Para além do Novembro Azul, este é um mês com outras campanhas preventivas: Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama e também Dia Nacional de Combate ao Câncer
O dia 27 de novembro traz duas campanhas da saúde:
o Dia Nacional de Combate ao Câncer criado por uma portaria do Ministério da
Saúde, em dezembro de 1988, e o Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama,
criado pela Lei nº 12.116, de 2009.
Na grande maioria dos tipos de câncer, o
diagnóstico precoce amplia as chances de cura. Com a pandemia da COVID-19 sob
controle, há uma procura maior das pessoas pelos exames preventivos ou de
rastreamento que auxiliam na detecção de possíveis tumores em estágios ainda
iniciais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), na primeira
onda da pandemia em 2020, houve uma queda de até 70% nos diagnósticos
realizados em serviços de Patologia. Por isso, alguns casos de câncer estão
agora sendo descobertos em estágios mais avançados.
A adoção de
hábitos de vida saudáveis, como atenção a alimentação, prática de
exercícios físicos, não fumar, diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas,
evitar exposição ao sol sem a devida proteção, escovar dentes e a língua, entre
outros, podem contribuir na diminuição dos casos de câncer. Além disso, é
relevante a regularidade na realização de exames preventivos/de rastreamento,
quando indicados. Estas sugestões fazem parte dos folhetos informativos do INCA
- Instituto Nacional de Câncer.
O câncer tem origem multifatorial, incluindo
mutações genéticas das células do corpo e envolve mais de 100 doenças, cujo
ponto em comum é o crescimento desordenado de células. São denominados
carcinomas quando surgem nos tecidos epiteliais de diversos órgãos (pele, mama,
pulmão, estômago, etc) e de sarcomas quando se iniciam nos tecidos mesenquimais
(osso, músculo, cartilagem, etc).
A divulgação de informações de fontes seguras,
ampliando o conhecimento sobre o tema para o maior público possível, pode fazer
a diferença, principalmente no quesito prevenção. O câncer ocorre pela
interação de fatores externos (exposição a substâncias cancerígenas no local de
trabalho, dieta, medicamentos e hábitos de vida) com causas internas e
genéticas (hereditárias ou somáticas).
O médico patologista, mesmo não atendendo aos
pacientes diretamente nos consultórios e hospitais, é o especialista
responsável pelo diagnóstico do câncer. É ele quem analisa as biópsias,
identificando os padrões microscópicos que indicam o diagnóstico definitivo e a
classificação das neoplasias, além de avaliar parâmetros que podem estar
associados a uma maior ou menor agressividade dos tumores.
Após este exame minucioso, o patologista emite o
laudo onde constam todos os dados, os quais servirão como base para que se
estabeleça o melhor tratamento para cada paciente. “Um diagnóstico preciso e o
uso de medicamentos direcionados a alterações genéticas específicas trouxeram
avanços significativos no tratamento de câncer nos últimos anos”, afirma a Dra.
Katia Ramos Moreira Leite, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia
(SBP) e professora da Universidade de São Paulo (USP).
Câncer de mama entre os mais
comuns
A luta contra o câncer de mama não pode parar, pois
é o mais incidente em mulheres, depois do de pele não melanoma. O Instituto
Nacional do Câncer (INCA), divulgou esta semana que os novos casos de câncer de mama já
chegam a 73.610 por 100 mil mulheres em 2022, um número maior do que a
estimativa inicial para o triênio 2020-2022, que era de 66.280 por ano.
Os cuidados e atenção ao próprio corpo fazem toda a diferença. “Ao perceber qualquer alteração nas mamas e axilas, como palpação de nódulos e alterações da pele ou mamilo (retração, vermelhidão, inchaço, endurecimento, modificação da textura e secreção mamilar), a mulher precisa buscar atendimento com o médico mastologista ou ginecologista para avaliação e investigação. Especialmente, é essencial não deixar de fazer a mamografia anual de rastreamento a partir dos 40 anos, principal forma de detecção precoce do câncer de mama”, orienta a Dra. Marina De Brot, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) e médica patologista titular do A.C.Camargo Cancer Center.
Sociedade
Brasileira de Patologia (SBP)
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