Nutrólogo do Hospital Alemão Oswaldo
Cruz explica que a guloseima pode ser aliada do bem-estar de forma simples
Consumido em todo mundo há séculos, o chocolate ainda desperta fascínio em meio a tantas delícias gastronômicas e todo dia 7 de julho é comemorado o Dia Mundial do Chocolate. A data remete à chegada do produto à Europa no século 16 pelas mãos dos espanhóis.
Poucas iguarias despertam tanta admiração e une tantos apaixonados, que podem ser chamados de “chocólatras”. Seja ao leite, amargo ou meio amargo, sua variedade vai além do sabor irresistível. Mas, para aproveitar verdadeiramente essa guloseima é preciso entender como se deve saborear o chocolate.
Dr. Andrea Bottoni, nutrólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que o “segredo” está não apenas no que comemos, mas como o fazemos. É importante explorar não somente os prazeres sensoriais que o chocolate proporciona, mas também os benefícios que uma apreciação consciente pode trazer.
“Quando nos permitimos degustar cada pedacinho com calma, exploramos não só seu sabor, mas também seus benefícios. É que isso a gente está se desacostumando. Pegue um pedaço, deixe literalmente na boca ou, antes de colocá-lo na boca, sinta o aroma e observe a textura, e quando der aquela mordida, você sentirá muitas sensações. Vai desfrutar muito mais”, explica Bottoni.
O especialista explica que apreciar um chocolate pode ser um convite para uma jornada sensorial que enriquece o corpo e a mente.
Com compostos antioxidantes como os flavonoides e a capacidade de influenciar positivamente o humor, o chocolate pode ser mais do que uma guloseima e se tornar aliado para momentos de bem-estar.
Isso acontece porque, de acordo com o especialista, o chocolate tem triptofano, um aminoácido que é precursor da serotonina, hormônio responsável por regular o humor, sono e o apetite.
“O chocolate pode cooperar com uma sensação de bem-estar, e quem não gosta de bem-estar? Tem pessoas que se sentem melhor ao comer chocolate”, afirma o nutrólogo, que complementa que, para quem não dispensa o consumo diário do chocolate, o recomendável é a ingestão de 25 gramas, o famoso “quadradinho”.
No entanto, não basta apenas escolher qualquer chocolate. O tipo amargo ou meio amargo, com menor teor de açúcar e maior concentração de cacau, é recomendado para quem busca os benefícios nutricionais sem renunciar ao sabor.
"Comer chocolate deve ser uma celebração do paladar e uma oportunidade para nos reconectarmos com nossas origens alimentares. Não são só calorias ou nutrientes, comer também é cultura, tradição, gastronomia, é uma lembrança que nutre o coração, como um bolo feito pela avó”, afirma Bottoni.
É necessário lembrar que chocolates são ricos em calorias, açúcares e gorduras, portanto, a quantidade consumida deve ser controlada. Também é importante estar atento à composição nutricional dos produtos escolhidos e para isso vale sempre a leitura dos rótulos dos produtos para entender a composição do alimento.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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