A Campanha Setembro Amarelo é uma ocasião oportuna para dialogar sobre o suicídio e outras questões que envolvem a saúde mental. Estudos do Conselho Federal de Psicologia comprovam dados, já reafirmados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que cerca de 90% dos casos de suicídios poderiam ser evitados com o auxílio de profissionais de saúde mental.
Diante disso, abordamos os aspectos mais relevantes da Campanha Setembro
Amarelo. Assim, você conhecerá algumas ações que podem ser utilizadas no dia a
dia para ajudar as pessoas a encontrarem solução para a reabilitação mental.
Saiba, então, como utilizar o mês de setembro para estimular a busca de
tratamento e reduzir os impactos de depressão
e suicídio sobre a saúde mental de
parentes e amigos.
A Campanha Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo é uma campanha da Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP), em parceria com os profissionais que integram o Conselho
Federal de Medicina (CFM). A meta é conscientizar a população sobre o tema e
alertar sobre os sinais de sofrimento considerados pilares para a ideação
suicida.
Assim sendo, a campanha objetiva falar mais sobre o tema e promover ações em
prol da melhoria da assistência para distúrbios emocionais e psicológicos.
Desse modo, evidencia para os indivíduos que sofrem com esses problemas que
eles não estão sozinhos.
Portanto, é preciso que eles percebam que são compreendidos e que seus
problemas têm solução. Nesse contexto, elencamos alguns objetivos dessa
campanha. Confira!
Promover mais diálogo sobre o tema
Um dos pontos mais relevantes da Campanha Setembro Amarelo
é promover eventos, debates e discussões sobre a importância de cuidar da saúde
mental. Em outras palavras, a população precisa entender que a atenção à saúde
mental é tão importante quanto à física. Além disso, promover a interação
social ajuda a superar momentos em sofrimento.
Como mente e corpo estão associados, ao incentivar essas pessoas a procurarem
ajuda, os riscos do desenvolvimento de diferentes doenças que surgem por
influência de algum viés emocional são reduzidos. Por tal razão, a Saúde
Pública tem buscado promover ações para frear os impactos das doenças mentais
sobre a vida pessoal, social e profissional.
Estimular a participação popular nos eventos sobre a saúde mental
Estimular a participação popular nessa campanha pode
trazer resultados muito significativos. Isso porque, durante todo o mês de
setembro, o objetivo é divulgar esse tema e envolver ações de comunidades,
instituições, empresas e escolas.
O intuito é refletir sobre a importância do cuidado com o próximo e do
entendimento de suas limitações, suas dificuldades e seus conflitos. Por isso,
mesmo nesse período de pandemia, o ideal é utilizar os meios digitais para
promover a Campanha Setembro Amarelo.
Incentivar a busca de tratamento
Como visto, o principal objetivo dessa campanha é promover
a conscientização acerca dos cuidados da saúde mental, principalmente a prevenção do suicídio. Além disso, a
ocasião é propícia para alertar a população sobre a necessidade de buscar
suporte profissional, já que é impossível superar esses desafios sozinho.
A Importância de desmitificar assuntos ligados à saúde mental
Entender a importância da Campanha Setembro Amarelo abre
possibilidades para auxiliar quem precisa superar transtornos mentais e
emocionais. Uma das doenças mais comuns no país é a depressão, cujos dados
alertam para a necessidade de maior atenção nesse sentido.
Segundo dados da Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS), o número de pessoas afetadas no mundo pela depressão já
ultrapassa 300 milhões. Além disso, o transtorno é a segunda principal causa de
morte entre jovens de 15 a 29 anos, mas a doença atinge indivíduos de todas as
classes sociais, gêneros e idades.
O mesmo estudo demonstra que os índices de depressão no Brasil também são
preocupantes. Observe:
- cerca de 5,8% da população
brasileira sofre de depressão, o que totaliza 11,5 milhões de casos;
- o Brasil ocupa o primeiro
lugar em casos de depressão na América Latina;
- menos de 10% das
pessoas diagnosticadas recebem tratamento adequado.
Tais estatísticas alertam para a necessidade de
desmistificar temas ligados à saúde mental e estimular a busca de ajuda
profissional. Um dos problemas de não procurar auxílio é o risco de evolução
dessas doenças para quadros mais graves, que, inclusive, podem culminar com o
suicídio.
Possíveis sinais de alerta da pessoa em sofrimento
Entre outros fatores, o estresse patológico, as crises
frequentes de depressão, o consumo descontrolado de psicoativos e conflitos familiares geram
grandes agravos para a saúde mental do indivíduo, principalmente na juventude.
Isso requer mais atenção dos familiares para auxiliar o seu ente querido a
superar tais quadros.
Decerto, pessoas que tentam o suicídio não querem colocar fim à vida, mas aos
motivos que as fazem sofrer. Ou seja, nesses casos, elas não estão desistindo
de viver, mas veem uma saída nesse ato para se livrar da dor e de seus
problemas. Porém, antes de tomarem essa decisão, alguns sinais podem ser
percebidos.
Nessa perspectiva, listamos os sinais que servem de alerta para o
encaminhamento do familiar ou amigo para uma avaliação com um psiquiatra. Veja quais são:
- a pessoa perde o interesse
de fazer coisas que antes gostava;
- passa a apresentar
comportamento retraído, com muita dificuldade de integração social e com
os familiares;
- tendência a ficar remoendo
pensamentos obsessivos e negativos;
- demonstra pensamentos de
desesperança, solidão, tristeza, baixa autoestima e falta de motivação
para a vida;
- fica constantemente com
irritabilidade, pessimismo, apatia e pode se mostrar agressiva;
- apresenta alterações
extremas de humor, como raiva e rancor excessivo;
- demonstra sentimentos
intensos de culpa, ansiedade, remorso ou vergonha;
- muda de assunto quando se
fala sobre reabilitação mental ou tratamento para suicídio.
Além desses sinais, quando há histórico familiar de
doenças psiquiátricas ligadas aos distúrbios de comportamento, humor ou
personalidade, os riscos são mais elevados. Também é preciso observar se seu
ente querido apresenta tendências ou ideações suicidas. Isso fica claro quando
a pessoa doa seus pertences, visita parentes próximos e define um testamento.
Como mostramos, a Campanha Setembro Amarelo é uma excelente medida de educação
preventiva para divulgar os cuidados com a saúde mental. Por isso, se você
conhece alguém que já teve alguma tentativa de suicídio, o Hospital Santa
Mônica pode ajudar com tratamentos especializados.
Hospital Santa
Mônica - Itapecerica da Serra - SP
(011) 4668-7455
(011) 99667-7454
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