A informação foi extraída de levantamento da 3 SEG com 1180 profissionais de média e alta gerência
A pandemia colocou a saúde mental no
centro da estratégia das organizações para manutenção da saúde de seus
colaboradores. Levantamento inédito da 3SEG, com base em um recorte nas
despesas dos planos de saúde (sinistralidade) de 1180 executivos espalhados por
cargos de média (87%) e alta gerência (13,%) em empresas com operação na cidade
de São Paulo, aponta crescimento de 329,43% nos gastos com terapias, entre maio
de 2020 e junho de 2021. Entre as companhias avaliadas estão indústrias,
serviços financeiros, consultorias, escritórios de advocacia e empresas de
tecnologia.
Os recursos destinados ao pagamento
de terapias foi 102% superior utilizado para o custeio de consultas médicas de
outras especialidades no período. O levantamento demonstra, ainda, que 73% das
despesas para saúde mental no período verificado ocorreram por meio de
reembolsos, o que mostra que os usuários estão buscando atendimento fora da
rede credenciada atual. A média geral de reembolsos para os demais
procedimentos é de 15%.
“Este é um problema que poderá
impactar seriamente as empresas daqui para frente”, alerta o sócio da 3SEG,
Alexandre Delgado. Ainda que exista uma variação importante entre os
percentuais reembolsados estabelecidos em contrato de cada plano de saúde
corporativo, o valor das consultas fora da rede credenciada é, em média, 60%
mais caro.
O uso de aplicativos ou plataformas
de telemedicina que oferecem serviços em saúde mental é baixo entre
colaboradores da média e alta gerência, atingindo a marca de 22% do total de
consultas. Entretanto, ainda assim, supera a marca de consultas de outras
especialidades, que atingem a marca de 11%. “Este público busca profissionais
com referência, seja por indicação ou pela formação, experiência”, explica
Delgado.
A criação de uma rede mais ampla de
prestadores em saúde mental se faz necessária. “Temos auxiliado consultivamente
mais 20 empresas a negociar com as seguradoras a inclusão de novos
profissionais especializados. Infelizmente, os dados indicam que podemos estar
vivenciando uma epidemia de burnout“, afirma. De acordo com Delgado, em um
período de sinistralidade em baixa, por conta da pandemia e suas restrições de
circulação de pessoas, é importante que os gestores e dos planos de saúde se
preparem antes da retomada total das atividades para absorver a maior parte
possível da demanda de saúde mental dentro da rede de prestadores, além de
investir na criação de programas de prevenção para redução de eventos e
sinistros.
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