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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Fevereiro Roxo: diagnóstico precoce melhora a qualidade de vida de pacientes autoimunes

Uma doença é considerada autoimune quando o sistema imunológico do paciente não reconhece as células “normais” do corpo, levando-o a atacar seus próprios tecidos. Apesar dessas enfermidades não terem cura, o diagnóstico precoce ajuda a definir tratamentos mais eficientes para reduzir os sintomas e promover bem-estar.  

Com o objetivo de aumentar a conscientização de Alzheimer, lúpus e fibromialgia durante o Fevereiro Roxo, o neurologista Gustavo Franklin, membro da Doctoralia, fala sobre as causas e os recursos terapêuticos de cada uma dessas doenças.

 

ALZHEIMER 

A doença de Alzheimer é o principal distúrbio neurodegenerativo e a principal causa de demência, com o comprometimento cognitivo associado ao impacto na qualidade de vida de forma progressiva. De acordo com dados divulgados em 2021 pelo Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de brasileiros sofrem com a doença e 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas. 

A doença é classificada em três tipos: leve, moderado e severo. Essas classificações variam de acordo com a dependência para as funções cotidianas do paciente afetado, como andar, fazer compras, higiene pessoal e o autocuidado. Nestes casos, o tratamento adequado pode ser tanto farmacêutico quanto fisioterapêutico. 

“No entanto, é preciso reiterar que melhorar os sintomas da doença não evita que ela avance e nem promova sua cura. De acordo com esses sinais, que normalmente são perda de memória, alteração do comportamento, do sono, distúrbios alimentares, dentre outros, torna o diagnóstico precoce de extrema importância, pois uma vez entendendo o que está acometendo, é possível direcionar para tratamentos que melhorem a qualidade de vida do paciente”, explica o especialista.

 

LÚPUS 

O lúpus é uma doença crônica que se desenvolve ao longo do tempo e faz com que o próprio corpo produza células que podem ser auto agredidas, afetando as articulações e órgãos, como pele, cérebro e até coração. 

“Assim como outras doenças autoimunes, existem vários tipos de lúpus que podem afetar vários órgãos diferentes. No entanto, o mais comum é aquele que começa pela pele. Por isso, o paciente pode sentir fadiga e cansaço, alterações de febre recorrentes, erupções cutâneas, vermelhidão que muitas vezes atinge o nariz e a bochecha - conhecido popularmente como borboleta -, artrite, dor de cabeça, linfonodos inchados e sensibilidade à luz solar. A avaliação dos sintomas é extremamente importante por ser o principal critério para diagnosticar a doença”, revela o Dr. Gustavo.

Os sintomas do lúpus podem ser mitigados por meio de drogas imunossupressoras, anti-inflamatórios e alguns hábitos saudáveis, como não tomar muito sol, ter uma dieta balanceada e uma rotina de exercícios.

 

FIBROMIALGIA 

O principal desafio para aqueles que são afetados pela fibromialgia é justamente chegar no diagnóstico certeiro da doença. “Há sempre uma saga do paciente em busca de vários médicos para diagnóstico, já que é muito difícil por causa da ausência de um exame específico para identificar a enfermidade”, esclarece o neurologista. Mas uma vez identificada, é possível tratar adequadamente de maneira mais direcionada e assertiva.  

O principal sintoma da fibromialgia é a dor crônica generalizada ou nos pontos de tensão, como articulações e músculos. Assim como outras doenças autoimunes e reumatológicas, não há cura definitiva para fibromialgia, mas existem tratamentos eficazes para o alívio das dores por meio de sessões de fisioterapia, medicamentos e acompanhamento psicológico.

 

 Doctoralia


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