Pesquisar no Blog

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Em plena pandemia, número de empresas abertas é alto

Com tempo médio de três dias para a abertura de uma nova empresa, os números do governo federal mostram que existem motivos para acreditar em uma positiva reação da economia. No último mês de julho foram abertas 250.308 empresas, para 81.816 extintas

 

 Mapa do governo mostrou que mais de 250 mil empresas foram abertas em julho
De acordo com o Mapa de Empresas do Governo Digital, o mês de julho de 2020 registrou a abertura de mais de 250 mil empresas em todo o território nacional, com o tempo médio de três dias para os trâmites; os dados foram obtidos pela REDESIM – Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios. Já o número de CNPJ encerrado foi de 81.816. 

Ainda, os números mostram 

que mesmo durante o período mais crítico da pandemia – abril e maio –, a quantidade de empresas abertas se mostrou bastante elevada, sendo: 190.049 e 210.170, respectivamente. “Graças a desburocratização e ao uso da tecnologia, hoje, o processo de abertura de uma empresa leva apenas alguns dias”, declarou o Professor Carlos Afonso, que além de educador financeiro, é contabilista e administrador. “Em um passado não muito distante, abrir uma empresa podia representar um verdadeiro tormento para o empreendedor, haja vista a burocracia envolvida e, principalmente, o tempo despendido. Esse processo levava semanas, literalmente”, lembrou ele, que também é autor do livro Organize suas finanças e saia do vermelho. 


Planejamento empresarial é o mais importante 

 Antes de abrir o CNPJ, o planejamento empresarial do negócio é fundamental

O processo de abertura de uma empresa ocorre muito antes das formalidades legais perante a Junta Comercial do estado. Antes de mais nada, é fundamental que o empreendedor faça minimamente a lição de casa, ou seja, planeje o negócio a fim de garantir a sobrevivência da empresa. “Saliento que as estatísticas do SEBRAE apontam que metade das empresas quebram antes dos cinco anos de vida”, pontuou o Professor Carlos. “Neste sentido, dedicar tempo e energia para a estruturação mínima de um plano de negócio é importante para manter o êxito da empreitada”, completou. 

Para organizar tal planejamento é sempre importante ter o respaldo de profissionais qualificados, a exemplo de contadores e advogados, que darão suporte nas questões societárias e tributárias do novo empreendimento. Eles podem trazer um forte impacto no presente e no futuro de qualquer organização. 

Porém, não é só em relação as demandas tributárias e societárias que o empreendedor precisa se preocupar, sendo também: pensar na marca do negócio, nas estratégias de marketing a serem adotadas para atrair o consumidor, analisar a formação do preço de venda do produto ou da prestação dos serviços, os aspectos relativos ao fluxo de caixa e, eventualmente, sobre a contratação de funcionários, analise do negócio – se será totalmente on-line ou se terá loja física (neste caso, o estudo prévio do local é de suma importância para garantir o sucesso do empreendimento), dentre outros. 


Expectativa X realidade 

Todo o negócio tem um tempo de maturação. Engana-se quem espera que logo nos primeiros meses, a empresa faturará cifras milionárias. Para atingir um ponto de equilíbrio são necessários alguns meses. “Aconselho que o empreendedor que abrir agora uma empresa, sobretudo em período de pandemia, seja muito realista quanto a receita que espera gerar no início da operação. Por mais inovador que seja o produto ou serviço, por mais brilhante que seja a marca, todo o negócio começa pequeno, com as vendas evoluindo e o público alvo crescendo gradativamente”, alertou o Professor Carlos. 

Alguns empreendedores são otimistas demais em relação as vendas e, por muitas vezes, essas expectativas são frustradas, e enquanto isso, queima-se toda a reserva para pagar as contas do negócio. O Professor Carlos afirma que é fundamental ter muita cautela, de modo a dimensionar corretamente o capital de giro suficiente para a empresa suportar os primeiros meses de operação. “Se isso não for feito de maneira bem pensada, a empresa e o empresário não terão fluxo de caixa”.

Vale ressaltar que é imprescindível colocar todas as contas na ponta do lápis, assim como as projeções de vendas. Recomenda-se fortemente que isso seja feito sempre através de software de gestão financeira, que proporciona uma visão abrangente do fluxo de caixa da empresa e a flexibilidade quando ajustes forem necessários (diferentemente de planilhas eletrônicas, onde os ajustes precisam ser todos manuais, com alto consumo de tempo para fazê-los). Existem ótimas opções no mercado, com excelente relação custo x benefício e com acesso na nuvem, de modo a facilitar a vida do empreendedor. 


Número de empresas abertas e extintas em 2020 

MÊS

EMPRESAS ABERTAS

EMPRESAS EXTINTAS

JANEIRO

309.426

111.140

FEVEREIRO

264.047

93.985

MARÇO

287.015

90.689

ABRIL

190.049

58.922

MAIO

210.170

70.477

JUNHO

265.647

80.336

JULHO

250.308

81.816

MÉDIA

253.809

83.909

 



Livro Organize suas finanças e saia do vermelho  

http://www.livrosaiadovermelho.com.br/


Pesquisa revela quais os 5 países que mais exportaram produtos médicos para o Brasil

 Dados apresentam como a área de Supply Chain deve se adequar ao momento


A pandemia instaurada em detrimento do COVID-19, movimentou o mercado de Supply Chain em todo o mundo. A Descartes, empresa líder global que fornece soluções de logística e Supply Chain baseadas em nuvem, realizou uma pesquisa e revelou quais países mais forneceram produtos médicos e hospitalares durante o primeiro trimestre de 2020.

