Diretora de escola
lista 5 dicas para ajudar pais e cuidadores neste períodoDayse Campos
A infância é um período muito importante de
crescimento e maturidade da criança. Todo o corpo, especialmente a estrutura do
cérebro, está em processo de modelagem e desenvolvimento, e, portanto, é mais
sensível a estímulos externos, incluindo a exposição a telas.
A defesa de educadores, psicólogos e outros
profissionais por mais cuidado e moderação dos meios eletrônicos durante esse
período não é novidade. Durante a infância, as crianças estão mais suscetíveis
a desenvolver hábitos e comportamentos a partir de suas experiências
precoces.
O período de férias escolares é uma oportunidade
valiosa para elas se desligarem das telas e se conectarem com experiências do
mundo real. Diretora e pedagoga da escola Interpares, Dayse Campos explica que
o uso excessivo de telas tem sido associado a diversos problemas, como
distúrbios do sono, sedentarismo, problemas de visão e dificuldades de
concentração.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que
crianças e adolescentes passem no máximo duas horas por dia em atividades de
tela, excluindo o tempo usado para estudos. Durante as férias, é essencial
aproveitar a oportunidade para reduzir ainda mais esse tempo e estimular outras
formas de diversão e aprendizado.
Tanto é verdade que se compararmos as
sensibilidades dos adultos de hoje, que não tiveram acesso a tanta tela na
infância com as crianças, estes têm maior consciência para gerenciar o tempo e
o conteúdo consumido, ou seja, conseguem fazer o paralelo entre o tempo de tela
saudável e o vício.
Já as crianças, por ainda não estarem completamente
desenvolvidas, possuem maior propensão ao desenvolvimento de vício em telas,
isso porque, acontece a liberação de hormônios e neurotransmissores
relacionados a vício.
Com o passar do tempo, crianças expostas a telas em
excesso tem sua capacidade de se comunicar, socializar e se engajar em
atividades saudáveis fora das telas afetadas. É nas interações com o ambiente,
professores e pais que as crianças percebem seu potencial para ampliar suas
habilidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais.
“Em meio a tantas transformações digitais e apegos
às telas, é essencial para um crescimento saudável para as crianças a
descoberta da magia das tradições culturais, especialmente quando se trata do
período de férias”, enfatiza a diretora da Interpares.
Dayse lista cinco atividades
para ajudar pais e cuidadores:
1 - Exploração da natureza: Caminhadas, passeios de bicicleta, piqueniques e
acampamentos. As crianças aprendem sobre a flora, fauna e ecossistemas,
desenvolvendo uma apreciação e respeito pela natureza.
2 - Atividades criativas: Pintura, desenho, construção de brinquedos e
artesanato. A confecção de fantasias, por exemplo, envolve a escolha de temas,
seleção de materiais e a aplicação de habilidades manuais.
3 - Esportes e jogos: Futebol, vôlei, brincadeiras de esconde-esconde, entre
outros. Atividades ao ar livre incentivam o exercício físico, melhorando a
saúde cardiovascular, força muscular e coordenação motora.
Movimentos como correr, pular e escalar ajudam no
desenvolvimento das habilidades motoras grossas e finas.
4 - Eventos culturais: Visitas a museus, teatros, feiras de livros e
apresentações musicais. Entender o passado por meio de exposições e
apresentações ajuda as crianças a desenvolverem um senso de identidade e
continuidade histórica.
5 - Leitura e contação de histórias: Criação de clubes de leitura, contação
de histórias em grupo e leitura em família. A exposição a uma ampla variedade
de palavras e estruturas de frases melhora o vocabulário e a habilidade de
comunicação.
Ao ouvir ou ler histórias, as crianças aprendem a
fazer previsões, entender causas e efeitos e pensar criticamente sobre os
eventos e personagens. As férias são um período precioso para as crianças e
adolescentes se reconectarem consigo mesmos, com a família e com o mundo ao seu
redor.
“Ao incentivar a redução do tempo de tela e a
exploração de atividades diversas, contribuímos para um desenvolvimento mais
saudável e equilibrado dos nossos jovens”, finaliza a diretora da escola
Interpares, Dayse Campos.
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