Segundo especialista, o mercado livre de energia no Brasil não será afetado pela mudança.
Por conta da previsão de chuvas abaixo da média até
o final do ano, junto com o aumento de temperatura e maior consumo de energia,
a bandeira amarela volta ao sistema de tarifas do consumo de energia elétrica
após 26 meses. Esta alteração significa que a cada 100 kilowatt-hora (kWh)
consumidos, terá um aumento de R$1,885 no valor cobrado.
No entanto, esse cenário não atinge o mercado livre
de energia no Brasil. Como explica Uberto Sprung Neto, CEO da Spirit
Energia, empresa que atua na assessoria de contratos para esse
mercado, a comercialização de energia é feita de maneira livre, ou seja, não
será afetada pela bandeira amarela. “Por se tratar de uma aquisição diretamente
com as instituições geradoras de energia, o mercado livre não sofre este
acréscimo no valor cobrado”.
Além disso, o mercado livre, para as empresas,
apresenta alguns fatores favoráveis frente ao mercado regulado e as mudanças de
bandeiras tarifárias. “Essa flexibilidade é essencial para nossos clientes. Ao
optar por este modelo de negócio, é possível estabilizar os custos de energia,
protegendo-se contra as oscilações tarifárias e, muitas vezes, obtendo
condições mais favoráveis. A possibilidade de escolher seus fornecedores também
permite que as empresas priorizem fontes de energia renováveis, alinhando-se a
práticas mais sustentáveis e responsáveis”, detalha Sprung.
Portanto, apenas os consumidores do mercado
regulado de energia terão os custos gerados pela bandeira amarela. Em Santa
Catarina, a distribuidora do setor é a Celesc, ou seja, os clientes da empresa
catarinense devem pagar R$1,885 a cada 100kWh.
Bandeiras tarifárias no Brasil
A mudança de bandeira foi anunciada pelo Governo Federal por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que alega que esse panorama climático irá fazer com que as termelétricas, com energia mais cara que as hidrelétricas, passem a operar mais.
A orientação da Aneel é que os consumidores do
mercado regulado utilizem a energia de forma consciente e evitem desperdícios,
pois para preservar recursos naturais é fundamental que exista a economia de
energia.
Desde abril de 2022, a bandeira que estava em
vigência em todo o país era a verde, na qual não possui custo adicional, e
promove a redução dos custos das empresas e segurança para o orçamento das
famílias.
Outra modalidade que existe no sistema tarifário é
a bandeira vermelha. Ela é divida em dois patamares, sendo que a primeira
possui acréscimo de R$4,463 a cada 100 kWh consumido, e a segunda de R$7,877 a
cada 100 kWh consumido.
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