Os Estados Unidos lideraram o ranking com mais de 293 milhões de produtos médicos e hospitalares importados para o Brasil durante o primeiro trimestre de 2020. Esse valor representa um crescimento de 5% quando comparado ao mesmo período de 2019. (vide gráfico abaixo)

 

A lista segue completa com China, 200 milhões, Alemanha, 152 milhões, Cingapura, 84 milhões e Argentina, 63 milhões, respectivamente. Para Patricia Bianco, responsável pela área de Inteligência de mercado internacional da Descartes, comenta que a partir de fevereiro já foi possível identificar a queda substancial por conta do COVID-19. "Em nossa pesquisa, a importação de produtos médicos e hospitalares, já foi sentida no segundo mês de 2020. Esse indicador foi fundamental para as empresas adequarem novas estratégias de Supply Chain", explica Bianco.

 

Segundo Patricia Bianco, todas as fontes e dados observados foram retirados de fontes oficiais do Brasil. "As estatísticas foram extraídas através dos dados de importação e exportação e estão de acordo com a autorização governamental", finaliza Patricia.

 

Grupo Descartes Systems

http://www.datamyne.com.br/

 

Maioria das empresas nacionais supera crise provocada pela pandemia sem ajuda do governo e sem demissões

Otimismo com a reabertura é grande, apesar do menor faturamento.

 

Estudo feito pela plataforma de varejo Local.e aponta que a maioria das empresas nacionais superou a crise provocada pela pandemia sem ajuda do governo e sem demissões, e que a recuperação dos impactos se deve principalmente ao comércio eletrônico e às vendas diretas ao consumidor. O otimismo com a reabertura é outra característica do momento atual, ainda que o faturamento esteja menor do que antes do surgimento do novo coronavírus.

78,9% das empresas não demitiram funcionários, 67,1% não buscaram créditos com o governo e 64,1% não utilizaram nenhum benefício, como redução de jornada e auxílio emergencial.

As principais ações no combate à crise foram redução de custos e despesas (negociação com fornecedores, diminuição de estoque e melhor gestão de processos) e ainda diversificação dos canais de venda, como investimento em e-commerce e mídias sociais, fortalecimento do relacionamento com atuais clientes e reforço no pré e pós venda.

E ainda que metade esteja com menor faturamento, enquanto 14% dizem estar com o mesmo e 36% com maior, a expectativa com o futuro é positiva. 22% se dizem muito otimistas, 47% otimistas, 29% indiferentes e apenas 2% pessimistas.

O e-commerce foi o principal responsável pela recuperação dos ganhos. 53% dos respondentes o aumentaram, 26% continuaram no mesmo patamar de antes da pandemia, somente 9% diminuíram e outros 13% ainda não utilizam nesse canal. Na sequência vem a venda direta ao consumidor, que subiu para 40% das empresas, permaneceu igual para 33%, caiu para 9% e não é feita por 18%.

Da pesquisa, realizada entre 4 e 14 de agosto, participaram 78 marcas de todo o Brasil.

 

 


Local.e

www.locale.com.br

 

Aborto no Brasil: por que não descriminalizar?

O aborto, sempre um assunto polêmico no Brasil, teve um novo capítulo triste. A discussão sobre a legalidade do aborto ressurgiu com o caso dramático do estupro e gravidez indesejada de uma menina de 10 anos no Espírito Santo, que era violentada pelo tio. Depois de muita discussão, principalmente na mídia, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo decidiu conceder a ela o direito previsto na lei brasileira de interromper a gravidez fruto de um estupro. 

Vale frisar que, só pelo estupro e pela gestação de uma menor de 14 anos, o aborto é legal. Em dois incisos no artigo 128, a legislação não pune o médico que realiza o aborto: seja para salvar a vida da mulher no caso de uma gestação decorrente de estupro, desde que por solicitação e consentimento da mulher. Se a mulher for menor de idade, deficiente mental ou incapaz, por autorização de seu representante legal. No caso da garota de 10 anos, portanto, tínhamos as duas circunstâncias  autorizadoras presentes. 

O Superior Tribunal Federal, em 2012, decidiu ampliar  a permissão para o aborto também nos casos de anencefalia, através de uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), a nº 147. 

O médico é o profissional que pode dar acolhimento e orientação sobre a possibilidade do aborto neste tipo de tragédia. É vital um acompanhamento médico e psicológico para esta criança de 10 anos. No caso da menina, a família entendeu o risco de morte para a criança e a gestação de uma outra criança e decidiu pelo aborto. Contudo, caso a  família não concordasse com o procedimento, seria possível uma ação judicial inclusive proposta pelo hospital, pelo médico responsável pelo caso ou ainda pelo Ministério Público, com a provocação do Conselho Tutelar, com a argumentação do risco de morte da criança/gestante, apresentando-se laudos de dois médicos explicando os perigos para a saúde da menina nesta gestação de risco e indesejada, acentuando-se a urgência do aborto terapêutico. Claro que essa iniciativa dependerá do serviço que a atender. Muitas vezes a mulher perigrina até encontrar quem se importe com sua tragédia pessoal. 

Faz-se a referência de que a gestação da garota do Espírito Santo deu-se até 22 semanas. Necessário fazer declaração de óbito e promover o sepultamento. Muitos traumas para uma criança suportar, em especial precisando se esconder em um porta malas para evitar manifestantes contrários à prática, que, injustificadamente do ponto de vista do Sistema Único de saúde, precisou ocorrer em outro Estado. Como explicar que, mesmo com políticas públicas já criadas para a realização do aborto terapêutico e legal, ainda haja na rede pública quem se negue a realizá-lo? Apurações pelo Ministério da Saúde, Ministério Público e outros órgãos competentes precisam também ser realizadas para sanar deficiências na prestação de serviços à sociedade, uma vez que há protocolo datado de 2005 para essa prática no SUS, a propósito. 

Esse caso levantou novamente a discussão sobre a descriminalização do aborto. Vale lembrar que o Ministro do STF, Luís Roberto Barroso, ao expor seu voto quando da apreciação de um Habeas Corpus em 2016, trouxe alguns argumentos para sustentar a tese de que a descriminalização do aborto não significa uma apologia ao ato. Entre eles, destaca-se aquele que trata da função do Estado, quanto à observância do interesse social de forma inclusiva: “Em temas moralmente divisivos, o papel adequado do Estado não é tomar partido e impor uma visão, mas permitir que as mulheres façam sua escolha de forma autônoma. O Estado precisa estar do lado de quem deseja ter o filho. O Estado precisa estar do lado de quem não deseja – geralmente porque não pode – ter o filho. Em suma: por ter o dever de estar dos dois lados, o Estado não pode escolher um”. 

