A doença nada tem a
ver com a ferida do canto da boca
Médica relembra importância de
vacinar adultos e idosos
“É preciso que as pessoas entendam que o vírus da
herpes-zóster não é o mesmo que causa aquela feridinha na boca. Não é.
Herpes-zóster é o mesmo vírus que o da catapora. Essa doença, geralmente,
acomete pessoas mais velhas, não se espalha pelo corpo, e os locais mais
atingidos são os caminhos dos nervos, que chamamos de plexos neurais. É um
vírus latente, ou seja, ele não some do organismo e fica adormecido em um dos
nossos nervos. Quando nossa imunidade cai, ele pode aparecer”, explica a Dra.
Ana Paula Moschione Castro, médica alergista e imunologista pela USP.
Conhecido popularmente como ‘cobreiro’, o herpes zóster é
uma infecção de pele, mas com grande comprometimento da qualidade de vida. Os
principais sinais da doença são vesículas - pequeninas bolhas que fazem casca -
acompanhadas de dor intensa, podendo ainda causar febre, mal-estar e cansaço.
Em casos raros, pode levar a óbito.
À medida que envelhecemos, ou em situações que nosso
sistema imunológico fica fragilizado (por estresse, má alimentação ou alguma
doença preexistente), aumenta a possibilidade de ativação destes vírus e o
desenvolvimento da doença, que tem uma grande preferência pelo trajeto de
nervos e comprometimento da pele, podendo ter como sequela uma importante dor,
conhecida como neurite herpética. “É importante repetir que a doença causa
lesões mais localizadas, ou seja, elas não se espalham pelo corpo”, diz Dra.
Ana Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de infusões e de vacinação de adultos
e crianças.
Prevenção – Já existe vacina para a prevenção da
herpes-zóster, produzida com vírus inativado, são necessárias duas doses. Ela
está liberada para pessoas a partir dos 50 anos de idade ou para quem tem
comprometimento imunológico e risco aumentado para desenvolver herpes-zóster.
Essa vacina tem elevado perfil de eficácia e segurança. E está recomendada
mesmo para aqueles que já desenvolveram a doença.
“Normalmente, as pessoas só lembram de vacinas para
crianças. É preciso mudar este pensamento é lembrar que, para um envelhecimento
saudável, além da vacina contra a herpes-zóster, é importante que o calendário
vacinal de adultos e idosos esteja em dia para evitar complicações de doenças
graves como hepatites, meningites, HPV e tétano.”, complementa a médica.
Clínica
Croce
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