Cerca de 66 mil novos casos são diagnosticados no Brasil todos os anos
O câncer de próstata é o segundo mais prevalente entre os homens
no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), anualmente são diagnosticados
cerca de 66 mil novos casos, e a cada 41 homens, um morrerá dessa doença. Por
ocasião da Campanha do Novembro Azul, o dr. Paulo Fischer Junior, urologista do
Seconci-SP (Serviço Social da Construção), destaca a importância dos exames
preventivos para o diagnóstico precoce, para elevar os índices de cura.
A próstata é uma glândula que produz
parte do sêmen, líquido que contém os espermatozoides. Ela envolve a porção
inicial da uretra, tubo pelo qual a urina é eliminada.
“Mais do que qualquer outro tipo, o
câncer de próstata é uma doença da terceira idade, pois cerca de 75% dos casos
no mundo ocorrem após os 65 anos. Homens mais jovens também podem
desenvolvê-la. Outros fatores de risco são obesidade, tabagismo e histórico
familiar, ter pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos”, afirma o
médico.
Entre os sinais que precisam ser
investigados estão dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina,
necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, e presença de sangue
na urina. “No entanto, em sua fase inicial o câncer de próstata muitas vezes
não apresenta sintomas. Daí a importância dos exames preventivos para homens a
partir dos 45 anos, ou 40 anos para os que têm histórico familiar”.
Preconceito prejudica
O diagnóstico é feito pela consulta
clínica, toque retal e exames de ultrassom e PSA, sigla em inglês para o
Antígeno Prostático Específico, um exame de sangue. O médico também pode
solicitar biópsia. “Se o câncer for detectado precocemente, o índice de cura
pode chegar a 95%. Mas o preconceito ainda tem grande impacto em todas as
classes sociais e níveis de escolaridade. Por causa do toque retal, muitos
homens não fazem os exames preventivos anuais e vão ao médico quando o câncer
já atingiu estágios avançados e até outros órgãos, diminuindo
significativamente as chances de cura”, alerta o urologista.
O tratamento consiste de cirurgia e
radioterapia, mas pode exigir outros procedimentos médicos, dependendo do
estágio e avanço da doença. A escolha do tratamento mais indicado é definida
após médico e paciente discutirem os riscos e avaliarem os benefícios de cada
um.
“A mensagem deste Novembro Azul: a
consulta anual ao médico urologista é mais do que obrigatória, um investimento
na saúde e na qualidade de vida do homem”, diz o dr. Fischer.
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