Psicóloga
Pollyanna Esteves explica a importância de dizer "não" para respeitar
os próprios limites
Nas diversas relações da vida, seja ela qual for, é
humanamente saudável impor limites para a boa convivência. Recusar algumas
ações e dizer não quando esse é o desejo faz parte de um processo de
amadurecimento e fortalecimento da estrutura emocional do indivíduo. Segundo a
psicoterapeuta Pollyana Esteves, uma pessoa que queira ter paz, felicidade e
vida plena precisa saber se impor com confiança. “Quando você diz sim para todo
mundo, diz não para você o tempo todo”, reforça.
Identificar que existe a dificuldade em dizer não é
a primeira atitude para compreender a situação. Na maioria das vezes, após dar
uma negativa à alguém, é comum provocar um sentimento de chateação, remorso,
culpa e preocupação com o que o outro vai pensar. É necessário compreender que
se algo for prejudicial, mesmo que solicitado por pessoas especiais como pai e
mãe, a individualidade, as vontades e a autoconfiança devem ser preservadas.
A psicóloga explica que as pessoas que não sabem
lidar com a negativa dos demais, que leva esse aspecto para o lado pessoal,
enfrenta um problema de autoestima e de narcisismo que precisa ser tratado em
sessões terapêuticas. O mesmo acontece com quem não consegue falar não, com
medo do outro não gostar. “Existe muito mais coisa atrás de não conseguir ouvir
um não ou não conseguir falar não do que imaginamos”, destaca Esteves.
Para não abrir mão dos valores e dos limites
pré-estabelecidos, é preciso entender que a interpretação do outro é somente
dele. Ser claro na comunicação, esclarecer os motivos, pode amenizar a
percepção e fazer com que a pessoa não veja o não sob uma ótica negativa. Essa
é uma maneira de ser respeitado e impor as aspirações como relevantes,
principalmente quando se diz respeito à escolhas profissionais, amorosas e
assuntos de responsabilidade pessoal.
“Se você falou não e a outra pessoa continua
insistindo, se retira, vira as costas, vai embora, corta o assunto. A discussão
só existe entre duas pessoas, se uma se retira, então não tem porque existir”,
completa a psicoterapeuta. Esteves diz ainda que ser flexível também é
importante em qualquer relação, desde que essa escolha seja consciente e não
exclusivamente para agradar alguém. O equilíbrio é sempre uma boa saída.
Pollyanna Esteves de Oliveira - psicoterapeuta com
grande expertise. Auxilia pacientes a conviverem e superarem traumas e se
libertarem de amarras e padrões. É Mestre em Psicologia positiva, formada em
constelação familiar, master em Programação Neurolinguística, certificada em
Hipnose, Barra de Access e outras terapias.
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