Especialista
ressalta importância da prática, mas alerta que exercícios de intensidade muito
elevada podem prejudicar
O envelhecimento da
população brasileira já é uma realidade. Um levantamento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que entre 2012 e 2019
houve um aumento de 29,5% de pessoas pertencentes a este grupo etário. Nesse
contexto, encontrar formas de preservar a qualidade de vida dos idosos se torna
cada vez mais uma prioridade, e a prática de atividades físicas exerce um papel
importante nesse processo. No entanto, os especialistas alertam para os
cuidados especiais exigidos por essa população.
Renata Cristina
Magalhães é professora da disciplina Fisioterapia da Saúde do Idoso no Centro
Universitário Newton Paiva . Na avaliação dela, deve haver um cuidado especial na
escolha da atividade a ser realizada pelo idoso. "Como tratam-se de
pessoas mais frágeis, existe um risco de que determinados exercícios atrapalhem
em vez de ajudar. O ideal é que se busque atividades de intensidade leve e
moderada, tais como pilates, dança, hidroginástica e caminhada. Atividades de
fortalecimento como a musculação também são recomendadas, desde que sejam
supervisionadas", orienta.
A especialista
ressalta ainda a importância do acompanhamento de um profissional da saúde para
pessoas dessa faixa etária. É a partir dele que devem ser identificadas as
demandas e fragilidades específicas. No entanto, ela explica que, mesmo no caso
do envelhecimento saudável - ou seja, ausência de comorbidades - existe uma
perda natural das capacidades cardíacas e respiratórias, podendo resultar em
limitações.
Segundo Renata, um dos
pontos mais importantes a respeito da prática de atividades físicas por idosos
é a instrução adequada. "Além das chances de não obter os resultados
desejados, fazer exercícios sem o devido acompanhamento pode aumentar o risco
de lesões. É importante contar sempre com a presença de um educador físico ou,
em casos de limitações pré-existentes, um fisioterapeuta, que possui
conhecimento sobre as patologias mais comuns entre esse público", afirma a
professora da Newton Paiva.
Aumento da qualidade
de vida
A atividade física é
recomendada pelos profissionais de saúde em todas as fases da vida, mas na
terceira idade ela adquire um papel fundamental. "Com o envelhecimento há
um declínio funcional. A pessoa perde massa muscular, condicionamento e
capacidade respiratória. O exercício é uma alternativa para compensar essas
perdas e manter o idoso ativo e saudável pelo maior tempo possível",
analisa Renata.
A professora chama
atenção ainda para o fato de que quem possui o hábito de se movimentar obtém
melhoras na qualidade de vida e na saúde mental, principalmente em atividades
em grupo que permitem a socialização. Além disso, os exercícios ajudam na
manutenção da força e do equilíbrio, tornando-se aliados importantes na
prevenção de quedas.
Centro Universitário Newton Paiva
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