segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Combate à poluição e defesa da vida


 

A poluição do ar é hoje o maior risco ambiental para todos nós. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 7 milhões de óbitos ao ano, devido a problemas respiratórios causados por poluentes, como a asma e o câncer de pulmão.

 

O Ministério da Saúde do Brasil informa que, 6,4 milhões de pessoas acima de 18 anos sofrem com asma. São sinais de doenças respiratórias a falta de ar e a tosse constante. Rinite, sinusite e bronquite, assim como a asma, causam impacto nas atividades cotidianas como praticar exercícios físicos, dormir e até trabalhar.

 

           Outra parcela de mortes analisadas pela OMS tem como causa a poluição exterior, algo frequente em cidades grandes: ônibus, carros, indústrias e usinas figuram entre principais responsáveis. A ocorrência de problemas relacionados é maior em países em desenvolvimento.

 

           No Brasil, a grande fonte de energia doméstica é a incineração de biomassa. Aliás, em tese, em mais de 90% das residências da zona rural do mundo, a população pratica a queima de madeira, carvão, esterco de animais ou resíduos agrícolas para cozinhar e/ou se aquecer. O resultado é alta produção de poluentes em ambientes internos e externos, aumentando riscos de infecção respiratória.

 

A OMS ainda aponta que os grupos mais prejudicados com a poluição interna são de mulheres e crianças, uma vez que ficam um período de tempo maior em casa e, consequentemente, sofrendo mais com a exposição.

 

É fundamental que todas as pessoas que fazem uso de madeira e carvão para cozinhar, por exemplo, sejam informadas a respeito dos males à saúde e de maneiras alternativas ecológicas.

 

Também são indispensáveis programas para diminuir a poluição do ar, bem como medidas que alertem sobre os perigos do uso de certos combustíveis em casa.

 

A poluição do ar precisa ser encarada exatamente em sua essência: problema grave de saúde e que requer de ações relevantes e urgentes para o bem-estar comum.

 

 



Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica



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