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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Mês da gestante: conheça os dez exames básicos e importantes do pré-natal

No mês dedicado às gestantes, especialistas dão dicas fundamentais de como manter-se saudável nesse período  

 

“As consultas e os exames são as principais formas de cuidado na gestação.” Quem faz essa afirmação é a dra. Ana Paula Pinho Matos, especialista em medicina fetal da CDPI Mulher, pertencente à Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil. Segundo a médica, eles contribuem para detecção e tratamento precoce de doenças maternas e fetais, orientação sobre hábitos de vida, uso de medicações, suporte psicológico e preparação para o parto, além de avaliar a necessidade de vacinação materna.     

“A avaliação rotineira, por meio de exames, pode identificar problemas em sua fase inicial, evitando maiores complicações e a necessidade de tratamentos hospitalares, como infecção urinária, pré-eclâmpsia e diabetes mellitus, por exemplo”, incrementa a dra. Rosita Fontes, endocrinologista do laboratório Sérgio Franco, também da Dasa.    

O pré-natal é dividido em três fases, conforme os trimestres da gestação, com exames específicos para detectar possíveis doenças ou complicações.   

 

Exames de sangue – o exame de sangue deve ser feito no primeiro trimestre para diagnosticar anemia e acompanhar quadros infecciosos, se houver. A glicemia de jejum mede o nível de açúcar no sangue e avalia o risco de diabetes gestacional. Outros exames verificam se a gestante possui doenças que precisam ser acompanhadas de perto pelo obstetra durante a gestação, como HIV, rubéola, hepatite B, toxoplasmose e sífilis.  
 
 

Exames de ultrassonografia – na agenda grande de ultrassonografias desse período, o ultrassom obstétrico transvaginal deve ser feito nas primeiras semanas para checar os batimentos cardíacos do feto e estimar a idade gestacional.  

Já entre a 12ª e a 13ª semana, é preciso realizar a ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre, com avaliação de marcadores como translucência nucal, que tem a finalidade de rastrear alterações morfológicas e condições sindrômicas, como a síndrome de Down.    

O ultrassom morfológico do segundo trimestre é realizado para detalhar o tamanho e os órgãos do bebê e deve ser feito entre a 20ª e a 24ª semana de gravidez. Por fim, a ultrassonografia com doppler pode ser realizada a partir da 28ª semana para avaliar se o bebê apresenta o crescimento, a circulação sanguínea, a oxigenação e os batimentos cardíacos adequados. 

 

Sexagem fetal – para os pais que desejam saber o sexo do bebê o mais cedo possível, o exame é capaz de identificá-lo, antes do ultrassom, por meio de uma coleta de sangue a partir da oitava semana. Busca-se uma fração do DNA fetal e verifica-se a presença ou ausência do cromossomo Y.  

  

NIPT – trata-se de um teste pré-natal não invasivo que avalia o risco de doenças cromossômicas, como a síndrome de Down. Recomenda-se que a coleta seja feita a partir da nona semana de gestação e em gestantes com mais de 35 anos.  

  

Curva glicêmica ou teste de tolerância à glicose – deve ser realizado entre 24 e 28 semanas; avalia a diabetes gestacional em mulheres que não tenham tido o diagnóstico dessa condição até essa fase da gestação.    

 

Gestação de alto risco requer mais rigor no pré-natal   

A gestação de alto risco é aquela em que foi identificada alguma condição materna e/ou fetal que pode acarretar graves complicações, como explica dr. Pedro Castro, especialista em medicina fetal da CDPI Mulher. Doenças maternas existentes antes da gestação, como problemas cardíacos, ou por condições adquiridas durante a gravidez, como a pré-eclâmpsia, são consideradas comorbidades.    

“Nesses casos, a função do pré-natal de alto risco é identificar, tratar e acompanhar a gestação com ainda mais rigor, para evitar complicações materno-fetais. Para isso, exames laboratoriais e de ultrassonografia específicos monitoram os pontos mais vulneráveis relacionados com a condição que causou o risco de complicação”, ressalta o especialista.   

Como a gestação de alto risco tem maiores chances de agravo quando comparada com a gestação normal, ela demanda mais exames laboratoriais e de imagem, com maior número de consultas pré-natal.  

 

Vacinação protege mães e bebês    

Uma forma de prevenir dificuldades na gravidez é estar com as vacinas em dia. O infectologista do Sérgio Franco, dr. Alberto Chebabo, explica que a imunização durante o pré-natal fortalece as defesas da mãe e protege o bebê, já que os anticorpos são transferidos para a criança através da placenta e, depois do nascimento, pela amamentação.    

Entre as doses recomendadas para todas as gestantes estão a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche), hepatite B, Influenza (gripe) e Covid-19. Outras doses podem ser indicadas para as futuras mães, de acordo com uma análise individual do histórico de saúde delas.  

 

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