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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Decisões compartilhadas: por que elas ainda não saíram do papel?

Principal incentivo tem que vir de lideranças das empresas para estimular colaboradores a assumirem responsabilidades no futuro da organização


 

A cada ano, os empreendedores de pequenas, médias e grandes empresas têm ouvido e discutido sobre o sistema de decisão horizontal e de decisões compartilhadas. Não é uma novidade no mundo corporativo, mas está bem longe de ter uma representatividade real, por muitas vezes. Isso porque a evolução de uma empresa depende de diversos fatores, como soluções inovadoras e um atendimento diferenciado, porém, é a mudança de mentalidade um dos principais agentes para se ter um crescimento exponencial.

 

Ano após ano, empreendedores de pequenas, médias e grandes empresas têm ouvido a importância de envolver suas equipes em processos de tomadas de decisão, como forma de aumentar a inovação e o engajamento. Gestão horizontal não é uma novidade no mundo corporativo, mas sabemos que sua representatividade ainda é muito pequena comparada à do predominante modelo hierárquico de tomada de decisão.

 

“Essa mudança de mentalidade tem de vir, necessariamente, de cima para baixo. Antigamente, as maiores decisões pertenciam a um grupo minoritário da companhia ou lideranças, que eram capazes de capturar as oportunidades, analisar as opções e tomar as decisões. Mas hoje, as empresas mais inovadoras são aquelas que reconhecem que vivemos em um mundo tão complexo que é um erro pressupor que os líderes saibam de tudo, e dividir os problemas, obstáculos e próximos passos, com colaboradores aumentam a capacidade de uma empresa de tomar boas decisões. ”, afirma Pedro Nascimento, Chief Operating Officer do Grupo Anga&Din4mo, holding de serviços de implementação de cultura humanizada, capitalismo consciente e inclusão social.

 

Basicamente, é fazer com que o funcionário tenha um senso próximo ao de “dono” da organização. Empresas com gestão horizontal e decisões compartilhadas dão mais autonomia para os colaboradores criarem propostas e tomarem decisões. “Eles são incentivados a se posicionar, expressar opiniões, usar a criatividade e assumir riscos. E de se fazerem ouvidos quando não concordam com uma decisão que os afeta. É um grau de responsabilidade que os fazem se sentir empreendedores do negócio, dando o melhor de si para produzirem e obterem o sucesso almejado”, explica.

 

Justamente por esse olhar do todo e de dentro da empresa, que possibilitasse ter um melhor entendimento dos problemas e dos obstáculos enfrentados e das maiores dores das partes envolvidas, que se cria um diálogo que é essencial para gerenciar qualquer tipo de negócio, não apenas do ponto de vista do capital, mas também humano. Cabem às direções e principais lideranças da organização começarem esse exercício de dentro para fora, promovendo não apenas uma maior capacidade de tomada de decisão da organização, mas um maior engajamento dos colaboradores com processos democráticos de forma geral: elemento fundamental para tornar a sociedade mais integrada, conectada e justa.

 

 

Grupo Anga e Grupo Din4mo


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