O oftalmologista Renato Neves,
diretor-presidente do Eye Care
Hospital de Olhos, revela CINCO
cuidados para evitar epidemia
Contrair
conjuntivite quando se está gripado, de cama, pode parecer golpe baixo. Mas é
exatamente o que costuma acontecer, já que a temporada de gripes e resfriados
coincide com a época em que aumentam os casos de conjuntivite – doença ocular
que causa sensação de areia e vermelhidão nos olhos, maior sensibilidade à luz,
coceira e lacrimejamento excessivo – com secreção amarela e espessa, fazendo
com que os olhos amanheçam ‘colados’. De acordo com o médico Renato Neves,
diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, os mesmos vírus que causam
resfriados e gripes, como adenovírus e influenza, entre outros, também podem
causar conjuntivite.
“Todo
tipo de virose muito comum nos dias frios ou com maior amplitude térmica pode
provocar irritação ocular. Da mesma forma que a pessoa pode vir a sentir
congestão nasal, dor de garganta e tosse, pode também perceber que a conjuntiva
está ficando congestionada, irritada. Lavar bem as mãos sempre que se assoa o
nariz é fundamental para evitar que o vírus afete os olhos – o que também pode
acontecer através da conexão com o ducto lacrimal”, diz Neves.
Na
opinião do oftalmologista, a melhor maneira de evitar conjuntivite durante
estes meses é lavar bem as mãos várias vezes ao dia, evitar coçar os olhos sem que as mãos estejam limpas e cuidar do
manuseio de lentes de contato. “Quando o quadro de conjuntivite surge na
sequência de uma gripe ou resfriado, é quase certo que é do tipo viral e vai
passar em uma ou duas semanas sem necessidade de antibióticos. Entretanto, é
altamente contagiosa e sua propagação se dá por contato físico com pessoas ou
objetos de uso comum. Já a conjuntivite provocada por bactéria apresenta um
quadro mais sério, que deve ser investigado e tratado o quanto antes”.
Neves
diz que a conjuntivite bacteriana pode ser resultado do uso abusivo de lentes
de contato e se transformar numa úlcera de córnea, por exemplo. Nesse caso, a
dor é algo constante e os olhos apresentam uma secreção cinza-amarelada.
Colírios antibióticos devem ser prescritos o quanto antes por um
oftalmologista, a fim de conter o avanço da doença. O médico também alerta para
os riscos da automedicação, que pode elevar as chances de
complicações.
A seguir,
o oftalmologista indica cinco cuidados durante uma crise de conjuntivite:
1.
Lavar os olhos várias vezes ao
dia com água morna para eliminar a secreção;
2.
Usar lágrimas artificiais para
manter os olhos bem lubrificados;
3.
Evitar compartilhar toalhas,
fronhas, lençóis e roupas;
4.
Evitar frequentar lugares
fechados, como escola, cinema, transporte público etc.;
5.
Fazer compressas de água gelada
para atenuar a irritação ocular.
“Durante
o ápice da doença, essas medidas são decisivas para conter a propagação de
conjuntivite. Sendo assim, quando o paciente apresenta sensação de areia nos
olhos, dor, irritação, coceira, vermelhidão, lacrimejamento excessivo, febre,
dor nas articulações e dor de garganta, é fundamental consultar um serviço de
oftalmologia o quanto antes”, alerta Renato Neves.
Fonte: Dr.
Renato Augusto Neves, médico oftalmologista formado pela Escola
Paulista de Medicina, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos e
do Neves Center. www.eyecare.com.br
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