Cuidados simples
indicados pelos cirurgiões-dentistas podem auxiliar no tratamento e prevenção
da halitose
Uma das consequências da falta de cuidado com a
saúde bucal é o mau hálito, também chamado de halitose. O problema atinge mais
de 32% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No
Brasil, cerca de 60 milhões de pessoas apresentam alteração no hálito, de
acordo com a Associação Brasileira de Halitose (ABHA).
As pesquisas mostram que mais de 90% dos casos de
mau hálito são de origem bucal. “Sendo assim, o cirurgião-dentista qualificado
é essencial para o tratamento da halitose e deve ser o profissional de escolha
quando houver este e outros problemas relacionados ao assunto”, explica a dra. Karyne
Magalhães, presidente da ABHA.
O cirurgião-dentista Mário
Sérgio Giorgi, membro da Comissão de Halitose do Conselho Regional de
Odontologia de São Paulo (CROSP),
reforça que a halitose não tem cura, mas tem tratamento. “Ao diagnosticar
os fatores etiológicos da alteração no hálito, devemos instituir um tratamento
individualizado”, afirma.
A principal dica para evitar o mau hálito é fazer a
higiene oral com os instrumentos adequados – escova de dente, fio dental e
raspador de língua – pelo menos três vezes ao dia, a fim de evitar o acúmulo de
bactérias. Além disso, é importante manter a boca hidratada, preferencialmente
com água.
De acordo com o dr. Mário Sérgio, uma boa
alimentação – com a inclusão de frutas, como maçã e laranja, e folhas escuras,
como couve e espinafre – ajuda a minimizar os efeitos da halitose. Ele
esclarece, porém, que alguns alimentos podem despertar o mau hálito temporário,
como é o caso da cebola e do alho.
“O consumo em excesso de bebidas alcoólicas também
causa irritação e um aumento na descamação de células da mucosa bucal. Tudo
isso contribui para a formação da saburra lingual potencializando o
aparecimento do mau hálito, por isso é importante fazer o consumo moderado de
determinados alimentos e bebidas”, alerta o cirurgião-dentista.
A halitose de origem extra-oral é menos comum e
pode ocorrer devido a alterações no sistema digestivo, à presença de diabetes
não controlada, ao uso de determinados medicamentos, a problemas pulmonares e
intestinais, ao tabagismo, a longos períodos de jejum ou regime e também pela
desidratação e problemas otorrinolaringológicos, como rinites, sinusites,
amigdalites e faringite.
A halitose é uma condição anormal do hálito, ou
seja, indica que o organismo está desequilibrado. O correto diagnóstico, feito
por um cirurgião-dentista é essencial e deve ser realizado assim que se perceba
alguma anormalidade. O tratamento precoce minimiza as chances do problema
tornar-se crônico e, consequentemente, interferir no comportamento e gerar
constrangimentos.
Dr. Mário Sérgio - esclarece outras dúvidas
sobre Halitose neste vídeo!
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Conselho
Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP
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