Este ano, o tema do Dia
Mundial da Saúde (7 de abril) é o diabetes, que atinge 250 milhões de pessoas
em todo o mundo, sendo cerca de 12 milhões no Brasil. Grande parte não sabe
que têm a doença, que, no início, não apresenta sintomas, afetando paulatinamente
o organismo e provocando outros problemas de saúde, muitos deles de ordem
cardiovascular. Por isso, é muito importante a realização periódica de exames
de sangue, pelo menos uma vez ao ano, para diagnóstico e tratamento correto,
especialmente quem tem história familiar de diabetes.
A Organização Mundial da
Saúde (OMS) estima que, a cada ano, sete milhões de indivíduos tornem-se
diabéticos. A doença, que se caracteriza pelo excesso de açúcar no sangue,
pela diminuição da produção ou por resistência ao efeito da insulina
(hormônio responsável pelo metabolismo da glicose no organismo), manifesta-se
no Tipo 1 ou Tipo 2. O primeiro é congênito, um problema autoimune, que
aparece, na maior parte das vezes, até os 35 anos de idade. A boa notícia é
que o segundo, mais prevalente, pois é a variedade da doença que atinge 90%
dos pacientes, pode ser evitado.
A prevenção depende do
esforço de cada indivíduo, alinhando-se, aliás, com os objetivos do Dia
Mundial da Saúde, que visa disseminar a consciência de todos quanto à
importância da qualidade da vida, bem-estar e cuidados com o organismo com
vistas a uma existência saudável. Para evitar o diabetes do Tipo 2, é muito
importante seguir as seguintes recomendações: alimentação correta e
equilibrada, sem excesso de açúcar, álcool e gorduras; controle do peso, pois
a obesidade é uma das causas do diabetes; não fumar ou consumir drogas
ilícitas; e combate ao sedentarismo, com uma rotina de caminhadas ou
exercícios estabelecida com orientação médica.
Pessoas com histórico familiar
de diabetes devem ter cuidado redobrado, pois a predisposição genética é um
fator de risco a mais para aqueles que não tomam os cuidados preventivos
essenciais para evitar a doença. Independentemente dos hábitos cotidianos e
dos antecedentes da família, é sempre recomendável o exame de sangue
periódico para o diagnóstico, que, quanto mais cedo for feito, melhores
condições de tratamento propiciará. O diabetes pode provocar doenças
cardíacas, renais e nervosas, cegueira, impotência sexual e, em fases mais
avançadas, até mesmo levar à amputação de pernas e braços.
O Dia Mundial da Saúde, instituído em 1948, é promovido pela OMS e alusivo à
data de criação dessa entidade internacional. Seu conceito é o de que “a
saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas
a ausência de doença ou enfermidade”. É verdade que está difícil atender a
todos esses requisitos no Brasil conturbado e permeado por uma das mais
graves crises político-econômicas de sua história.
Contudo, independentemente do cenário nacional, precisamos fazer o que nos
compete em favor de nossa própria saúde, adotando hábitos saudáveis e uma
atitude de valorização da vida, decisivos para cada um de nós e as pessoas
que amamos! A saúde nossa de cada dia, e não apenas em 7 de abril, é um
milagre possível, que podemos alcançar com determinação e consciência!
Ibraim Masciarelli Pint-o cardiologista e presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São
Paulo (SOCESP).
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quinta-feira, 7 de abril de 2016
A saúde nossa de cada dia
As estratégias dos líderes mundiais para se conectarem aos eleitores no YouTube
Pesquisa da Burson-Marsteller revela o
comportamento dos políticos e novas formas de comunicação no ambiente digital
Assim como as pesquisas feitas anteriormente do
Instagram, Facebook e Twitter, a Burson-Marsteller utilizou desta vez suas
ferramentas para o estudo sobre "os líderes mundiais no YouTube".O levantamento aponta os políticos influenciadores mais engajados no YouTube, uma das redes sociais mais importantes da era digital, desde os mais "curtidos" até os mais "descurtidos" e como cada um deles utiliza as ferramentas modernas para ganhar visibilidade, como por exemplo a lista dos Top 10 líderes que mais transmitem eleições por broadcasting ou que criam vídeos emocionantes combatendo o preconceito de seus países.
A pesquisa tem como objetivo maior mostrar para o público a importância destes líderes estarem tão conectados hoje em dia e as vantagens de seguir suas contas e transmissões ao vivo.
