Especialista em segurança pública comenta a situação
alarmante
Na
mira dos criminosos, os motoristas de aplicativo no Distrito Federal cobram
mais segurança para continuar trabalhando. De acordo com dados da Secretaria de
Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), em média, a cada 82 horas, um
desses profissionais é vítima de assalto com restrição de liberdade.
Em
comparação aos últimos dois anos, o crime aumentou 181%, passando de 38 casos
para 107, entre 2018 e 2019. Somente no início de 2020, dois profissionais
foram mortos na capital federal: Maurício Cuquejo Sodré e Aldenys da Silva. Os jovens
de 29 anos foram encontrados mortos após aceitarem corridas em Brasília.
Para
Leonardo Sant'Anna, especialista em segurança pública, é necessário que as
plataformas de corrida resguardem mais seus colaboradores. “Mesmo sendo
autônomos, é preciso que as empresas filtrem melhor os clientes que fazem
cadastro no aplicativo. Exigem do motorista uma série de documentos e
verificações. Por que não fazem o mesmo procedimento com os passageiros
também?”, diz Sant’Anna.
Além
de latrocínios (roubo seguido de morte), a categoria está exposta a sequestros
relâmpagos. Ao total, já foram registradas 145 ocorrências desse tipo. “Também
é preciso que a polícia esteja atenta e fazendo uma segurança maior em áreas já
relatadas pelos motoristas como de risco”, conclui Sant’Anna.
Em
2019, o Brasil ganhou 202 mil motoristas por aplicativo no país durante o
primeiro trimestre do ano. O trabalho surgiu como alternativa de renda extra e
também como fonte única para os desempregados. Atualmente, o desemprego atinge
12,4 milhões de pessoas.
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