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quinta-feira, 5 de março de 2020

Coronavírus: idosos são mais suscetíveis


Especialista em gerontologia alerta para alguns cuidados importantes


Nesta quarta-feira, 4 de março, o Ministério da Saúde confirmou o terceiro caso do novo coronavírus no Brasil, todos em São Paulo. Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde na terça-feira (3), o Estado tem 130 casos suspeitos da doença. Com isso, os cuidados para a prevenção tornam-se urgentes, principalmente em relação aos idosos. A psicóloga Cristiane Felipe, especialista em gerontologia da Liga Solidária, organização da sociedade civil (OSC) sem fins lucrativos, de São Paulo, alerta para alguns cuidados importantes.

“Pedimos a atenção redobrada com a higiene, manter a carteira de vacinação em dia e que se evite aglomerações”, lista Cristiane, especializada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Os idosos são mais suscetíveis ao coronavírus em função da imunossenescência, o processo natural do envelhecimento. Isso diminui a capacidade do sistema imunológico e aumenta, de modo geral, a incidência de doenças infectocontagiosas. Isso vale para o coronavírus mas também para uma simples gripe, por exemplo. Portanto, ao se proteger de outras infecções, o idoso mantém o organismo mais forte para conter o coronavírus.

O novo vírus, que ataca o sistema respiratório, teve seu ponto de partida na região de Wuhan, na China. De acordo com os dados mais recentes (até 27/02) do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, já foram registrados naquele país 2.801 mortes de 82.168 casos confirmados. Entre os contaminados com idade entre 60 e 69 anos, 3,6% morreram; esse índice sobe para 8% na faixa etária entre 70 e 79 anos e chega a 15% para pacientes com mais de 80 anos.

Em São Paulo, o coronavírus foi detectado primeiramente no dia 26 de fevereiro, em um homem de 61 anos, vindo da Itália. Foi o primeiro caso da doença no Brasil e na América Latina. No dia 29, confirmou-se o segundo caso, em outro homem vindo da Itália e também residente no Estado.

Sobre o coronavírus, sabe-se que a taxa de mortalidade pela doença não é alta, em comparação com SARS (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio). Por outro lado, trata-se de um vírus com capacidade significativa de contágio, o que exige medidas eficazes de prevenção, principalmente entre os idosos, pois esse grupo se fragiliza rapidamente frente a uma infecção.

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