salão de beleza, espaços multiuso com salas de jogos, computadores e cinema, varanda para atividades de artes, espaço ecumênico, piscina aquecida, pista de caminhada, solarium, horta e jardinagem.

 

Elissa Village
Rodovia do Caqui, 1525 | Campina Grande do Sul (PR)
Instagram: @elissavillageoficial
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www.elissavillage.com.br

Novembro Azul: Seconci-SP destaca importância dos exames preventivos

São indispensáveis para a detecção precoce do câncer de próstata

 

Cerca de 30% dos casos de câncer entre homens no Brasil são de próstata, segundo o Instituto Nacional do Câncer, que estimava em 65 mil os novos casos no Brasil em 2020, antes da pandemia.

“Mas quanto mais cedo a doença é detectada em seu estágio inicial, maiores são as chances de cura. Daí a importância de uma consulta anual ao urologista para a realização de exames”, enfatiza o dr. Paulo Fischer, urologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre essa patologia silenciosa e assintomática.

O urologista recomenda a consulta anual aos homens a partir de 45 anos, ou de 40 quando houver histórico familiar de câncer de próstata. São realizados três exames: ultrassom de rins, bexiga e próstata; coleta de sangue para aferir o PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e toque retal. “Os casos de preconceito e resistência a este último exame praticamente acabaram, devido à maior informação disponível sobre sua importância”, comenta.


Sintomas

A próstata é uma glândula, em forma de maçã, situada abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. O câncer de próstata é considerado uma doença da terceira idade, pois cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

Dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e presença de sangue na urina são alguns sinais que precisam ser investigados.


Tratamento

Havendo indícios da doença, será necessário realizar biópsia. Nos casos iniciais, recomenda-se a cirurgia para remoção da próstata (prostatectomia) e de tecidos à sua volta, como a vesícula seminal, ou a radioterapia para destruir o tumor e impedir que as células se multipliquem.

“Hoje alguns hospitais já dispõem de prostatectomia radical assistida por robô em pacientes com câncer de próstata localizado. Trata-se de operação minimamente invasiva, com rápida recuperação. Também há novos medicamentos para tratamento, mas eles ainda têm um custo muito elevado”.

Já nos níveis avançados deste câncer é indicado o uso do bloqueador hormonal, responsável pela redução de hormônios masculinos. “Quando há metástases, o oncologista definirá a melhor terapia”.

Finalizado o tratamento, o paciente deve retornar a cada quatro meses no primeiro ano e depois a cada seis meses. Passados cinco anos, o retorno deve ocorrer uma vez por ano. “É necessário fazer o controle de prevenção todos os anos e até o fim da vida”.

O Seconci-SP dispõe de estrutura médica e laboratorial para o diagnóstico do câncer de próstata e também ministra palestras nas empresas e canteiros sobre esse tema, em todos os municípios onde têm Unidades. Para contratar esse serviço: (11) 3664-5059 e 3664-5844 – relacoesempresariais@seconci-sp.org.br 


Outubro Rosa: importância do autocuidado para a saúde da mulher

Profissionais da saúde elencam práticas que reforçam o cuidado preventivo da saúde física e mental


O mês de outubro é marcado pela campanha contra o câncer de mama, que afeta principalmente as mulheres, que fazem parte de mais da metade da população mundial. Somente no Brasil, cerca de 51.8% da população é feminina, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, um relatório do Instituto Nacional do Câncer (INCA) identificou 66 mil novos casos de câncer de mama, além de uma taxa de 16,3% de óbitos.
 

Como a realidade de muitas mulheres é desdobrar-se em diversas atividades diárias, com a correria do dia a dia e o acúmulo de tarefas, por vezes, o olhar de autocuidado não é priorizado. No entanto, a necessidade de olhar para si, cuidar do físico e mental, é um alerta que profissionais da saúde reforçam para seus pacientes.

Pensando nisso, Abel Pinto, psicólogo em São Paulo cadastrado no GetNinjas, maior aplicativo para contratação de serviços do Brasil, além da Larissa Ghermandi, médica da família da Sami, operadora que é a revolução dos planos de saúde, separaram algumas dicas de autocuidado físico e mental para a saúde da mulher. Confira:


Como identificar o grande vilão da vez

Larissa Ghermandi alerta que conhecer o próprio corpo e o autocuidado são grandes aliados na prevenção e diagnóstico precoce. “Além dos nódulos ou caroços fixos e indolores, é importante observar alterações e inchaços em toda a região dos seios e axilas. Eles são sinais que precisam ser investigados.” 

