Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em Gestão Escolar e Educação Inclusiva , fala sobre os equívocos acerca do assunto
Estima-se que no Brasil,
cerca de 2 milhões de pessoas apresentem os sintomas do Transtorno do Espectro Autista
(TEA). O transtorno é uma condição permanente que afeta diretamente os aspectos
da comunicação, interação social e comportamento dos diagnosticados e no geral
é identificado na infância, mas também pode ser descoberto na vida adulta em
alguns casos. Por se tratar de um espectro, o autismo pode atingir cada pessoa
de maneira e intensidades diferentes, o que gera muitas dúvidas sobre o
comportamento e limitações de crianças e adultos diagnosticados.
Para aqueles que não
convivem com autistas e não conhecem o espectro, muitos são os mitos e
desinformações que se disseminam sobre o tema. Pensando nisso, a psicopedagoga
Ana Regina Caminha Braga, especialista em Gestão Escolar e Educação Inclusiva
preparou uma lista com as principais dúvidas sobre o cotidiano, comportamento e
reações de quem é diagnosticado com autismo.
Autista não gosta de
contato físico?
O autista, dentro das suas
características particulares pode sim ser mais sensível ao toque, entretanto
não é um traço geral. É comum também que o autista no momento da comunicação,
verbal ou não verbal, prefira evitar e não manter o contato visual com a outra
pessoa.
Todo autista é não-verbal?
Há autistas que utilizam a
fala como comunicação e outros que não. No caso dos não-verbais existem métodos
de comunicação alternativa que conseguem suprir essa demanda.
Autistas não podem ter
relacionamentos afetivos?
Esse é um grande mito. Os
autistas podem sim manter relacionamentos amorosos e formar suas
famílias.
Autistas não têm vida
social?
A socialização do autista pode acontecer sim junto com suas
famílias, colegas e grupos próximos. Porém é preciso tomar cuidado quanto ao
exagero nos estímulos procurando manter os lugares silenciosos, com poucas
conversas ao mesmo tempo e baixa iluminação.
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