Importante esclarecer que estupro é crime previsto no artigo 213 do Código Penal. Um crime grave, hediondo e de grande repercussão social, acometendo a vítima de severas sequelas físicas e emocionais. No caso de a vítima ser pessoa menor de 14 anos ou portadora de enfermidades ou deficiências mentais, ou ainda que, por qualquer outro motivo, tenha sua capacidade de resistência diminuída,  trata-se de estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal. A diferença entre o estupro e o estupro de vulnerável é que neste é irrelevante o consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente, pois a presunção de vulnerabilidade é absoluta, assim previsto na Súmula 593 emitida pelo STJ em 2017.

Parte da sociedade brasileira recrimina o procedimento, mesmo em caso de estupro. A chamada bancada religiosa do Legislativo tem uma grande força e faz um imenso lobby contra todos os avanços do tema, com justificativas em textos sagrados e na vontade de Deus – o que é compreensível e respeitável. De outro lado, esses mesmos legisladores precisam olhar o tema a partir de dados. Descriminalizar o aborto não é incentivá-lo.

A controvérsia quanto ao aborto reside no fato de que o direito à vida não é absoluto. Para alguns, o Direito Constitucional (e natural) à vida do feto precisa ser respeitado. Para outra corrente, a mulher faz jus ao direito à dignidade humana, ao direito de escolha. 

Mas, outra ótica deve também nortear a discussão no sentido de tratar o aborto como assunto de saúde pública. Globalmente, mais de 25 milhões de abortos inseguros (45% do total)ocorrem anualmente, segundo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). A maioria é realizada em países em desenvolvimento de África, Ásia e América Latina. Quando os abortos são feitos de acordo com as diretrizes e padrões da OMS, o risco de complicações severas ou de morte é insignificante. Na ausência de condições seguras, os resultados podem incluir aborto incompleto, hemorragia, lesões vaginal, cervical e uterina, além de infecções, onerando os custos da saúde pública. 

O Ministério da Saúde apresenta uma Norma Técnica sobre Atenção Humanizada ao Abortamento, cuja proposta é “fornecer aos profissionais subsídios para que possam oferecer não só cuidado imediato às mulheres em situação de abortamento, mas também, na perspectiva da integralidade deste atendimento, disponibilizar às mulheres  alternativas contraceptivas, evitando o recurso a abortamentos repetidos”. Todavia, a pauta ainda é o direito de a mulher optar pelo aborto, não somente nos casos já previstos em lei. 

Apesar de o tema já ser discutido de forma exaustiva no Congresso Nacional, pouco se avançou. Assim, o aborto no Brasil vai parar nos tribunais. Todavia, o Judiciário não pode carregar esse fardo constante de legislar, sobretudo em temas mais ásperos. Os três Poderes precisam enfrentar e discutir o tema aborto em conjunto com os profissionais da saúde e a sociedade organizada. É necessário que sejam estabelecidas regras cristalinas para que sejam reduzidos os casos de mortes e de lesões físicas e morais resultantes do aborto desassistido e clandestino. E que as discussões não se desviem do núcleo central da questão: o direito da mulher. Já passou o tempo de revisarmos as leis para o aborto no Brasil. Precisaremos de outras tragédias?

 

 



Sandra Franco - consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, ex-presidente da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar da OAB de São José dos Campos (SP), presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde, MBA em Gestão de Serviços de Saúde FGV, membro do Comitê de Ética da UNESP para pesquisa em seres humanos e Doutoranda em Saúde Pública – drasandra@sfranconsultoria.com.br

 

Check Point faz parceria com Harvard e MIT para oferecer cursos on-line gratuitos de cibersegurança na plataforma edX

 O principal objetivo é reduzir até eliminar a escassez de qualificação em cibersegurança visando atender a demanda do mercado e desenvolver as habilidades dos atuais e de futuros profissionais

 

A Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, anuncia parceria com a Harvard University e o MIT (Massachusetts Institute of Technology) para oferecer cursos on-line gratuitos de cibersegurança pela edX , a plataforma de educação e aprendizagem on-line fundada pela Harvard e pelo MIT, utilizada por 30 milhões de pessoas, bem como pelas melhores universidades e empresas líderes em seus setores em nível global. A parceria oferecerá uma série progressiva de cursos e conteúdo de cibersegurança da Check Point destinados a profissionais de segurança e de rede.

Agora, os cursos de cibersegurança da Check Point estarão disponíveis na plataforma edX, incluindo as séries Check Point Jump Start, que oferece cursos de segurança de rede e hiperescala. Outros módulos estarão disponíveis em breve nas soluções de segurança em nuvem CloudGuard e de segurança PMEs (Pequenas e Médias Empresas) da Check Point. Todos os cursos visam capacitar os estudantes e profissionais de TI em ciberameaças e gerenciamento de segurança, bem como atender àqueles profissionais que buscam iniciar uma nova carreira no setor.

Todos os cursos da Check Point disponíveis na plataforma edX são totalmente gratuitos, de forma a remover quaisquer barreiras de custo e localização e, assim, reduzir a falta de profissionais qualificados na área. Um estudo recente demonstra que, no ano passado, quase dois terços das organizações relataram a escassez de pessoal na área de cibersegurança, com 36% das empresas apontando a falta de pessoal de segurança qualificado ou experiente como sua principal preocupação no local de trabalho.

"A parceria com a reconhecida plataforma edX nos permite contribuir para a diminuição da falta de qualificações na área da cibersegurança. Com a escassez global ultrapassando os 4 milhões de profissionais, as organizações precisam acelerar os esforços para tentar ajudar e mudar esse problema", diz Liat Doron, vice-presidente de aprendizado e treinamento da Check Point Software Technologies. "Trabalhar com a edX, combinado com nossas outras iniciativas, como o SecureAcademy, ajudará a reduzir até eliminar essa escassez global de qualificação e atrair a próxima geração de profissionais de cibersegurança."

