Nova legislação traz à tona debate sobre a qualidade de vida dos pacientes com Alzheimer e outras demências
De acordo com
dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua –
PNADC- do IBGE, em dez anos o número de pessoas com 60 anos ou mais passou
de 11,3% para 14,7% da população. Em números brutos, esses dados representam um
aumento de cerca de 9 milhões de idosos no Brasil, sendo que cerca de 1,76
milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência no
País (Fapesp 2023). Existem, portanto, muitos desafios com o envelhecimento da
população brasileira.
A profa. dra. Thais Bento Lima, gerontóloga e parceira científica do SUPERA - Ginástica para o Cérebro alerta que boa parte das pessoas não têm consciência de sua condição demencial e esses números tendem a aumentar. “Com o aumento da incidência de declínio cognitivo no Brasil, é cada vez mais necessário serviços e profissionais especializados em demências para que pacientes, cuidadores familiares e cuidadores formais possam ter maior qualidade de vida e suporte para lidar com o avanço do quadro clínico da doença”, afirma.
A profa. dra. Thais esclarece que a Lei sancionada no último dia 4 de junho para a Política Nacional de Cuidado às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras demências, que estava em tramitação desde 2020, traz diretrizes discutidas pela sociedade civil e alinhadas com as recomendações de governança e evidências cientificas da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da ADI (Alzheimer’s Disease International).
“Os destaques da
Nova Lei são o melhor diagnóstico e tratamento pelo SUS, a capacitação de
profissionais de saúde, mais suporte para cuidadores e os programas de amparo a
idosos em entidades de longa permanência. Esta lei é fruto do protagonismo e
mobilização vigorosa da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer)”, explica a
dra. Thais.
Estimulação
cognitiva
As diretrizes do
Plano Nacional em Demência incluem ações de prevenção de novos casos de
demência. Cientificamente, sabe-se que um dos fatores neuroprotetores mais
importantes é a realização de exercícios intelectuais, popularmente conhecidos
como exercícios de ginástica cerebral. Estes exercícios ilustram as metas e as
ações estabelecidas pela OMS para a redução de risco de demências.
“Estimular
o cérebro com atividades intelectuais consolida as sinapses (conexões ou
ligações entre os neurônios). Com a prática dos exercícios, o fluxo sanguíneo
aumenta; há um crescimento na produção de proteínas da aprendizagem e da rede
neural. Adicionalmente, ocorre um processo chamado neurogênese; que é o
nascimento de neurônios, deixando o cérebro mais resistente ao desenvolvimento
de doenças neurológicas. Alguns exercícios que auxiliam no processo de proteção
cerebral: jogos de atenção, como os jogos dos sete erros; caça-palavras; jogos
de estratégias como o SUDOKU; o treino com o ábaco (calculadora manual); o Jogo
da Velha e os jogos de estímulo à linguagem como as palavras cruzadas”, explica
Thais.
No
Brasil, o Método SUPERA oferece intervenções cognitivas como
uma estratégia de prevenção para alterações cognitivas que podem aparecer na
fase adulta e na velhice. É uma escola especializada em estimulação cognitiva
para todas as idades, a famosa ginástica cerebral que fornece atividades
intelectuais e desafiadoras capazes de promover a qualidade de vida e saúde do
cérebro, a partir de um método específico baseado nos princípios das
neurociências e em estudos científicos internacionais de treino cognitivo e do
desenvolvimento humano.
“A
ginástica para o cérebro segue os princípios de novidade, variedade e desafio
crescente, que funcionam como estimuladores de novas conexões neurais. Sabe-se
que os exercícios podem gerar efeitos protetores de declínio cognitivo ou
postergar o aparecimento de um quadro demencial. Quanto mais se usa o cérebro,
melhor ele funciona e mais protegido ele ficará de doenças e da degeneração.
Por isso, além da boa nutrição, dormir bem, fazer atividades físicas e
ginástica cerebral são muito importantes para a memória permanecer saudável
durante o processo de envelhecimento normal”, finaliza a especialista.
Para saber mais, acesse www.metodosupera.com.br
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