Segundo a médica, ser acompanhada por profissionais da saúde de confiança que conheçam o histórico da mulher, e adotar bons hábitos, também faz a diferença e pode, inclusive, permitir que haja um intervalo maior entre uma mamografia e outra. Mas ela ressalta que para mulheres a partir dos 50 anos, o Ministério da Saúde recomenda o rastreamento via mamografia a cada dois anos - quando não houver sinais ou sintomas. “Casos na família representam maior risco de desenvolvimento do câncer, mas apenas para parentes em primeiro grau. Para estas pacientes, a indicação é que seja feito o acompanhamento anual”, sinaliza a médica.


Saúde mental não deve ser ignorada

Evite a exposição a situações que levem ao estresse físico e emocional. Para as mulheres que estão passando pelo tratamento de câncer de mama, respeite os sinais do seu corpo, além de buscar atividades laborais, mantenha a mente ocupada além de pensamento positivo. Nesta etapa, o desenvolvimento da autoconfiança é essencial. 

O ambiente familiar acolhedor, contribuirão para um bom resultado no tratamento. “Cultivar vínculos afetivos saudáveis, no qual se sinta acolhida, além de buscar sempre o apoio psicológico de um profissional para ter tempo e espaço para a expressão de seus sentimentos, medos e ressentimentos, sem julgamento, diante de uma escuta ativa em ambiente terapêutico, é aconselhável para um autocuidado”, analisa Abel.

 

O corpo fala

Além do cuidado com a mente, é preciso estar atento aos sinais do corpo e, caso perceba algo fora do comum, é hora de ligar o alerta. “Corpo e mente estão integrados. Assim como o nosso corpo se constitui a partir do alimento que ingerimos e de como o digerimos, nossa mente se constitui das impressões que registramos do meio externo e de como as processamos. Portanto, uma alimentação saudável para o corpo e um ambiente saudável para a mente, proporcionam condições para que o ser humano desenvolva seu potencial de forma saudável”, conclui Abel.

 

Os problemas enfrentados por portadores de Distúrbios Respiratórios do Sono

De acordo com o Dr. Gleison Marinho Guimarães, médico especialista em pneumologia, a Apneia Obstrutiva do Sono pode trazer complicações não só no trabalho, mas também no dia a dia

 

O sono tem um papel fundamental no bom desempenho profissional, tendo em vista que atenção, coordenação motora, ritmo mental e, principalmente, o estado de alerta são influenciados pela fadiga. A necessidade de sono varia de pessoa para pessoa e pode levar a consequências tanto na saúde física quanto mental, com distúrbios neurais, cansaço, sonolência, irritabilidade, ansiedade, depressão, problemas sexuais e estresse.

De acordo com o Dr. Gleison Marinho Guimarães, médico especialista em pneumologia formado pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - SBPT, a sonolência do trabalhador pode ocorrer devido ao tempo de sono insuficiente ou a uma maior fragmentação do sono. “No trabalho, esse tipo de situação contribui significantemente para os erros e aumento do risco de acidentes nos mais variados locais, podendo afetar desde operações simples até mais complexas, seja em escritórios, hospitais, plataformas petroquímicas e sistemas de transportes. Alguns estudos, ainda, indicam um maior número de acidentes durante o período noturno em relação ao turno diurno”, relata.

Muitas pesquisas revelam um aumento no risco de acidentes em função do tempo de trabalho. “Esse risco aumentado seria em torno de 9 horas após o início do turno de trabalho. Já com 12 horas de trabalho contínuo este fator aumentaria em dobro, e com 14 horas o fator de risco aumenta em três vezes”, pontua o especialista.

Um levantamento realizado pelo Departamento de Medicina Respiratória da Universidade British Columbia, publicado em dezembro de 2007, mostrou que os pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) podem ter impacto negativo sobre sua performance no trabalho. Neste estudo, a escala de Epworth foi aplicada para avaliar a sonolência diurna, utilizando um questionário de limitação para atividade no trabalho. “Em determinado grupo de trabalhadores, evidenciou-se diferença entre apneicos leves e aqueles com apneia do sono grave com relação ao tempo de capacidade administrativa. Ou seja, pacientes com escala de sonolência de Epworth nível 5 têm menos limitações no trabalho quando comparado com pacientes de nível 18 em termos de manejo de tempo, relacionamento interpessoal-mental e produtividade”, declara Dr. Gleison.

