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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Intensidade do El Niño impacta o agro brasileiro

Divulgação
Aprosoja - MS


Fenômeno ganha força e coloca o setor em alerta
 


De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), o fenômeno climático conhecido como El Niño está ganhando cada vez mais força e a previsão é que atinja sua maior intensidade entre outubro e novembro. Há ainda a probabilidade de mais de 95% de persistir até o final do ano e acima de 90% para o trimestre de janeiro a março de 2024.

Com a sua intensidade, surgem desafios significativos para o setor agrícola brasileiro. As irregularidades nas chuvas podem afetar o planejamento das safras e a antecipação do fim das chuvas de verão pode prejudicar a produção de safrinhas. Regiões agrícolas importantes, como o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), podem enfrentar chuvas abaixo da média, enquanto o Sul do Brasil, principalmente na primavera, corre o risco de fortes tempestades com ventos e granizo. Além disso, as condições climáticas favoráveis ao surgimento de pragas e doenças podem afetar negativamente as plantações.

Uma outra preocupação que deve ser levada em consideração é o impacto que isso terá na inflação dos alimentos, principalmente nos hortifruti, cuja produção está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do país. Romário Alves, CEO e Fundador da Sonhagro, uma rede especializada em crédito rural, alerta para a importância de os produtores estarem atentos às previsões climáticas e investirem em ferramentas estratégicas, para minimizar os riscos e os impactos do El Niño. Segundo ele, um planejamento cuidadoso é fundamental para enfrentar os desafios que o fenômeno climático traz para o setor agrícola brasileiro.

“Frente a essa situação desafiadora, a colaboração e cooperação entre os produtores rurais, especialistas e autoridades se revelam fundamentais para encarar os obstáculos ocasionados pelo fenômeno El Niño, elaborando estratégias eficazes e sustentáveis com o intuito de proteger o setor e assegurar a continuidade da produção no Brasil” conclui Alves.


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