Ginecologista traz dicas de como amenizar as dores e desconfortos durante o período menstrual
Muitas mulheres sofrem com terríveis cólicas menstruais, que podem afetar diretamente a produtividade e qualidade de vida. Com a chegada da frente fria, o corpo é submetido a baixas temperaturas e fica mais sensível à dor. A razão é que, com o frio, os vasos sanguíneos se comprimem, podendo intensificar as cólicas. É comum o uso de medicamentos de farmácia, especialmente analgésicos e anti-inflamatórios, para o alívio momentâneo, porém existem outras formas de contribuir para o alívio das dores, sem abusar de remédios.
Apesar das cólicas serem comuns, essas dores podem estar atreladas a outras condições, como a endometriose, que atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva, impactando profundamente a saúde da mulher. Segundo o ginecologista Dr. Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, quando as dores acontecem fora do período, é um sinal para buscar acompanhamento médico e iniciar um tratamento, portanto, o importante é observar os sinais que o corpo dá e se os sintomas persistirem, é recomendado procurar ajuda médica o quanto antes.
Confira algumas
dicas do especialista para aliviar as cólicas em casa:
1 -
Compressas de água morna
Uma das técnicas
mais antigas e mais reconfortantes no período de cólica, pode ser explicada
pelo fato do calor ativar o fluxo sanguíneo e amenizar as dores. Para fazer,
basta colocar uma bolsa de água morna ou compressa no local das cólicas e
deixar por cerca de 15 minutos. É importante proteger a pele do contato direto,
colocando um pano entre a bolsa e a pele para evitar queimaduras.
2 -
Aposte em bebidas quentes
As bebidas quentes
têm o mesmo efeito da bolsa de água quente, auxiliando no alívio das dores.
Porém, evite bebidas com cafeína, que tem o potencial de agravar as dores em
algumas mulheres. Aposte em chás, como de camomila, hortelã, alecrim, louro e
lavanda, que possuem propriedades relaxantes, calmantes e anti-inflamatórias.
3 -
Atenção com a alimentação
Alguns alimentos,
como doces e comidas mais gordurosas, podem causar inchaço e retenção de
líquido em alguns organismos, aumentando o aparecimento de cólicas menstruais.
Por isso, durante o ciclo, é interessante manter uma dieta mais equilibrada,
evitando o excesso de açúcares e gorduras, dando prioridade para legumes,
verduras, frutas e carnes magras, além de ingerir bastante água.
4 -
Mantenha hábitos saudáveis
Exercícios físicos
ajudam muito na diminuição da dor durante o período menstrual. Novamente, as
atividades físicas aumentam o fluxo sanguíneo, liberando endorfina, auxiliando
no controle das dores. Em contrapartida, fumar pode ser ainda mais prejudicial
nessa época, por conta da vasoconstrição que o tabaco causa. Dessa forma,
evitar fumar também é a melhor opção para amenizar as cólicas.
5 -
Descanso
O estresse
atrelado a um estilo de vida corrido, contribui bastante para o aumento das
cólicas. Quando o corpo descansa durante um sono de qualidade, o equilíbrio é
restabelecido. Então, o descanso aliado aos hábitos saudáveis, contribuem para
um ciclo menstrual com menos desconforto.
Clínica Bellelis – Ginecologia
Patrick Bellelis - ginecologista é Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), do Hospital de Câncer de Barretos.
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