"Não só é interessante conhecermos as contas da comunidade política nacional e internacional, mas entendermos o que estar conectados hoje em dia com eles significa, o que podemos aproveitar dessas mídias e influências tão grande", explica Cely Carmo, diretora da área de mídias da Burson-Marsteller América Latina.
O estudo vai desde os maiores sucessos do presidente norte-americano Barack Obama até os broadcastings ao vivo do Vaticano e primeiro-ministro indiano Narendra Modi. Além disso, o estudo também mostra as estratégias de ferramentas e página da presidente Dilma Rousseff e políticos brasileiros, assim como também os vídeos mais assistidos do Palácio do Planalto.
A pesquisa faz parte da série "Twiplomacy" da Burson-Marsteller, que consiste em mostrar os líderes mundiais mais conectados nas redes sociais.
O relatório e infográficos do estudo podem ser encontrados no site da Burson-Marsteller, assim como as pesquisas anteriores referentes ao Twiplomacy.
Sobre o Twiplomacy - Líderes Mundiais no YouTube é a pesquisa mais recente da Burson-Marsteller e é construída com base no aclamado estudo anual Twiplomacy, agora em seu quinto ano. Inicialmente focado somente no Twitter, o estudo de 2016 está se expandindo para outras mídias sociais incluindo Facebook, Instagram, Youtube e outros nichos digitais como Snapchat, LinkedIn, Google+ e Vine.
A pesquisa identificou um total de 340 canais no YouTube, 33 dos quais foram verificados e carregam o "selo de identificação" da figura pública. Os outros 307 que restaram não foram verificados, mas podem ser considerados oficiais.
As informações foram coletadas em 3 de Março de 2016, usando as ferramentas da Burson-Marsteller de pesquisa para analisar os canais dos líderes mundiais no YouTube. Mais de 25 variáveis foram consideradas, incluindo inscritos, número de vídeos, comentários e curtidas.
Surtos de gripe H1N1 na Inglaterra e em São Paulo
Informe Técnico da Campanha
Nacional de Vacinação contra Influenza foi divulgado no
portal da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). O Ministério da Saúde
promoverá a campanha de vacinação de 30
de abril a 20 de maio, com dia de mobilização nacional em 30 de abril
Um surto de gripe na
Inglaterra fez com que algumas escolas no sudoeste do país emitissem
orientações para os pais para manter as crianças fora da escola por uma semana,
se elas estivessem doentes. O vírus H1N1 - amplamente conhecido como o causador
da gripe suína - é a principal causa dos casos de gripe ingleses, de acordo com
as autoridades de saúde. O sul da Inglaterra registra o maior número de casos
de gripe suína desde outubro - com 113 casos notificados, em comparação com 79
em Midlands e no Leste de Inglaterra, 39 no Norte e apenas 22 em Londres.
A gripe suína foi
responsável por uma pandemia em 2009-2010, mas agora é considerada uma
"gripe sazonal normal" porque o número de pessoas com algum grau de
imunidade a ela aumentou.
Dados do governo do
Reino Unido e do resto da Europa mostram que o tipo A (H1N1) pdm09
[gripe suína] é agora o principal vírus da gripe sazonal e está bem adaptado às
vacinas atuais. As autoridades continuarão a acompanhar de perto a situação
epidemiológica e virológica durante a temporada de gripe.
“Estações
de gripe anteriores dominadas pelo A (H1N1) pdm09 sugerem que esta estirpe do
vírus particularmente afeta crianças, mulheres grávidas e adultos com condições
de longo prazo, como doença cardíaca crônica, doença hepática, doença
neurológica e doença respiratória em particular”, afirma o pediatra e
homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
Casos em São Paulo
Hospitais da rede privada
da cidade de São Paulo registraram um número crescente de casos da gripe A
(H1N1) em março deste ano. O índice, atípico para o período do ano, fez alguns
centros médicos particulares temerem uma epidemia e anteciparem medidas de
controle de fluxo de pacientes no atendimento de emergência.
A Secretaria
Municipal de Saúde afirma que segue protocolo do Ministério da Saúde para
notificação dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por
Influenza, independente do vírus. Embora o número de pessoas infectadas por
H1N1 seja elevado, a notificação só é feita pelos serviços públicos e privados,
com base no protocolo, em situações graves (que exigem internação), óbitos, e
surtos – quando há registro de dois ou mais pacientes com sintomas similares de
influenza com convivência no mesmo espaço e no mesmo período de tempo. Pode ser
casa, escola ou trabalho. Com base nesse critério, a cidade tem, atualmente, 66
casos e oito óbitos provocados por H1N1. Em 2015, foram registrados 12 casos, e
nenhum óbito.