A conclusão do estudo revelou que existe uma forte relação entre sonolência excessiva e redução da capacidade laborativa. Principalmente em uma população referenciada como suspeita a ter Apneia do Sono. De acordo com o especialista, existem técnicas capazes de identificar alguns problemas relacionados ao sono. “A realização de screening para sonolência e para distúrbios respiratórios do sono já é algo que está sendo realizado pelas empresas e tem um enorme potencial de identificar uma causa frequente e reversível de perda de produtividade laboral, visto que o tratamento da Apneia do Sono pode melhorar a capacidade de trabalho”, revela.

Outro estudo sobre o assunto foi publicado no European Respiratory Journal, em fevereiro de 2008, comparando pacientes jovens e pessoas de meia idade com Apneia do sono. “O grupo de meia idade apresentou maior risco cardiovascular. A utilização de cuidados de saúde em um período de 5 anos foi maior  entre homens jovens e de meia idade com Apneia do Sono do que o grupo de controle, sem apneia. A conclusão do estudo é de que pacientes com apneia do sono têm uma alta taxa de utilização dos serviços de saúde por comorbidade cardiovascular e uso de medicações psicoativas”, relata o médico.

Por último, um estudo publicado em fevereiro de 2008, na “Lung”, mostra o impacto econômico provocado pela Apneia do Sono “Se não tratada, a doença aumenta a utilização de serviços de saúde e está associada à baixa performance laborativa, além de doenças ocupacionais. O impacto econômico da Apneia não tratada envolve bilhões de dólares por ano. A conclusão do artigo sugere que deve ser mais bem divulgado o impacto econômico que a SAOS não tratada pode causar para órgãos governamentais, transportadoras, indústria e companhias de insumos, mostrando os benefícios da terapia adequada”, finaliza Dr. Gleison Marinho Guimarães. 

  

Gleison Marinho Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.
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Twitter @drgleisonpneumo.


Comer chocolate alivia a cólica menstrual

A iguaria atua como sedativo natural, reduzindo o desconforto durante o período 

 

Pesquisa realizada, com 84 voluntárias entre 18 e 25 anos, por cientistas da Universidade Manisa Celal Bayar, na Turquia, apontou que comer chocolate pode aliviar a cólica menstrual. Isso porque o chocolate possui substâncias de efeito estimulante e antidepressivo e, quando ingerido, traz uma sensação de prazer e conforto que ameniza os sintomas.

Segundo Alexandra Corrêa de Freitas, nutricionista e professora do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, para obter os diversos benefícios que o chocolate proporciona, recomenda-se o consumo diário ou no mínimo de 3 a 5 vezes por semana, de chocolates com maior concentração de cacau, sendo ideal aqueles que possuem no mínimo 70% cacau. “A quantidade aconselhada deve ser de 30g ao dia, o que seria equivalente a 2 a 3 quadradinhos das barras de chocolate. É realmente importante atentar-se à quantidade e tipo do chocolate escolhido, pois em excesso pode aumentar os níveis de glicose e colesterol no sangue, favorecer o ganho de peso”, explica. 

A seguir, a nutricionista Alexandra Corrêa de Freitas, explica como é feito o chocolate e a melhor opção para o consumo.


Do que o chocolate é feito?

O principal ingrediente necessário para a fabricação de chocolate é o cacau, mas nem só de cacau se faz um chocolate. Os chamados chocolates ao leite, por exemplo, além de cacau possuem leite e açúcar em sua composição. O cacau tem sabor amargo e, por isso, os chocolates mais amargos são os que possuem maior concentração de cacau e menor composição de açúcar. Por outro lado, o chocolate branco não possui cacau e é composto apenas por manteiga, leite em pó e açúcar.


Qual chocolate é melhor?

Considerando que o cacau é o ingrediente que contém os flavonoides, que por sua vez são substâncias com funções benéficas à saúde, quanto mais amargo o chocolate, maior seu teor de cacau e então, maiores os benefícios para a saúde. O chocolate ao leite contém alguma quantidade de flavonoides, porém pouca. E, o chocolate branco, por não conter cacau, não traz qualquer benefício adicional à saúde, a não ser pelo prazer de comer e degustar o seu sabor, o que também tem sua importância. Mas, no fim, a dica é: quanto mais amargo, melhor! 


Chocolate ao leite, chocolate meio amargo e chocolate amargo. Qual a diferença?

A diferença entre esses tipos de chocolate está na concentração de ingredientes como o cacau, leite, açúcar e gordura. Quanto menor a concentração de cacau, maior será a quantidade dos demais itens. Os chocolates meio amargos, 70% cacau ou mais, possuem mais cacau e menor quantidade de açúcar, leite e gordura, quanto maior for o amargo e a quantidade mencionada de cacau. Já o chocolate ao leite tem bastante variação, mas em geral possuem mais açúcar, leite e gordura do que o cacau propriamente dito.


