Enfrentamento da
crise elétrica exige monitoramento elétrico e planejamento das empresas e
indústriaspexels
Durante a live semanal do Presidente da República,
nessa última quinta-feira 23 de setembro, Jair Bolsonaro pediu aos brasileiros
que economizem energia elétrica, apagando as luzes da casa, desligando o
ar-condicionado, e por fim reconheceu publicamente a possibilidade de
racionamento e apagões no país em 2021.
Para Rodrigo Lagreca, CEO da startup Energia das
Coisas, a crise vem sendo anunciada pelo setor há meses, e em que pese o
assunto vinha concorrendo com a crise sanitária (COVID-19), sua importância até
agora estava subestimada. Hoje, com o agravamento da crise hídrica, e com o
pronunciamento do Presidente da República, resta à população e empresas um
esforço maior ainda. “As empresas e indústrias que possuem um alto consumo
elétrico, necessitam emergencialmente, implantar um controle de energia e um
controle de processos, principalmente utilizar um critério de uso racional do
maquinário da empresa”, ressalta.
“Caso as empresas e indústrias não adotem medidas
que viabilizem gestão de gastos, como a instalação de monitoramento energético,
o custo será ainda mais alto”, enfatiza Lagreca. Com o monitoramento Energia
das Coisas (EdC) por exemplo, ajuda a identificar os maquinários que possuem um
maior risco de pane com cortes bruscos de energia. “Conseguimos apontar ao
consumidor quais equipamentos podem ter fadiga de motor, e com isso, minimizar
custos de perda total do equipamento, além de reduzir o consumo”, explica. Segundo
ele, cada maquinário com o tempo passa a ter uma fadiga de motor, e com isso
consumir uma maior carga energética. “Com a identificação de quais são esses
equipamentos de maior consumo e de maior risco de perda com possíveis quedas de
energia, a empresa consegue, não apenas economizar como colaborar na
minimização da crise energética”, pontua.
Com o EdC, a empresa passa a receber, por meio de
um aplicativo, um relatório do gasto por equipamento, podendo a partir de
então, planejar e usar a energia com responsabilidade. “O uso correto da
energia elétrica, ou seja, de forma inteligente e eficiente, além do seu
tratamento e controle podem influenciar num melhor aproveitamento das
instalações comerciais e industriais, nos equipamentos elétricos e com o controle
do consumo, consequentemente no aumento da produtividade”, reforça Lagreca.
“É uma ferramenta que possibilita o engajamento do
consumidor, pois a cada ato que o usuário faz, como por exemplo ligar o
ar-condicionado, o monitor acusa esse aumento de carga. Essa resposta rápida
que o equipamento proporciona permite o envolvimento e o entendimento que os
impactos que isso causa, gerando assim o consumo consciente e o menor
desperdício de energia elétrica”, aponta.
Lagreca enfatiza que, mesmo antes de adotar
qualquer mudança na empresa, no intuito de reduzir a conta de luz, o empresário
deve conhecer minuciosamente seu gasto e como é o uso da energia dentro da sua
empresa. “A população e o mercado precisam entender que, a energia, antes vista
como intangível e invisível, passa a ser agora visualizada, rastreada e
controlada. A conta de luz irá aumentar e junto com ela os custos das empresas,
ameaçando a competitividade no mercado”, pontua. “. “Há caminhos para mitigar
esses riscos e quem primeiro se movimentar, terá vantagem nessa disputa”,
finaliza.
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