Esta parceria reforça o compromisso da Check Point em proporcionar educação e formação essenciais ao setor, ajudando a atrair mais pessoas para área e, assim, garantir fácil acesso a materiais de aprendizagem. Em março deste ano, a Check Point anunciou a centésima instituição acadêmica a inscrever-se no programa SecureAcademy, que oferece aos alunos um amplo currículo de cibersegurança, com cursos disponíveis em mais de 100 universidades espalhadas por 40 países, incluindo o Brasil.

"A falta de qualificação é enorme e cresce diariamente; então, precisamos ser ambiciosos no que se refere à formação em cibersegurança porque a nossa privacidade depende disso," acrescenta Lee Rubenstein, vice-presidente de Business Development na edX. "Trabalhamos com fornecedores líderes como a Check Point para ajudar a capacitar pessoas que possam trabalhar no setor e, assim, contribuir para atrair novos talentos protegendo os negócios e as organizações contra os ciberataques do futuro."

A Check Point também oferece treinamento CloudGuard Cyber-Range . Esses cursos promovem treinamento imersivo em cibersegurança em ambientes simulados por meio da plataforma flexível em nuvem Cyber Range, proporcionando um ambiente de aprendizado envolvente e de gamificação. O treinamento é totalmente adaptável às necessidades dos usuários com "debriefing" (ferramenta para potencializar a aprendizagem por meio da experiência) integrado e rastreamento de progressão.

Para mais informações relativas à parceria da Check Point para oferta de cursos on-line gratuitos na plataforma edX, acesse: https://www.edx.org/school/checkpoint

 

Check Point Software Technologies Ltd.

A Check Point Software Technologies Ltd.

https://www.checkpoint.com/pt/

https://research.checkpoint.com/

https://twitter.com/_cpresearch_

https://blog.checkpoint.com/

https://www.twitter.com/checkpointsw

:https://www.facebook.com/checkpointsoftware

https://www.youtube.com/user/CPGlobal

https://www.linkedin.com/company/check-point-software-technologies

https://research.checkpoint.com/
https://twitter.com/_cpresearch_


O ensino híbrido acelera a necessidade da aplicação de tecnologias educacionais nas escolas

Alternar o ensino presencial e remoto pode trazer benefícios como a democratização do ensino, mas apenas quando os desafios forem superados. A implantação de tecnologias educacionais é um passo essencial nesse processo.

 

Ronaldo Balsalobre: “O momento atual será de dificuldades e grandes desafios na implementação do ensino híbrido, mas vem com a oportunidade de transformação para democratizar o acesso à tecnologia e levar o ensino a todos, tanto na educação privada quanto pública.

O impacto da pandemia na educação vai refletir na redução das aulas tradicionais e expositivas. Mesmo com a retomada das aulas presenciais, o ensino remoto continuará fazendo parte da rotina de professores e estudantes, pois na maior parte do país será preciso adotar o ensino híbrido

Esse modelo promove uma mistura entre o ensino presencial e propostas de ensino on-line. Apesar de já ser discutido há algum tempo, a necessidade de sua implantação foi acelerada pela pandemia e trouxe consigo muitos desafios. O ensino híbrido também é uma adequação às competências propostas pela Base Nacional Comum Curricular, que inclui a implementação da cultura digital nas escolas.

A ideia é que os recursos digitais complementem e reforcem tudo que o professor transmite em sala de aula, estimulando a aprendizagem com ferramentas adicionais para que o aluno busque e desenvolva maior compreensão dos conteúdos. Para isso, o plano de aula deve ser pensado e elaborado para incluir e integrar a tecnologia de maneira relevante, como a utilização de textos em formato digital, discussão de temas em fóruns on-line, multimídias para expor os conteúdos, entre outros.

É certo que essa metodologia transforma a maneira de ensinar do professor e a maneira de aprender dos alunos, distanciando-se do modelo tradicional de educação para se adequar às mudanças trazidas pela tecnologia. Sendo assim, é preciso reestruturar o plano pedagógico, a gestão da escola e a organização da sala de aula, e trabalhar na adesão e adaptação dessa metodologia por parte de toda a comunidade escolar.

Trabalhar o ensino híbrido na Educação Infantil será um desafio ainda maior, pois as crianças precisam de acompanhamento constante. Para isso, vale utilizar de atividades lúdicas, com brincadeiras interativas relacionadas ao que foi ensinado nas aulas presenciais, para que as crianças possam praticar em casa, com o apoio dos pais.

O papel do professor no ensino híbrido será estimular a interação, a colaboração e o envolvimento dos alunos com as tecnologias digitais, ao passo em que os relaciona aos conteúdos a serem aprendidos, favorecendo esse processo. Para que isso ocorra, os professores precisam de uma formação continuada voltada para a utilização dos recursos tecnológicos na educação para saberem integrar, de forma adequada, ao plano pedagógico.

Algumas das possibilidades de combinar o ensino presencial e remoto são o esquema de rotação, que propõe o estudo de uma mesma disciplina ou tema específico, ora por meio de plataformas digitais, ora realizando projetos em grupo, alternando quem estuda na modalidade virtual e presencial; a sala de aula invertida, que utiliza o conhecimento prévio do aluno, obtido por meio digital, para discutir em sala de aula o tema estudado e compartilhar com os colegas e o professor; o sistema Flex, permitindo que o estudante aprenda através de recursos digitais com maior autonomia, mas tem o professor disponível para tirar dúvidas sempre que precisar; e o laboratório on-line, que disponibiliza o curso inteiro em plataforma digital, mas em um ambiente físico, assim os alunos estudam no laboratório e também assistem às aulas tradicionais.