Chocolate branco também tem benefícios?

O benefício do consumo do chocolate branco está relacionado apenas ao prazer de comer e degustar seu sabor doce mais acentuado. Como os benefícios ao coração, cérebro e bem estão relacionados ao cacau e, o chocolate branco não tem cacau em sua composição, ele não oferece essa vantagem de aliar o prazer em comer com benefícios mais diretos à saúde. Aliás, o chocolate branco contém maior teor de gordura e açúcar, por isso recomendamos o consumo cuidadoso deste alimento.


Comer chocolate é bom, por quê?

Primeiramente porque o chocolate faz parte do nosso hábito alimentar e é um alimento apreciado pela maioria das pessoas, então, comer o que se gosta com prazer e sem culpa é sempre bom. Além disso, considerando os benefícios que podem trazer à saúde, fica ainda melhor. Por esta razão, manter o chocolate em sua dieta pode fazer bem. Apenas, atente-se as quantidades e ao tipo de chocolate escolhido.

 

 Faculdade Santa Marcelina


Torção testicular necessita atendimento urgente para evitar perda do órgão

Incidência do problema pode aumentar em dias de temperaturas amenas

 

Os testículos possuem duas funções primordiais - produzir os hormônios masculinos, como a testosterona, e as células reprodutivas masculinas (espermatozoides). Por serem muito sensíveis, até mesmo uma leve lesão pode ocasionar dores fortes na região, irradiar para a virilha e chegar ao abdômen.  As dores na região dos testículos podem ter diversas causas - hérnia inguinal, traumas, infecção bacteriana, câncer e torção.

A torção testicular é uma situação em que o testículo se torce em volta do cordão espermático, diminuindo a circulação de sangue. O médico Paulo de Almeida Rocha, urologista do Hospital VITA, explica que a principal causa é uma má implantação do tecido que sustenta os testículos, permitindo que possam rodar livremente, levando ao surgimento da torção. O problema ocorre na maioria das vezes em adolescentes e adultos jovens, podendo aparecer também em outras fases da vida. 

O Dr. Paulo relata que a torção testicular, causa preocupação aos pais, pois a criança ou o adolescente apresenta um quadro súbito de dor aguda e intensa na bolsa testicular, podendo irradiar para a região inferior do abdômen e para a virilha. Além disso, podem ocorrer náuseas e vômitos devido à intensidade da dor, junto a um quadro de vontade de urinar frequente, levando eventualmente à hipótese de uma cólica renal. “Geralmente a dor é contínua, mas pode cessar ou até mesmo ser intermitente caso a torção se desfaça de uma maneira espontânea, em especial quando ela não é completa, mas de qualquer forma deve ser investigada”, destaca o especialista.

Segundo o médico, a incidência do problema pode aumentar em dias de temperaturas mais baixas, pois a situação favorece a torção testicular em quem tem má formação na fixação dos testículos à bolsa escrotal. “No frio, os testículos se movimentam mais e há maior o risco de que eles girem sobre o seu eixo, provocando a torção, que resulta no fechamento dos vasos sanguíneos que nutrem o órgão, bloqueando a oxigenação. Se a distorção não for realizada a tempo, o órgão infartado morre'', alerta o Dr. Paulo.   

O médico conta ainda que a torção pode ocorrer também após um trauma durante a adolescência, quando o crescimento é muito rápido, ou por consequência da prática frequente de atividades esportivas nessa faixa etária.

 

O que fazer na presença de dor testicular aguda em qualquer idade? 

O urologista adverte que nesses casos deve-se o paciente imediatamente para uma emergência médica para que seja avaliado clinicamente e por exame de imagem. Quanto menor o tempo da torção, melhor o prognóstico para se manter o testículo viável no escroto. “O exame físico deve ser sempre realizado, mostrando uma bolsa testicular endurecida, avermelhada, aumentada de volume e o testículo afetado em posição discretamente mais elevada.  O exame diagnóstico considerado de eleição é o ultrassom doppler de bolsa testicular, pois ele é capaz de detectar a presença ou ausência do fluxo sanguíneo para o testículo”, explica.

 

Por que a torção testicular causa dor? 

