Guia otimiza resultados por meio da melhor articulação de ações e de recursos para restabelecer as atividades dos pequenos negócios nas regiões atingidas
Por mais que o empreendedor se empenhe, cumpra com
as suas obrigações, invista em tecnologia e na evolução do seu negócio, existem
situações que estão fora do seu controle e que podem colocar tudo a perder.
Chuvas intensas, enchentes e desastres naturais estão entre essas adversidades,
que são analisadas no “Manual de Boas Práticas para Situações de Emergência e
Calamidade Pública”, elaborado pelo Sebrae. Trata-se de um guia para as
administrações regionais auxiliarem os empresários a reagir diante das
adversidades, para que possam buscar alternativas no enfrentamento dos
problemas e reiniciar suas atividades.
Trabalho da Sala de Integração de várias unidades
do Sebrae, o Manual resgata os principais desafios enfrentados por algumas
regionais do Sebrae em desastres caracterizados como situação de emergência ou
estado de calamidade pública. Os estados cujas práticas são abordadas são
Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
As dificuldades nas cidades atingidas vão desde a assistência médica e saúde
pública, ao abastecimento de água potável, telecomunicações, geração e
distribuição de energia elétrica.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que
para além das perdas em vida e dos prejuízos socioambientais, o resultado de
eventos adversos costuma ser devastador também para os donos de micro e
pequenas empresas que atuam nas localidades atingidas. “A matemática é clara:
quanto mais preparados, informados, participativos e facilmente mobilizáveis
forem o município, o estado e o Sebrae local, maior será a capacidade de
resposta para a recuperação e superação das comunidades atingidas”.
“Nossa ideia é aperfeiçoar o plano de ação em
consonância com as atividades e programas já oferecidos pelo Sebrae em todo o
país”, propõe o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick. O passo a passo
facilita o processo decisório, permitindo maior agilidade no restabelecimento
das atividades dos pequenos negócios, explica Helena Rego, coordenadora do
Núcleo de Simplificação da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae: “As ações
incluem desde a criação do Comitê Gestor com áreas-chave para facilitar as
ações de apoio às MPE, ao acolhimento e atendimento às necessidades
emergenciais, estratégias de reparação dos estabelecimentos e indicação de
linhas de crédito”.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Urbano de Carapebus (RJ), Jefferson Henrique Viana Machado, comprovou a
eficácia do Manual elaborado pelo Sebrae. O município enfrentou, em dezembro de
2022, a pior enchente da sua história, quando ao menos três pessoas morreram e
1.600 famílias ficaram desalojadas. “Além do documento, recebi todo o apoio do
Sebrae – o que nos permitiu agir com segurança em meio à tragédia e tomar
decisões assertivas no que tange o desenvolvimento econômico”, realata o
secretário. “No momento em que você está pressionado, lidando com perdas de
vidas e de empresas, saber como proceder, o que priorizar e em qual porta bater
para conseguir os benefícios e resolver os problemas, é essencial para todo
gestor público”, declara Jefferson.
Referências Internacionais
Um dos capítulos do Manual se dedica a mapear os
principais atores no contexto americano e suas recomendações no apoio aos
pequenos negócios afetados pela ocorrência de eventos críticos. Conforme cita o
documento, os Estados Unidos contam com uma política pública que orienta todos
os departamentos e agências do governo federal a projetar e implementar, de
forma colaborativa, “um esforço sistemático para manter a nação protegida
contra danos e resiliente quando atingida por perigos, como desastres naturais,
atos de terrorismo e pandemias”.
Confira
a íntegra do documento neste link
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