Com
os avanços médicos, câncer pode ser encarado hoje como uma doença crônica e
tratável
Responsáveis pela produção
dos hormônios femininos e dos óvulos, os ovários são de suma importância para a
saúde feminina. E, quando algo não vai bem com a saúde desse órgão, é
importante investigar as causas, sinais e possíveis sintomas que possam
identificar condições mais graves, como o câncer de ovário, tipo de câncer de
alta letalidade que acomete mais de 6 mil mulheres ao ano no Brasil¹.
No dia 8 de maio, é
celebrado o Dia Mundial do Câncer de Ovário, data que atenta para a importância
da conscientização dessa doença que, por ser assintomática em estágios
iniciais, ainda costuma ser diagnosticada em fases avançadas. Hoje a maioria
dos casos é identificado após a quinta década de vida².
Entre os principais fatores
de risco para o câncer de ovário, além da idade, é possível destacar a
obesidade, além do histórico reprodutivo e familiar da mulher³.
Desvendando a doença
Um dos grandes desafios para
a classe médica é o de detectar o câncer de ovário precocemente. Quando o tumor
já está em fases mais avançadas, os principais sinais são: dores no abdômen e
nas costas, gases, cansaço frequente, estômago inchado, ciclo menstrual
irregular, vômitos e queda de cabelo3.
A boa notícia é que, após o
diagnóstico, o médico possui uma série de alternativas para o tratamento, que
deve ser avaliado conforme o estágio em que o tumor se encontra. Quando diagnosticado
em estágios I e II, a indicação é a cirurgia para retirada do ovário e da
trompa comprometida, associada ou não à quimioterapia4. Nesse caso o
útero e o outro ovário são preservados, garantindo a possibilidade de futuras
gestações.
Já quando o câncer está em
estágio III, onde o tumor já invadiu estruturas próximas perto do útero, é
indicada a cirurgia radical de retirada dos dois ovários, trompas e útero,
seguido de quimioterapia pós operatória4. O estágio IV é considerado
o mais grave do câncer de ovário, quando a doença já se espalhou para outros
órgãos, e o tratamento indicado é a quimioterapia associada ou não a uma
terapia anti-angiogênica4.
Embora
os sintomas quase silenciosos do câncer de ovário façam com que a doença seja
diagnosticada em fases mais avançadas, uma gama maior de tratamentos trazem
atualmente perspectivas mais otimistas para os pacientes. É o caso da
terapia-alvo, como explica a Diretora Médica da AstraZeneca, Maria Augusta
Bernardini. “Dispomos hoje de terapias-alvo que atacam
efetivamente o tumor, preservando as células saudáveis e a qualidade de vida
das pacientes. Os avanços científicos recentes já nos permitem considerar o
câncer uma doença crônica e perfeitamente tratável, o que tira o estigma de
‘sentença de morte’, principalmente no caso do câncer de ovário, uma doença que
ainda nos desafia de diversas formas”.
Como detectar e tratar mais
cedo?
Se os sintomas do câncer de
ovário são tão difusos, uma das chaves para identificar esse câncer mais cedo
pode estar nos genes, como explica a Dra. Angélica Nogueira Rodrigues,
Presidente do EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos. “Cerca de 15%
dos tumores de ovário são causados por mutações germinativas nos genes BRCA 1 e
25”, informa.
A especialista ainda
complementa: “É essencial que mais mulheres saibam e reconheçam que existe essa
mutação, para que juntamente com seu médico, possam tomar as decisões mais
assertivas sobre sua saúde”.
O papel do mapeamento
O
mapeamento genético não só ajuda a identificar qual é a mutação como auxilia o
médico na tomada de decisão do melhor tipo de tratamento. Para confirmar o
diagnóstico de uma mutação, o mapeamento é feito por meio de testes genéticos,
que no geral são simples de serem realizados, necessitando somente de uma amostra
de sangue ou saliva6. O exemplo mais famoso que trouxe a questão do
câncer com mutação genética à tona é o da atriz Angelina Jolie, que é portadora
da mutação BRCA e decidiu fazer a retirada de tumores de mama e ovários de
forma preventiva, em 2013.
Segundo o Dr. Rodrigo
Guindalini, Oncogeneticista e Coordenador do Centro de Oncologia do Hospital
Português de Salvador, Bahia, existem casos pontuais onde o mapeamento genético
é indicado, são os chamados “grupos de risco”, ou seja, pessoas com incidência
de câncer em várias gerações na família6.
AstraZeneca
Referências:
- https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-ovario
- https://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-ovario
- http://www.oncoguia.org.br/conteudo/atencao-mulheres-veja-quais-sao-os-primeiros-sintomas-de-cancer-no-ovario/10693/7/
- https://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-de-ovario-tipos-de-cancer/cancer-de-ovario-tratamento-2/
- https://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-de-ovario-tipos-de-cancer/cancer-de-ovario-fatores-de-risco-2/ https://www.ladoaladopelavida.org.br/mapeamento-genetico
- https://www.ladoaladopelavida.org.br/mapeamento-genetico
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