Tudo isso, no entanto, não será possível se não houver uma mudança na infraestrutura, no currículo, nas práticas pedagógicas e na formação dos professores. É preciso, também, dispor dos recursos tecnológicos que permitam o ensino virtual de forma adequada e eficaz, saber usar ambos como complementares e interagir uma modalidade com a outra. Tudo isso mostra a importância do investimento constante na tecnologia educacional, o meio mais eficiente para suprir essa necessidade de se adaptar e interagir com as novas gerações, tornando os alunos mais envolvidos com o processo educacional.

O momento atual será de dificuldades e grandes desafios nessa implementação. O ensino híbrido, contudo, provoca uma discussão importante, que sempre foi deixada em segundo plano no Brasil, e agora vem com a oportunidade de transformação para democratizar o acesso à tecnologia e levar o ensino a todos, tanto na educação privada quanto pública.

 




Ronaldo Balsalobre - formado em Pedagogia e Mestre em Educação pela PUC-SP. Possui ampla experiência na área educacional, atuando como Professor do Ensino Superior, Consultor Pedagógico e Supervisor Educacional. Atualmente Ronaldo é Coordenador da Assessoria Pedagógica do SAE Digital. 


Mudanças importantes na lei da nacionalidade portuguesa são aprovadas

O parlamento de Portugal aprovou uma importante mudança na Lei da Nacionalidade de netos de cônjuges de portugueses. A nova legislação visa diminuir a burocracia e tornar o processo de naturalização mais justo e simplificado. O advogado Anselmo Costa explica estas novidades para quem deseja reconhecer a cidadania do país europeu



Os deputados portugueses aprovaram alterações na lei da nacionalidade portuguesa que vão facilitar a vida dos imigrantes em Portugal. A medida foi aprovada por 144 votos a favor, 82 contra e uma abstenção e agora segue para sanção presencial.  A lei anterior (aprovada em 2018), reconhecia a nacionalidade dos filhos nascidos em Portugal dos pais que tivessem pelo menos 5 anos de residência no país luso.

Segundo o advogado Anselmo Costa, “a nova lei vai facilitar muito para os brasileiros que são netos de portugueses e que desejam adquirir a nova nacionalidade, pois as exigências para este processo caíram pela metade”. A versão anterior da lei era de 1981, que teve sua última atualização em 2018, e exigia a comprovação de laços com a comunidade portuguesa, que de fato era de difícil prova.

O advogado lembra que “a mudança permite que os filhos dos imigrantes legais com autorização de residência ou que fixaram residência há pelo menos um ano e que nasceram em território nacional possam ter nacionalidade portuguesa, sendo esse o desejo dos pais”. Ele lembra que simplificação do processo de nova naturalidade também facilitou inclusive para obtenção de nova nacionalidade do cônjuge. A Lei prevê o reconhecimento por casamentos com pelo menos 6 anos. Em caso de o casal ter filhos em comum, o processo pode ser solicitado sem cumprimento de prazo. A versão antiga da lei exigia, além de 3 anos de casado com o nacional português, a comprovação de laços com a comunidade.

Para os netos de portugueses, Anselmo destaca que “foi retirado também o requisito de comprovação de vínculo com a comunidade portuguesa”. Agora a comprovação será feita através do conhecimento suficiente da língua portuguesa.

A nova legislação também traz outros tópicos que mudarão esta maneira de adquirir a nacionalidade portuguesa. O advogado Anselmo Costa está disponível para entrevistas e explicar mais detalhadamente estas mudanças.

 

Virando o jogo: a Geração Z está redefinindo os limites do comércio

A Geração Z, que engloba quem tem menos de 24 anos, representa uma ruptura fundamental com todas as outras gerações da história humana, já que eles nunca viveram em um mundo não digital. Eles são 24%[1] da população brasileira, o equivalente a 51 milhões de pessoas, e seus comportamentos, que são muito diferentes dos de gerações anteriores, dão uma prévia de como poderá ser o futuro da sociedade.

Se pulássemos dez anos no futuro, veríamos como o tamanho, o poder aquisitivo e a influência da Geração Z cresceram à medida que seus integrantes ingressaram na força de trabalho e que seus antecessores se aposentaram. Sua importância para os varejistas globais é considerável e não pode ser ignorada, já que são seus comportamentos que vão remodelar o comércio nas próximas décadas.

Como a Geração Z exige uma nova experiência de varejo, empresas precisam implementar tanto estratégias imediatas quanto de longo prazo para garantirem que ela seja ouvida. Três atitudes são essenciais:


Seja pessoal e autêntico

Nos últimos anos, a rápida urbanização em alguns países, o crescimento populacional e o aumento do comércio mobile e on-line mudaram profundamente a noção de individualidade da sociedade. Com o tempo, os compradores trocaram experiências no ponto de venda pela velocidade e conveniência das compras eletrônicas, especialmente após a epidemia de COVID-19 fechar lojas e forçar as pessoas a se isolarem socialmente. No entanto, recentemente, também estamos vendo a sociedade completar um ciclo. Os consumidores da geração Z estão colocando foco renovado no indivíduo e retomando as raízes do comércio individualizado. Para essa demografia, não existe tamanho único: a Geração Z procura experiências pessoais que se encaixem em seus valores e em seu estilo de vida e que a mantenha constantemente interessada.

A tecnologia e os dados, que tornam a personalização possível, estão potencializando experiências de consumo customizadas nesta era digital. A cultura da compra em massa não se encaixa bem com uma geração imersa na expressão individual. Assim, os varejistas estão deixando de falar com segmentos para falar com pessoas.

De acordo com as descobertas do Global Payments Report 2020, da Worldpay from FIS, uma pesquisa que ouviu consumidores de 40 países, incluindo o Brasil, 60% da Geração Z acreditam que é importante que as marcas valorizem sua opinião. Inclusive, 35% sentem que sua marca favorita os entende como indivíduos.

