Você já ouviu falar sobre a esporotricose felina? Essa é uma zoonose fúngica, causada pelo Sporothrix schenckii, que afeta principalmente gatos e pode ser transmitida tanto para outros animais quanto para os seres humanos. De acordo com as estatísticas recentes, a cidade de São Paulo observou um aumento de 41,3% nos casos, enquanto no Paraná mais de 2400 animais foram afetados.
Apesar do número crescente, muitos tutores
desconhecem a enfermidade que pode ser fatal para os felinos. Popularmente
conhecida como “doença do jardineiro”, essa infecção caracteriza-se por
meio de lesões na pele. “No início da manifestação clínica as lesões podem ser
confundidas com qualquer outro ferimento comum dos gatos, sendo a ferida na
pele a principal queixa dos tutores no consultório veterinário. Os animais
contaminados apresentam uma ferida profunda, com bastante crosta e de difícil
cicatrização”, elucida a médica veterinária gerente de produtos da Avert Saúde
Animal, Mariana Raposo
A transmissão da esporotricose felina ocorre,
principalmente, por contato direto com o fungo, que pode ser encontrado no
solo, plantas ou madeira em decomposição. Quando o gato entra em contato com
esses ambientes, pode contrair a infecção através de arranhões ou mordidas,
especialmente se o local estiver contaminado.
A esporotricose felina pode se manifestar de três formas
principais:
Cutânea: A forma mais comum, com lesões na pele, geralmente na cabeça, cauda ou
patas. Os sinais clínicos começam como nódulos que evoluem para úlceras
abertas. A infecção permanece restrita à pele.
Linfocutânea: O fungo se espalha para os linfonodos próximos às lesões, causando
inchaço e dor. As lesões podem seguir as vias linfáticas, formando nódulos ao
longo delas.
Disseminada: A forma mais grave, em que o fungo afeta órgãos internos, como
pulmões, ossos e articulações. É rara, mas pode ser fatal se não tratada
rapidamente.
A prevenção da esporotricose felina está ligada à
redução do risco de exposição ao fungo e ao cuidado contínuo com a saúde do
animal. “Para minimizar as chances de infecção, os tutores devem adotar algumas
medidas simples que reduzem a chance de infecção do pet. Primeiramente, é
importante evitar que o gato tenha acesso a áreas externas como jardins,
terrenos baldios e locais com vegetação densa, que estão mais propensos a
abrigar o fungo causador da esporotricose. Ao limitar o acesso do animal a
esses ambientes, evita-se o contato com o solo e as plantas contaminadas”,
detalha a profissional
Além disso, manter o ambiente onde o gato vive é
essencial. Caso o animal viva em um local com acesso ao quintal, por exemplo, é
necessário remover materiais orgânicos em decomposição, como folhas caídas e
galhos, ajuda a reduzir a contaminação.
Observar a saúde do animal também é uma medida
essencial. Caso note ferimentos, lesões ou alterações no comportamento o tutor
deve procurar a orientação do médico veterinário o mais breve possível, pois o
diagnóstico precoce aumenta as chances de um tratamento eficaz e evita que a
doença se espalhe para outras partes do corpo ou para outros animais.
“O tratamento é feito com o uso de medicamentos
antifúngicos orais específicos seguindo o protocolo estabelecido pelo médico
veterinário responsável pelo animal. É importante que o tutor siga as
orientações do profissional e realize o protocolo completo, pois o fungo pode
permanecer ativo no organismo do felino mesmo que ele não apresente mais
sintomas evidentes”, afirma Mariana.
Com a conscientização dos tutores e a adoção dos
cuidados preventivos, é possível minimizar os riscos de infecção e manter os
gatos protegidos contra a esporotricose
Avert Saúde Animal
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