Você sabe a diferenciar resfriado de gripe?
Muitas
vezes, basta a pessoa ter uma congestão nasal, que já corre para o
Pronto-Atendimento com grandes preocupações acreditando ser a prévia de uma
gripe ou até mesmo estar portando o novo coronavírus. A médica pediatra da
Soroped, Ana Fonseca, adianta que é preciso muita calma antes de qualquer
inquietação.
Ela
destaca que, primeiramente, é necessário diferenciar resfriado de gripe,
e isso pode ser feito através dos sintomas. “A gripe é uma infecção viral
causada pelo vírus Influenza, que se apresenta com febre, dor no corpo, dores
de cabeça e sintomas respiratórios, como tosse, congestão de vias aéreas e
dificuldade para respirar”, explica, chamando a atenção para o “chiado no
peito” como principal sintoma de gripe nas crianças.
Ana
pontua, ainda, que a gripe e o resfriado são transmitidos de pessoa para pessoa
por gotículas respiratórias e por objetos contaminados. “O resfriado pode ser
causado por vários tipos de vírus que provocam sintomas semelhantes ao da
gripe, contudo, em geral, mais leves.”
A
manifestação do resfriado também tende a ser menos intensa, assim como a
recuperação pode ser mais rápida. Entre os principais sintomas está coriza,
febre baixa, tosse e espirros.
Vacina
A
pediatra comenta não existir uma vacina específica contra o resfriado, devido
aos vários tipos de vírus respiratórios que provocam a doença. “Por sua vez,
como a gripe é causada por um vírus específico, é possível preveni-la com
vacinação”, explica. Esse vírus divide-se em vários subtipos, chamados de
cepas, que sofrem mudanças constantes. Assim, é necessário atualizar a vacina
contra a gripe a cada ano para que seja eficiente. “A duração da imunidade após
a vacina é de aproximadamente 12 meses, tornando-se necessária a revacinação
anual”, destaca.
As
crianças menores de 9 anos, que estejam recebendo a vacina pela primeira vez ou
que não tenham recebido duas doses a partir de 2010, recebem duas doses, com um
mês de intervalo entre elas. A dose para crianças de 6 meses a 3 anos de idade
é 0,25mL. Para os maiores de 3 anos, a dose é de 0,5mL.
Coronavírus
O
coronavírus SARS-CoV-2 pode causar a doença COVID-19, ou pode
apresentar um quadro com poucos ou nenhum sintomas. Como este é uma mudação,
sendo novo, ainda há muito que se descobrir sobre o comportamento desse vírus.
Ana pontua que o grupo de risco concentra adultos acima de 60 anos e portadores
de comorbidades.
“A
transmissão desse novo coronavírus parece ocorrer principalmente pelo contato
com uma pessoa infectada, através de gotículas respiratórias geradas quando a
pessoa tosse, espirra, ou por gotículas de saliva ou secreção nasal. Ainda não
se determinou o tempo de sobrevida desse novo coronavírus em ambientes e
objetos”, comenta.
O
período de incubação estimado do COVID-19 é de aproximadamente cinco dias,
apesar de haver descrições de casos com até duas semanas desde a infecção até o
início dos sintomas. Ainda não existem medicamentos específicos para o
tratamento da doença COVID-19.
Os
pacientes com quadros leves devem ser orientados a permanecer em isolamento
domiciliar, acompanhados e monitorados de forma rigorosa, pelo risco de piora e
deterioração clínica, principalmente na segunda semana da doença. Esses
pacientes deverão receber orientações de controle de infecção, prevenção de
transmissão para contatos e sinais de alerta para possíveis complicações e um
acesso por meio de comunicação rápida deve ser providenciado para eventuais
dúvidas ou comunicados.
Medidas
e prevenção
Para
os casos de gripe, além da vacina, são medidas importantes fazer a higiene das
mãos com água e sabão ou fricção de álcool a 70%, evitar ambientes com
aglomerações e fechados ou contato com pessoas doentes, estimular o aleitamento
materno e evitar a exposição ao tabaco. Isso vale também na prevenção do
coronavírus.
Também
é importante adotar a “etiqueta” respiratória, protegendo a boca e o nariz ao
tossir ou espirrar, com lenço descartável ou nos cotovelos a fim de diminuir a
contaminação de outras pessoas; uma pessoa com sintomas de gripe deve
permanecer em casa até 24 horas depois de cessar a febre.
Em
relação ao coronavírus SARS-CoV-2, em casos suspeitos, confirmados ou
acompanhantes, o uso de máscara cirúrgica é necessário, assim como lenços de
papel em episódios de tosse e espirros, higiene das mãos frequente com água e
sabonete líquido ou preparação alcoólica
A
prevenção é a melhor medida!
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