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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Longevidade x hormônios: reposição hormonal leva a viver mais e melhor

Da soma de compostos químicos que fazem do ser humano o que ele é, os hormônios ocupam um lugar de privilégio no cálculo. Eles produzem respostas que interferem diretamente na produtividade, no humor, na fertilidade e no desempenho mental.  

Não à toa, a reposição hormonal é tida como um dos pilares da longevidade, dados os efeitos positivos de devolver ao corpo as substâncias que, até então, eram produzidas naturalmente. 

Na meia idade ocorre uma das transições mais relevantes para homens e mulheres: a andropausa e a menopausa, marcos relacionados à impactante parada hormonal para o organismo como um todo.  


Fábrica de hormônios  

Durante a juventude, a produção de hormônios está a pleno vapor. Com o passar dos anos, a queda é inevitável.

Fisiologicamente, o processo é gradual: nos homens, a testosterona diminui aos poucos a partir dos 45 anos; nas mulheres, a mudança no ritmo de produção de progesterona e estrogênio é mais abrupta e cessa com a última menstruação.  

As diferenças entre o universo masculino e feminino não param por aí.  


Andropausa  

De forma lenta e constante, a produção de testosterona nos homens diminui de 0,5 a 1% todos os anos a partir do momento em que entram na casa dos quarenta.  

Segundo o médico endocrinologista, pós graduado em medicina esportiva e pós-graduando em neurociência e comportamento e professor do Puravida PRIME, Bruno César, os sintomas são sutis e podem passar despercebidos a olhares menos atentos. “Os homens apresentam cansaço, fadiga, indisposição, uma falta de ânimo e acham que é o resultado do estresse e, na verdade, podem estar apresentando uma deficiência de testosterona”, explica.  

As manifestações também ocorrem no âmbito comportamental: “ele pode ficar mais medroso, mais sensível emocionalmente, mais relutante e isso vai impactar não só na vida profissional, mas na vida pessoal dele também”, resume Bruno.  

Quadro resolvido,  na medicina, por meio da reposição hormonal. “Quando a gente faz uma restauração desses níveis, a melhora é absurda. E o discurso que eu mais escuto é ‘eu não sabia que eu estava tão ruim’”, relata. 


Menopausa  

Se para os homens a queda hormonal pode até não ser notada, no caso das mulheres isso não ocorre. 
Isso porque a menopausa – nome dado à última menstruação – é “decretada oficialmente” depois que a mulher passa doze meses sequenciais sem menstruar.  

Antes disso, o corpo começa a emitir sinais.  

“A menstruação começa a perder padrão e podem surgir ondas de calor, ressecamento vaginal, insônia e é um período crítico porque ainda não é a menopausa, porque a mulher ainda produz hormônios”, detalha o professor do Puravida PRIME. 

A reviravolta por dentro reflete do lado de fora. Depois que o ovário cessa a produção de progesterona e estrogênio, começa uma mudança da composição corporal. Bruno César conta que a gordura que ficava nas pernas, quadril e glúteos passa a se acumular na região abdominal.  


Repor para compor  

Manter a composição corporal e o equilíbrio hormonal é possível por meio da reposição. Nos homens, da testosterona. Nas mulheres, de ambos os hormônios – a progesterona e o estrogênio.  

Embora alguns profissionais optem pela reposição de apenas um hormônio, Bruno Cesar defende que a melhor estratégia é investir na manutenção hormonal dos dois. “ Preciso dessa combinação. Quando o equilíbrio é encontrado, tenho a fisiologia restaurada e consigo devolver a qualidade de vida”, frisa.


Viver mais e melhor 

A ciência já comprovou que repor esses hormônios é uma das ferramentas disponíveis para potencializar a longevidade.  

Um estudo verificou o aumento de até 5 anos na expectativa de vida de homens e mulheres adeptos da terapia de reposição hormonal.  

As contraindicações do tratamento existem, mas são voltadas para pacientes com demandas de saúde específicas, que podem ser prejudicadas por conta dos hormônios, como em pacientes com trombose ou câncer, por exemplo.  

Histórico familiar dessas doenças não é considerado um fator de risco. Aliás, para o endocrinologista, sobressaem os benefícios. “Assim como nos homens, a reposição hormonal foge do escopo físico e vai para a performance cerebral, mental e isso não tem preço”, finaliza.


Bom lembrar 

Longevidade é uma conquista diária feita por meio de escolhas. Devolver ao organismo os hormônios cuja capacidade de produção foi perdida ao longo dos anos é uma das formas de garantir qualidade de vida.  

O tratamento é individualizado e leva em consideração as especificidades do histórico clínico e da rotina do paciente. Por isso, a recomendação é procurar um endocrinologista da sua confiança para avaliar a reposição hormonal como ferramenta rumo a anos a mais, repletos de bem-estar.  

 

Puravida


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