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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Como auxiliar uma pessoa em crise epilética

Divulgação
Rodrigo Checheto, Gerente de Enfermagem do Hospital Albert Sabin, dá algumas dicas de como prestar ajuda a uma pessoa nessa situação


A epilepsia é uma alteração cerebral em que os neurônios operam de forma irregular. Trata-se de uma doença que pode ocorrer em várias áreas do cérebro, sendo que o local de cada descarga vai gerar um sintoma ou uma manifestação diferente.

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 150 mil pessoas são diagnosticadas anualmente com a doença.

As causas são variadas, contudo, ela ocorre com maior intensidade quando existe algum tipo de comprometimento das funções cerebrais, como:

  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Tumor cerebral ou cistos;
  • Traumatismos cerebrais;
  • Doenças neurológicas genéticas, entre outras.

“Parentes e pessoas próximas devem saber como socorrer uma pessoa no momento da crise epilética, pois, muitos danos são desencadeados não pela crise em si, e sim por alguns fatores secundários durante o acometimento”, explica Rodrigo Checheto, Enfermeiro e Gerente de Enfermagem do Hospital Albert Sabin (HAS).

Seguem algumas dicas valiosas, listadas por Checheto, nesse momento:

  • Proteja a pessoa, deite-a de lado, com a cabeça virada para um dos lados, para ajudar a respirar e prevenir aspiração de secreções e vômito;
  • Remova objetos e móveis próximos com os quais a pessoa possa se ferir;
  • Apoie a cabeça da pessoa;
  • Verifique se a pessoa está respirando adequadamente;
  • Não ofereça comida ou bebida;
  • Não restrinja os movimentos;
  • Não coloque nada na boca da pessoa;
  • Fique com a pessoa até a crise passar e ela recuperar a consciência;
  • Algumas pessoas sentem que a crise vai começar. Neste caso, a pessoa tem tempo para se deitar em algum lugar seguro e até avisar alguém.
  • Chame uma ambulância ou procure o serviço de pronto socorro hospitalar caso a crise dure muito tempo.

O estado de mal epiléptico é uma emergência médica. O tratamento precoce e rápido reduz a mortalidade e a permanência hospitalar. Deve ser considerado como sintoma de doença aguda sistêmica ou neurológica a ser investigada e tratada.

“Por fim, é essencial manter a calma ao ajudar uma pessoa nessas condições. Lembre-se de que a epilepsia não é contagiosa e ninguém pega epilepsia por ajudar alguém. Essa atitude transmitirá uma sensação de tranquilidade ao paciente, revertendo o quadro com mais rapidez”, finaliza o enfermeiro do HAS.

 

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