- Estudo ainda mostra que mulheres costumam levar muito mais
marmita quando almoçam no local de trabalho, sendo 78%, enquanto homens
são 66%
- Apenas 37% dos respondentes voltaram a trabalhar 100% do tempo
no local de trabalho
Desde 2020,
a Galunion, consultoria especializada no setor de alimentação fora do lar,
realizou seis edições da pesquisa de alimentação na pandemia, evidenciando as
constantes mudanças decorrentes deste cenário no mercado brasileiro de Food
Service. A sétima edição, realizada em junho desse ano, traz dados que mostram
quais os hábitos e as preferências dos consumidores que irão prevalecer nesse
momento, além de revelar como estão os hábitos relacionados a trabalho híbrido
e as rotinas diárias de almoço das pessoas, especialmente em relação a temas
como “marmita”. O estudo foi realizado de 12 a 22 de junho de 2023, contou com
1.003 entrevistas respondidas por pessoas a partir de 18 anos, das classes ABC,
em todo o território nacional.
Com objetivo
de saber como estão as preferências dos consumidores atualmente, uma pergunta
foi feita para verificar se os respondentes têm consumido em restaurantes,
bares, lanchonetes, cafeterias, padarias, fast foods e similares,
presencialmente, na frequência que gostariam. Neste quesito, os dados mostram
que 54% estão satisfeitos enquanto 46% não estão. Isso abre um leque de
oportunidades para negócios que operam no setor. Segundo a fundadora e CEO da
Galunion Consultoria, Simone Galante, após a pandemia houve uma mudança
importante dos hábitos, principalmente relacionados ao local de trabalho,
fazendo com que as marcas tenham que pensar em estratégias para ressignificar e
buscar uma diferenciação para atrair clientes.
“Na nova
edição da pesquisa, vimos que 36% dos consumidores estão trabalhando de forma
híbrida. Além disso, em 2023, apenas 37% voltaram a trabalhar 100% do tempo no
local de trabalho, como escritório, consultório, fábrica e outros pontos fora
de casa. E quem mais voltou a trabalhar 100% do tempo no local de trabalho
foram homens entre 25 e 40 anos. Isso impacta de forma direta e indireta nas
questões ligadas à alimentação, principalmente em bairros ou regiões que são
mais empresariais. Outro ponto que deve ser levado em consideração é a
expressividade do delivery, as alternativas de quando se trabalha em casa e
aspectos que envolvem a redução de custos durante as refeições”, revela Simone
Galante.
Como o
almoço foi apontado na mais recente pesquisa como a principal refeição do dia
para 66% dos respondentes, a consultoria quis entender melhor se, quando
almoçam no local de trabalho, os consumidores costumam levar marmita. E ficou
claro que esta é uma prática muito relevante, já que 71% dos consumidores
afirmaram levar marmita ao trabalho com alguma frequência.
OBS: gráfico não soma 100% devido às aproximações de casas decimais dos resultados
“Com base
neste contexto, pudemos observar que mulheres costumam levar muito mais marmita
quando almoçam no local de trabalho, sendo 78%, enquanto apenas 66% dos homens
possuem esse costume. Ainda com base nos hábitos, perguntamos como é essa
marmita e foi possível verificar que 55% optam por algumas vezes comprada
pronta, algumas vezes feita em casa; 40% preferem sempre a opção com comida
feita em casa e apenas 5% buscam sempre comida comprada pronta. Isso está
intimamente relacionado aos novos hábitos pós-pandemia. Na pesquisa, também
questionamos sobre quais atividades os consumidores fazem com maior ou menor
frequência hoje em comparação com antes da pandemia. Quando relacionado aos
costumes na própria residência, 54% revelaram que cozinham mais e 46% que
estudam e trabalham mais em casa”, explica Nathália Royo, especialista em
inteligência de mercado na Galunion.
Já sobre os
motivos pelos quais os consumidores optam pela marmita para o almoço quando
estão no local de trabalho, 65% afirmam que é para economizar dinheiro, 51%
para comer de forma mais saudável e 34% para economizar tempo. Como o tempo foi
uma das questões levantadas, o estudo quis verificar que tipo de comida os
respondentes buscam quando há pouco tempo para comer. As opções mais rápidas,
como salgados com 47% e sanduíches/hambúrgueres com 43% são as preferências
nesta situação. Além disso, também figuram cafés, chás, sucos, vitaminas e
similares com 28%, pizzas com 24%, comida brasileira caseira em 23% e massas
com 20%.
Finalmente,
o segundo motivo mencionado pelos consumidores foi o de comer de forma mais
saudável, o que também se viu refletido nessa pesquisa em algumas mudanças de
hábito do consumidor que demonstram maior cuidado com a própria saúde. Quando
perguntados sobre alguns hábitos que passaram a fazer mais agora do que no
período antes da pandemia, 52% dos respondentes indicaram que prestam mais
atenção aos rótulos e origem dos alimentos e 41% estão cuidando mais da saúde
por meio da alimentação, com dietas específicas ou suplementos.
“Esses dados refletem quais são as principais
necessidades que levam o consumidor a optar pela marmita e não comer no
estabelecimento ou mesmo não pedir por delivery para comer no local de
trabalho. Essas necessidades, se endereçadas e atendidas de forma apropriada
pelas operações de Food Service, podem mostrar oportunidades de atração de
parte desse público que hoje prefere a marmita como opção de almoço quando está
no local de trabalho”, pondera Simone Galante.
GALUNION - Especializada no setor de alimentação, a empresa atua como uma catalisadora de conhecimento, networking e inovação.
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