A torção testicular causa dor devido à torção do cordão espermático no próprio eixo, que por sua vez contém as estruturas vasculares que irrigam o testículo, gerando uma redução da entrada de sangue arterial e de oxigênio, chamada de isquemia testicular ou de infarto testicular. “A entrada de oxigênio para o testículo cessa ou diminui abruptamente e em poucos minutos a dor inicia”, pontua o Dr. Paulo.

 

Tempo de torção e prognóstico

O tempo para diagnóstico e tratamento cirúrgico é crucial para que o testículo afetado possa ser salvo. “O período ideal para realizar o procedimento é de até seis horas, com mais de 90% dos testículos salvos nesse prazo. A partir do momento que as seis horas são ultrapassadas, cada minuto conta, pois após 12 horas as taxas de sucesso podem chegar a apenas 20%, sendo virtualmente nula após 24 horas de torção”, frisa o médico.

 

Possíveis complicações 

A torção de testículo pode levar à perda da glândula devido ao infarto testicular. Nesses casos, o testículo contralateral deverá sofrer naturalmente uma hipertrofia (aumento de volume) chamada vicariante, para suprir a falta do outro. “De qualquer forma, essa população deve sempre ser avaliada do ponto de vista da fertilidade”, destaca o urologista do Hospital VITA.    

 

Sintomas da torção testicular 

Presença de um testículo mais elevado que o outro;

Dor intensa e repentina nos testículos;

Aumento da sensibilidade no escroto;

Dor na barriga ou nas virilhas;

Inchaço do saco escrotal;

Náuseas e/ou vômitos;

Febre.

 

  Hospital VITA 

www.hospitalvita.com.br         


Outubro Rosa: conheça os hábitos que podem ajudar na prevenção do câncer de mama

                                   

VigilantesdoPeso, programa de emagrecimento por meio da adoção de hábitos saudáveis, mostra como iniciar pequenas mudanças na rotina que fazem a diferença

 

Segundo a OMS, cerca de 30% dos casos de cânceres, em geral, estão relacionados à obesidade. O de mama, em específico, é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente no Brasil, foram estimados mais de 66 mil novos casos, em 2021. Não há uma causa exata para o surgimento da doença, porém diversos fatores podem aumentar ou diminuir seu risco, entre eles obesidade, sobrepeso e a falta de atividades físicas.  

“Dentre as diversas causas ligadas ao desenvolvimento do câncer, o excesso de peso figura entre as principais. Estudos apontam que obesidade ou sobrepeso são possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Uma pesquisa realizada pela OMS aponta que há riscos do surgimento de inflamação com o excesso de gordura corporal, além de aumentos nos níveis de determinados hormônios, o que pode promover o crescimento de células cancerígenas. A adoção de comportamentos considerados protetores, como a prática de uma rotina saudável, são capazes de prevenir 28% de todos os casos de cânceres”, afirma Matheus Motta, nutricionista, responsável pelo programa VigilantesdoPeso no Brasil.

E adotar uma rotina saudável não precisa ser complicado. Para reforçar seu apoio ao Outubro Rosa, o VigilantesdoPeso, um programa de emagrecimento que estimula as pessoas a incorporarem hábitos saudáveis em suas rotinas, decidiu destacar alguns hábitos simples, facilmente inseridos no dia-a-dia, que, além de contribuir para o emagrecimento sustentável,  podem reduzir o risco de câncer de mama:


1 - Tenha uma dieta equilibrada

A adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a limitação de consumo de fast foods e alimentos processados, ricos em gordura e açúcar, ajudam no processo de desinflamação e são parte fundamentais de um processo saudável de emagrecimento, podendo prevenir o surgimento da doença.

Estudos mostram que ter uma dieta rica em frutas e vegetais pode diminuir ligeiramente o risco de certos cânceres de mama. São alimentos que podem ajudar não só na prevenção da doença, mas na saúde como um todo, além de contribuir para o processo de emagrecimento.


2 - Seja ativo fisicamente

Não é preciso ficar horas na academia ou completar uma maratona. Correr apenas 30 minutos ao ar livre, ou fazer uma aula de dança por dia já te torna fisicamente ativa, fazendo com que trabalhe todo o seu corpo. O segredo não é volume, mas, sim, constância. Uma boa dica para criar esse hábito é buscar uma atividade que seja prazerosa e encaixe na sua rotina é o primeiro passo para criar um hábito.


3 - Evite cigarros

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento de câncer, ficando apenas à frente da obesidade. Além disso, considerando que fumar prejudica praticamente todos os órgãos do corpo, abandonar o hábito é fundamental para quem busca qualidade de vida, impactando, inclusive, na longevidade. Ou seja, quanto antes você parar de fumar, maior será a sua expectativa de vida, podendo esta aumentar em até dez anos.

