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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Ortopedista explica como mochilas pesadas afetam a saúde das crianças

OMS recomenda que o peso da mochila de crianças em idade pré-escolar, não ultrapasse 5% do peso corporal


Com a volta às aulas, muitas crianças se queixam de dor pelo uso inadequado da mochila. Esse desconforto não se restringe apenas a coluna, mas também aos ombros. O mau uso da mochila e a sobrecarga de peso podem resultar em lesões na musculatura e articulações, podendo desenvolver doenças crônicas.

“A criança está no período de maturidade esquelética e os ossos se formando. Então, é preciso tomar cuidado com a distribuição desse peso, pois pode acarretar problemas na coluna, nos ombros e até no equilíbrio da criança”, explicou o ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo e sócio da Clínica LARC, Dr. Layron Alves.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a mochila de uma criança em idade pré-escolar, não pode passar de 5% do peso corporal. Já as que estão em idade escolar, o peso não pode ultrapassar 10%.

“O uso de mochilas de um lado só não é recomendado, pois você acaba pesando para um único lado do corpo. Existe ainda o movimento de badalo da mochila, e isso pode atrapalhar o centro de gravidade da criança. Dê preferência para as mochilas de alça dupla e que fiquem o mais próximo do tronco possível. Algumas crianças usam a mochila com as alças bem compridas, e o corpo acaba se curvando mais para trás”, falou Dr. Layron Alves.

O especialista ainda alerta que o cuidado também deve ser com as mochilas de rodinha. É preciso que elas estejam na altura ideal para a criança e que haja um revezamento do braço na hora de puxar.

Outra dica é em relação à escolha do material escolar. O caderno, por exemplo, de capa dura pesa mais do que o de capa flexível. Outra forma de ajudar a diminuir o peso da mochila, é separar os cadernos para cada matéria, assim a criança só levará para a escola o material correspondente a atividade do dia.  



Dr. Layron Alves - ortopedista e especialista em cirurgia do ombro e cotovelo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). O especialista é preceptor efetivo da residência médica do Hospital Ipiranga SP e membro do grupo de cirurgia do ombro e cotovelo da Faculdade de Medicina do ABC.


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