Sem cura, a doença é desconhecida por 80% da população brasileira
Nesta
quarta-feira, 30 de agosto, é lembrado o Dia de Conscientização sobre a
Esclerose Múltipla (EM). A data integra o Agosto Laranja, campanha que
incentiva a promoção de escuta, acolhimento e qualidade de vida sobre a doença
que já afeta 40 mil pessoas no país, segundo a ABEM (Associação Brasileira de
Esclerose Múltipla).
A EM é uma doença
autoimune que, a partir de inflamações, causa múltiplas lesões dentro do
cérebro e da medula do sistema nervoso central (cérebro, cerebelo e medula
espinhal). Luciane Rodrigues, neurologista da Hospital Metropolitano Vale do
Aço, explica mais sobre este processo.
“Essas cicatrizes
acontecem através de um processo autoimune, em que o próprio sistema de defesa
do indivíduo deixa de atacar vírus ou bactérias, e atinge o próprio corpo.
Nesse caso, a mielina: capa de gordura que recobre o nervo, fazendo com que os
impulsos nervosos se tornem mais lentos”, explica a profissional.
Sintomas
da doença
A partir daí,
surgem os sintomas que variam de acordo com o local afetado. Dentre os eles, os
principais são:
• Dificuldade para
andar;
• Fadiga;
• Formigamento de
um lado do corpo;
• Incontinência
urinária;
• Perda de força,
equilíbrio e coordenação;
• Perda de visão e
visão duplicada;
• Rigidez muscular
e espasmos.
“Diferente das
doenças hereditárias, a esclerose múltipla não apresenta uma causa objetiva,
fazendo com que ela se manifeste de forma variada. Isso porque, além de
autoimune, suas causas variam desde a herança genética, até fatores ambientais,
como infecções virais e outros ainda não bem estabelecidos”, alerta Luciana.
Tratamento
da esclerose múltipla
Não há cura para
esclerose múltipla, porém, existem tratamentos que ajudam a amenizar os
sintomas e desaceleram a progressão da doença. Eles são dividos em três etapas,
sendo elas:
• Fase Aguda:
medicamentos a base de cortisona ajudam a bloquear a progressão da crise e
estimular a recuperação, amenizando sintomas como perda de visão, força e
coordenação;
• Fase de
Prevenção de Crise: neste caso, os medicmaneto ajudam na
redução da inflamação e prevenção de crises. Além disso, a prática de
exercícios físicos leves podem aumentar a mobilidade, dando mais autonomia
e qualidade de vida ao paciente.
• Fase de
Restauração ou Reabilitação: indicados para quem tem resposta
parcial ao tratamento, existem medidas de restauração ou manutenção de
qualidade de vida, como fisioterapia, boa alimentação e medicamentos para
fadiga ou dor.
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