Outro ponto necessário de reforçar é a importância de ir ao médico regularmente. Mulheres a partir dos 40 anos devem realizar o exame clínico das mamas anualmente. O autoexame também é essencial para a prevenção, que pode ser feito com maior frequência e facilita a percepção rápida de qualquer alteração. 

 

VigilantesdoPeso 


Fique livre das varizes!

Médico vascular Gustavo Marcatto lista cinco preciosas dicas para evitar o problema que aterroriza muita gente


As tão temidas veias dilatadas que aparecem, principalmente, nas pernas é algo temido por muitas pessoas mundo afora. Primeiro um pequeno vasinho de cor azulada é notado, com o tempo o aspecto pode tornar-se mais grosso e isso, além de incomodar esteticamente também passa a provocar dores e sensação de peso nos membros inferiores. Pois é, são famosas varizes, que assombram a humanidade, em especial as mulheres, há décadas.

Mas será que existe uma forma de evitar que as pernas sejam afetadas pelas varizes e todas as suas complicações? O médico vascular Gustavo Marcatto, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC), revelou alguns truques simples que podem, sim, fazer com que as veias dilatadas fiquem bem longe e o organismo funcione em perfeita harmonia.

De acordo com o Dr. Gustavo, especialista no tratamento com laser e que atente pacientes de várias partes do mundo, a primeira coisa a se fazer contra as varizes é manter, sempre, uma boa hidratação do corpo, com a ingestão de pelo menos 2,5 litros de água por dia. “Isso facilita o bom funcionamento do sistema circulatório, evitando que a circulação fique pesada e atrapalhe o retorno do fluxo de sangue às pernas”, explica o especialista.

Como segunda dica, o médico alerta para a importância de se manter uma alimentação balanceada, rica em frutas e verduras, além de se evitar alimentos gordurosos. “Esse hábito facilita o funcionamento geral do organismo e evita sobrecarga de circulação na região abdominal, favorecendo, também, o retorno circulatório aos membros inferiores”, pontua Gustavo.

O terceiro, e bastante importante, conselho do vascular diz respeito à prática de atividades físicas regulares. Segundo ele os exercícios funcionam no corpo de duas maneiras essenciais: “Primeiro, estimulando o sistema cardiopulmonar a melhorar a capacidade respiratória e circulatória geral. E segundo, promovendo o fortalecimento da musculatura da perna, principalmente da panturrilha (considerada nosso segundo coração), o que ajuda na melhora do fluxo sanguíneo às pernas”, analisa o médico.

A quarta observação feita por Gustavo para se evitar as varizes é sobre um ponto muito comum nos dias de hoje e que faz parte da rotina de milhões de trabalhadores: a posição em que o corpo fica durante a jornada de trabalho. De acordo com o profissional é muito importante que se evite permanecer tempo demais sentado, ou em pé. Os extremos, de um, ou de outro, prejudicam seriamente a circulação. “O ideal para quem trabalha muito tempo sentado, ou em pé, é realizar caminhadas ou movimentos regulares com a musculatura da panturrilha, para estimular a chamada circulação de retorno. Evite ficar muito tempo parado. O mais recomendado é que a cada duas horas se faça um pequeno exercício com as pernas para ajudar na prevenção das varizes”, recomenda ele.

E em quinto lugar, para finalizar essa lista de recomendações do Dr. Gustavo, algo que todos devem pensar é na prevenção das doenças, nos cuidados precoces, isso em qualquer ponto da saúde e, neste caso, em especial das varizes. As veias dilatadas que surgem nas pernas, em muitos casos, podem ter origem hereditária. Ou seja, se o problema já afetou avós, pai, mãe, pode certamente aparecer em outro membro da família. Por essa razão, se o paciente já tem antecedentes familiares, o melhor é procurar um vascular o quanto antes para iniciar tratamentos preventivos. “Desde aquele primeiro vaso que aparece ou quando há fatores de risco como trombose, ou casos de varizes em parentes próximos, é importante que se faça uma consulta preventiva com o médico vascular para iniciar o tratamento o quanto antes. Essa é a medida mais efetiva para evitar o agravamento das varizes, na maior parte dos casos”, aconselha Dr. Gustavo.

Se seguir todos esses cuidados e dicas simples, mas muito importantes, a circulação funcionará bem e as varizes tendem a ser algo muito distante da rotina e da saúde de todos.