A Geração Z promoveu um senso saudável de ceticismo, transformando a autenticidade em algo fundamental para as marcas. Ter crescido em um mundo na era das “fake news”, com suas vidas digitais marcadas por mensagens de qualidade e origem questionáveis, fez deles críticos astutos. Eles são movidos a autenticidade e se afastam de marcas que não aderem aos seus valores.


Proporcione uma experiência mobile amigável

As marcas que buscam ganhar as graças da Geração Z precisam atender também às suas preferências de pagamento. Assim como suas vidas, elas são mais digitais, mais sociais e mais focadas em dispositivos móveis do que as de qualquer outra época. A Geração Z costuma usar serviços digitais e eWallets com mais frequência do que seus antecessores, um fato relevante em um país como o Brasil que possui uma alta penetração de smartphones, com o uso de tecnologias móveis atingindo 66% da população e 71% de penetração de internet, segundo o estudo da Worldpay.

Aceitar uma variedade de carteiras digitais mobile é essencial para atender a uma geração que está a caminho de superar o uso de cartões plásticos como forma de pagamento. Esta tendência deve se acelerar após a pandemia, já que as pessoas estão com medo de se contaminar ao encostar em cédulas ou ao digitar a sua senha. Assim, é fundamental trabalhar com um mix ideal de eWallets, já que, embora opções mundialmente reconhecidas, como o PayPal, tenham uma grande participação proporcional, as eWallets estão resistindo à homogeneização, com alternativas locais e regionais prosperando ao redor do mundo. No Brasil, Rappi, iFood e Ame Digital, entre outras, estão fazendo o mercado florescer.


Inove para uma geração hiperconectada

Por instinto, a geração Z não é atraída pelas mesmas ferramentas bancárias, de pagamento e de investimento que seus pais. Esses consumidores são conquistados por produtos e serviços financeiros que oferecem praticidade e conveniência. Como nativos digitais, eles também têm mais consciência do que as empresas podem entregar. Cada vez mais, esperam por experiência de alto nível, independentemente de estarem comprando na Amazon, pedindo uma pizza ou entrando em contato com seu provedor de serviços financeiros.

A geração Z está pronta e sedenta para se engajar com serviços financeiros de ponta e com inovações na área de pagamentos. Estabelecer conexões significativas com eles deve ser uma abordagem focada e de longo prazo. Comerciantes que buscam o sucesso devem explorar estratégias levando em conta os cuidados e a urgência que a Geração Z espera cada vez mais.

Sobre os dados:Os números citados foram retirados do Global Payment Report 2020, da Worldpay from FIS, a menos que seja indicado ou referenciado de outra forma. Para metodologia de pesquisa, consulte a página 128 do relatório.

 



 Juan D'Antiochia - Gerente Geral para Global eCommerce, LATAM, Worldpay Merchant Solutions, FIS

 


[1] Itaú BBA: https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2019/09/millennials-ja-sao-maioria-da-populacao-do-pais-e-70-da-forca-de-trabalho.html


Pandemia: o que não mata fortalece!

Em meio a todos os transtornos causados pela pandemia, inovar se tornou a palavra de ordem para empresas e até profissionais autônomos. No susto, do dia para a noite, rotinas foram totalmente alteradas e pessoas de todo o mundo se viram obrigadas a se reinventar para sobreviver. Por mais difícil que tenha sido nas primeiras semanas, hoje, já começam a surgir relatos que comprovam o quanto as coisas mudaram – e muitas para melhor!

Existe um fenômeno na biologia que explica esse efeito, a hormese. Observado pelo toxicologista alemão Hugo Paul Friedrich, em 1888, o fenômeno revelava que pequenas doses de veneno estimulavam o crescimento do fermento. Por outro lado, doses maiores causavam prejuízo. De lá para cá, muitas indústrias, como a de pesticidas, fertilizantes e até medicamentos, se valeram dessa lógica. Não por acaso, existe um senso comum de que o que diferencia o veneno do remédio é a dose. Da mesma forma, podemos concluir que, aquilo que não mata, fortalece.

E o que isso tem a ver com o momento atual? Tudo! Excluindo, obviamente, a tragédia humanitária que a Covid-19 vem causando em todo o mundo, podemos observar que muitas pessoas e empresas usaram o momento ruim para criar oportunidades. Estão surgindo várias reportagens com histórias de brasileiros que usaram o auxílio emergencial para abrir seus próprios negócios. Ou seja, a água batendo no nariz fez muita gente se mexer!

Isso me lembra o conto da vaca no penhasco. Reza a lenda que mestre e discípulo caminhavam por uma área muito pobre, quando se depararam com uma humilde casinha. Ali, tudo que a família tinha era uma magra vaca leiteira. Sem hesitar, o mestre ordenou que o discípulo empurrasse a vaca no penhasco, acabando com a única fonte de sustento da família. Relutando, o discípulo acabou cumprindo a ordem de seu mestre. Algum tempo depois, o mesmo discípulo, andando por aquela região avistou uma bela e confortável residência naquele mesmo local.

Curioso e se sentindo culpado pelo destino daqueles pobres coitados, o discípulo se aproximou e perguntou ao novo morador sobre uma família muito simples que morava ali. Para sua surpresa, o morador disse que eram eles mesmos, e que a família estava estabelecida ali há muito tempo! Então, o homem lhe contou que, em uma noite, um terrível acidente matou a única fonte de sustento da família, a pobre vaca leiteira. Sem alternativas, eles tiveram que começar a buscar trabalho. Descobriram suas próprias capacidades e as potencializaram, transformando-as em fontes inesgotáveis de recursos.

Histórias como essa não estão presentes apenas nos contos fictícios. Cada vez mais, temos visto o quanto as crises são darwinistas, demonstrando que os que sobrevivem não são os maiores ou melhores, mas sim os que melhor se adaptam. Mais que isso, aqueles que são capazes de fazer o que a psicologia chama de sublimação, que é transformar algo ruim em algo bom. No popular, costumo chamar isso de transformar limões em caipirinhas.

No livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos”, o autor Nassim Nicholas Taleb, descreve o conceito de antifragilidade. Segundo ele, embora o termo resiliência sejam amplamente utilizado nos dias atuais, ele não é suficiente. Taleb diz que o resiliente, resiste. O antifrágil supera e, como diz o próprio título da obra, ele tem ainda a incrível capacidade de se beneficiar com o caos.

O antifrágil tem consciência de que existem fatores externos, inesperados e incontroláveis. Ele não tenta mapear, prever, prevenir e mitigar falhas ou crises. Ao contrário, ele encara as intempéries como algo natural e parte integrante de qualquer processo. Portanto, quando elas acontecem, não são motivo de pânico, estresse ou desespero. O antifrágil busca oportunidades em meio às crises para continuar crescendo. E isso é senso de oportunidade, não de oportunismo.

E você, se rende aos problemas, é resiliente ou antifrágil? Desejo que a pandemia esteja sendo uma boa alternativa para você aprender que o que não mata, pode sim te fortalecer e fazer ainda mais forte. Aposte no seu potencial e arregace as mangas!




Marília Cardoso - sócia-fundadora da PALAS, consultoria pioneira na implementação da ISO 56.002, de gestão da inovação.

www.gestaopalas.com.br


Direitos e Deveres na união homoafetiva

Há sete anos, o Público LGBTQ+ vive no Brasil com os mesmos direitos ao casamento e à união estável que um casal heterossexual. Mas ainda chama a atenção o número de pessoas que desconhecem esses direitos. A Resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 16 de maio 2013, estabeleceu que os cartórios não podem recusar a celebração de casamentos civis de casais do mesmo sexo ou deixar de converter em casamento a união estável homoafetiva, que já tinha sido concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 5 de maio de 2011.

Hoje, esse público tem o casamento como um direito conquistado. Isso mostra que eles foram equiparados, uma vez que não existe no universo jurídico um ato jurídico tão solene quanto o casamento. Portanto, não há mais espaço para preconceitos.

Caso algum cartório se negue a realizar o casamento homoafetivo, o casal pode procurar o Ministério Público ou o juiz corregedor, que irá obrigar o cartório a realizar o casamento e ainda aplicar sanções administrativas.

Tanto no casamento, quanto na união estável, existe a opção de escolher o regime que melhor interessar ao casal, como por exemplo o da comunhão parcial de bens, da separação total ou da comunhão universal.

Em se falando de casamento, podemos observar que o que muda em relação à união estável é a solenidade do ato e o estado civil que o casal irá adotar, sendo que, na união estável, permanece o estado civil de solteiro.

Como no Brasil existem liberdades de crenças, ainda não há a possibilidade de realização da cerimônia de forma religiosa, mas existem outras alternativas para fazer uma solenidade emocionante e inesquecível para marcar esse momento, afinal, o casamento civil hoje é oficializado no cartório e é um ato legal e legítimo.

Conheça os direitos e deveres do casamento tanto homoafetivo quanto heteroafetivo:

- Direito a escolha do regime de bem (tanto na união estável, quanto no casamento);

- Direito a constituir família, ou seja, o casal homoafetivo pode adotar crianças;

- Direito ao divórcio ou à dissolução da união estável;

- Direito sucessório, ou seja, participa da herança do seu cônjuge ou companheiro;

- Dever de cuidado e sustento dos filhos;

- Dever de lealdade;

 - Direito e dever de respeito mútuo. Afinal, no casamento tudo que é direito é dever, ou seja, você tem o direito de ser respeitado e deve respeitar.

O Direito de Família vem conquistando, ao longo dos anos, ainda mais direitos em favor da família e das diversas formas de amor, mesmo que, em muitos casos, ainda exista preconceito. É dever do profissional da área de família zelar por direitos no que tange à constituição de família, em suas diversas formas.

 




Dra. Catia Sturari - advogada especializada em Direito de Família, atuando há 12 anos na área. Formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul, atualmente cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI. Condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolvem o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.


MSF recebe autorização para trabalhar em áreas indígenas no Mato Grosso do Sul

Ampliação das atividades na região de Aquidauana deve beneficiar mais de 6 mil pessoas

 

A organização internacional de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) recebeu autorização para ampliar o trabalho de resposta médica à COVID-19 nas comunidades indígenas próximas ao município de Aquidauana, no estado do Mato Grosso do Sul. Um novo plano de trabalho apresentado às autoridades responsáveis pela saúde indígena foi aceito hoje pela SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena). As atividades previstas por MSF devem beneficiar mais de 6 mil pessoas que vivem em 11 comunidades e levarão sempre em conta os aspectos culturais da etnia terena, que será atendida.

MSF irá trabalhar nas áreas indígenas sempre em conjunto com as equipes de saúde do município e do Distrito Sanitário Especial Indígena do Mato Grosso do Sul (DSEI-MS). O principal objetivo da organização de ajuda humanitária é oferecer assistência médica com foco na triagem de pacientes com COVID-19. Para isso, MSF irá trabalhar com equipes móveis que visitarão as comunidades e realizarão também visitas domiciliares, com base na necessidade de cada aldeia e em coordenação com a equipe parceira.

No município de Aquidauana, MSF já apoia o hospital regional e as equipes de saúde locais com supervisão médica e capacitação. Agora, com a autorização para a entrada em comunidades indígenas, MSF pretende atuar também com três equipes móveis. Cada uma delas será formada por ao menos um médico e um enfermeiro e pode também contar com um psicólogo, um promotor de saúde e um especialista em água e saneamento, que se revezarão para atender as três equipes. Os profissionais se deslocarão diariamente a comunidades indígenas da região, de acordo com um cronograma previamente definido, para prestar cuidados médicos e fornecer orientações de saúde.

MSF entende a necessidade urgente de assistência nas áreas indígenas e está pronta para começar as atividades com as clínicas móveis o quanto antes.


