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terça-feira, 15 de agosto de 2023

 

Nova remédio para orbitopatia de Graves deve ser usado com cautela

Teprotumumabe chega como opção para casos difíceis

Recentemente aprovado pela Anvisa, o teprotumumabe é um anticorpo monoclonal com potencial de minimizar a ativação da cascata de inflamação que acontece dentro da órbita dos pacientes com oftalmopatia de Graves. “A doença ocular da tireoide está mais relacionada ao hipertireoidismo, mas nem toda pessoa com hipertireoidismo terá essa doença. Isso porque, classicamente, a orbitopatia de Graves está associada a um tipo de doença autoimune da tireoide, que é a doença de Graves. O que é importante ressaltar é que, na presença de doença autoimune da tireoide, pode-se ter a associação com doença autoimune direcionada contra a órbita” alerta Dr. Helton Ramos, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

A doença ocular da tireoide, também conhecida como orbitopatia de Graves, é uma doença autoimune, cujos sinais e sintomas podem ser muito discretos: lacrimejamento, fotofobia, sensação de cisco no olho, borramento da visão, inflamação do olho, vermelhidão, coceira.

Conforme a doença avança os sintomas vão piorando: pode surgir edema, aumento do volume das pálpebras com acúmulo de líquido, bolsas de líquido, dificuldade de movimentação de olho, dor na parte profunda dos olhos. Nos casos graves, pode haver perda da acuidade visual, estrabismo com dificuldade de movimentação do globo ocular e visão dupla.

 

Com relação às opções terapêuticas, o tratamento da orbitopatia de Graves deve ser individualizado, pois os quadros clínicos podem se apresentar de várias formas.

 

“Comemoramos a aprovação do teprotumumabe, pois ele traz novos horizontes para o tratamento de doenças de difícil controle, como é o caso da doença ocular da tireoide, com alguns casos clínicos realmente complicados. Mas ressalto que o tratamento com esse medicamento precisa de uma avaliação criteriosa, levando em conta toda história clínica e disponibilidade do paciente ao tratamento, pois dura cerca de seis meses, com infusões a cada três semanas. Embora precise cautela para utilizar esse novo medicamento, é muito bom ver o aumento do leque de opções terapêuticas para essa doença”, finaliza Dr. Helton.


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