Cigarro: melhor é nem começar


Na última quarta-feira (26), foram veiculadas reportagens sobre um estudo publicado na revista JAMA, conduzido por pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer, Universidade de Oxford e Universidade Nacional da Malásia, onde, de acordo com os especialistas, a taxa de mortalidade de quem parou de fumar cigarro antes dos 35 anos é semelhante à de quem nunca fumou. A pesquisa traz evidências científicas que confirmam aquilo que se afirmava de maneira empírica: parar de fumar é uma atitude que deve ser incentivada diante dos benefícios evidentes à saúde.

 

Há alguns anos, no entanto, tenho conduzido palestras e debates que partem de um princípio ainda mais conservador: o ideal é que as pessoas não comecem a fumar. Parece algo óbvio, mas é importante destacar que tenho dito isso em nome de uma companhia que tem a meta de parar de produzir e comercializar o seu principal produto, o cigarro.

 

Mesmo assim, muitos ainda iniciam ou continuam a consumir cigarros. Por isso, é preciso falar também sobre redução de danos no tabagismo. Existem pesquisas conduzidas com alto rigor, em centros respeitados ao redor do mundo, demonstrando os benefícios dessa abordagem. Diversos estudos indicam que a grande maioria dos consumidores faz uso do cigarro por conta da nicotina presente no tabaco. Mas, ao contrário do que se pensa, essa substância, embora não livre de risco, não é a principal causa de doenças relacionadas ao tabagismo.

 

É a combustão do tabaco que gera a maior parte dos componentes tóxicos à saúde dos fumantes. A esses resíduos que resultam da queima do tabaco dá-se o nome de alcatrão. Há pesquisas que indicam que eliminar a combustão dessa equação reduz, em média, cerca de 90% a liberação de substâncias tóxicas quando comparado à fumaça do cigarro. Assim, criar produtos para entrega de nicotina sem a queima do tabaco tornou-se um foco dentro da indústria.

 

Existem alternativas de produtos que apenas aquecem o tabaco para a entrega da nicotina, reduzindo a formação de tais compostos tóxicos quando comparado ao cigarro. Eles já são comercializados em mais de 70 países, sob o crivo das autoridades sanitárias locais. Hoje, no Brasil, há mais de 20 milhões de adultos fumantes, os quais ainda não dispõem dessa alternativa menos tóxica ao cigarro.

 

No Reino Unido, tido como referência em saúde pública e onde o conceito de redução de danos é bastante evoluído, há projetos para que os produtos de risco reduzido, no caso do tabagismo, sejam indicados pelos médicos, quando entendem que essa é a opção melhor para determinado indivíduo. Existem campanhas não apenas para encorajar as pessoas a abandonar o cigarro, mas também, para aqueles que ainda assim seguem fumando, oferecer informações corretas quanto à troca por um produto de menor toxicidade.

 

Essa abordagem inovadora é baseada em pesquisas científicas sérias – assim como a da JAMA. São trabalhos muito importantes que não podem e não devem ser desconsiderados pelos especialistas e por autoridades brasileiras. Olhar sem viés o resultado trazido por pesquisadores sérios e renomados é importante para embasarmos melhor as nossas discussões.

 

No caso do tabagismo, mais do que um ato de empatia em relação ao fumante, essa é uma atitude que também protege a saúde pública de maneira mais efetiva e menos preconceituosa. 

 

 

Dérica Serra - Head de Assuntos Médicos da Philip Morris Brasil


Ronnie Von e os desafios na luta contra o Transtorno de Agorafobia

Psicanalista lembra que os medicamentos e a psicoterapia são os mais recomendados para o tratamento

 

Aos 78 anos, o apresentador e cantor Ronnie Von, famoso desde os tempos da Jovem Guarda, declarou nesta semana, os desafios que enfrentou há alguns anos, em relação ao Transtorno de Agorafobia e crises de ansiedade. Uma doença com características relacionadas à Síndrome do pânico e que afeta profundamente a rotina do indivíduo. O queridinho dos anos 60, descreve, inclusive uma alteração significativa em sua rotina e atividades, já que foi impedido de fazer o que mais gosta: pilotar avião. E o que seria esse transtorno e quais as causas, seus sintomas e tratamento? 

Assim como aconteceu com Ronnie, a doença se manifesta por problemas psíquicos e emocionais, com sintomas como: mão formigando, medo intenso, ansiedade extrema, pânico de se ver em ambientes aglomerados ou mesmo com um número maior de pessoas e coração acelerado. Não necessariamente todos os sintomas se apresentam ao mesmo tempo e cada pessoa vai reagir ao problema de uma determinada forma.   

