Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem ser assintomáticas, por isso, a realização de acompanhamento médico e exames são indicadas em caso de relação sexual desprotegida
As relações sexuais desprotegidas são uma realidade
comum durante o Carnaval. O comportamento de risco pode estar relacionado ao
descuido do sujeito com a própria a saúde, ao consumo de álcool ou à “paixão de
folia”. Porém, o sexo sem camisinha é a porta de entrada para diferentes
infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Para diminuir os riscos, o ideal é
procurar por atendimento médico para realização de exames e, caso necessário,
iniciar o tratamento do problema.
Nesses casos sem proteção, é possível transmitir
sífilis, hepatites B e C, HPV, HIV, entre outros problemas de saúde. As
infecções nem sempre são sintomáticas e podem demorar semanas para serem
detectadas em exames laboratoriais. No caso da sífilis, a testagem positiva
ocorre depois do surgimento da úlcera causada pela doença. Porém, o sinal
aparece após três semanas depois da relação sexual, mas também pode não emergir
ou ser imperceptível. Por isso, a realização da testagem o quanto antes é
essencial.
Atualmente, o HIV é a única IST que possui
tratamento de Profilaxia Pós-Exposição (PEP) regulamentada. A PEP evita o contágio
de vírus e pode ser realizada gratuitamente nos postos de saúde pública. Para
ser efetiva, deve ser iniciada em até 72h após a relação desprotegida. No caso
das demais infecções, o protocolo é realizado por meio de acompanhamento médico
e exames em intervalos pré-definidos para identificação e tratamento das
doenças.
Atenção, homens cisgênero e mulheres trans (sem uso
de hormônios) que tomam medicação para evitar a infecção por HIV sob demanda,
ou a PrEP sob demanda. O tratamento de Profilaxia Pré-Exposição ao vírus do HIV
sob demanda é efetiva quando a ingestão do medicamento ocorre entre 24h e 2h
antes da relação sexual. Ingerir a medicação pouco antes do ato não garante o
efeito. Lembre-se de que a melhor estratégia contra as ISTs é o uso combinado de
diferentes métodos preventivos, ou seja, o uso de camisinha associado à PrEP.
O infectologista do HSPE do Hospital do Servidor
Público Estadual (HSPE) Dr. Josias Aragão reforça que a agilidade em casos de
possível contaminação por ISTs é essencial. “Em caso de exposição, procure o
serviço de saúde o mais rápido para iniciar a Profilaxia
Pós-Exposição, a PEP, e o acompanhamento para investigar possíveis infecções”,
explica o especialista.
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