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Aprosoja - MS
Fenômeno ganha
força e coloca o setor em alerta
De acordo com a Administração Oceânica e
Atmosférica (NOAA), o fenômeno climático conhecido como El Niño está ganhando
cada vez mais força e a previsão é que atinja sua maior intensidade entre
outubro e novembro. Há ainda a probabilidade de mais de 95% de persistir até o
final do ano e acima de 90% para o trimestre de janeiro a março de 2024.
Com a sua intensidade, surgem desafios
significativos para o setor agrícola brasileiro. As irregularidades nas chuvas
podem afetar o planejamento das safras e a antecipação do fim das chuvas de
verão pode prejudicar a produção de safrinhas. Regiões agrícolas importantes,
como o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), podem enfrentar chuvas
abaixo da média, enquanto o Sul do Brasil, principalmente na primavera, corre o
risco de fortes tempestades com ventos e granizo. Além disso, as condições
climáticas favoráveis ao surgimento de pragas e doenças podem afetar
negativamente as plantações.
Uma outra preocupação que deve ser levada em
consideração é o impacto que isso terá na inflação dos alimentos,
principalmente nos hortifruti, cuja produção está concentrada nas regiões Sul e
Sudeste do país. Romário Alves, CEO e Fundador da Sonhagro, uma rede
especializada em crédito rural, alerta para a importância de os produtores estarem
atentos às previsões climáticas e investirem em ferramentas estratégicas, para
minimizar os riscos e os impactos do El Niño. Segundo ele, um planejamento
cuidadoso é fundamental para enfrentar os desafios que o fenômeno climático
traz para o setor agrícola brasileiro.
“Frente a essa situação desafiadora, a colaboração
e cooperação entre os produtores rurais, especialistas e autoridades se revelam
fundamentais para encarar os obstáculos ocasionados pelo fenômeno El Niño,
elaborando estratégias eficazes e sustentáveis com o intuito de proteger o
setor e assegurar a continuidade da produção no Brasil” conclui Alves.
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