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domingo, 7 de julho de 2024

O brasileiro está preparado para envelhecer?

Nova legislação traz à tona debate sobre a qualidade de vida dos pacientes com Alzheimer e outras demências


De acordo com dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNADC- do IBGE, em dez anos o número de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população. Em números brutos, esses dados representam um aumento de cerca de 9 milhões de idosos no Brasil, sendo que cerca de 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência no País (Fapesp 2023). Existem, portanto, muitos desafios com o envelhecimento da população brasileira.

 

A profa. dra. Thais Bento Lima, gerontóloga e parceira científica do SUPERA - Ginástica para o Cérebro alerta que boa parte das pessoas não têm consciência de sua condição demencial e esses números tendem a aumentar. “Com o aumento da incidência de declínio cognitivo no Brasil, é cada vez mais necessário serviços e profissionais especializados em demências para que pacientes, cuidadores familiares e cuidadores formais possam ter maior qualidade de vida e suporte para lidar com o avanço do quadro clínico da doença”, afirma.

 

A profa. dra. Thais esclarece que a Lei sancionada no último dia 4 de junho para a Política Nacional de Cuidado às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras demências, que estava em tramitação desde 2020, traz diretrizes discutidas pela sociedade civil e alinhadas com as recomendações de governança e evidências cientificas da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da ADI (Alzheimer’s Disease International).

 

“Os destaques da Nova Lei são o melhor diagnóstico e tratamento pelo SUS, a capacitação de profissionais de saúde, mais suporte para cuidadores e os programas de amparo a idosos em entidades de longa permanência. Esta lei é fruto do protagonismo e mobilização vigorosa da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer)”, explica a dra. Thais.


 

Estimulação cognitiva

 

As diretrizes do Plano Nacional em Demência incluem ações de prevenção de novos casos de demência. Cientificamente, sabe-se que um dos fatores neuroprotetores mais importantes é a realização de exercícios intelectuais, popularmente conhecidos como exercícios de ginástica cerebral. Estes exercícios ilustram as metas e as ações estabelecidas pela OMS para a redução de risco de demências.

 

“Estimular o cérebro com atividades intelectuais consolida as sinapses (conexões ou ligações entre os neurônios). Com a prática dos exercícios, o fluxo sanguíneo aumenta; há um crescimento na produção de proteínas da aprendizagem e da rede neural. Adicionalmente, ocorre um processo chamado neurogênese; que é o nascimento de neurônios, deixando o cérebro mais resistente ao desenvolvimento de doenças neurológicas. Alguns exercícios que auxiliam no processo de proteção cerebral: jogos de atenção, como os jogos dos sete erros; caça-palavras; jogos de estratégias como o SUDOKU; o treino com o ábaco (calculadora manual); o Jogo da Velha e os jogos de estímulo à linguagem como as palavras cruzadas”, explica Thais.

 

No Brasil, o Método SUPERA oferece intervenções cognitivas como uma estratégia de prevenção para alterações cognitivas que podem aparecer na fase adulta e na velhice. É uma escola especializada em estimulação cognitiva para todas as idades, a famosa ginástica cerebral que fornece atividades intelectuais e desafiadoras capazes de promover a qualidade de vida e saúde do cérebro, a partir de um método específico baseado nos princípios das neurociências e em estudos científicos internacionais de treino cognitivo e do desenvolvimento humano. 

 

“A ginástica para o cérebro segue os princípios de novidade, variedade e desafio crescente, que funcionam como estimuladores de novas conexões neurais. Sabe-se que os exercícios podem gerar efeitos protetores de declínio cognitivo ou postergar o aparecimento de um quadro demencial. Quanto mais se usa o cérebro, melhor ele funciona e mais protegido ele ficará de doenças e da degeneração. Por isso, além da boa nutrição, dormir bem, fazer atividades físicas e ginástica cerebral são muito importantes para a memória permanecer saudável durante o processo de envelhecimento normal”, finaliza a especialista.

 

Para saber mais, acesse www.metodosupera.com.br



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