Especialista
em gerontologia alerta para alguns
cuidados importantes
Nesta quarta-feira, 4 de março, o Ministério da Saúde
confirmou o terceiro caso do novo coronavírus no Brasil, todos em São Paulo.
Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde na
terça-feira (3), o Estado tem 130
casos suspeitos da doença.
Com isso, os cuidados para
a prevenção tornam-se urgentes, principalmente em relação aos idosos. A
psicóloga Cristiane Felipe, especialista em gerontologia da Liga Solidária, organização da sociedade civil (OSC) sem fins
lucrativos, de São Paulo, alerta para alguns cuidados importantes.
“Pedimos a
atenção redobrada com a higiene, manter a carteira de vacinação em dia e que se
evite aglomerações”, lista Cristiane, especializada pela Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo). Os idosos são mais
suscetíveis ao coronavírus em função da imunossenescência, o processo natural
do envelhecimento. Isso diminui a capacidade do sistema imunológico e aumenta,
de modo geral, a incidência de doenças infectocontagiosas. Isso vale para o
coronavírus mas também para uma simples gripe, por exemplo. Portanto, ao se
proteger de outras infecções, o idoso mantém o organismo mais forte para conter
o coronavírus.
O novo vírus, que ataca o sistema respiratório,
teve seu ponto de partida na região de Wuhan, na China. De acordo com os dados mais recentes (até 27/02) do
Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, já foram registrados
naquele país 2.801 mortes de 82.168 casos confirmados. Entre os contaminados
com idade entre 60 e 69 anos, 3,6% morreram; esse índice sobe para 8% na faixa
etária entre 70 e 79 anos e chega a 15% para pacientes com mais de 80 anos.
Em São Paulo, o coronavírus foi detectado primeiramente no dia
26 de fevereiro, em um homem de 61
anos, vindo da Itália. Foi
o primeiro caso da doença no Brasil e na América Latina. No dia 29,
confirmou-se o segundo caso, em outro homem vindo da Itália e também residente
no Estado.
Sobre o coronavírus, sabe-se que a taxa de
mortalidade pela doença não é alta, em comparação com SARS (sigla em inglês
para Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS (Síndrome Respiratória do
Oriente Médio). Por outro lado, trata-se de um vírus com capacidade
significativa de contágio, o que exige medidas eficazes de prevenção,
principalmente entre os idosos, pois esse grupo se fragiliza rapidamente frente
a uma infecção.
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