Os dados do
Ministério da Saúde, até o dia 5 de março de 2016, também corroboram esta
informação: foram notificados 1.189 casos de SRAG. Entre as amostras já
processadas, 21,1% (149/705) foram classificadas como SRAG por influenza. Dentre
os casos de influenza, a grande maioria - 124 (83,2%) - era influenza
A(H1N1)pdm09.
Gripe: você
deve vacinar o seu filho?
A cada inverno, os
pais se preparam para a chegada dos sintomas da temida gripe. Então, não seria
melhor vacinar as crianças contra a gripe? “Sim,
existe vacina contra a gripe H1N1. Em 2015, o Ministério da Saúde
disponibilizou a vacina gratuitamente nos postos de saúde para crianças entre 6
meses e 5 anos, além de grávidas, mães
que deram à luz há até 45 dias, idosos e profissionais de
saúde”, explica Moises Chencinski.
O pediatra explica que quando tomam a vacina contra a gripe pela primeira vez, as crianças precisam de duas doses, com 30 dias de intervalo. “Se seu filho já tomou a vacina contra a gripe alguma vez, precisará apenas de uma dose. Para outras idades que não de 6 meses a 5 anos, a vacina está disponível em clínicas particulares, mediante pagamento”.
Para crianças menores de 6 meses, que não podem tomar a vacina, a melhor proteção é vacinar os adultos e as crianças da casa (especialmente a mãe, se estiver amamentando, já que os anticorpos passam para o bebê).
“É evidente que a vacinação é uma questão de escolha.
Mas há cada vez mais evidências de que uma grande quantidade de internações de
crianças em idade escolar está relacionada à gripe, de modo que tentar evitar
essas internações seria aconselhável. Além disso, complicações comuns da gripe
em crianças são a otite e a pneumonia grave, duas condições muito angustiantes
para crianças e para os pais”, conta o médico, membro do Departamento de
Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
A seguir o médico
responde dúvidas muito comuns sobre a vacinação contra a gripe, confira:
1.
A vacina protege contra resfriados também?
“Infelizmente não. Há
uma grande variedade de vírus que podem causar sintomas semelhantes, como
tosse, febre, dores, e, infelizmente, a vacinação não pode proteger contra
todos eles. Mas nós sabemos que ela é eficaz contra os vírus que causam um
número significativo de doenças durante o período de inverno – Influenza A e
B”, diz Chencinski.
2.
Será que a vacinação pode suprimir o sistema
imunológico das crianças?
“As crianças estão
expostas a centenas de milhares de bactérias e vírus todos os dias, por isso os
seus sistemas imunológicos podem lidar com a vacinação contra a gripe com
tranquilidade. Dar a vacina não terá um efeito adverso sobre o sistema
imunológico. A formação do sistema imunológico das crianças se completa apenas
entre 2 e 3 anos de idade”, explica o pediatra.
3.
Existem efeitos colaterais associados com a
vacina?
“Dor no local da
picada, febre e indisposição podem ser efeitos dessa vacina, assim como em
muitas outras aplicadas nos calendários públicos e da Sociedade Brasileira de
pediatria (SBP). Mas ela não causa gripe, por ser fabricada com partes do vírus
morto, sendo que até as gestantes podem e devem tomar essa vacina”, esclarece o
homeopata.
4.
A vacina contra a gripe é segura?
“Sim. Apesar dos boatos de que a vacina provocaria a
doença, isso é um mito, já que ela é feita apenas com partículas virais,
depois que o vírus foi morto e fragmentado. Não há nada vivo dentro da vacina
que seja capaz de se multiplicar e levar à gripe. Por isso, até as grávidas
podem receber a imunização com segurança”, informa Chencinski. Os grupos prioritários para receber
a imunização gratuitamente pelo SUS são profissionais da saúde, indígenas,
grávidas, crianças de 6 meses até 5 anos, puérperas (até 45 dias após o parto),
idosos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas e a população
carcerária, devido à alta capacidade de transmissão do vírus
5.
Se meu filho tomou a vacina no ano passado, ele não
está protegido?
“Não. Isso porque a imunização está garantida
apenas por um período de 6 a 8 meses. Por essa razão é necessário receber a
dose todos os anos. Estudos mostram que quem já toma a vacina da gripe
regularmente, há alguns anos, tem uma proteção melhor do que aquelas pessoas
que estão começando a ser vacinadas agora. Mas isso não descarta a necessidade
de tomá-la anualmente”, esclarece o pediatra.
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