Mais de sete mil
atendimentos foram realizados no ano passado
Referência no país, o serviço de atendimento
domiciliar do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) vem
acelerando a recuperação de pacientes submetidos à cirurgia de prótese do joelho.
Dados do Instituto revelam que, em 2022, apenas 3% desse grupo conseguia
caminhar dentro e fora de casa no início do tratamento em domicílio; o número
aumentou para 65% após receberem alta.
“A melhoria na qualidade de vida do paciente é um
dos principais benefícios do atendimento domiciliar. Ao longo do
acompanhamento, grande parte deles resgata sua autonomia e mobilidade, passando
a andar sem necessidade de ajuda”, explica a chefe da Área de Atendimento
Domiciliar, Cláudia Mendes de Araújo.
Além de ampliar a independência funcional nas
atividades diárias do paciente, a assistência domiciliar reduz os índices e os
custos de reinternação. No pós-operatório da cirurgia de prótese do joelho,
apenas 3% dos pacientes que deram continuidade ao tratamento em casa precisaram
de novas internações, uma taxa duas vezes menor comparada a de pacientes que
precisam permanecer internados no Instituto.
A chefe da área explica que a regularidade das
visitas, realizadas semanalmente, é um fator fundamental para evitar as
reinternações. “Os profissionais do Atendimento Domiciliar conseguem
identificar e tratar precocemente os processos inflamatórios, o que evita o
retorno do paciente ao hospital e reduz os riscos de infecção hospitalar”,
acrescenta Cláudia.
A assistência domiciliar traz ainda outra vantagem
importante para o processo de recuperação do paciente: a proximidade com a
família. “Ao retornar para seu convívio social, o paciente se sente mais
confortável e seguro, podendo responder melhor ao tratamento”, conclui a
enfermeira.
O atendimento
Para receber a assistência em casa após a
realização da cirurgia ortopédica, o paciente precisa atender aos critérios de
elegibilidade, entre eles o requisito de que suas condições clínicas estejam
estáveis.
Mais de sete mil atendimentos foram realizados no
ano passado pelas equipes multiprofissionais do Atendimento Domiciliar,
formadas por fisioterapeutas, enfermeiros e assistentes sociais. Cada paciente
recebe, pelo menos, duas visitas semanais, dependendo do estado clínico.
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