MSF no Brasil

Médicos Sem Fronteiras está trabalhando na resposta à COVID-19 em mais de 70 países. No Brasil, a organização começou o combate à pandemia no começo de abril. Além da região de Aquidauana, as atividades acontecem atualmente na cidade de São Paulo e em Boa Vista. Desde o início da pandemia, atuamos anteriormente também na cidade do Rio de Janeiro e no estado do Amazonas, em Manaus e nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Tefé.

 

Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.

 

 

Estudo aponta que 4 em cada 10 pessoas deixaram de ir ao médico durante a pandemia por medo de contágio

Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing também entrevistou médicos em um estudo qualitativo que mostra grande preocupação da pandemia refletir no agravamento de outras doenças, como o câncer


A Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing realizou em julho sua terceira edição da pesquisa Coronavírus e seu Impacto no Brasil. Esse levantamento foi realizado por meio de questionários online, entre os dias 16 e 21/07, e obteve 1.090 respostas, de todas as regiões do Brasil. O foco desta terceira onda era abordar o sentimento geral da população em relação ao momento atual e à retomada das atividades, principalmente olhando para os setores do Trabalho, Turismo, Saúde e Lazer.

A maior parte das pessoas (65%) acredita que sua Saúde permanece nas mesmas condições pré-pandemia, enquanto para apenas 19% ela piorou neste período recente. No entanto, quatro em cada 10 (42%) precisaram de alguma ajuda média neste período e não foram ao médico por medo de contágio. Os motivos relacionados a esta necessidade variam muito, desde problemas dermatológicos (23% dentre os que precisaram e não foram), dores na coluna (21%), crises de ansiedade ou agravamento de depressão (15%), entre muitos outros. Para quase metade destas pessoas (44%), o problema que a teriam feito ir ao médico em condições normais persiste ou está piorando na falta de cuidado especializado.

 A telemedicina, recentemente regulamentadas no Brasil, não encontram rejeição conceitual neste novo ambiente pós-pandemia. Apenas 6% dizem que não gostam dessa ideia e não fariam uma consulta assim. Outros 29% não simpatizam muito com a ideia, mas recorreriam a ela se houvesse necessidade. Já os demais 55% de entrevistados são simpáticos a essa nova modalidade de atendimento médico. Apesar disso, a maioria ainda não experimentou a nova tecnologia – somente 1 em cada 5 entrevistados (22%) já esteve numa consulta por vídeo.

“Assim como em todos os campos da vida, médicos e pacientes também se viram na necessidade de trazer a tecnologia para suas relações. E essa é uma notícia boa. Abre-se um campo muito interessante para ampliar e diversificar o alcance da medicina por caminhos que até ontem eram cheios de barreiras, inclusive legais”, opina Gabriela Prado, diretora executiva da Demanda.


O que dizem os médicos

Além do estudo com a população, em junho a Demanda também fez um levantamento com médicos, para entender como estão lidando com as mudanças de rotina e o estresse que a pandemia trouxe para seu trabalho e vida pessoal. Doze médicos de diferentes especialidades passaram por entrevistas em profundidade com cerca de 1h cada, e é quase unânime o testemunho de que estão sobrecarregados e emocionalmente expostos diante de toda a situação vivida.

Entre os principais relatos, destacam-se as jornadas extensas para estudar e se apropriar de todo conhecimento novo que o enfrentamento ao vírus requer. “É muito pesado, defino novos protocolos regularmente. Além de um cuidado intensivo dos pacientes, temos que aprender o tempo todo, isso esgota os profissionais”, afirma um médico infectologista participante da pesquisa.

Muitos, ainda, enfrentam problemas estruturais e condições inadequadas em seus locais de trabalho. Falta apoio aos médicos que estão lidando com o problema na ponta, e nesse contexto eles ficam emocionalmente fragilizados, procurando ser o suporte uns dos outros. “A gente dá o ombro um para o outro para chorar, quem estiver melhor, dá uma palavra de positividade. Temos amigos com Covid, temos medo de nossas famílias pegarem”, relata outro participante.

Além dos cuidados consigo mesmos, também afetam os médicos os problemas de saúde que vão se agravando em seus pacientes, ainda que sem relação direta com a pandemia. O isolamento e o medo do contágio têm feito muitas pessoas deixarem de procurar os médicos, e isso pode ocasionar problemas graves num futuro próximo. Um urologista destaca que “sem vir às consultas, muitos deixam de diagnosticar um câncer, por exemplo. Vai haver outra epidemia”

Para Gabriela Prado, o momento é de amparar os profissionais de saúde, tão expostos e ao mesmo tempo imprescindíveis para que o Brasil supere o difícil momento atual. “Como sociedade, precisamos cuidar dos médicos e todos os profissionais de saúde, para que eles possam continuar cuidando de nós. Isso envolve governos, entidades de classe, indústrias parceiras, sociedade civil, enfim, todos nós”, conclui a executiva.


 Pandemia desanima, mas não impede brasileiro de planejar o futuro

 O sentimento geral das pessoas com o momento da pandemia é de desânimo. Cerca de 3 em cada 4 (73%) se diz desanimado atualmente. Ao serem perguntados sobre o que mudou para pior ou para melhor do início da pandemia para cá, metade deles (49%) afirma que a vida mudou para pior no que diz respeito à vivência social e às oportunidades de lazer. Outros 37% sentiram piora no estado psicológico, em seu equilíbrio emocional. Em outro sentido, 41% observaram que melhorou seu engajamento em ações solidárias e 53% estão se relacionando melhor com suas famílias.

 Muitos brasileiros fazem planos para quando a pandemia acabar e somam 70% os que pretendem viajar assim que possível. Outros planos muito presentes são rever familiares ou amigos (58% dos entrevistados) e retomar ou iniciar a prática de algum esporte (42%). Enquanto isso tudo não é possível, boa parte deles admite ter incorporado ou intensificado alguns maus hábitos. A ingestão de chocolates ou doces em geral brotou ou cresceu em nada menos do que 38% do público pesquisado. E o hábito de beber álcool agravou-se ou incorporou-se à rotina de 20% dos internautas brasileiros participantes da pesquisa.

 

Posts mais acessados