O Transtorno de Agorafobia é uma condição onde há crises súbitas de ansiedade, medo, desespero associados a sintomas físicos, como: dor no peito, falta de ar, tontura, formigamentos, tremores, suor excessivo. A sensação é de morte ou perda do controle. A crise pode acontecer sem motivo aparente ou após um estresse emocional, e depois, gera ansiedade antecipatória (medo de acontecer novamente). O medo de perder o controle da situação faz o indivíduo evitar lugares muito cheios ou fechados. E quando se forçam, acabam desencadeando novas crises que se tornam mais constantes, e atrapalham a realização de atividades simples do cotidiano, como: ir ao mercado, entrar no elevador, andar de ônibus.

Infelizmente, a crise de Agorafobia aparece quando menos se espera! A duração da crise varia de pessoa para pessoa, podendo ter picos de 5 até 30 minutos, seguida por uma sensação de esgotamento e cansaço. A busca por um acompanhamento psicoterápico é fundamental para entender quais os gatilhos para início dos sintomas e como controlar os efeitos perturbadores do transtorno. Existe cura para a doença, embora seja difícil alcançar a cura completa, pois a taxa de recaída é bastante elevada e a maioria das pessoas volta a sofrer com os ataques.

Os medicamentos e a psicoterapia são os mais recomendados, já que atuam sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença, além de trabalharem os medos, as fobias, a ansiedade e provocar mudanças comportamentais para que o indivíduo aprenda técnicas que possam mudar a sua atitude diante das crises.

Ronnie Von, buscou ajuda profissional e medicamentosa para enfrentar o Transtorno de Agorafobia e relata que percebeu a necessidade de falar sobre o assunto, uma vez que muitas pessoas sofrem com este problema e nem sempre sabem como agir. Encontrou caminhos de libertação através da construção de uma rede de apoio, leituras e hobbies, como a família e os amigos, para sentir-se mais forte para lutar contra a doença.

Por ser uma figura pública, ele se viu perdido e angustiado, perturbado pelo elevado grau de estresse, por pensamentos irracionais, pelo medo geral ou medo do desconhecido que o impediam de se relacionar com as pessoas a sua volta. Ou seja, quem sofre com o problema, tendenciosamente, sempre procura estar isolado e sofre com a intensidade das crises.

Enfim, a vulnerabilidade imposta pelo transtorno enfrentado pelo cantor mostra a real necessidade de expressar nossas dores e desconforto. O ideal é, ao perceber o menor sinal de desequilíbrio, buscar ajuda de um profissional de saúde mental que irá, através da utilização de ferramentas adequadas, identificar o problema e dar a tratativa correta para que se consiga viver de forma plena, saudável e equilibrada.

 

 Dra. Andréa Ladislau -  Psicanalista


Bebês e crianças: unhas encravadas nos pés e mãos são comuns e exigem atenção

Sapatos apertados e meias com costuras internas podem causar desconforto e facilitar o encravamento
 

O choro dos bebês, que costuma ser interpretado como fome, sono ou cólicas, pode ter outras causas. A dor de uma unha encravada, por exemplo, pode resultar em bastante choro, mas poucos pais e cuidadores sabem disso. 

Karina Barros, coordenadora técnica da Doctor Feet, explica que a unha encravada é bastante comum. “Os bebês podem nascer com unha encravada por uma questão genética ou pela posição na barriga, por exemplo. Por ser muito molinha, parecida com uma película, a unha do bebê não tem força e pode encravar facilmente”, afirma. 

Crianças que andam nas pontas dos pés, por exemplo, estão mais propensas a ter unhas encravadas, e é importante que os pais estejam atentos, já que a unha encravada pode causar muita dor e até a inflamação dos dedos e cutículas. 

Para evitar que as unhas encravem, Karina Barros dá algumas dicas. “Sapatos macios, flexíveis e um pouco maiores que o número da criança são as melhores opções, pois não machucam as pontas dos dedos e não apertam os pés. No caso dos bebês, não indicamos macacões com pezinho e nem meias de costura interna e com elástico, pois podem apertar e propiciar o encravamento das unhas”, diz. A coordenadora técnica também orienta que crianças andem sem sapatos, sempre que possível, e em solos com irregularidades, para a boa formação do arco plantar. Ter um kit infantil em casa, sempre higienizado, para cuidar dos pés e mãos dos pequenos, também é fundamental. 

A rede Doctor Feet é especializada em podologia e atende bebês e crianças de todas as idades, desde recém-nascidos.
 


Doctor Feet
https://www.doctorfeet.com.br


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