Capacitação
e letramento para colaboradores e empresas são determinantes para reverter
cenário, analisa especialista de Diversidade e Inclusão da Egalite
Dados de 2019 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a cada dez
pessoas com deficiência que buscavam um emprego, sete estavam fora do mercado
de trabalho. A diferença também permeia a questão salarial: enquanto as pessoas
com deficiência recebiam um salário médio de R$ 1.639 mensais, o das pessoas
sem deficiência era de R$ 2.619 – ou seja, a renda do primeiro público
representa apenas dois terços do segundo. O relatório ainda aponta que a falta
de sucesso na busca por um emprego tem diferentes motivos, com fatores relacionados
à dinâmica do mercado, além de outras barreiras que atingem mais alguns grupos
populacionais do que outros.
“Algumas barreiras
precisam ser superadas no ambiente de trabalho, por exemplo, o despreparo dos
gestores e a falta de acessibilidade nas empresas. Essas características se
transformam em um fator de não contratação de pessoas com deficiência ou, até
mesmo, de contratação exclusiva de profissionais que necessitem de pouca
adaptação. Precisamos mudar este cenário, visto que estamos falando sobre uma
obrigação legal e o cumprimento da Lei de Cotas e não sobre benevolência”,
defende Guilherme Braga, CEO e fundador da Egalite, startup especializada na
inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e na capacitação de
empresas.
Os motivos
prejudicam não somente a inclusão, mas também a manutenção e desenvolvimento de
carreira das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Há 13 anos a Egalite atua para alterar
esse cenário por meio de 80 mil candidatos cadastrados em sua base, já tendo
incluído 14 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho e capacitado
mais de 500 empresas. Além disso, a startup realiza, em 2023, a 4ª Edição
da maior feira online e gratuita de empregabilidade para o público: a Inclui PcD, que acontece entre os
dias 20 e 22 de setembro. O evento surgiu em 2020 com o
intuito de diminuir os impactos causados pela pandemia e reuniu 27 mil vagas no
total.
Para 2023, a
expectativa é oferecer novamente 9 mil vagas distribuídas entre as 200 grandes
companhias participantes. Entre elas estão nomes como Azul, BASF,
EY, GPA, Heineken, Nexa, Nivea, Pepsico, Raízen, Grupo Soma, entre
outros. A Inclui PcD realiza a missão da startup de viabilizar o acesso a vagas
de emprego e capacitação para pessoas com deficiência e empresas.
Sobre
a Inclui PcD:
A feira é a maior
de empregabilidade para o público com deficiência do mundo e acontece em
homenagem ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro.
Nas três edições do evento, sendo elas em 2020, 2021 e 2022, foram 27 mil vagas
totais. A feira é realizada pela startup especializada na inclusão de pessoas
com deficiência no mercado de trabalho Egalite e aposta em conexão,
inclusão e capacitação. Assim, o evento é uma ponte entre esses profissionais e
as empresas, atribuindo autonomia e protagonismo às pessoas com
deficiência.
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